custos para descisão

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GESTÃO DE CUSTOS E
FORMAÇÃO DE PREÇOS
Prof. Hamilton Teodosio Chandoha
Contador – UFPR
Esp. Contabilidade e Finanças – UFPR
Mestre em Adm. e Gestão Financeira –
Unex Espanha
GESTÃO DE CUSTOS






DEFINIÇÃO E CONCEITOS
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS
CUSTEIO
CUSTOS PARA DESCISÃO
MÉTODO ABC
CUSTOS E ESTRATÉGIA
SISTEMA DE GESTÃO DE CUSTOS
DE
DEFINIÇÃO E CONCEITOS
Quando se fala em custos estamos diretamente falando
em contabilidade, pois os valores apurados de custos só
se formam depois de coletar, classificar e registrar dados
operacionais das diversas atividades da empresa.
-
-
Os dados coletado podem ser tanto monetário como
físicos.
Através da classificação são acumulados, organizados,
analisados, e interpretado os dados operacionais.
E são registrados para que possamos fornecer
informações de custos de forma a atender a diferentes
necessidades gerenciais.
DEFINIÇÃO E CONCEITOS
As necessidades gerenciais podem se classificar em
três grandes grupos:
a) Informações que servem para a determinação da
rentabilidade e do desempenho das diversas
atividades da entidade;
b) Informações que auxiliam a gerência a planejar, a
controlar e administrar o desenvolvimento das
operações;
c)
Informações para a tomada de decisão.
DEFINIÇÃO E CONCEITOS

a)
b)
c)
d)
TERMINILOGIA APLICADAS EM CUSTOS
Gasto: Compromisso financeiro assumido para
aquisição de bens ou serviços;
Custo: São gastos, necessários para fabricação de
produtos ou serviços;
Despesa: São gastos consumidos direta ou
indiretamente para obtenção de receita;
Investimento: São gastos ativados para posterior
consumo através de depreciação, amortização.
DEFINIÇÃO E CONCEITOS
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
Quanto ao produto temos: Direto e Indireto
Quanto ao nível de produção temos: Fixo e Variável
- Direto: definimos direto quando podemos apropriar
ao produto pelo que efetivamente consumiu, se
matéria-prima pela quantia consumida, se mão-deobra direta pelas horas consumidas.
- Indireto: quando a apropriação dos custo ao produto
ocorre por intermédio de rateio.

DEFINIÇÃO E CONCEITOS

-
-
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
Custos Diretos: a apropriação de um custo ao
produto se dá pelo que esse produto consumiu de
tato. No caso da matéria-prima, pela quantidade
efetivamente consumida e, no caso da mão-de-obra
direta, pela quantidade de horas de trabalho.
Custos Indiretos: a apropriação de um custo ao
produto ocorre por rateio, que faz com que essa
apropriação seja descaracterizada como direta.
DEFINIÇÃO E CONCEITOS

-
-
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
Custos Fixo: São os que decorrem da
estrutura produtiva instalada da empresa
que independem da quantidade que venha a
ser produzida dentro do limite da capacidade
instalada;
Custo Variável: São os que aumentam ou
diminuem em função do volume de
produção.
DEFINIÇÃO E CONCEITOS
CLASSIFICAÇÃO DOS CUSTOS
Outras definições:
- Custo de transformação: também conhecido como
custo de conversão, são os custos incorridos para
transformar a matéria-prima em produto;
- Custos primárias: Corresponde os custos de
matéria-prima (materiais diretos) e mão-de-obra
direta;
- Custo de produção: é a soma de todos os custos de
produção, sendo matéria-prima, mão-de-obra direta
e custos indiretos.

CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE CUSTEIO
CUSTEIO POR ABSORÇÃO
Este sistema tem como característica apropriar tanto custo fixo
como variável aos produtos, sendo que os produtos fabricados
“absorvem” todos os custos incorridos no período.
- Primeiro separa-se os gastos do período em despesas, custos
e investimento e levamos os custos que são apropriados ao
produtos para uma segunda etapa;
- Segundo separamos estes custos em custos diretos e indireto
onde os diretos são apropriados aos produtos conforme
medição de consumo;
- Terceiro os custos indiretos são apropriados ao produtos por
meio de critérios de rateio.

CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE
CUSTEIO
CUSTEIO VARIÁVEL
Uma vez que o volume de produção é muito relevante na
composição do valor unitário do custo de um produto,
neste método os custos fixos não são apropriados aos
produtos.
Tem como característica a apropriação aos produtos
somente os custos variáveis, sejam diretos ou indiretos.
Através deste método de custeio, obtém-se a margem de
contribuição de cada produto, linha de produto, clientes,
etc., o que possibilita aos gestores utilizá-la como
ferramenta auxiliar no processo decisório, que inclui
ações como:

CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE
CUSTEIO

a)
b)
c)
d)
e)
CUSTEIO VARIÁVEL
Identificar os produtos que contribuem mais para a
lucratividade da empresa;
Determinar os produtos que podem ter suas vendas
incentivadas ou reduzidas e aqueles que podem ser
excluídos da linha de produção.
Identificar os produtos que proporcionam maior
rentabilidade quando existem fatores que limitam a
produção (gargalos)
Definir o preço especial em condições especiais, por
exemplo, para ocupar eventual capacidade ociosa;
Decidir entre comprar e fabricar, etc.
CLASSIFICAÇÃO DOS SISTEMAS DE
CUSTEIO
CUSTEIO ABC
Método pelo qual os recursos de uma empresa
são
consumidos
pelas
atividades
executadas, e os produtos, serviços ou
outros
objetos
de
custeio
resultam
inicialmente, às atividades e, em uma etapa
seguinte, aos produtos, serviços ou outros
objetos de custeio que demandaram tais
atividades.

CUSTOS PARA DESCISÃO
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
É o valor que resta do preço de venda de um produto depois das
deduções dos custos e despesas variáveis. Valor excedente
que servirá para cobrir os custos e despesas fixos e possível
lucro contábil.
MC = PV – (CV + DV)
Sendo:
MC = margem de contribuição
PV = preço de venda
CV = custos variáveis
DV = despesas variáveis

CUSTOS PARA DESCISÃO
MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
EX: Uma empresa fabrica dois produtos, X e Y. Em certo mês
foram fabricados 800u de X e 1.100u de Y. Sabe-se que se
paga comissão de 5% sobre as vendas. Os custos incorridos
no mês foram:
- Fixos = $ 20.000,00
- Variáveis: X = $ 200,00/u e Y = $ 350,00/u
Os preços de venda praticados foram: X = 220,00/u e Y = $
350,00/u.
Determine a margem de contribuição unitária e total e o lucro da
empresa, supondo que toda a produção tenha sido vendida e
que as despesas, todas fixas, tenham sido de $ 10,000,00.

CUSTOS PARA DESCISÃO
PONTO DE EQUILÍBRIO
É o nível que a empresa atinge de vendas no qual as
receitas geradas são suficientes apenas para cobrir os
custos e as despesas. O lucro ocorrerá com vendas
adicionais, após atingido o ponto de equilíbrio.
Fórmula:
PE = Custos e despesas fixos = Custos e despesas fixos
PVu (-) CDVu
Margem Contribuição Un.
Sendo:
PVu = Preço venda unitário
CDVu = Custos e despesas variáveis unitários

CUSTOS PARA DESCISÃO
PONTO DE EQUILÍBRIO
Representação gráfica em um exemplo de custos e despesas fixos de $
1.000,00, Preço de venda um. $ 650,00 e Custos e despesas
variáveis um, $ 400,00.

Quantia
Custos e
despesas
fixos
Custos
variáveis e
despesas
variáveis
Total de
custos e
despesas
Receita total
Resultado
0
1.000,00
0,00
1.000,00
0,00
(1.000,00)
1
1.000,00
400,00
1.400,00
650,00
(750,00)
2
1.000,00
800,00
1.800,00
1.300,00
(500,00)
3
1.000,00
1.200,00
2.200,00
1.950,00
(250,00)
4
1.000,00
1.600,00
2.600,00
2.600,00
0,00
5
1.000,00
2.000,00
3.000,00
3.250,00
250,00
6
1.000,00
2.400,00
3.400,00
3.900,00
500,00
CUSTOS PARA DESCISÃO

PONTO DE EQUILÍBRIO
PE =
$ 1.000,00 = 4 un
$650,00 (-) $400,00
CUSTOS PARA DESCISÃO
PONTO DE EQUILÍBRIO
Conforme análise a ser realizada podemos partir de três situações
de ponto de equilíbrio:
PE – Ponto de equilíbrio contábil, onde a margem de contribuição
é capaz de cobrir todos os custos e despesas fixos de um
período;
PEE – Ponto de equilíbrio econômico, onde a margem de
contribuição deve cobrir além dos custos e despesas fixos
somam-se os custos de oportunidade do capital investido na
empresa;
PEF – Ponto de equilíbrio financeiro, onde a margem de
contribuição deve cobrir os custos e despesas que geram
desembolso
no
período,
desconsiderando
portanto,
depreciação e amortização e somando possíveis desembolso
com empréstimos.

