FILOSOFIA LUCI BONINI A mente que se abre para uma nova ideia, jamais retorna ao seu tamanho original. A. Eistein PROGRAMA DA DISCIPLINA Ementa • A disciplina de Filosofia aborda fundamentos filosóficos como instrumentais de reflexão e compreensão do universo no qual se inserem as atividades sociais e o profissional da área de ciências jurídicas para o desenvolvimento de uma visão crítica da realidade em sua diversidade cultural. Objetivo • Identificar os conceitos básicos da filosofia, possibilitando a sua compreensão no contexto da realidade contemporânea. • Refletir sobre a realidade social e a vida cotidiana nos âmbitos profissional e pessoal utilizando instrumentos de reflexão filosófica, criticidade e rigor filosófico. Conteúdo programático • Unidade I – Filosofia: aspectos teóricos e conceituais • • • Conceitos e terminologia A Filosofia e o conhecimento humano Unidade II – Origem e desenvolvimento histórico • • 2.1 Origem e desenvolvimento histórico 2.2 Principais períodos e escolas • Unidade III – a racionalidade instrumental – prisão na imanência do mundo • 3.1 Campos de investigação da filosofia • 3.2 A concepção de homen – Ideologia e Socialização • Unidade V – filosofia: a reflexão filosófica na vida cotidiana • 4.1 Indústria Cultural e Teoria Crítica da Sociedade • 4.2 Ética e Moral – conceitos e definição • 4.3 Atitude reflexiva, análise e crítica do cotidiano • Unidade V – filosofia: a reflexão filosófica na vida cotidiana • 4.1 Indústria Cultural e Teoria Crítica da Soceidade • 4.2 Ética e Moral – conceitos e definição • 4.3 Atitude reflexiva, análise e crítica do cotidiano • Metodologia – Aulas expositivas dialogadas, estudo dirigido, seminários de pesquisa • Forma de Avaliação – A avaliação do desempenho é realizada de forma contínua a fim de diagnosticar o desenvolvimento do processo de aprendizagem por meio dos seguintes instrumentos em conformidade com as normas da IES. – 1. Avaliação discursiva – 2. Avaliação Objetiva – 3. Participação em sala de aula – 4. Avaliação Interdisciplinar Bibliografia - Básica • ARANHA, Maria Lucia de Arruda; MARTINS Maria Helena Pires. Filosofando: Introdução à filosofia. 3ª.ed. São Paulo: Moderna. 2007 • CHAUÍ, Marilena. Convite à Filosofia. 13ª.ed. São Paulo. Ática. 2005 • GHIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Introdução à Filosofia. 1ª.ed. São Paulo: Manole. 2003 • ADORNO, Theodor. Educação e Emancipação. 2ª.ed. São Paulo: Paz e Terra. 2000 Bibliografia - Complementar • ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Temas de Filosofia. 3ª.ed. São Paulo: Moderna. 2005 • CHAUÍ, Marilena de Sousa. Introdução à história da Filosofia. 3ª.ed. São Paulo: Cia. Das Letras. 2002 • MARITAIN, Jacques. Elementos de Filosofia i: Introdução geral à Filosofia. 18ª.ed. São Paulo: Agir. 2001 • REALE, Miguel. Introdução à Filosofia. 4ª.ed. São Paulo: Saraiva. 2004 • COTRIM, Gilberto. Fundamentos da Filosofia. 16ª.ed. São Paulo: Saraiva. 2006 Algumas reflexões a partir do livro de:BITTAR, Eduardo C. B. & ALMEIDA, Guilherme Assis de. Curso de Filosofia do Direito. 7ª ed. São Paulo: Atlas, 2009 • Filosofia e o simbolismo da sabedoria – Em muitas línguas (hibou, no francês, owl, no inglês, Eule, no alemão) a coruja é a ave que simboliza a sabedoria. Isso se deve ao fato de, na tradição grega, a coruja (koukoubagía) ter sido vista como a ave de Athena (Minerva, para os romanos), ou seja, como símbolo da racionalidade e da sabedoria (sophia), como a representação da atitude desperta, que procura e que não dorme, que age sob o fluxo lunar e que, portanto, não dorme quando se trata da busca do conhecimento. (p. 1) • A sabedoria realmente evoca experiência e capacidade de absorção reflexiva da experiência mundana • (...) O espanto diante do mundo. • A coruja que plana e que observa à distância, com