FILOSOFIA

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FILOSOFIA
LUCI BONINI
A mente que se abre para uma nova ideia,
jamais retorna ao seu tamanho original. A. Eistein
PROGRAMA DA
DISCIPLINA
Ementa
• A disciplina de Filosofia aborda
fundamentos filosóficos como
instrumentais de reflexão e compreensão
do universo no qual se inserem as
atividades sociais e o profissional da área
de ciências jurídicas para o
desenvolvimento de uma visão crítica da
realidade em sua diversidade cultural.
Objetivo
• Identificar os conceitos básicos da
filosofia, possibilitando a sua
compreensão no contexto da realidade
contemporânea.
• Refletir sobre a realidade social e a vida
cotidiana nos âmbitos profissional e
pessoal utilizando instrumentos de
reflexão filosófica, criticidade e rigor
filosófico.
Conteúdo programático
•
Unidade I – Filosofia: aspectos teóricos e
conceituais
•
•
•
Conceitos e terminologia
A Filosofia e o conhecimento humano
Unidade II – Origem e desenvolvimento
histórico
•
•
2.1 Origem e desenvolvimento
histórico
2.2 Principais períodos e escolas
• Unidade III – a racionalidade instrumental
– prisão na imanência do mundo
• 3.1 Campos de investigação da filosofia
• 3.2 A concepção de homen – Ideologia e
Socialização
• Unidade V – filosofia: a reflexão filosófica
na vida cotidiana
• 4.1 Indústria Cultural e Teoria Crítica da
Sociedade
• 4.2 Ética e Moral – conceitos e definição
• 4.3 Atitude reflexiva, análise e crítica do
cotidiano
• Unidade V – filosofia: a reflexão filosófica
na vida cotidiana
• 4.1 Indústria Cultural e Teoria Crítica da
Soceidade
• 4.2 Ética e Moral – conceitos e definição
• 4.3 Atitude reflexiva, análise e crítica do
cotidiano
• Metodologia
– Aulas expositivas dialogadas, estudo dirigido,
seminários de pesquisa
• Forma de Avaliação
– A avaliação do desempenho é realizada de forma
contínua a fim de diagnosticar o desenvolvimento do
processo de aprendizagem por meio dos seguintes
instrumentos em conformidade com as normas da
IES.
– 1. Avaliação discursiva
– 2. Avaliação Objetiva
– 3. Participação em sala de aula
– 4. Avaliação Interdisciplinar
Bibliografia - Básica
• ARANHA, Maria Lucia de Arruda; MARTINS
Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à
filosofia. 3ª.ed. São Paulo: Moderna. 2007
• CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13ª.ed.
São Paulo. Ática. 2005
• GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Introdução à
Filosofia. 1ª.ed. São Paulo: Manole. 2003
• ADORNO, Theodor. Educação e Emancipação.
2ª.ed. São Paulo: Paz e Terra. 2000
Bibliografia - Complementar
• ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de Filosofia.
3ª.ed. São Paulo: Moderna. 2005
• CHAUÍ, Marilena de Sousa. Introdução à história da
Filosofia. 3ª.ed. São Paulo: Cia. Das Letras. 2002
• MARITAIN, Jacques. Elementos de Filosofia i:
Introdução geral à Filosofia. 18ª.ed. São Paulo: Agir.
2001
• REALE, Miguel. Introdução à Filosofia. 4ª.ed. São Paulo:
Saraiva. 2004
• COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. 16ª.ed.
São Paulo: Saraiva. 2006
Algumas reflexões a partir do livro de:BITTAR, Eduardo C.
B. & ALMEIDA, Guilherme Assis de. Curso de Filosofia
do Direito. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2009
• Filosofia e o simbolismo da sabedoria
– Em muitas línguas (hibou, no francês, owl, no
inglês, Eule, no alemão) a coruja é a ave que
simboliza a sabedoria. Isso se deve ao fato de,
na tradição grega, a coruja (koukoubagía) ter
sido vista como a ave de Athena (Minerva, para
os romanos), ou seja, como símbolo da
racionalidade e da sabedoria (sophia), como a
representação da atitude desperta, que procura e
que não dorme, que age sob o fluxo lunar e que,
portanto, não dorme quando se trata da busca do
conhecimento. (p. 1)
• A sabedoria realmente evoca experiência
e capacidade de absorção reflexiva da
experiência mundana
• (...) O espanto diante do mundo.