CUSTOS PARA DESCISÃO
PONTO DE EQUILÍBRIO
Fórmulas:
PE = Custos e despesas fixos
PVu (-) CDVu

PEE = Custos e despesas fixos (+) Custo de oportunidade
PVu (-) CDVu
PEE = Custos e desp. fixos (-) Depreciação (+) Amort. Emprést.
PVu (-) CDVu
CUSTOS PARA DESCISÃO
PONTO DE EQUILÍBRIO
EX: Os dados de uma empresa que está viabilizando a fabricação do
produto T são:
Preço de venda = $ 400,00/u
Custo e despesas variáveis = $ 300,00/u
Custos e despesas fixos = $ 160.000,00/mês
Depreciação (inclusa nos custos e despesas fixos) = $ 20.000,00/mês.
Patrimônio Líquido = $ 16.000.000,00.
Lucro operacional desejado = 6% ao ano do Patrimônio Líquido.
Determine:
a) o PEC;
b) o PEE;
c) o PEF.

CUSTOS PARA DESCISÃO
MARGEM DE SEGURANÇA OPERACIONAL
É a quantidade de produtos ou de receitas operadas
acima do ponto de equilíbrio, representado pela
seguinte fórmula:
MSO = Volume de unidades vendidas (-) Quantidade
no ponto de equilíbrio
Quanto maior for a MSO, maior será a capacidade da
empresa gerar lucro e também maior a segurança
que ela não incorrerá em prejuízo.

CUSTOS PARA DESCISÃO
MARGEM DE SEGURANÇA OPERACIONAL
EX:
Quantidade média do produto X vendido = 10u/mês
Custos e despesas variáveis = $ 2.000,00/u
Custos e despesas fixos = $ 12.000,00/mês
Preço de venda = $ 4.000,00/u
PE(q) = 12.000,00
= 6 unidades
4.000,00 - 2.000,00
MSO = 10u (-) 6u = 4 unidades
Logo, as vendas poderão ser reduzidas em até 4 unidades ou em
até 40% sem que a empresa fique em área de prejuízo.

CUSTOS PARA DESCISÃO
MARGEM DE SEGURANÇA OPERACIONAL
EX: A J.D. Luz, fabrica e vende o produto R. Os seguintes dados
estão disponíveis:
- Quantidade vendida: 20u.
- Custos e despesas variáveis: $ 4.800,00/u
- Custos e despesas fixos: $ 32.000,00/mês
- Preço de venda: $ 8.000,00/u.
Caso a empresa conceda um aumento salarial a seus
funcionários, haverá um acréscimo de 5% nos custos e
despesas variáveis, e de 20,25% nos custos e despesas fixos.
Em função disso, qual seria a nova margem de segurança
operacional? Compare com a MSO anterior e analise o efeito
desta decisão.

CUSTOS PARA DESCISÃO
ALAVANCAGEM OPERACIONAL
É considerada assim devido resultar das
atividades operacionais sem ser afetada por
outras receitas ou despesas que venham
ocorrer.
Uma vez que os custos fixos não se modificam
os resultados variam proporcionalmente ao
volume de vendas tanto para cima quanto
para baixo.

CUSTOS PARA DESCISÃO
ALAVANCAGEM OPERACIONAL
Logo, uma empresa fabrica e vende 200 unidades
mensais do produto X, conforme dados abaixo, veja
a variação se houver uma mudança de 20 unidades
para mais ou para menos:
Preço de venda: $ 2.700,00/u
Custos e despesas variáveis: $ 1.700,00/u
Custos e despesas fixos: $ 150.000,00/mês

CUSTOS PARA DESCISÃO


ALAVANCAGEM OPERACIONAL
180 unidades
200 unidades
220 unidades
Receita de vendas
486.000,00
540.000,00
594.000,00
(-) Custos e despesas variáveis
306.000,00
340.000,00
374.000,00
(=) Margem de contribuição
180.000,00
200.000,00
220.000,00
(-) Custos e despesas fixos
150.000,00
150.000,00
150.000,00
(=) Lucro operacional
30.000,00
50.000,00
70.000,00
Variação do percentual da
Quantidade ou receita
(-) 10%
(+) 10%
Variação percentual do lucro
(-) 40%
(+) 40%
Logo, o aumento ou redução de 10% nas vendas provocam
uma variação de 40% no lucro operacional
CUSTOS PARA DESCISÃO
GRAU DEALAVANCAGEM OPERACIONAL
É a medida dos efeitos provocados nos lucros pelas alterações
ocorridas nas vendas.