grandes olhos, retira das alturas sua vantagem na observação. (p.2) • O mosteiro, que para a sociedade medieval é o lugar, por definição, da reclusão, da vida monástica, da oração, da preservação da tradição, da proclamação da fé e da ligação com o divino, da concentração no espiritual e, exatamente por isso, o lugar da busca da ascese espiritual que se faz somente na proximidade do caelum, confere aos monges a condição de mediadores entre o mundo humano (mundo terreno) e o mundo divino (mundo celeste), se situando entre ambos. (p. 2) Mosteiro Bizantino em Meteora na Grécia • Por sua vez, a fortaleza desempenha o papel defensivo contra os ataques sorrateiros do inimigo, especialmente em uma sociedade profundamente dividida, sujeita a invasões permanentes e especialmente descentrada de uma unificação das forças de defesa e proteção. Por isso, a fortaleza se posta sobre a colina, próxima ao despenhadeiro, de onde a sentinela pode tudo observar. Um mundo acossado permanentemente pelo medo é um mundo para o qual é necessário todo tipo de atitude defensiva, e as comunidades procuram o abrigo dos muros fortificados. (p. 2) Fortaleza – Castelo Medieval • O filósofo se distancia para compreender, o monge se distancia para contemplar e o guerreiro se distancia para ter a visão defensiva estrategicamente completa. (...) theorós, a daquele que se posta a observar. (p. 3) Vamos resumir: um coelho branco é tirado de dentro de uma cartola. Todas as crianças nascem bem na ponta dos finos pêlos do coelho. Por isso elas conseguem se encantar com a impossibilidade do número de mágica a que assistem. Mas conforme vão envelhecendo, elas vão se arrastando cada vez mais para o interior da pelagem do coelho... E ficam por lá. Lá embaixo é tão confortável que elas não ousam mais subir até a ponta dos finos pêlos, lá em cima. Só os filósofos têm ousadia para se lançar nesta jornada rumo aos limites da linguagem e da existência. Alguns deles ... berram para as pessoas que estão lá embaixo... Mas nenhuma das pessoas lá de baixo se interessa pela gritaria dos filósofos. (Gaarder, O Mundo de Sofia) Quem sou? Por que estou aqui? Como o mundo começou? Existe um Deus? Para onde e vou depois de morrer? A racionalidade deu à luz a todas as ciências • Física, Química, Biologia e até Matemática já fizeram parte da Filosofia. • Mas, com o avanço da tecnologia, a filosofia e a ciência se separaram. Então, para que serve a filosofia hoje em dia? • Os filósofos são muito mais procurados por serem preparados para pensar claramente sobre os problemas. • É comum jornais e outros meios de comunicação perguntarem a opinião de filósofos sobre os temas atuais. • Até governos, hospitais, museus e arquitetos pedem seus conselhos e pareceres. • Muitos filósofos trabalham em universidades. • Eles ensinam aos jovens como pensar e argumentar claramente estudando outros filósofos. Conceitos • A palavra filosofia é de origem grega. • É composta por duas outras: philo e sophia. • Philo deriva-se de philia, que significa amizade, amor fraterno, respeito entre os iguais. • Sophia quer dizer sabedoria e dela vem a palavra sophos, sábio. • Filosofia é a arte que busca conhecer racionalmente a natureza, o ser humano, o universo e as transformações que neles ocorrem. • Entende-se por filosofia grega os períodos que existiram antes e depois de Sócrates, sendo eles: – Período pré-socrático, – Período socrático, – Período sistemático – Período helenístico. • Filosofia é razão - O Filósofo é a razão em movimento na busca de si mesma. • A idéia da Filosofia como razão consolidou-se na afirmação de Aristóteles: "O homem é um animal racional". Razão • X + 2y - 5 =0 • A Terra gira em torno do sol • Todos os homens são mortais. Sócrates é homem, logo Ele é mortal • Filosofia é Paixão O Filósofo antes de tudo é um