• A coruja que plana e que observa à
distância, com grandes olhos, retira das
alturas sua vantagem na observação.
(p.2)
• O mosteiro, que para a sociedade medieval é
o lugar, por definição, da reclusão, da vida
monástica, da oração, da preservação da
tradição, da proclamação da fé e da ligação
com o divino, da concentração no espiritual
e, exatamente por isso, o lugar da busca da
ascese espiritual que se faz somente na
proximidade do caelum, confere aos monges
a condição de mediadores entre o mundo
humano (mundo terreno) e o mundo divino
(mundo celeste), se situando entre ambos.
(p. 2)
Mosteiro Bizantino em Meteora na
Grécia
• Por sua vez, a fortaleza desempenha o papel
defensivo contra os ataques sorrateiros do
inimigo, especialmente em uma sociedade
profundamente dividida, sujeita a invasões
permanentes e especialmente descentrada
de uma unificação das forças de defesa e
proteção. Por isso, a fortaleza se posta sobre
a colina, próxima ao despenhadeiro, de onde
a sentinela pode tudo observar. Um mundo
acossado permanentemente pelo medo é um
mundo para o qual é necessário todo tipo de
atitude defensiva, e as comunidades
procuram o abrigo dos muros fortificados. (p.
2)
Fortaleza – Castelo Medieval
• O filósofo se distancia para compreender,
o monge se distancia para contemplar e o
guerreiro se distancia para ter a visão
defensiva estrategicamente completa. (...)
theorós, a daquele que se posta a
observar. (p. 3)
Vamos resumir: um coelho branco é tirado de
dentro de uma cartola.
Todas as crianças nascem
bem na ponta dos finos
pêlos do coelho. Por isso
elas conseguem se
encantar com a
impossibilidade do
número de mágica a que
assistem. Mas conforme
vão envelhecendo, elas
vão se arrastando cada
vez mais para o interior da
pelagem do coelho...
E ficam por lá. Lá embaixo é tão confortável que elas
não ousam mais subir até a ponta dos finos pêlos, lá
em cima.
Só os filósofos têm ousadia para se lançar nesta jornada rumo
aos limites da linguagem e da existência.
Alguns deles ...
berram para as
pessoas que
estão lá embaixo...
Mas nenhuma das
pessoas lá de
baixo se interessa
pela gritaria dos
filósofos. (Gaarder, O
Mundo de Sofia)
Quem
sou?
Por que estou aqui?
Como o mundo começou?
Existe um Deus?
Para onde e vou depois de morrer?
A racionalidade deu à luz a todas
as ciências
• Física, Química,
Biologia e até
Matemática já fizeram
parte da Filosofia.
• Mas, com o avanço
da tecnologia, a
filosofia e a ciência se
separaram.
Então, para que serve a filosofia
hoje em dia?
• Os filósofos são muito mais procurados
por serem preparados para pensar
claramente sobre os problemas.
• É comum jornais e outros meios de
comunicação perguntarem a opinião de
filósofos sobre os temas atuais.
• Até governos, hospitais, museus e arquitetos pedem
seus conselhos e pareceres.
• Muitos filósofos
trabalham em
universidades.
• Eles ensinam aos
jovens como pensar e
argumentar
claramente
estudando outros
filósofos.
Conceitos
• A palavra filosofia é de origem grega.
• É composta por duas outras: philo e
sophia.
• Philo deriva-se de philia, que significa
amizade, amor fraterno, respeito entre os
iguais.
• Sophia quer dizer sabedoria e dela vem a
palavra sophos, sábio.
• Filosofia é a arte que busca conhecer
racionalmente a natureza, o ser humano,
o universo e as transformações que neles
ocorrem.
• Entende-se por filosofia grega os períodos
que existiram antes e depois de Sócrates,
sendo eles:
– Período pré-socrático,
– Período socrático,
– Período sistemático
– Período helenístico.
• Filosofia é razão - O
Filósofo é a razão em
movimento na busca
de si mesma.
• A idéia da Filosofia
como razão
consolidou-se na
afirmação de
Aristóteles: "O
homem é um animal
racional".
Razão
• X + 2y - 5 =0
• A Terra gira em torno do
sol
• Todos os homens são mortais.
Sócrates é homem, logo Ele é
mortal
• Filosofia é Paixão O Filósofo antes de
tudo é um amante da
sabedoria.