GAO = variação percentual do lucro operacional
variação percentual da receita ou quantia

Conforme exemplo anterior ao passar de 200 para 220
unidades, temos:

GAO = 40% = 4 vezes
10%
Quer dizer que o lucro operacional aumentou 4 vezes em relação
ao aumento na quantidade ou na receita, o que ocorrerá a
mesma redução quando as vendas caem de 200 para 180
unidades.
CUSTOS PARA DESCISÃO
GRAU DEALAVANCAGEM OPERACIONAL
Ex: A empresa Beleza Pura Ltda., fabrica creme hidratante para
os pés. Atualmente produz e vende, mensalmente, 15.800
potes de 500g. O preço de venda é de $ 3,50 cada pote,
proporcionando um lucro operacional de 15% sobre a receita
total.
Sua produção anterior era 20% inferior, também vendia a $ 3,50 o
pote, e proporcionava um lucro de 10% sobre a receita total.
Qual foi o grau de alavacagem operacional dessa empresa?

MÉTODO ABC
Etapas do Custeio ABC
Cada atividade é considerada a geradora de
custos.
Quer dizer que cada um dos custos indiretos devem
ser relacionados ás suas respectivas atividades
por meio de direcionador de recursos, que melhor
representam as formas de consumo desses
recursos, e em seguida apropriado aos produtos
ou serviços, conforme os direcionadores de
atividade mais adequado.

MÉTODO ABC
Primeira etapa:
Devem-se identificar as atividades executadas em
cada departamento;
Identificar as atividades mais relevantes, usando
técnicas de entrevistas com gestores, aplicação de
questionário e observação técnica.
As atividades podem ser ações ou trabalhos
específicos realizados com o objetivo de converter
recursos em produtos e serviços.
-
MÉTODO ABC
Exemplo:
Departamento
Atividades
Compras
Comprar materiais; desenvolver fornecedores
Almoxarifado
Receber materiais; movimentar materiais
Montagem
Preparar máquinas; montar conjuntos
Pintura
Preparar máquinas; pintar conjuntos montados
MÉTODO ABC
Segunda etapa:
Distribuição dos recursos às atividades para posterior
distribuição aos produtos, na seguinte ordem:
a) Apropriação direta: é feita quando é possível identificar o
recurso com um atividade valida específica;
b) Rastreamento por meio de direcionadores que melhor
representam a relação entre o recurso e a atividade. Como
por exemplo o nº de funcionários, a área ocupada, o
consumo de energia, etc.
c) Rateio, quando não houver condições de apropriação
direta ou por rastreamento. Procura-se a base mais
adequada.
-
MÉTODO ABC
ESTRUTURA DO CUSTEIO ABC
Deve-se estruturar em dois ou mais estágios,
dependendo do nível de detalhamento. No sistema
de dois estágios temos:
PRIMEIRO: os custos dos recursos são apropriados às
atividades, utilizando para isso os direcionadores de
recursos.
- Direcionador de recurso: são aqueles que
identificam como as atividades consomem recursos,
considerando a relação entre estes e as atividades,
e permitindo custeá-las.

MÉTODO ABC
SEGUNDO: Apropriam-se os custos das
atividades aos produtos, utilizando para isto
os direcionadores de atividades.
- Direcionadores de Atividades: São aqueles
que identificam como os objetos de custeio
consomem as atividades, permitindo custeálas.

MÉTODO ABC

Exemplo de direcionadores:
Departamentos
Compras
Almoxarifado
Montagem
Pintura
Atividades
Direcionadores
Comprar materiais
Número de pedidos
Desenvolver fornecedores
Número de fornecedores
Receber materiais
Número de recebimentos
Movimentar materiais
Número de requisições
Preparar máquinas
Tempo de preparação
Montar conjuntos
Tempo de montagem
Preparar máquinas
Tempo de preparação
Pintar conjuntos montados
Tempo de pintura
CUSTOS E ESTRATÉGIA

“A estratégia representa o conjunto de
objetivos, fins ou metas, além das políticas e
plano mais importantes para alcançá-lo, que
devem ser estabelecidos de forma que fique
definida em que classe de negócio a
empresa opera, em qual vai operar e que
tipo de negócio pretende ser.” BRUNI (2007)
CUSTOS E ESTRATÉGIA

-
-
CURVA DE APRENDIZAGEM
A medida que o número de unidades fabricadas
aumenta, o custo marginal unitário, isto é, o custo por
unidade adicional fabricada cai. Quanto mais
experiência acumulada da produção menor podem
ser o custo, tais como:
Aumentos de eficiência na mão-de-obra;
Novos desenhos e melhores métodos de fabricação;
Redesenho do produto;
Economias de escala;
Substituição de insumos.
Curva de Aprendizagem