amante da sabedoria. • O que move o mundo não é a razão, mas a paixão. "O coração tem razões que a própria razão desconhece" Pascal • Filosofia é Mito - O Filósofo é um mítico em busca da verdade velada. • Só pensamos naquilo que cremos, e só cremos naquilo que queremos. • O mito para a Filosofia é vital, pois cria ícones possíveis do mundo das idéias. • "Há mais mistérios entre os céus e a terra do que pressupõe a vossa vã Filosofia". William Shakespeare. Características da Filosofia • Aristóteles espanto, com o reconhecimento da ignorância. • ignorância incapacidade de dar sentido à vida e ao universo. • Alegoria da caverna. • Reivindicação de liberdade: o filósofo reconhece a sua razão como a capacidade mais importante do ser humano conjunto de capacidades de pensar, de explicar os fenômenos, de calcular, de prever, de projetar, de sonhar, de imaginar, de criar e, também, de destruir, pois a racionalidade não está isenta de erro • Errar é uma possibilidade que está aberta ao ser humano • Liberdade motivação e um quadro valorativo que oriente o uso da liberdade. Espanto Reconhe cimento da Ignorância Busca da verdade Radicalidade Univer salidade Auto nomia OBJETO DA FILOSOFIA • Questões metafísicas: • Meta além do físico – problemas do ser e da realidade – o Homem como fundamento e suporte de tudo o que existe • Questões lógicas: problemas do pensar. • Questões gnoseológicas ou teoria do conhecimento: problemas do conhecimento em geral. • Questões epistemológicas, de teoria e filosofia da ciência: problemas do conhecimento científico e da ciência • Enquanto as outras ciências conhecem, a filosofia estuda a possibilidade do próprio conhecimento, os seus pressupostos e os limites do conhecimento possível. • Questões de axiologia, ética, filosofia política, estética, etc.: problemas dos valores e da ação humana - ao contrário das outras ciências que estudam o que é, a filosofia estuda o que deve ser • Questões de filosofia da linguagem: problemas da linguagem - a filosofia estuda a linguagem das outras ciências na perspectiva da sua estrutura. A Filosofia na Grécia Antiga O Mito x A Razão • • • • • • • • • • Porque é que chove? O que é o trovão? De onde vem o relâmpago? Por que razão crescem as ervas? Por que razão existem os montes? Por que razão tenho fome? Por que razão morrem os meus semelhantes? Porque é que cai a noite e a seguir vem o dia de novo? O que são as estrelas? Por que razão voam os pássaros?... O Mito • As explicações míticas e religiosas foram antepassados da ciência moderna Uma sociedade racionalizada • A Grécia entre os séculos VII e V a.C era uma sociedade justa, livre de preconceitos e democrata......?????? ERA????? • Na verdade democracia era um equilíbrio entre as diferentes camadas sociais A escrita • Entre os gregos ela é de domínio comum ideologicamente isso poderia significar que todos tinham acesso ao conhecimento, à ampla difusão das ideias • Não há sacerdotes que tenham monopólio de livros sagrados, por exemplo A religião • É frágil os deuses têm características humanas e pouco servem para inspirar um pensamento religioso Mitos e deuses • Quando surgiu a ciência? – o que é a ciência? Ora, o termo "ciência“ • a ciência da natureza é o estudo sistemático e racional, baseado em métodos adequados de prova, da natureza e do seu funcionamento. Os Períodos Principais do Pensamento Grego • I. Período pré-socrático (séc. VII-V a.C.) - Problemas cosmológicos. • II. Período socrático (séc. IV a.C.) - Problemas metafísicos. Período Sistemático ou Antropológico: o período mais importante da história do pensamento grego (Sócrates,Platão, Aristóteles) • III. Período pós-socrático (séc. IV a.C. - VI p.C.) Problemas morais. Período Ético • IV. Período Religioso: assim chamado pela importância dada à religião, para resolver o problema da vida, que a razão não resolve integralmente Os Pré-Socráticos Antes de Sócrates • Homero = Ilíada e Odisseia – narrativas épicas que mostravam as guerras entre gregos e outras cidades estados – Ilíada narra a guerra de Tróia (Ílion em grego) – Odisséia narra as viagens de Ulisses Péricles (c. 495/492 a.C.