• O que move o mundo
não é a razão, mas a
paixão. "O coração
tem razões que a
própria razão
desconhece" Pascal
• Filosofia é Mito - O Filósofo é um mítico em busca da verdade
velada.
• Só pensamos naquilo que cremos, e só cremos naquilo que
queremos.
• O mito para a Filosofia é vital, pois cria ícones possíveis do
mundo das idéias.
• "Há mais mistérios entre os céus e a terra do que pressupõe a
vossa vã Filosofia". William Shakespeare.
Características da Filosofia
• Aristóteles espanto,
com o
reconhecimento da
ignorância.
• ignorância 
incapacidade de dar
sentido à vida e ao
universo.
• Alegoria da caverna.
• Reivindicação de liberdade: o filósofo reconhece
a sua razão como a capacidade mais importante
do ser humano conjunto de capacidades de
pensar, de explicar os fenômenos, de calcular,
de prever, de projetar, de sonhar, de imaginar,
de criar e, também, de destruir, pois a
racionalidade não está isenta de erro
• Errar é uma possibilidade que está aberta ao
ser humano
• Liberdade motivação e um quadro valorativo
que oriente o uso da liberdade.
Espanto
Reconhe
cimento
da
Ignorância
Busca
da verdade
Radicalidade
Univer
salidade
Auto
nomia
OBJETO DA FILOSOFIA
• Questões
metafísicas:
• Meta  além do
físico
– problemas do
ser e da
realidade
– o Homem como
fundamento e
suporte de tudo
o que existe
• Questões lógicas:
problemas do pensar.
• Questões gnoseológicas ou teoria do conhecimento:
problemas do conhecimento em geral.
• Questões epistemológicas,
de teoria e filosofia da
ciência: problemas do
conhecimento científico e da
ciência
• Enquanto as outras ciências
conhecem, a filosofia estuda
a possibilidade do próprio
conhecimento, os seus
pressupostos e os limites do
conhecimento possível.
• Questões de
axiologia, ética,
filosofia política,
estética, etc.:
problemas dos
valores e da ação
humana - ao contrário
das outras ciências
que estudam o que é,
a filosofia estuda o
que deve ser
• Questões de filosofia da linguagem: problemas da
linguagem - a filosofia estuda a linguagem das
outras ciências na perspectiva da sua estrutura.
A Filosofia na Grécia Antiga
O Mito x A Razão
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Porque é que chove?
O que é o trovão?
De onde vem o relâmpago?
Por que razão crescem as ervas?
Por que razão existem os montes?
Por que razão tenho fome?
Por que razão morrem os meus semelhantes?
Porque é que cai a noite e a seguir vem o dia de novo?
O que são as estrelas?
Por que razão voam os pássaros?...
O Mito
• As explicações
míticas e religiosas
foram antepassados
da ciência moderna
Uma sociedade racionalizada
• A Grécia entre os séculos VII e V a.C era
uma sociedade justa, livre de preconceitos
e democrata......?????? ERA?????
• Na verdade democracia era um equilíbrio
entre as diferentes camadas sociais
A escrita
• Entre os gregos ela é de domínio comum
 ideologicamente isso poderia significar
que todos tinham acesso ao
conhecimento, à ampla difusão das ideias
• Não há sacerdotes que tenham monopólio
de livros sagrados, por exemplo
A religião
• É frágil  os
deuses têm
características
humanas e
pouco servem
para inspirar um
pensamento
religioso
Mitos e deuses
• Quando surgiu a ciência?
– o que é a ciência? Ora, o termo "ciência“
• a ciência da natureza é o estudo
sistemático e racional, baseado em
métodos adequados de prova, da
natureza e do seu funcionamento.
Os Períodos Principais do
Pensamento Grego
• I. Período pré-socrático (séc. VII-V a.C.) - Problemas
cosmológicos.
• II. Período socrático (séc. IV a.C.) - Problemas
metafísicos. Período Sistemático ou Antropológico: o
período mais importante da história do pensamento
grego (Sócrates,Platão, Aristóteles)
• III. Período pós-socrático (séc. IV a.C. - VI p.C.) Problemas morais. Período Ético
• IV. Período Religioso: assim chamado pela importância
dada à religião, para resolver o problema da vida, que a
razão não resolve integralmente
Os Pré-Socráticos
Antes de Sócrates
• Homero = Ilíada e Odisseia – narrativas
épicas que mostravam as guerras entre
gregos e outras cidades estados
– Ilíada narra a guerra de Tróia (Ílion em
grego)
– Odisséia  narra as viagens de Ulisses
Péricles (c. 495/492 a.C.–429 a.C.)