Custo marginal cai com aumentos de produção
Volume
Custo
unidades Unitário
100,00
2
80,00
4
64,00
8
51,20
16
40,96
32
32,77
64
26,21
Custo Unitário ($)
1
95,00
70,00
45,00
20,00
0
20
40
Unidades produzidas
60
CUSTOS E ESTRATÉGIA

CICLO DE VIDA DO PRODUTO
Fases apresentadas pelas vendas dos produtos onde
são divididas da seguinte forma:
- Fase inicial e embrionária – baixa venda e baixo
crescimento inicial de vendas;
- Fase de crescimento – níveis substanciais de aumentos;
- Fase maturidade – estabilização das vendas
- Fase declínio - redução substancial das vendas;
(O que as empresas deveriam fazer para possibilitar a
continuidade dos produtos?)

CUSTOS E ESTRATÉGIA

CICLO DE VIDA
CUSTO E ESTRATÉGIA



CUSTEIO DO CICLO DE VIDA
Deve ser analisado de forma que o gasto
incorrido para o custo de determinado
produto ou serviço deve ser o menor
possível em seu valor presente no longo de
sua vida.
Podemos usar o Valor Presente Líquido,
para encontrar o fluxo deste investimento
inicial.
CUSTO E ESTRATÉGIA
CUSTEIO DO CICLO DE VIDA
Conforme dados de dois investimentos teríamos os seguintes
valores presentes:
Análise do custo do ciclo de vida.

WQZ 500
Custo Inicial
Manutenção anual
Anos
Taxa de juros aa
Hurks 89
500.000,00
550.000,00
60.000,00
52.000,00
10
10
20%
20%
VPL (Custo do Ciclo de Vida
WQZ 500: [f] [REG] 500000 [g] [CF0] 60000 [g] [CFj] 10 [g] [Nj] 20
[i] [f] [NPV] o resultado será = 751.548,33
Hurks 89: [f] [REG] 550000 [g] [CF0] 52000 [g] [CFj] 10 [g] [Nj] 20
[i] [f] [NPV] o resultado será = 768.008.35
CUSTO E ESTRATÉGIA
Matriz crescimento-participação de mercado
Ferramenta de análise estratégica de custo, e
rentabilidade de uma empresa. Crescimento e
Participação de Mercado (do inglês Growth-Share
Matrix), elaborado pelo Goston Consulting Group
(BCG).
Onde a empresa pode ser classificada em crescimento
no mercado no qual o produto se insere e a
participação da empresa nesse mercado

CUSTO E ESTRATÉGIA
Crescimento do Mercado
Matriz BCG
?
+
+
-
Participação da Empresa
CUSTO E ESTRATÉGIA

-
-
Matriz crescimento-participação de mercado
Crescimento do mercado: representa a evolução
das vendas no mercado no qual o produto, serviço
ou unidade de negócio está inserido
Participação no mercado: Indica o percentual das
vendas da empresa em relação ao mercado. Quanto
maior a participação , provavelmente maiores serão
os benefícios obtidos pela empresa em função da
escala e da curva de aprendizagem.
CUSTO E ESTRATÉGIA

-
-
-
-
Matriz crescimento-participação de mercado
Estrela – negócios altamente atrativos, nos quais a
empresa possui forte posição competitiva;
Vaca Leiteira – negócios com alta participação de
mercado, situados em mercados com baixo
crescimento.
Ponto-de-interrogação – negócios com maiores
oportunidades, com produtos com baixa participação
situados em mercados com grande crescimento;
Cachorro – negócios com baixa participação em
mercados com baixo crescimento.
CUSTO E ESTRATÉGIA

Matriz crescimento-participação de mercado
Categoria
Participação
de mercado
Lucratividade
do negócios
Investimento
necessário
Fluxo de
caixa Líquido
Estrelas
Manter ou
aumentar
Alta
Alto
Nulo ou
levemente
negativo
Vacas
Leiteiras
Manter
Alta
Baixo
Fortemente
positivo
Ponto-deAumentar;
interrogação mergulhar ou
realizar
Nula ou
Ligeiramente
negativa
Muito alto ou
desinvestir
Fortemente
negativo ou
positivo
Cachorros
Nula ou
ligeiramente
negativa
Desinvestir
Positivo
Mergulhar ou
realizar
SISTEMAS DE GESTÃO DE CUSTOS
Devido necessidades de controle e decisão, além de
avaliação de estoque, é comum ver empresas
implantarem sistemas de custos repentinamente,
achando que será a salvação.
Só que não maioria das vezes estão enganadas, pois
primeiro nenhum sistema é capaz de resolver todos
os problemas e segundo para atingir sua
capacidade de funcionar como instrumento de
administração, precisa desenvolver-se e aprimorarse.

