INTRODUÇÃO À MICROECONOMIA Pindick, caps 2 a 7 Princípios da Oferta e Demanda A curva de oferta (S) => informa que quantidade os produtores estão dispostos a vender para cada preço que possam receber no mercado. Esta curva tem inclinação para cima porque quanto mais alto for o preço, maior será o número de empresas aptas e desejosas a produzir e vender. A curva de demanda (D) => informa a quantidade que os consumidores desejam comprar para cada preço unitário que tenham de pagar. Elasticidade Elasticidade A elasticidade é uma medida da sensibilidade de uma variável para outra. Elasticidade preço da demanda = mede a sensibilidade da quantidade demandada em relação a modificações no preço. Ep = Q / Q ---------- (geral/te n° negativo) P / P Comportamento do Consumidor 1)Analisar as preferências do consumidor; 2)Considerar que os consumidores estão sujeitos a restrições orçamentárias 3) Reunir as preferências e as restrições orçamentárias Curvas de Indiferença Uma curva de indiferença representa todas as combinações de cestas de mercado que poderiam oferecer o mesmo nível de satisfação a uma pessoa. Taxa Marginal de Substituição (TMS) mede a taxa marginal de substituição do consumidor entre duas mercadorias > Indicando variação em unidades de vestuário por V e > a variação das unidades de alimentação por A, > a TMS pode ser expressa por V/A. Restrições orçamentárias Restrições Orçamentárias limitam a possibilidade das pessoas exercerem o consumo em razão dos preços que necessitariam pagar por diversos bens e serviços. Linha do Orçamento, descreve as combinações de mercadorias: (A e V) que podem ser adquiridas com uma determinada renda do consumidor, em conseqüência de determinados preços das mercadorias PaA + PvV = I. Mudanças na renda e preços Modificações da Renda uma modificação da renda (mantendo-se os preços inalterados) faz com que a linha do orçamento seja deslocada paralelamente à linha original. (ver fig. 3.11) Modificações do Preço uma modificação no preço de uma mercadoria, provoca uma rotação da linha de orçamento. (ver fig. 3.12) A Escolha do Consumidor > suposição: consumidores fazem escolha de forma racional, ou seja, estes objetivam maximizar o grau de satisfação que poderão obter, considerando os orçamentos limitados de que dispõem. A cesta básica maximizadora deverá satisfazer duas condições: 1) estar situada sobre a linha de orçamento 2) deverá dar ao consumidor a sua combinação preferida de bens e serviços.(ver fig. 3.13) Maximização da satisfação Podemos afirmar que o grau de satisfação é maximizado (considerando-se a restrição orçamentária) no ponto onde: TMS = Pa / Pv a taxa para a qual o consumidor estaria disposto a substituir alimentação por vestuário é igual à taxa de mercado segundo a qual ele pode efetuar a substituição. Utilidade Utilidade é o nível de satisfação que uma pessoa tem ao consumir um bem ou ao exercer uma atividade. Função utilidade, obtida dando-se um número a cada cesta de mercado, de tal forma que se a cesta de mercado for preferida a B, o número de A será mais alto que o de B. A função de utilidade é mais facilmente aplicada a análises de escolhas que envolvam 3 ou mais mercadorias pela simples razão de que nestes casos seria mais difícil traçar curvas de indiferença. Princípio da utilidade marginal decrescente Princípio da Utilidade Marginal Decrescente, quanto mais se consome de umas determinadas mercadorias, menores serão os correspondentes incrementos de sua utilidade, obtidos pelo consumidor. A maximização da utilidade é obtida quando o orçamento é alocado de tal forma que a utilidade marginal, por dólar despendido é igual para ambas as mercadorias. Demanda Individual e Demanda de Mercado Modificações no Preço Efeitos das variações nos preços - uma redução no preço da alimentação, permanecendo inalterados a renda e o preço do vestuário, faz com que este consumidor altere sua escolha de cesta de mercado (ver fig. 4.1). =>No diagrama (a) cestas de mercado que maximizem a satisfação do consumidor para os diversos preços de alimentação, determinam o traçado da curva preçoconsumo. =>O diagrama (b) apresenta a curva da demanda, a qual relaciona o preço da alimentação com a quantidade de alimentação demandada. A curva preço-consumo representa o traçado das combinações maximizadoras de utilidade entre alimentação e vestuário, que são associadas com cada um de todos os possíveis preços da alimentação. A curva da demanda A curva da demanda - 2 propriedades: 1- a medida que o preço da mercadoria cai chega-se à curva de indiferença mais elevada 2- em cada ponto da curva da demanda, o consumidor estará maximizando utilidade, ao satisfazer a condição de que a taxa marginal de substituição de alimentação por vestuário seja igual à razão entre os preços de alimentação e de vestuário. Modificações da Renda Efeitos das modificações na renda (fig. 4.2 ) A ocorrência de um aumento da renda, permanecendo inalterados os preços de todas as mercadorias, faz com que os consumidores alterem sua escolha de cesta de mercado. Bens Normais => aumento da renda eleva a demanda pelo bem; Bens Inferiores => a quantidade demandada cai à medida que a renda aumenta (ver graf. 4.4 ). Bens Substitutos e Complementares Substitutos - o aumento de preço de um bem ocasiona um aumento na quantidade