Programas de Saúde

Propaganda
Enfoque por programas
Pressupõe definição
problemas:
apriorística
dos
-por
doenças
(hanseníase,
tuberculose,
hipertensão)
-por categoria profissional (enfermeiro, médico,
assistente social, psicólogo)
-por etapas de ciclo biológico humano (criança,
adolescente, adulto, idoso)
-por atividades sanitárias (Vigilância Sanitária,
Vigilância Epidemiológica, Vigilância à Saúde)
-por inserção no mercado de trabalho (ST)
-por grupos étnicos (saúde do índio)
Enfoque por programa
Trabalha
Microproblemas
Enfoque por programa Sistêmico
-Obedece uma normatividade rígida
-Desconhece limitação de recursos
-Desconsidera
a
historicidades
dos
diferentes
territórios e grupos sociais
-Desconsidera
as
condições
de
necessidades múltiplas e recorrentes
-É fragmentado
-Não explica o fenômeno
-Não vai na essência do problema
vida
e
as
“A assistência à saúde prestada nas
instituições públicas não tem um caráter
educativo emancipador, pois está mais
fortemente centrada na atenção curativa e
no atendimento chamado ‘queixa conduta’. Além disso nas atividades ditas
educativas, como as palestras, está
presente a idéia de que a doença se deve,
principalmente, à falta de cuidado e ao
desleixo da população com a sua saúde,
deixando a vítima com sentimento de
culpa pelo problema que apresenta.
Programas de Saúde
... “A proposta de criação de Programas de
Atenção à Saúde aplicados indistintamente
em todo território nacional, sem levar em
consideração especificidades de demandas
nos diferentes espaços e territórios
geográficos
e,
principalmente,
sem
considerar os diferentes potenciais de
benefícios e riscos de cada grupo
homogêneo constituiu o escopo de
diferentes propostas e planos de saúde
idealizados.”
Programas
Saúde da Mulher
Saúde da Criança
Saúde do Adulto
Saúde do Idoso
Saúde Mental
Vigilância Epidemiológica
Saúde do Trabalhador
Vigilância Sanitária
Vigilância Ambiental
Saúde da Mulher
1 - Programa Nacional de Combate ao Câncer do
colo uterino e mama
2 - Assistência ginecológica
3 - Planejamento Familiar
4 - Programa de Humanização no Pré-natal, parto e
puerpério
5 - Mortalidade materna
6 - DST / AIDS
7 - Prevenção e tratamento resultantes da violência
sexual
8 - Assistência às emergências obstétricas
9 - Assistência à gestação de alto risco
Programa de Combate ao Câncer do
Colo Uterino e de Mama
Exame físico das mamas
Inspeção
Palpação da mama e região axilar
Expressão da aréola e papila
Inspeção da vulva, vagina e colo uterino
Coleta de material
Assistência ao Pré-natal, Parto e
Puerpério
Exame físico
Altura uterina e BCF
Solicitação de exames
Educação em saúde
Incentivo ao aleitamento materno –
cuidados com as mamas
Cuidados com o Rn
Perda sanguínea pós-parto
Saúde da Criança
1 - Alimentação e Aleitamento materno
2 - Monitoração do crescimento/
desenvolvimento e problemas
nutricionais
3 - Imunização
4 - Assistência às infecções respiratórias
5 - Assistência às doenças diarréicas
Saúde do Adulto
1 - Assistência ao portador de
hipertensão arterial
2 - Assistência ao portador de diabetes
3 - Assistência ao portador de câncer
4 - Tratamento de feridas
Saúde do Idoso
Principais alterações:
- Sensoriais
- Cognitivas
- Cardiovasculares
- Respiratórias
- Gastrointestinais
- Urinárias
- Musculoesqueléticas
Uso de Medicamentos
Saúde Mental
“ A prevalência global de transtornos
mentais na população brasileira está
estimada
em
20%.
Pesquisas
epidemiológicas realizadas em cidades
brasileiras
de
diferentes
regiões
encontram prevalências de demandas
por cuidados psiquiátricos que variam
de 34% (Brasília e Porto Alegre) e 19%
(São Paulo)”... (Alves, 1994)
Base Histórica
Sociedade Pré-Industrial:
Doença Mental  Forças sobrenaturais,
interferência dos espíritos.
Período de Industrialização:
Doença Mental  ameaça à nova ordem
social capitalista. Os “loucos” eram
encaminhados para prisões e asilos, onde
funcionavam antigas leprosários. Nesse
período a psiquiatria não se constituía em
especialidade médica.
Reforma psiquiátrica – desconstrução
do modelo maniconial. Tratamento do
Doente Mental a nível ambulatorial,
com a participação da família.
Reabilitação Psicossocial – envolvimento
do usuário, familiares e a comunidade
com os trabalhadores de saúde que
implicará em mudanças na política e
saúde mental.
Vigilância Epidemiológica
“Conjunto
de
atividades
que
proporcionam
as
informações
indispensáveis para conhecer, detectar
ou prever qualquer mudança nos
determinantes e condicionantes do
processo saúde – doença, com a
finalidade de recomendar e executar as
medidas de prevenção, controle e
tratamento das doenças”.