SISTEMAS DE GESTÃO DE CUSTOS


O sucesso de um sistema de informação depende
do pessoal que alimenta e faz funcionar e sabemos
que o nível de conhecimento das pessoas
envolvidas nas fases iniciais do processamento das
informações e baixa (pessoal da produção).
Logo, para implantação de qualquer sistema de
custo é necessário começar com rotinas e
formulários simples e com números que no início
sejam fáceis de se obter. Sem esquecer de
treinamento para garantir a melhora contínua das
informações levantadas.
SISTEMAS DE GESTÃO DE CUSTOS
QUANTIFICAÇÕES FÍSICAS
Pouco vai adiantar saber se o consumo de tinta
passou de $ 600,00 para 800,00 se não existirem
paralelamente informações sobe o volume físico
consumido e produção realizada.
A grande utilidade dos sistemas de custos é controle
de volumes físicos consumidos e fabricados.
Mas podemos depara por certos dados físicos não são
economicamente viável o seu levantamento, neste
caso não se controla e passa para outra fase.

SISTEMAS DE GESTÃO DE CUSTOS
REAÇÃO AO SISTEMA
Independentemente do sistema de custo
implantado sempre existirão problemas com
resistência das pessoas.
O maior cuidado é com reações “passiva”,
onde pessoas dizem que vão ajudar, mas
não fazem o que lhe é pedido.

SISTEMAS DE GESTÃO DE CUSTOS
CUSTO DO SISTEMA E SEU BENEFÍCIO
 Toda informação é necessária a administração, mas toda
informação provoca um gasto e pode trazer um benefício, qual
será esta relação custo x benefício?
- Quanto se gasta para saber o custo do calçado nº 40 do modelo
X, e qual será sua ulilidade dessa informação? Irá a empresa
cortar este número? Não é melhor saber se a linha do modelo
X é interessante?
- Ou, então de que adianta o dado relativo ao consumo de papel
por filial se esse montante é irrisório? Por que não controlá-lo
só pelo total?
A Implantação de um sistema de custos deve ser visto como um
projeto e precisa ter a sua viabilidade econômica comprovada.

SISTEMAS DE GESTÃO DE CUSTOS
ESCOLHA DO SISTEMA
Qual sistema mais adequado? Pelo custo Real ou Real
com Padrão, se por Absorção ou Variável. Deve-se
começar pelo fim.
Quer dizer, para que se quer o sistema, para quem,
quais informações serão necessárias e para quem?
A decisão de qual modelo usar depende de qem vai
receber as informações na ponta da linha e o que
fará com elas. Isso definirá o modelo.

SISTEMAS DE GESTÃO DE CUSTOS
IMPLANTAÇÃO GRADATIVA
Devido as reações contrárias à implantação de
qualquer sistema de custos, a implantação deve ser
gradativa.
- Motivar
o pessoal envolvido, demonstrar a
necessidade das informações e a importância que
um pequeno número terá no funcionamento do
esquema inteiro;
- Trinar o pessoal envolvida, não apenas com
circulares ou ordens escritas, mas de forma pessoal.
- Pedir outra informação só após ter certeza que a
primeira solicitada foi cumprida.

FORMAÇÃO DE PREÇOS



Formação de preço de venda concentrado-se na
abordagem dos custos.
Embora se possa calcular os custos dos produtos
com o máximo rigor, utilizando-se de diferentes
métodos de custeio (por absorção, variável, ABC,
etc.), é na hora de definir o preço, que deparamos
por problemas operacionais complexos.
Pois os preços fogem dos controles operacionais
por fatores externos, decidir o preço de um produto
envolve muito mais que simplesmente cálculos.
FORMAÇÃO DE PREÇOS
Devido diversas variáveis que contribuem para
definição do custo, qualquer que sejam os conceitos
de mensuração utilizados para apuração do custo, o
paradigma aceitável é de que o preço representa um
equação:
P=C+L
Sendo:
P = preço
C = custo
L = lucro

FORMAÇÃO DE PREÇOS


Temos um problema na forma de determinação de preços, a
questão de monopólio, de mercado, de consumidor, onde
este passam a influenciar o preço das mercadorias
ofertadas. Mas a empresa precisa um preço que remunere
adequadamente os investimentos realizados.
Com isto o custo deixa de ser a base de formação de preço,
mas sim o valor que a empresa pode despender para
fabricar o produto, atendendo assim os consumidores, que
determinam o preço e os proprietários das empresas que
determinam o lucro, ficando a fórmula assim:
P–L=C
FORMAÇÃO DE PREÇOS
CUSTO-META ou CUSTO-ALVO
Sabendo que o mercado interfere diretamente no preço de venda
do produto, a empresa deve calcular o custo de seu produto
certificando-se que ele não ultrapasse o custo resultante da
fórmula P – L = C (preço – lucro = custo).
Então supondo que a empresa tenha um produto onde o preço de
mercado é R$ 100,00 e a empresa deseja ter um lucro sobre
preço de venda de 20%, o custo que este produto deverá
alcançar será de:
Preço de mercado.......................
$ 100,00
(-) Lucro esperado ......................
$ 20,00
(=) Custo máximo permitido .......
$ 80,00