–429 a.C.) • Justiça é a realização palpável da atividade humana – O homem é responsável pelo seu destino – A vontade humana deve conter o desejo de ser bom Pré Socráticos I • Século VI a.C. Universo e com os fenômenos da natureza. início do conhecimento científico. • Tales de Mileto Todas as coisas estão cheias de deuses. O imã possui vida, pois atrai o ferro., Anaximandro e Heráclito. • Anaximandro de Mileto (611-547 A.C.) "Ápeiron“ princípio universal uma substância indefinida, o ápeiron (ilimitado) Anaximandro (610 - 547 a.C.) • Há uma lei que governa o cosmos (kosmos) – Isso nos dá certeza e regularidade – O Universo se governa pelo equilíbrio das forças contrárias ( ódio/amor; quente/frio; justo/injusto) Pré Socráticos II • Demócrito e Leucipo partem do eleatismo. – Acredita no movimento porque o pensamento é um movimento o movimento existe porque eu penso e o pensamento tem realidade. • Mas se há movimento deve haver um espaço vazio – 1) o movimento espacial só pode ter lugar no vazio, pois o pleno não pode acolher em si nada que Ihe seja heterogêneo; 2)a rarefação e a condensação só se explicam pelo espaço vazio; – 3) o crescimento só se explica porque o alimento penetra nos interstícios do corpo; – 4) em um vaso cheio de cinza pode-se ainda derramar tanta água quanta se ele estivesse vazio, a cinza desaparece nos interstícios vazios da água. • os átomos. Heráclito de Éfeso (aprox. 540 a.C. - 470 a.C.) • A todos os homens é compartilhado o conhecer-se a si mesmpo e pensar sensatamente • A lei serve à cidade: deve ser re´peitada e conservada para a manutenção da ordem Demócrito (cerca de 460 a.C. - 370 a.C.) • Inimigo não é quem comete injustiça, mas o que quer cometê-la • Não por medo, mas por dever, evitai os erros Pitágoras • Matemática, música – está associado ao teorema de Pitágoras da geometria – A escola pitagórica era profundamente mística; atribuía aos números e às suas relações um significado mítico e religioso. – Ciência e a religião estavam misturadas nos primeiros tempos. – Afinal, a sede de conhecimento que leva os seres humanos a fazer ciências, religiões, artes e filosofia é a mesma. • Segundo o pitagorismo, a essência, o princípio essencial de que são compostas todas as coisas, é o número, ou seja, as relações matemáticas. • Da racional concepção de que tudo é regulado segundo relações numéricas, passa-se à visão fantástica de que o número seja a essência das coisas. Teorema de Pitágoras Cosmogonia Período Clássico ou Período Socrático. • Sócrates o funcionamento do Universo dentro de uma concepção científica. • Para ele, a verdade está ligada ao bem moral do ser humano. • Suas idéias foram conhecidas através dos diálogos de Platão. • Os séculos V e IV a.C. na Grécia Antiga foram de grande desenvolvimento cultural e científico. • O sistema político democrático de Atenas proporcionou o desenvolvimento do pensamento. Sócrates • "Ó homens, é muito sábio entre vós aquele que, igualmente a Sócrates, tenha admitido que sua sabedoria não possui valor algum". Conhece-te a ti mesmo • Nasceu Sócrates em 470 ou 469 a.C., em Atenas, filho de Sofrônico, escultor, e de Fenáreta, parteira. Ironia • Sócrates adotava sempre o diálogo assumia humildemente a atitude de quem aprende e ia multiplicando as perguntas até colher o adversário presunçoso em evidente contradição e constrangê-lo à confissão humilhante de sua ignorância ironia socrática. Maiêutica • Num segundo caso, tratando-se de um discípulo multiplicava ainda as perguntas, dirigindo-as