• Justiça é a realização palpável da
atividade humana
– O homem é responsável pelo seu destino
– A vontade humana deve conter o desejo de
ser bom
Pré Socráticos I
• Século VI a.C.  Universo e com os
fenômenos da natureza.  início do
conhecimento científico.
• Tales de Mileto  Todas as coisas estão cheias de
deuses. O imã possui vida, pois atrai o ferro., Anaximandro e
Heráclito.
• Anaximandro de Mileto (611-547 A.C.)
"Ápeiron“  princípio universal uma substância
indefinida, o ápeiron (ilimitado)
Anaximandro (610 - 547 a.C.)
• Há uma lei que governa o cosmos
(kosmos)
– Isso nos dá certeza e regularidade
– O Universo se governa pelo equilíbrio das
forças contrárias ( ódio/amor; quente/frio;
justo/injusto)
Pré Socráticos II
• Demócrito e Leucipo partem do eleatismo.
– Acredita no movimento porque o pensamento é um
movimento o movimento existe porque eu penso e o
pensamento tem realidade.
• Mas se há movimento deve haver um espaço vazio 
–
1) o movimento espacial só pode ter lugar no vazio, pois o pleno não pode
acolher em si nada que Ihe seja heterogêneo; 2)a rarefação e a condensação só
se explicam pelo espaço vazio;
– 3) o crescimento só se explica porque o alimento penetra nos interstícios do
corpo;
– 4) em um vaso cheio de cinza pode-se ainda derramar tanta água quanta se ele
estivesse vazio, a cinza desaparece nos interstícios vazios da água.
• os átomos.
Heráclito de Éfeso (aprox. 540 a.C. - 470 a.C.)
• A todos os homens é compartilhado o
conhecer-se a si mesmpo e pensar
sensatamente
• A lei serve à cidade: deve ser re´peitada e
conservada para a manutenção da ordem
Demócrito (cerca de 460 a.C. - 370 a.C.)
• Inimigo não é quem comete injustiça, mas
o que quer cometê-la
• Não por medo, mas por dever, evitai os
erros
Pitágoras
• Matemática, música
– está associado ao teorema de Pitágoras da
geometria
– A escola pitagórica era profundamente mística;
atribuía aos números e às suas relações um
significado mítico e religioso.
– Ciência e a religião estavam misturadas nos
primeiros tempos.
– Afinal, a sede de conhecimento que leva os seres
humanos a fazer ciências, religiões, artes e filosofia é
a mesma.
• Segundo o pitagorismo, a essência, o
princípio essencial de que são compostas
todas as coisas, é o número, ou seja, as
relações matemáticas.
• Da racional concepção de que tudo é
regulado segundo relações numéricas,
passa-se à visão fantástica de que o
número seja a essência das coisas.
Teorema de Pitágoras
Cosmogonia
Período Clássico ou Período
Socrático.
• Sócrates  o
funcionamento do
Universo dentro de uma
concepção científica.
• Para ele, a verdade está
ligada ao bem moral do
ser humano.
• Suas idéias foram
conhecidas através dos
diálogos de Platão.
• Os séculos V e IV a.C. na
Grécia Antiga foram de
grande desenvolvimento
cultural e científico.
• O sistema político
democrático de Atenas
proporcionou o
desenvolvimento do
pensamento.
Sócrates
• "Ó homens, é muito
sábio entre vós
aquele que,
igualmente a
Sócrates, tenha
admitido que sua
sabedoria não
possui valor
algum".
Conhece-te a ti mesmo
• Nasceu Sócrates em 470 ou 469 a.C., em
Atenas, filho de Sofrônico, escultor, e de
Fenáreta, parteira.
Ironia
• Sócrates adotava sempre o diálogo 
assumia humildemente a atitude de quem
aprende e ia multiplicando as perguntas
até colher o adversário presunçoso em
evidente contradição e constrangê-lo à
confissão humilhante de sua ignorância
 ironia socrática.