demandada do outro Complementares - a redução no preço de um deles ocasiona um aumento da quantidade do outro. Efeito Renda e Efeito-Substituição Efeito Renda e Efeito-Substituição (fig. 4.6) Uma redução no preço tem 2 efeitos efeito renda e um substituição. Assim: 1) os consumidores aproveitam um aumento de seu poder aquisitivo real, ou seja, podem adquirir a mesma quantidade de mercadoria por menos, efeito renda; 2)os consumidores tenderão a consumir maior quantidade da mercadoria cujo preço tenha sido reduzido e menor daquelas relativamente mais caras, efeito substituição. Excedente do Consumidor => mede o quão maior será o bemestar das pessoas em conjunto, por poderem adquirir um produto no mercado. Ou seja, é a diferença entre o preço que um consumidor estaria disposto a pagar por uma mercadoria e o preço que realmente paga ao adquirir tal mercadoria. (ver figura 4.14 ) Externalidades de Rede Externalidades de Rede A demanda exercida por uma pessoa também depende das demandas exercidas por outros consumidores. Efeito imitação (efeito cumulativo de consumo) refere-se ao desejo de ter um estilo ou uma determinada mercadoria porque quase todas as outras pessoas já a têm ou pelo fato de ser a moda (ver figura 4.16 ) Externalidades de Rede Efeito esnobação (efeito diferenciação de consumo) refere-se ao desejo de possuir bens exclusivos ou raros. A quantidade demandada de uma mercadoria rara será mais alta quanto menor for o número de pessoas que a possuam. Ver Figura 4.17 Escolha sob Incerteza Valor Esperado - associado a uma situação incerta corresponde a uma média ponderada de desfechos ou valores associados com todos os possíveis resultados e a probabilidade de cada resultado, atuando como seu respectivo peso. Genericamente: Valor esperado E(X) = Pr1X1 + Pr2X2 Escolha sob Incerteza Variância => média dos quadrados dos desvios de desfechos associados com os valores esperados para cada resultado (podemos usar também o desvio padrão, que é a raiz quadrada da variância). Var= Pr1[x1 - E(x)]2 + Pr2[x2 - E(x)]2 Preferências em relação ao Risco As pessoas podem diferir entre si quanto às suas preferências em relação ao risco. Podemos classificar em 3 tipos de preferência ao risco: => avessos ao risco, => risco neutro, => apreciadores de risco. Incerteza e risco Redução do Risco => podem ser utilizadas 3 estratégias: Diversificação, Seguros, Obtenção de informações adicionais, Produção (cap. 6) Processo produtivo empresas transformam insumos (fatores de produção) em produtos Função de Produção indica o produto(volume de produção) Q uma empresa produz para cada combinação específica de insumos. Para simplificar iremos considerar apenas 2 insumos: a mão de obra (L) e o capital (K). A função de produção será: Q = F(K,L) Isoquanta Isoquanta => uma curva que representa todas as possíveis combinações de insumos que resultam no mesmo volume de produção. (ver fig.6.1) => associada com um nível específico de volume de produção. Mapa de Isoquantas é um conjunto de isoquantas, sendo que cada uma delas apresenta o volume máximo de produção que pode ser obtido para quaisquer conjuntos específicos de insumos. Curto Prazo X Longo Prazo Curto Prazo - período de tempo no qual um ou mais fatores de produção não podem ser modificados. Longo Prazo - período de tempo necessário para tornar variáveis todos os insumos. Produto Médio da Mão-de-obra = Produto Total/Insumo de mão de obra = Q/L Produto Marginal da Mão-de-obra = Var. do Prod. Total / Var. do Insumo mão de obra = Q / L (ver fig. 6.2) Lei dos Rendimentos Decrescentes À medida que aumenta o uso de um determinado insumo (mantendo-se fixos os demais insumos), chega-se a um ponto em que a produção obtida tenderá a decrescer. Substituição entre fatores de produção A taxa marginal de substituição técnica (TMST) é a quantidade pela qual se pode reduzir o insumo capital, quando se utiliza uma unidade extra de insumo de mão-de-obra, de tal modo que a produção seja mantida constante. TMST = - variação do insumo capital / variação do insumo mão-de-obra = -K / L (para quantidades ctes de Q) Custo de Produção (Cap. 7) Custo Total de Produção => 2 componentes (fixo e variável): Custo Fixo (independe do nível de produção) Custo Variável (varia conforme o nível de produção) Custo Marginal (custo de uma unidade extra de produto). Cmg = CV/Q Custo Médio (custo por unidade de produto) Pode ser dividido em 3 tipos: o custo fixo médio, o custo variável médio e o custo total médio. Linha de Isocusto Linha de Isocusto (ver fig. 7.3) Descrevem as combinações de insumos de produção que custam o mesmo montante para a empresa. Lembrar que a curva do custo total C para a produção de qualquer produto é obtida por meio da soma dos custos da empresa referentes a mão-deobra wL, e ao capital rK: C = wL + rK reescrevendo a equação para linha reta teremos: K = C/r - (w/r)L a linha de isocusto tem uma inclinação igual a K/L = - (w/r), isto é, a razão entre a taxa de remuneração de mão-de-obra e o custo da locação de capital. Custo Médio no Longo Prazo A empresa pode variar a quantidade de capital, reduzindo seus custos Quando uma empresa apresenta um nível de produção em que o custo médio em longo prazo (CmeLP) esteja diminuindo, o custo marginal de longo prazo (CMgLP) é menor que o CMELP (fig.7.10).