FORMAÇÃO DE PREÇOS
ABORDAGEM SOBRE ESTABELECIMENTO DE PREÇO
As mais conhecidas são orientadas pela teoria econômica,
pelo mercado e pelos custo.
- A teoria econômica é consistente com a relação
demanda/preços;
- A teoria de mercado têm como referência os preços
praticados pelos concorrente, tornando a empresa uma
“seguidora” de preços;
- A teoria pelos custos, considera que os custo devem ser
suficiêntes para cobrir todos os custos e despesas, além de
proporcionar um lucro capas de remunerar os investimentos
realizados.
FORMAÇÃO DE PREÇOS
LUCRO E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
Lucro é representado pela diferença entre a receita
líquida de vendas e o montante de custos e
despesas, que podemos diferenciar em três níveis.
- Lucro bruto: a diferença entre a receita líquida de
vendas (sem impostos) e o custo (CPV, CMV);
- Lucro operacional: a diferença entre o lucro bruto e
as despesas operacionais;
- Lucro líquido: é o quanto sobra da receita que fica à
disposição dos proprietários da empresa;

FORMAÇÃO DE PREÇOS
LUCRO E MARGEM DE CONTRIBUIÇÃO
Margem de Contribuição: é a diferença entre a
receita líquida de vendas e o montante de
custos e despesas variáveis. É a
contribuição dos produtos vendidos para a
cobertura dos custos e despesas fixos da
empresa, que após esta cobertura o que
sobrar será o lucro da empresa.

FORMAÇÃO DE PREÇOS
MARK-UP
Margem geralmente expressa na forma de um índice ou
percentual, que é adicionada ao custo dos produtos. Sendo
que o custo apresentará variações em função do método
utilizado (absorção, variável, pleno, etc.).
Sendo:
Custeio por absorção: método que consiste em atribuir aos
produtos os custos de produção, sejam fixos ou variáveis;
Custeio variável: método que consiste em atribuir aos produtos
apenas os custos variáveis;
Custeio pleno: método que consiste em atribuir aos produtos
todos os custos de produção e todas as despesas.

FORMAÇÃO DE PREÇOS
MARK-UP PARA O PREÇO DE VENDA À VISTA
- Cálculo pelo custeio por absorção
Na composição do mark-up é necessário determinar:
O percentual das despesas de vendas e
administrativas, podem ser obtidos por meio das
demonstrações de resultados do exercício (DRE) de
períodos anteriores, relacionando-se os valores das
despesas com a receita líquida de vendas;
O percentual de lucro desejado;
As alíquotas dos impostos incidentes sobre as receitas
da empresa

FORMAÇÃO DE PREÇOS
Exemplo: alíquotas de impostos hipotéticas
Receita de vendas...............
100,00%

ICMS....................................
PIS.......................................
Cofins..................................
Comissões..........................
23,65% de impostos e taxas sobre vendas
Despesas de vendas .........
Despesas administrativas...
Lucro antes do Imp. de renda
32,00% de margem de lucro bruto.
Total = 23,65% + 32,00% = 55,65%
18,00%
0,65%
3,00%
2,00%
5,00%
7,00%
20,00%
FORMAÇÃO DE PREÇOS
Temos os seguintes mark-ups:
Por divisor:
(100% - 55,65%) / 100% = 0,4435

Por multiplicador:
(1 / 0,4435) = 2,25479
FORMAÇÃO DE PREÇOS
Cálculo pelo custeio variável
O custo do produto corresponde apenas a seus custos
variáveis: matéria-prima, mão-de-obra direta e
custos indiretos variáveis. Os custos indiretos fixos é
obtido
de
mesma
forma
das
despesas
administrativas e de vendas, e são somados aos
impostos, e outros.
Os cálculos feitos para determinar o mark-up divisor e
o multiplicador seguem os mesmos critérios.

FORMAÇÃO DE PREÇOS
Cálculo pelo custeio pleno
O Custo do produto corresponde aos custos de
fabricação do produto, acrescido das
despesas de vendas e administrativas.
Os cálculos feitos para determinar o mark-up
divisor e o multiplicador seguem os mesmos
critérios.