agora ao fim de obter, por indução dos casos particulares e concretos, um conceito, uma definição geral do objeto em questão. – A este processo pedagógico, maiêutica • Leis preceitos de obediência incontornável, instrumento de coesão social que visa à realização do Bem Comum • O foro interior e individual deveria submeter-se ao exterior em benefício da coletividade Sofistas I (século IV a.C) • Protágoras o mais célebre advogado da relatividade de valores – O que é bom para A pode ser mau para B – O que é Bom para A em certas circunstâncias pode ser mau para ele em outras – O que está na Lei é o que está dito pelo legislador, e esse é o começo, o meio e o fim de toda justiça. Sofistas II • Houve um avanço significativo na importância da oratória, da argumentação • Se a lei é relativa, se ela se esvai com o tempo, se é modificada ou substituída por outra posterior, então com ela se encaminha também a justiça. • "Protágoras obrigou-se a ensinar a lei a Euatlo, combinando com este um determinado preço que só seria pago quando o aluno vencesse o seu primeiro caso. Concluída a formação acordada, Euatlo absteve-se de acompanhar qualquer processo e o impaciente Protágoras demandou-o judicialmente para que lhe fosse pago o que entendia ser devido. Raciocinou assim: se ganhasse, Euatlo teria de pagar o valor acordado; se perdesse, então Euatlo teria ganho o seu primeiro caso e ficava obrigado a pagar nos termos do contrato. Mas não foi este o raciocínio de Euatlo: argumentava este que se Protágoras ganhasse ele não seria obrigado a qualquer pagamento, porque só a tal seria obrigado quando tivesse ganho o primeiro caso; caso Protágoras perdesse também não pagaria, porque o tribunal decidira que ele nada tinha a pagar. Qual dos dois teria razão?" Os sofistas • Educação, cujo objetivo máximo seria a formação de um cidadão pleno, preparado para atuar politicamente para o crescimento da cidade. • Proposta pedagógica os jovens e o mercado de trabalho, divisão das ciências em - retórica, filosofia - pensar e artes - manifestar suas qualidades artísticas. • Protágoras de Abdera, dizia, "o homem é a medida de todas as coisas". • Em outras palavras: não existe verdade absoluta, mas tão somente opiniões relativas ao homem (este vinho, delicioso para o amador, é amargo para o enfermo). Platão (427-347 a.C.) alma corpo Platão • Nasceu em Atenas, em 428 ou 427 a.C. • Foi discípulo de Sócrates • Estudou também os maiores présocráticos. – Depois da morte do mestre, Platão retirou-se com outros socráticos para junto de Euclides, em Mégara. • Platão foi discípulo de Sócrates e defendia que as idéias formavam o foco do conhecimento intelectual. – Transcendência – Recusava a realidade do mundo dos sentidos – Toda a mudança é apenas ilusão, reflexos pálidos de uma realidade supra-sensível que poderia ser verdadeiramente conhecida – Os pensadores teriam a função de entender o mundo da realidade, separando-o das aparências. alma alma alma • Diferencia os homens dos outros animais • É imortal • Aproxima dos deuses • Pensa, critica, imagina, raciocina • Cultiva as virtudes • Domínio das paixões mundanas Corpo O modus vivendi virtuoso faz o homem obter o favor dos deuses Ordem e Política • Necessária – para a realização da justiça – Para o convívio social • República (res –coisa; publica – de todos) • Politeia – a constituição é o instrumento da justiça • O estado ideal deve ser liderado por um filósofo Tipos de Estado • Timocracia(de timé, que significa honra) é uma forma introduzida por Platão para designar a transição entre a constituição ideal e as três formas más tradicionais (oligarquia, democracia e tirania) • Oligarquia (do grego ολιγαρχία, de oligoi, poucos, e arche, governo) significa, literalmente, governo de poucos. No entanto, como • Aristocracia significa, também, governo