MENINGITES NA INFÂNCIA SÔNIA MAIA DE FARIAS MENINGITES • É UMA INFECÇÃO DAS MENINGES CAUSADA POR BACTÉRIAS E VÍRUS. DOENÇA GRAVE, COM ALTA TAXA DE MORTALIDADE E SEQUELAS. EPIDEMIOLOGIA • 20 CASOS POR CEM MIL HABITANTES; • 52% SÃO BACTERIANAS; • AS BACTERIANAS OCORREM NO INVERNO E AS VIRAIS NO VERÃO; • 50% DOS CASOS OCORREM EM MENORES DE CINCO ANOS DE IDADE; • O RISCO DE MENINGITE BACTERIANA É MAIOR NA FAIXA ETÁRIA ABAIXO DE DOIS ANOS. FISIOPATOLOGIA ENTRADA DE BACTÉRIAS NO ESPAÇO SUBARACNÓIDEO LIBERAÇÃO DE LIPO-OLIGOSSACARÍDEOS ATIVAÇÃO DO SISTEMA MONÓCITO-MACRÓFAGO LIBERAÇÃO DOS MEDIADORES INFLAMATÓRIOS (INTERLEUCINA – 1) ATIVAÇÃO DA CASCATA PROSTAGLANDINA – ÁCIDO ARACDÕNICO LIBERAÇÃO DE SUBSTÂNCIAS ATIVAS NO PROCESSO INFLAMATÓRIO (LEUCOTRIENOS, PROSTAGLANDINA, TROMBOXANO) MORTE CELULAR HIPERTENSÃO INTRACRANIANA ETIOLOGIA POR FAIXA ETÁRIA RECÉM-NASCIDOS: STREPTOCOCCUS BETA HEMOLÍTICO DO GRUPO B; ESCHERICHIA COLI; INFECÇÕES MATERNAS DE TRANSMISSÃO VERTICAL; LISTERIA MONOCYTOGENES; LACTENTES ENTRE UM E TRÊS MESES DE VIDA: AGENTES DO PERÍODO NEONATAL; AGENTES ADQUIRIDOS EM COMUNIDADES; LACTENTES E PRÉ-ESCOLARES DE DOIS MESES ATÉ CINCO ANOS: BACTÉRIAS CAPSULADAS (HEMÓFILO; PNEUMOCOCO, MENINGOCOCO) E MENINGOENCEFALITES VIRAIS. ETIOLOGIA POR FAIXA ETÁRIA ESCOLARES E ADULTOS: MENINGOCOCO; PNEUMOCOCO. PACIENTES COM FÍSTULAS OU DERIVAÇÕES LIQUÓRICAS: PNEUMOCOCO; STAPHYLOCOCCUS EPIDERMIDIS E AUREUS; QUADRO CLÍNICO • • QUADRO DE EVOLUÇÃO FULMINANTE; • FORMA CLÍNICA CLÁSSICA; • FORMA DE EVOLUÇÃO PROGRESSIVA; MANIFESTAÇÕES EM RECÉMNASCIDOS E LACTENTES PEQUENOS QUE SÃO INESPECÍFICAS; QUADRO CLÍNICO PELO AIDPI • 1. 2. 3. FEBRE: RIGIDEZ DE NUCA; PETÉQUIAS; FONTANELA ABAULADA; DOENÇA FEBRIL MUITO GRAVE INDICAÇÕES PARA A PUNÇÃO LOMBAR – SUSPEITA CLÍNICA; – PRESENÇA DE FEBRE SEM SINAIS LOCALIZATÓRIOS; – PRIMEIRA CONVULSÃO FEBRIL EM UM LACTENTE; – RECÉM- NASCIDOS COM QUADRO MAL DEFINIDO. ALTERAÇÕES DO LÍQUOR – 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. MENINGITE BACTERIANA ASPECTO TURVO; CELULARIDADE MAIOR QUE 500 CEL/MM3; PREDOMÍNIO MAIOR DE NEUTRÓFILOS; GLICORRAQUIA MENOR QUE 2/3 DA GLICEMIA; PROTEINORRAQUIA MAIOR QUE 40 MG/DL; BACILOSCOPIA: GRAM; CONTRA-IMUNOELETROFORESE (CIE); CULTURA DO LÍQUOR (90%); HEMOGRAMA COM MAIS DE 15.OOO CEL/MM3; ALTERAÇÕES DO LÍQUOR – 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9. MENINGITE VIRAL: ASPECTO LÍMPIDO; CELULARIDADE MENOR QUE 500 CEL/ MM3; PREDOMÍNIO MAIOR DE LINFÓCITOS; GLICORRAQUIA POUCO ALTERADA; PROTEINORRAQUIA NORMAL OU POUCO ALTERADA; BACILOSCOPIA NEGATIVA; CONTRA-IMUNOELETROFORESE (CIE) SEM AGLUTINAÇÃO; HEMOCULTURA NEGATIVA; HEMOGRAMA MENOR QUE 15.OOO CEL/MM3; TRATAMENTO • EVITAR RESTRIÇÃO HÍDRICA; • DEXAMETASONA: 0,6 MG/KG/DIA 2 A 4 VEZES AO DIA EV DURANTE 2 A 4 DIAS OU 4MG EV DE 6/6 HS PARA CRIANÇAS MAIORES; ANTIBIOTICOTERAPIA • RECÉM-NASCIDOS: 1. AMPICILINA (200MG/KG/DIA EV DE 8/8 HS) + CEFOTAXIMA (200MG/KG/DIA); ANTIBIOTICOTERAPIA • UM A DOIS MESES DE VIDA: 1. AMPICILINA 400MG/KG/DIA 6/6 HS + CEFOTAXIMA OU CEFTRIAXONE 100MG/KG/DIA DE 12/12 HS; ANTIBIOTICOTERAPIA • TRÊS MESES A CINCO ANOS DE IDADE: 1. CEFTRIAXONE 100MG/KG/DIA 12/12 HS; 2. AMPICILINA 400MG/KG/DIA DE 6/6 HS + CLORANFENICOL 100MG/KG/DIA DE 6/6 HS; ANTIBIOTICOTERAPIA • ACIMA DE CINCO ANOS: • CEFTRIAXONE 100MG/KG/DIA 12/12 HS; • PENICILINA G 400.000U/KG/DIA 4/4 HS MÁX DE 4 MILHÕES DE U 4/4 HS OU AMPICILINA; TEMPO DE TRATAMENTO • MENINGOCOCO: NO MÍNIMO SETE DIAS COM CINCO DIAS SEM FEBRE. • HAEMOPHILUS E PNEUMOCCOCO: EM MÉDIA DE DEZ A QUATORZE DIAS. • GRAM NEGATIVO: ENTRE 14 E 21 DIAS; • ESTAFILOCOCO: EM TORNO DE 21 DIAS. QUIMIOPROFILAXIA MENINGOCOCO: RIFAMPICINA POR DOIS DIAS. 20MG/KG/DIA DE 12/12 HS. HEMÓFILO: RIFAMPICINA POR QUATRO DIAS. 20 MG/KG/DIA EM DOSE ÚNICA DIÁRIA. • NÃO PRECISA FAZER QUIMIOPROFILAXIA EM CRIANÇAS VACINADAS COM A Hib! OBRIGADA!