FORMAÇÃO DE PREÇOS
Definição de preço de venda a vista
Considerando o custo unitário de R$ 50,00 para o produto X,
calculado pelo método de custeio por absorção, teríamos:
Utilizando o mark-up divisor:
PV à vista = Custo / mark-up
PV à vista = $ 50,00 / 0,4435
PV à vista = $ 112,74
Utilizando o mark-up multiplicador:
PV à vista = custo X mark-up
PV à vista = $ 50,00 X 2,25479
PV à vista = $ 112,74

FORMAÇÃO DE PREÇOS
Definição de preço de venda a vista
Decompondo esse preço, temos:
Preço de venda à vista................ $ 112,74
(-) ICMS (18% de $ 112,74)........
$ 20,29
(-) PIS (0,65% de $ 112,74)........
$ 0,73
(-) Cofins (3% de $ 112,74).........
$ 3,38
(=) PV sem impostos................... $ 88,34
(-) Comissões (2% de $112,74)..
$ 2,25
(=) PV líquido............................... $ 86,09
(-) Custos..................................... $ 50,00
(=) Margem de lucro bruto........... $ 36,09
(-) Desp. Vendas (5% de $ 112,74) $ 5,64
(-) Desp. Adm. (7% de $ 112,74). $ 7,89
(=) Lucro Antes do IR..................
$ 22,56

FORMAÇÃO DE PREÇOS
Consideração a respeito do ICMS e do IPI
Enquanto o ICMS é incluso no preço o IPI é adicionado e cobrado
do cliente.
Logo, o preço de venda à vista do produto X como IPI será:
PV com IPI = PV com ICMS x (1 + IPI%)
100
Dado o exemplo com IPI de 10% temos:
PV com IPI = $ 112,74 x (1 + 0,10)
= $ 112,74 x (1,10)
= $ 124,01

FORMAÇÃO DE PREÇOS
Definição de preço a prazo
O custo financeiro a qual é concedido a venda a prazo ao cliente
deve ser incluso na formação do preço de venda, onde a
remuneração deve pela taxa de captação de recursos próprios
ou pelo mercado financeiro nas operações de desconto de
duplicatas.
Ex: Em uma composição de mark-up, onde o custo financeiro é de
3% am, e o prazo concedido ao cliente é de 30 dias temos o
seguinte utilizando primeiro o seguinte cálculo:
j = [(1+i)n -1] x 100
j = [(1+0,03)¹ ] x 100
j = 3,00%

FORMAÇÃO DE PREÇOS
Definição de preço a prazo (despesas não se alteram)
Mark-up divisor:
[100% - (23,65% + 3,00%)] / 100% = 0,7335
PV a prazo = (custo + margem de lucro bruto) / mark-up
PV a prazo = ($ 50,00 + $ 36,09) / 0,7335
PV a prazo = $ 117,37
Mark-up multiplicador:
(1 / 0,7335) = 1,36332
PV a prazo = (custo + margem de lucro bruto) / mark-up
PV a prazo = ($ 50,00 + $ 36,09) x 1,36332
PV a prazo = $ 117,37

FORMAÇÃO DE PREÇOS
Definição de preço a prazo
Decompondo esse preço, temos:
Preço de venda à vista................
(-) Custo financeiro (3% de $ 117,37)
(-) ICMS (18% de $ 117,37)........
(-) PIS (0,65% de $ 117,37)........
(-) Cofins (3% de $ 117,37).........
(=) PV sem impostos...................
(-) Comissões (2% de $117,37)..
(=) PV líquido...............................
(-) Custos.....................................
(=) Margem de lucro bruto...........
(-) Desp. Vendas (5% de $ 112,74)
(-) Desp. Adm. (7% de $ 112,74).
(=) Lucro Antes do IR..................

$ 117,37
$ 3,52
$ 21,13
$ 0,76
$ 3,52
$ 88,44
$ 2,35
$ 86,09
$ 50,00
$ 36,09
$ 5,64
$ 7,89
$ 22,56
FORMAÇÃO DE PREÇOS
Definição de preço a prazo
Podemos calcular um fator que representa a variação entre o preço de
venda a prazo e o preço à vista.
Fator de acréscimo de preço =
= PV a prazo / PV à vista
= $ 117,37 / $ 112,74
= 1,04106
Adicionando ao fator de mark-up de preço a vista, temos:
Mark-up divisor: 0,4435 / 1,04106 = 0,42600
Mark-up multiplicador: 2,25479 x 1,04106 = 2,34737
Logo:
PV a prazo = $ 50,00 / 0,42600 = $ 117,37
PV a prazo = $ 50,00 / 2,34737 = $ 117,37

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