Maiêutica
• Num segundo caso, tratando-se de um
discípulo multiplicava ainda as perguntas,
dirigindo-as agora ao fim de obter, por
indução dos casos particulares e
concretos, um conceito, uma definição
geral do objeto em questão.
– A este processo pedagógico, maiêutica
• Leis  preceitos de obediência
incontornável, instrumento de coesão
social que visa à realização do Bem
Comum
• O foro interior e individual deveria
submeter-se ao exterior em benefício da
coletividade
Sofistas I (século IV a.C)
• Protágoras  o mais célebre advogado
da relatividade de valores
– O que é bom para A pode ser mau para B
– O que é Bom para A em certas circunstâncias
pode ser mau para ele em outras
– O que está na Lei é o que está dito pelo
legislador, e esse é o começo, o meio e o fim
de toda justiça.
Sofistas II
• Houve um avanço significativo na
importância da oratória, da argumentação
• Se a lei é relativa, se ela se esvai com o
tempo, se é modificada ou substituída por
outra posterior, então com ela se
encaminha também a justiça.
• "Protágoras obrigou-se a ensinar a lei a Euatlo,
combinando com este um determinado preço que só
seria pago quando o aluno vencesse o seu primeiro
caso. Concluída a formação acordada, Euatlo
absteve-se de acompanhar qualquer processo e o
impaciente Protágoras demandou-o judicialmente
para que lhe fosse pago o que entendia ser devido.
Raciocinou assim: se ganhasse, Euatlo teria de pagar
o valor acordado; se perdesse, então Euatlo teria
ganho o seu primeiro caso e ficava obrigado a pagar
nos termos do contrato. Mas não foi este o raciocínio
de Euatlo: argumentava este que se Protágoras
ganhasse ele não seria obrigado a qualquer
pagamento, porque só a tal seria obrigado quando
tivesse ganho o primeiro caso; caso Protágoras
perdesse também não pagaria, porque o tribunal
decidira que ele nada tinha a pagar. Qual dos dois
teria razão?"
Os sofistas
• Educação, cujo objetivo máximo seria a
formação de um cidadão pleno, preparado para
atuar politicamente para o crescimento da
cidade.
• Proposta pedagógica  os jovens e o mercado
de trabalho, divisão das ciências em - retórica,
filosofia - pensar e artes - manifestar suas
qualidades artísticas.
• Protágoras de Abdera, dizia, "o homem é
a medida de todas as coisas".
• Em outras palavras: não existe verdade
absoluta, mas tão somente opiniões
relativas ao homem (este vinho, delicioso
para o amador, é amargo para o enfermo).
Platão (427-347 a.C.)
alma
corpo
Platão
• Nasceu em Atenas, em 428 ou 427 a.C.
• Foi discípulo de Sócrates
• Estudou também os maiores présocráticos.
– Depois da morte do mestre, Platão retirou-se
com outros socráticos para junto de Euclides,
em Mégara.
• Platão foi discípulo de Sócrates e defendia que
as idéias formavam o foco do conhecimento
intelectual.
– Transcendência
– Recusava a realidade do mundo dos sentidos
– Toda a mudança é apenas ilusão, reflexos pálidos de
uma realidade supra-sensível que poderia ser
verdadeiramente conhecida
– Os pensadores teriam a função de entender o mundo
da realidade, separando-o das aparências.
alma
alma
alma
• Diferencia os homens dos outros
animais
• É imortal
• Aproxima dos deuses
• Pensa, critica, imagina, raciocina
• Cultiva as virtudes
• Domínio das paixões mundanas
Corpo
O modus vivendi
virtuoso faz o homem
obter o favor dos
deuses
Ordem e Política
• Necessária
– para a realização da justiça
– Para o convívio social
• República (res –coisa; publica – de todos)
• Politeia – a constituição é o instrumento
da justiça
• O estado ideal deve ser liderado por um
filósofo
Tipos de Estado
• Timocracia(de timé, que significa honra) é uma
forma introduzida por Platão para designar a
transição entre a constituição ideal e as três
formas más tradicionais (oligarquia, democracia e
tirania)
• Oligarquia (do grego ολιγαρχία, de oligoi,
poucos, e arche, governo) significa, literalmente,
governo de poucos. No entanto, como
• Aristocracia significa, também, governo de
poucos - porém, os melhores -, tem-se, por
oligarquia, o governo de poucos em benefício
próprio, com amparo na riqueza pecuniária.