(M. da Saúde)
Operacionalização da V. E. pela Unidade
Básica
Identificar e monitorar a vulnerabilidade da
coletividade aos agravos de saúde.
Descrever a ocorrência dos agravos de saúde de
maior relevância para a população habitante da
área geográfica estudada.
Detectar surtos / epidemias.
Estimar a magnitude da morbidade e mortalidade
causada pelos agravos de saúde de maior
relevância.
Recomendar e executar as medidas para prevenir
e controlar a ocorrência de agravos de saúde.
Avaliar o impacto das medidas de intervenção
Programa de Controle da Tuberculose
A tuberculose é um problema de saúde
prioritário no Brasil, e juntamente com
outros 21 países em desenvolvimento,
albergam 80% dos casos mundiais da
doença. No Brasil, estima-se que ocorram
129 mil casos por ano, dos quais são
notificados cerca de 90 mil. Em 1998, o
coeficiente de mortalidade foi de 3,5 por
100.000 habitantes. Esses números,
entretanto, não representam a realidade
do país, pois parte dos doentes não são
diagnosticados
ou
registrados
oficialmente.
Metas do Ministério da Saúde:
- Diagnosticar 90% dos casos esperados
- Curar pelo menos 85% dos casos
diagnosticados
- Expandir as ações de controle para
100% dos municípios
Implantação das Ações de Controle
Estruturação da rede de serviços para
identificação
de
sintomáticos
respiratórios.
Organização da rede laboratorial para
diagnóstico e controle de casos.
Garantia de tratamento supervisionado
e/ou auto-administrado.
Proteção dos sadios.
Alimentação do sistema de informação.
Análise de dados e tomada de decisão.
Programa de Controle da
Hanseníase
Doença
infecto-contagiosa,
de
evolução lenta, que se manifesta
principalmente através de sinais e
sintomas dermatoneurológicos: lesões
na
pele
e
nervos
periféricos,
principalmente nos olhos, mãos e pés.
Prevalência de Hanseníase no Brasil
1985 – 19 casos por 10.000 habitantes
2000 – 4,68 casos por 10.000
habitantes
META:
Eliminação da Hanseníase no Brasil até
2005 com índices de prevalência de
menos de 01 doente em cada 10.000
habitantes.
Saúde do Trabalhador
“Campo do saber que visa compreender as
relações entre o trabalho e o processo saúde /
doença. Nesta acepção, considera a saúde e a
doença
como
processos
dinâmicos,
estreitamente articulados com os modos de
desenvolvimento produtivo da humanidade em
determinado momento histórico. Parte do
princípio de que a forma de inserção dos
homens, mulheres e crianças nos espaços de
trabalho contribuiu decisivamente para formas
específicas de adoecer e morrer. O fundamento
de suas ações é a articulação multiprofissional,
interdisciplinar e intersetorial”. (M. da Saúde)
RELAÇÕES SOCIAIS DE PRODUÇÃO
MUNICÍPIO
PROCESSO DE TRABALHO
RURAL
NÚCLEO FAMILIAR
DOMICÍLIO
TRABALHADOR FORMAL
DESEMPREGADO
EMPRESA
INFORMAL
ESPAÇO
A
M
B
I
E
N
T
E
URBANO
DISTRITO (S) SANITÁRIO (S)
FONTE: Área Técnica de Saúde do Trabalhador/COSAT 2000
Vigilância Sanitária
“Desenvolvimento de ações capazes de
eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde”.
São ações de abrangência da U.S.:
-
Controle da produção e consumo de produtos;
- Fiscalização dos serviços de saúde
- Fiscalização de interesse sanitário dos portos,
aeroportos e fronteiras;
- Produção e comercialização de medicamentos,
cosméticos, alimentos, saneantes e bens;
- Monitoramento da qualidade da água de consumo
humano;
- Controle de vetores.
Vigilância Ambiental
“Conjunto de ações intersetoriais e
interdisciplinares que proporcionam o
conhecimento, a detecção ou a
prevenção de qualquer mudança em
fatores determinantes e condicionantes
do meio ambiente que interferem na
saúde do homem. Tem por finalidade
recomendar e adotar as medidas de
prevenção e controle de riscos, das
doenças e agravos” (Lieber, 2000).
“A
lógica
da
intervenção
sanitária
clássica
simplesmente não dá conta de uma série de
problemas de saúde, como os ambientais e do
trabalhador, as causas externas e as doenças crônicas
não transmissíveis. Não existem “vacinas” contra
acidentes de trânsito, tampouco substâncias que
possam “higienizar” ambiente gerais ou de trabalho
contaminados por agentes tóxicos, que podem causar
câncer aos expostos. Não existem formas de isolar
áreas contaminadas, rios poluídos, contaminação
atmosférica das pessoas.
O campo da vigilância ambiental em saúde
precisa ser construído por meio de conceitos e
práticas de caráter interdisciplinar e intersetorial”.
(FUNASA – CBVA 2002).
Os
perfis
epidemiológicos
das
populações se diferenciam em função das
condições de vida, assumindo também
importância a falta de controle que os
indivíduos têm sobre suas vidas. A
promoção da saúde configura-se como o
instrumento
para
capacitação
dos
indivíduos para aumentar o controle sobre
os determinantes da saúde.”
(Anna Maria Chiesa)
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