de poucos - porém, os melhores -, tem-se, por oligarquia, o governo de poucos em benefício próprio, com amparo na riqueza pecuniária. • Democracia é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente, por meio de representantes eleitos • Monarquia é uma forma de governo em que um indivíduo governa como chefe de Estado, geralmente de maneira vitalícia ou até sua abdicação, e "é totalmente separado de todos os outros membros do Estado“ • Tirania: É caracterizada pelas ameaças às liberdades individuais e coletivas. É representada por políticos que não tendo mais o poder de matar ou mesmo prender o opositor, preferem usar métodos substituindo como processos judiciais por calúnia e difamação, compra da imprensa e dos órgãos de informação. Paidéia (Educação em Platão) O mito da Caverna As ideias • O sistema metafísico de Platão centraliza-se e culmina no mundo divino das idéias – Entre as idéias e a matéria estão o Deus e as almas, através de que desce das idéias à matéria aquilo de racionalidade que nesta matéria aparece. – O divino platônico é representado pelo mundo das idéias e especialmente pela idéia do Bem. O mundo ideal é provado pela necessidade de justificar os valores, o dever ser, de que este nosso mundo imperfeito participa e a que aspira. O mundo • É a síntese idéias X matéria. • Deus plasma o caos da matéria no modelo das idéias eternas, introduzindo no caos a alma, princípio de movimento e de ordem. • O mundo, pois, está entre o ser (idéia) e o não-ser (matéria) Aristóteles • Filho de Nicômaco, médico de Amintas, rei da Macedônia, nasceu em Estagira, colônia grega da Trácia, no litoral setentrional do mar Egeu, em 384 a.C. • Aristóteles que desenvolveu os estudos de Platão e Sócrates, foi também quem desenvolveu a lógica dedutiva clássica, como forma de chegar ao conhecimento científico, e também partir sempre dos conceitos gerais para os específicos. – – – – – Imanência Lógica dedutiva Conhecimento humano, método O universal inferia-se do particular. Para se chegar ao conhecimento, nos devíamos virar para a única realidade existente, aquela que os sentidos nos apresentavam. • A imanência é um conceito religioso e metafísico que defende a existência de um ser supremo e divino (ou força) dentro do mundo físico Aristóteles (384-322 a.C.) Justiça Virtude Ética ciência que investiga o que é justo e injusto A Lei É uma prescrição de caráter genérico que a todos vincula, então seu fim é a realização do Bem da Comunidade A função do legislador é diretiva Aquele que contraria a lei contraria a todos, uma vez que todos são protegidos ou beneficiados por ela DINHEIRO JUSTO COMUTATIVO Torna os bens mensuráveis AS SANÇÕES JUSTIÇA REPARATIVA O sujeito ativo de uma injustiça cumpre pena sujeito passivo vê-se ressarcido DIREITO DOS CIDADÃOS JUSTO PARTICULAR Direito e obrigações em face à legislação JUSTO POLÍTICO X JUSTO FAMILIAR Família pai senhor POLIS ISONOMIA Filho: regime monárquico Escravo: regime tirânico Família • Mulheres e escravos não se aplica a justiça pública para eles não vige a lei • As mulheres cuidam da organização do lar, da educação das crianças, gerencia os negócio familiares, cuidam da subsistência dos filhos e da família gérmen da vida política Justo Legal (político) Justo natural • Depende do tempo e da cultura de cada povo • É estanque a realidade da práxis é mutante • Caráter universal • Encontra respaldo na natureza humana e não depende da vontade do legislador O justo legal deve ser construído com base no justo A Metafísica • "a ciência do ser como ser, ou dos princípios e das causas do ser e de seus atributos essenciais" Período Pós-Socrático • Final da Hegemonia política e militar da Grécia início do cristianismo. • O foco da preocupação sai do homem e vai para o universo – problemas éticos, vida interior do