• Democracia é um regime de governo onde o poder
de tomar importantes decisões políticas está com os
cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de
representantes eleitos
• Monarquia é uma forma de governo em que um
indivíduo governa como chefe de Estado, geralmente
de maneira vitalícia ou até sua abdicação, e "é
totalmente separado de todos os outros membros do
Estado“
• Tirania: É caracterizada pelas ameaças às liberdades
individuais e coletivas. É representada por políticos
que não tendo mais o poder de matar ou mesmo
prender o opositor, preferem usar métodos
substituindo como processos judiciais por calúnia e
difamação, compra da imprensa e dos órgãos de
informação.
Paidéia (Educação em Platão)
O mito da Caverna
As ideias
• O sistema metafísico de Platão 
centraliza-se e culmina no mundo divino
das idéias
– Entre as idéias e a matéria estão o Deus e as almas, através de
que desce das idéias à matéria aquilo de racionalidade que
nesta matéria aparece.
– O divino platônico é representado pelo mundo das idéias e
especialmente pela idéia do Bem. O mundo ideal é provado pela
necessidade de justificar os valores, o dever ser, de que este
nosso mundo imperfeito participa e a que aspira.
O mundo
• É a síntese  idéias X matéria.
• Deus plasma o caos da matéria no
modelo das idéias eternas, introduzindo
no caos a alma, princípio de movimento e
de ordem.
• O mundo, pois, está entre o ser (idéia) e
o não-ser (matéria)
Aristóteles
• Filho de Nicômaco, médico de Amintas, rei da
Macedônia, nasceu em Estagira, colônia grega da
Trácia, no litoral setentrional do mar Egeu, em 384 a.C.
• Aristóteles que desenvolveu os estudos de Platão e
Sócrates, foi também quem desenvolveu a lógica
dedutiva clássica, como forma de chegar ao
conhecimento científico, e também partir sempre dos
conceitos gerais para os específicos.
–
–
–
–
–
Imanência
Lógica dedutiva
Conhecimento humano, método
O universal inferia-se do particular.
Para se chegar ao conhecimento, nos devíamos virar para a
única realidade existente, aquela que os sentidos nos
apresentavam.
• A imanência é um conceito religioso
e metafísico que defende a existência de
um ser supremo e divino (ou força) dentro
do mundo físico
Aristóteles (384-322 a.C.)
Justiça
Virtude
Ética  ciência
que investiga o
que é justo e
injusto
A Lei
É uma prescrição de caráter genérico
que a todos vincula, então seu fim é
a realização do Bem da Comunidade
A função do legislador é diretiva
Aquele que contraria a lei contraria a
todos, uma vez que todos são
protegidos ou beneficiados por ela
DINHEIRO
JUSTO COMUTATIVO
Torna os bens mensuráveis
AS SANÇÕES
JUSTIÇA REPARATIVA
O sujeito ativo de uma injustiça cumpre
pena  sujeito passivo vê-se ressarcido
DIREITO DOS CIDADÃOS
JUSTO PARTICULAR
Direito e obrigações em face à legislação
JUSTO POLÍTICO X JUSTO
FAMILIAR
Família 
pai senhor
POLIS
ISONOMIA
Filho: regime
monárquico
Escravo:
regime
tirânico
Família
• Mulheres e escravos não se aplica a
justiça pública  para eles não vige a lei
• As mulheres cuidam da organização do
lar, da educação das crianças, gerencia
os negócio familiares, cuidam da
subsistência dos filhos e da família 
gérmen da vida política
Justo
Legal
(político)
Justo
natural
• Depende do tempo e da
cultura de cada povo
• É estanque  a
realidade da práxis é
mutante
• Caráter universal
• Encontra respaldo na
natureza humana e não
depende da vontade do
legislador
O justo legal deve ser construído com base no justo
A Metafísica
• "a ciência do ser como ser, ou dos
princípios e das causas do ser e de seus
atributos essenciais"
Período Pós-Socrático
• Final da Hegemonia política e militar da
Grécia  início do cristianismo.
• O foco da preocupação sai do homem e
vai para o universo – problemas éticos,
vida interior do homem.
• Império Romano  turbulências
administrativas, expansão do império e o
Direito Romano
CINISMO
• Decadência moral da
sociedade Grega
• Cinismo  Diógenes
– desprezo àquilo que
a classe dominante
considerava de valor
ESTOICISMO
• Anulação das paixões
e destaque para a
razão.
