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Aula 9
A Escola Marginalista
Profa. Dra. Eliana Tadeu Terci
O surgimento da análise marginal e da
teoria subjetiva do valor
•
•
Era neoclássica, corrente subjetivista princípio marginal valor utilidade
→ diferenças de ênfase e metodologia
Escola Austríaca
Menger Bohm-Bawerk
ênfase na utilidade
von Wieser
(ganho; vida doméstica)
von Mises
Hayek
Shumpeter (?)
•
Escola de Lausane
ênfase no equilíbrio
(matemática)
•
Escola de Cambridge
ênfase no equilíbrio
(preocupação com a
instrumentalização)
Walras → Pareto
Leontieff (?)
Jevons Marshall → Pigou
síntese da escola clássica e
marginalista
O surgimento da análise marginal e da
teoria subjetiva do valor
• Circunstâncias históricas: 1870-1925 – produtividade
crescente + pobreza tb. crescente + flutuações e crises →
superprodução (grandes empresas monopolistas, poderio
econômico e influência política) e subconsumo (baixos
salários + insegurança na velhice + ausência de leis
trabalhistas + condições de trabalho insalubres)
• Contrariando os preceitos da economia clássica a saída
indicava: socialismo + sindicalismo + Estado ( controle da
economia + ↓ abusos + redistribuir renda)
• marginalista rejeitam todas essas soluções → defendem a
alocação de mercado.
Utilidade marginal
• Ponto de partida – economia clássica –
ênfase no valor de troca
• Neoclássicos: ênfase na utilidade –
relação entre pessoas e coisas
• Economia: alocação ótima de recursos
escassos entre fins alternativos – teoria da
utilidade marginal e teoria dos preços
• Soluciona o paradoxo da água e do
diamante (escassez)
Utilidade total e marginal
Utilidade marginal
• Definição do valor é subjetiva – preços?:
• Jevons: ênfase na demanda na definição do valor:
cálculo da utilidade – suprir as necessidades com
menor custo.
• O que explica o fato de um bem ter o mesmo preço
para sujeitos distintos?
• Marshall chama a atenção para o lado da oferta
(custos de produção)
• Alocação de recursos escassos entre usos
alternativos – elimina o conflito – sociedade é
harmônica
Busca do equilíbrio
• Walras: teoria do equilíbrio geral: ênfase na raridade
– utilidade e raridade determinam o valor
• Preocupação com a questão social leva-o a buscar
uma teoria do equilíbrio: ciência econômica teria essa
função – buscar na razão científica a orientação das
ações dos agentes econômicos para superação da
desordem:
• Distinção entre mercado de produtos e fatores –
equilíbrio através da troca
Mercado de bens
Fluxo circular
Aceitação da lei de Say
• A dificuldade dos mercados se deve a escassez de
dinheiro ou a falta de proteção dos governos?
• O que cria mercado aos produtos senão outras
produções?
• Mas não é dinheiro que os produtores almejam?
• Mas para que serve o dinheiro?
• Diz-se normalmente: se paralisam os mercados porque
escasseia o dinheiro. Dever-se-ia dizer: escasseiam os
mercados porque escasseiam os demais produtos os
reais valores:
• “quando um produtor termina seu produto, o que mais
deseja é vendê-lo para que não perca valor, assim como
não terá nada mais a fazer com seu dinheiro que
adquirir outros produtos para que seu dinheiro não fique
ocioso.”
Aceitação da lei de Say
• O que explica então a superprodução?
• Considerando que excessos são corrigidos pelo mecanismo de
mercado, apenas meios violentos ou “desastres naturais ou
políticos, ou a torpe ignorâncias dos governos” podem prolongar a
penúria ou estancamento.
• 1ª. Consequência: em todo Estado quanto mais se multiplicam os
produtores e suas produções, mais variados e fartos serão os
mercados”
• 2ª. Consequência: cada um estará interessado na prosperidade do
outro;
• 3ª. Consequência: o mercado exterior não prejudica o doméstico,
pois é com produtos que se compram produtos do estrangeiro;
• 4ª. Consequência: favorecer o comércio não é o mesmo que
fomentar o consumo, pois a produção é a provedora. “Por isso, os
maus governos se empenham em consumir, os bons em produzir.”
Concorrência perfeita
• Produtos homogêneos
• Empresas pequenas sem poder de
mercado
• Ausência de barreiras de entrada
• Transparência
Marshall
• Síntese neoclássica: influência da economia política
clássica (Ricardo e S. Mill)
• Método ceteris paribus – análise parcial
• Sistema econômico – comportamento dos consumidores e
produtores – intermediação do preço fator ceteris
paribus - busca da maximização da utilidade – teoria da
escolha racional
• Conceito de elasticidade-preço – equilíbrio temporário
• Noção de excedente do consumidor x produtor: a diferença
entre o preço de mercado e o preço que o consumidor
estaria disposto a pagar para não abrir mão desse bem
(benefício ao consumidor x produtor)
tempo
• Importância do tempo na definição da
procura, oferta, produção e na formação dos
preços:
• Curtíssimo prazo – pregão (procura
determina)
• Curto prazo – pode-se aumentar o volume de
produção contando com a capacidade ociosa
• Longo prazo – pode-se alterar a escala de
produção (depende da oferta)
• Custos podem ser crescentes, constantes ou
decrescentes em relação à escala.
Marshall
• (Firma representativa): custos médios = preço de equilíbrio
• Custos médios inferiores ao da firma representativa =
lucros extras (excedente) = “quase renda” → tende a
desaparecer no longo prazo → o preço tende aos custos
de produção; os lucros tendem ao lucro médio (liberdade
de mercado)
• Assim, liberdade de mercado generalizaria as condições
do equilíbrio parcial e conduziria a economia a eficiência
máxima
• Reconhecia que o aumento da eficiência das firmas se
ligava aos seus ganhos de escala internas (produtividade)
e externas (externalidades) → tendência monopolista (?)
Marshall
•
•
•
Redefine o nome da ciência:
“Ela é portanto uma ciência ao mesmo tempo pura e aplicada, mais do
que uma ciência é uma arte. E é melhor para designá-la servir-se da
expressão lata de ‘Economia’, do que da mais restrita ‘Economia
Política’”
Emprego da matemática: teorema matemático e a boa economia –
“1- use a matemática como um idioma taquigráfico, em vez de um
mecanismo de investigação.
2- guarde-os até que você termine.
3- traduza para o inglês.
4- depois, ilustre com exemplos que sejam importantes para a vida
real.
5- queime a matemática.
6- se não conseguir o item 4, queime o 3. Esse último eu fiz com
frequência.”
Referencias bibliográficas
• ARAUJO, C.R.V. História do
Pensamento Econômico. São Paulo:
Atlas, 1986.
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