homem. • Império Romano turbulências administrativas, expansão do império e o Direito Romano CINISMO • Decadência moral da sociedade Grega • Cinismo Diógenes – desprezo àquilo que a classe dominante considerava de valor ESTOICISMO • Anulação das paixões e destaque para a razão. • Grande representante desta escola foi Sêneca • Não há acaso, tudo é providencial. • O fim supremo do homem é a virtude EPICURISMO • O representante desta escola foi Epicuro. • A vida deve ser convenientemente regrada. • Este é o objetivo da ética. – Segundo Epicuro, temos 3 tipos de prazeres: 1° os naturais e necessários (comer quando se tem fome) 2° naturais, porém não necessários (comer excessivamente) 3° nem naturais, nem necessários (fumo, luxo) – A filosofia é a arte da vida. CETICISMO • Não o conhecimento da verdade, mas sua procura. • As aparências impossível chegar a um saber completo e universal. • Não há certeza , não há o avanço nos conhecimentos, portanto o progresso fica impossibilitado de acontecer. • O representante e fundador desta escola foi Pirro ECLETISMO • Oposto do Ceticismo. • A verdade não se limita a um sistema filosófico, deve ser complementada por elementos das diversas escolas. • Para se alcançar uma compreensão adequada das coisas não se deve privilegiar apenas um filósofo, mas o que há de melhor em cada um deles. Justiça Cristã PERDÃO • Esquecimento das ofensas e dos males causados Leis Humanas • Específicas, perecíveis e circunstanciais Lei Divina • Universal, inexorável, perene, irrevogável Livre arbítrio Atire a primeira pedra..... Benevolência, tolerância, caridade, compreensão, amor..... A justiça humana é transitória, por vezes uma usurpação do poder..... Se a lei humana mandar algo diverso da Lei Divina, Santo Agostinho • Cristianizou Platão – Fortalecimento do culto cristão – Ascensão do poder eclesiástico – Diluição da sociedade organizada CORPO VIDA ATIVA ANIMA VIDA CONTEMPLATIVA, INTELECTUAL, DEDICAÇÃO A DEUS Cidade de Deus Lex aeterna – lei eterna Cidade dos homens (maculada pelo pecado original) Lex temporalem – lei temporal O que faz as leis humanas serem imperfeitas, corruptas, incorretas e até mesmo injustas é Livre arbítrio • A vontade governa o homem – Atua contra ou a favor a Lei divina – Você pode escolhar entre matar e não matar.... • O Juízo Final mostrará quem usou o livre arbítrio de acordo com a Lei Divina São Tomás de Aquino (1225-1274) Lei eterna • Promulgada por Deus Lei natural • Insuficiente lei dos homens e animais Lei comum a todas as gentes Lei racional extraída da lei natural, comum somente aos homens, tornando concreto o que na natureza reside (o legislador positivou o que é dado pela natureza)al Direito Natural • Matrimônio – família o primeiro núcleo de convívio antes da sociedade Direito Positivo • Sentença do juiz é como uma lei particular • Juízes estão aptos a realizar o juízo das pessoas • Propriedade privada: legislador equilibra sua distribuição equitativa Pensamento Medieval ou Cristianismo • Helenismo, judaísmo, orientalismo e romanos. • Sto Tomás de Aquino - Do século I ao V apresenta-se uma linha de pensamento chamada Patrística – se dividia em dois blocos: textos dos apologistas e textos contra as heresias. • Sto Agostinho - Porém, a partir do século V até o século XIII Escolástica - conjunto de idéias que visava unir a fé com o pensamento racional de Platão e Aristóteles. REFERÊNCIAS I • Abrão. Bernadete S. História da Filosofia, Nova Cultural. 2004 • Bittar E.C.B.; & Almeida, G.A. Curso de Filosofia do direito. Atlas. 2009 • Nunes. Rizzato. Manual de Introdução ao estudo do direito. Saraiva. 2002 Referências II • Google imagens • Gaarder, J. O mundo de Sofia. São Paulo:Cia. Das Letras 2000 • Know.net • Lucibonini.blogspot.com • Omundodosfilosofos.com.br • Slideshare.net/lucibonini • Unesco.org