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Setor de serviços impulsiona resultado do PIB de 2006 revisado pelo IBGE
Thais Leitão
Repórter da Agência Brasil
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Rio de Janeiro - O setor de serviços foi o principal responsável pelo impulso verificado na nova taxa de
expansão do Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma de todas as riquezas produzidas na economia
do país. De acordo com o resultado revisado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e
anunciado hoje (26), a economia brasileira cresceu 3,7% em 2006, mais do que os 2,9% que haviam
sido anunciados anteriormente. O resultado tem origem na nova metodologia utilizada.
A gerente de Contas Trimestrais do IBGE, Rebeca Palis, afirmou que com a nova metodologia aplicada
pelo IBGE, ganharam mais peso os segmentos de intermediação financeira, aluguéis e administração
pública. De acordo com os novos dados, os serviços tiveram alta de 3,7% ao longo dos quatro trimestres
de 2006, resultado superior ao apurado pela metodologia antiga, que apontou expansão de 2,4%.
O mesmo movimento foi verificado na agropecuária, que passou de 3,2% para 4,1% com o novo método.
Esse resultado, de acordo com o IBGE, reflete uma recuperação mais forte em relação a 2005, quando o
setor cresceu apenas 1%, em função da quebra de safra de alguns produtos com grande
representatividade na colheita e da ocorrência de febre aftosa.
Já na indústria, houve leve redução da taxa de crescimento, passando de 3% para 2,8%. Segundo o
coordenador de contas nacionais do instituto, Roberto Olinto, sob a ótica do consumo, a principal
alteração foi verificada no consumo das famílias. A expansão nesse segmento passou de 3,8% para
4,3% em 2006.
“Pelo lado do consumo, há um destaque para o consumo das famílias, que manteve seu crescimento na
faixa de 4%, ainda um pouco abaixo de 2005, mas manteve tendência de crescimento, justificado pelo
aumento no crédito, em aproximadamente 30%, e na massa de salários, que teve expansão de cerca de
5%”, explicou.
Ainda de acordo com os dados revisados pelo IBGE, os investimentos (formação fixa de capital bruto)
subiram 8,7% (com a metodologia antiga, o crescimento havia sido de 6,3%) e o consumo do governo,
3,6% (a expansão era de 2,1% com o método anterior). As exportações tiveram um aumento de 4,6%,
enquanto as importações cresceram 18,1%.
O IBGE também divulgou o resultado do PIB em valores correntes que, em 2006, alcançou R$ 2,3
trilhões. Com isso, o PIB per capta cresceu 2,3% em relação a 2005 e foi de R$ 12,4 mil. Há uma
semana, o instituto divulgou a revisão do PIB de 2002 a 2005. Em todos os anos, o novo resultado
mostrou crescimento superior ao do cálculo anterior. O novo método trabalha com mais fontes de
informação e leva em consideração 293 produtos e 149 atividades econômicas.
http://www.agenciabrasil.gov.br/noticias/2007/03/28/materia.2007-03-28.0899202743/view
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