• Grande representante
desta escola foi
Sêneca
• Não há acaso, tudo é
providencial.
• O fim supremo do
homem é a virtude
EPICURISMO
• O representante desta escola foi Epicuro.
• A vida deve ser convenientemente regrada.
• Este é o objetivo da ética.
– Segundo Epicuro, temos 3 tipos de prazeres:
1° os naturais e necessários (comer quando se tem
fome)
2° naturais, porém não necessários (comer
excessivamente)
3° nem naturais, nem necessários (fumo, luxo)
– A filosofia é a arte da vida.
CETICISMO
• Não o conhecimento da verdade, mas sua
procura.
• As aparências  impossível chegar a um saber
completo e universal.
• Não há certeza , não há o avanço nos
conhecimentos, portanto o progresso fica
impossibilitado de acontecer.
• O representante e fundador desta escola foi
Pirro
ECLETISMO
• Oposto do Ceticismo.
• A verdade não se limita a um sistema
filosófico, deve ser complementada por
elementos das diversas escolas.
• Para se alcançar uma compreensão
adequada das coisas não se deve
privilegiar apenas um filósofo, mas o que
há de melhor em cada um deles.
Justiça Cristã
PERDÃO
• Esquecimento das ofensas
e dos males causados
Leis
Humanas
• Específicas, perecíveis e
circunstanciais
Lei Divina
• Universal, inexorável,
perene, irrevogável
Livre arbítrio
Atire a primeira
pedra.....
Benevolência, tolerância, caridade, compreensão,
amor.....
A justiça humana é transitória, por vezes uma
usurpação do poder.....
Se a lei humana mandar algo diverso da Lei Divina,
Santo Agostinho
• Cristianizou Platão
– Fortalecimento do culto cristão
– Ascensão do poder eclesiástico
– Diluição da sociedade organizada
CORPO
VIDA ATIVA
ANIMA
VIDA CONTEMPLATIVA,
INTELECTUAL, DEDICAÇÃO
A DEUS
Cidade de Deus
Lex aeterna – lei eterna
Cidade dos homens
(maculada pelo pecado
original)
Lex temporalem – lei
temporal
O que faz as leis humanas serem imperfeitas, corruptas, incorretas e até
mesmo injustas é
Livre arbítrio
• A vontade governa o homem
– Atua contra ou a favor a Lei divina
– Você pode escolhar entre matar e não
matar....
• O Juízo Final mostrará quem usou o livre
arbítrio de acordo com a Lei Divina
São Tomás de Aquino (1225-1274)
Lei eterna
• Promulgada por Deus
Lei natural
• Insuficiente  lei dos homens e animais
Lei comum a todas as gentes
Lei racional extraída da lei natural, comum somente aos homens, tornando
concreto o que na natureza reside (o legislador positivou o que é dado pela
natureza)al
Direito
Natural
• Matrimônio – família
o primeiro núcleo
de convívio antes
da sociedade
Direito Positivo
• Sentença do juiz é
como uma lei
particular
• Juízes estão aptos
a realizar o juízo
das pessoas
• Propriedade
privada: legislador
equilibra sua
distribuição
equitativa
Pensamento Medieval ou
Cristianismo
• Helenismo, judaísmo, orientalismo e romanos.
• Sto Tomás de Aquino - Do século I ao V
apresenta-se uma linha de pensamento
chamada Patrística – se dividia em dois blocos:
textos dos apologistas e textos contra as
heresias.
• Sto Agostinho - Porém, a partir do século V até
o século XIII  Escolástica - conjunto de idéias
que visava unir a fé com o pensamento racional
de Platão e Aristóteles.
REFERÊNCIAS I
• Abrão. Bernadete S. História da
Filosofia, Nova Cultural. 2004
• Bittar E.C.B.; & Almeida, G.A. Curso de
Filosofia do direito. Atlas. 2009
• Nunes. Rizzato. Manual de Introdução
ao estudo do direito. Saraiva. 2002
Referências II
• Google imagens
• Gaarder, J. O mundo de Sofia. São Paulo:Cia.
Das Letras 2000
• Know.net
• Lucibonini.blogspot.com
• Omundodosfilosofos.com.br
• Slideshare.net/lucibonini
• Unesco.org
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