INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA CAUSAS DE DOENÇA HEPÁTICA PARENQUIMATOSA 1 HEPATITE (vírica, medicamentosa, isquémica) a - Aguda b – Crónica 2 CIRROSE a - Alcoólica b - Pós-necrótica c - Biliar d - Hemocromatose e - Outras (D. Wilson, galactosemia, fibrose quística do pâncreas, deficiência de α1-antitripsina) CAUSAS DE DOENÇA HEPÁTICA PARENQUIMATOSA 3 DOENÇAS INFILTRATIVAS a - Glicogénio b – Gordura C – Amilóide D – Linfoma/leucemia E - Granuloma 4 LESÕES OCUPANDO ESPAÇO a - Carcinoma hepatocelular b - Abcesso c - Quisto d - Gomas CAUSAS DE DOENÇA HEPÁTICA PARENQUIMATOSA 5 DOENÇAS FUNCIONAIS ASSOCIADAS A ICTERICIA a - Gilbert b – Crigler-Najjar c – Dubin-Johnson e Rotor d – Colestases da gravidez e recorrente benigna CAUSAS DE DOENÇA HEPÁTICA BILIAR 1 OBSTRUÇÃO BILIAR EXTRA-HEPÁTICA a - LITIASE b – ESTENOSE c – TUMOR 2 COLANGITE a – Séptica b – Cirrose biliar primária c – Colangite esclerosante d – Medicamentosa e - Tóxica CAUSAS DE DOENÇA HEPÁTICA VASCULAR 1 2 3 4 5 CIRROSE CARDÍACA E ESTASE PASSIVA CRÓNICA TROMBOSE DA VEIA HEPÁTICA TROMBOSE DA VEIA PORTA MALFORMAÇÕES ARTERIOVENOSAS DOENÇA VENO-OCLUSIVA CAUSAS DE INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA 1 HEPATITE VIRAL (A, B, C, D, E, F) 2 ÁLCOOL 3 METABÓLICA a – Hemocromatose b – Doença de Wilson c – Deficiência de α1 antitripsina d – Fibrose quística e – Galactosemia f - Porfírias 4 DOENÇA BILIAR a – Obstrução biliar extra-hepática b – Obstrução biliar intra-hepática c – Cirrose biliar primária d – Colangite esclerosante primária CAUSAS DE INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA 5 OBSTRUÇÃO DO FLUXO VENOSO a – Síndrome de Budd-Chiari b – Doença venosa-oclusiva c – Insuficiência cardíaca direita 6 FÁRMACOS, TOXINAS, DROGAS E QUÍMICOS 7 DOENÇAS IMUNOLÓGICAS a – Hepatite auto-imune 8 OUTRAS a – Sarcoidose b – Neoplasias primárias ou metastáticas c – Criptogénica SÍNDROMAS METABÓLICAS E CLÍNICA DA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA METABOLISMO DOS GLÍCIDOS a – Metabolismo da glicose diminuído (Hiperglicemia) b – Perturbações da neoglicogénese e da glicogenólise (Hipoglicemia) METABOLISMO DOS LÍPIDOS a – Défice de LCAT (Hipocolesterolemia) b – Síntese e reabsorção de sais biliares (Esteatorreia) SÍNDROMAS METABÓLICAS E CLÍNICA DA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA METABOLISMO PROTEICO a – Aumento da amoníaco plasmático (encefalopatia) b – Aumento plasmático de aminoácidos aromáticos (alcalose metabólica) c – Aumento de falsos neurotransmissores (encefalopatia) d – Aumento de neurotransmissores inibidores (serotonina e GANBA) (encefalopatia) e – Hipoalbuminemia (edemas e ascite) f – Deficiente síntese de factores da coagulação (Diátese hemorrágica) SÍNDROMAS METABÓLICAS E CLÍNICA DA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA FUNÇÃO BILIAR a – Conjugação ou eliminação da bilirrubina (icterícia) b – Fluxo biliar (colestase intra-hepática) (prurido) METABOLISMO HIDROSSALINO a – Retenção de sódio e água (edemas, ascite, hidrotórax) METABOLISMO HORMONAL a – Aumento dos níveis de estrogénios (ginecomastia, eritema palmar, aranhas vasculares) SÍNDROMAS METABÓLICAS E CLÍNICA DA INSUFICIÊNCIA HEPÁTICA HEPATOMEGALIA ICTERÍCIA ASCITE EDEMAS *ERITEMA PALMAR *ANGIOMAS AUMENTO DAS PARÓTIDAS AUMENTO DAS GLÂNDULAS LACRIMAIS CLUBBING ESPLENOMEGALIA DIMINUIÇÃO DO TECIDO MUSCULAR *ALOPÉCIA GINECOMASTIA *ATROFIA TESTICULAR SHUNTS (ANASTOMOSES) PORTO-SISTÉMICAS ESTÁDIOS CLÍNICOS DA ENCEFALOPATIA HEPÁTICA ESTÁDIO I a – Asterixis ESTÁDIO II a – Asterixis ESTÁDIO III a – Asterixis ESTÁDIO IV a – Asterixis (+), desorientação intermitente e confusão (++), sonolência e comportamento alterado (+/-), estupor, mas responde a estímulos dolorosos (-), coma, não responde a estímulos Asterixis é um tremor grosseiro, em adejo, que se demonstra mais facilmente nas mãos ASTERIXIS ENCEFALOPATIA HEPÁTICA - PATOGÉNESE DESCONHECIDA a – Amónia (fígado bypassado) b – Mercaptanos (metionina) c – Ácidos gordos de cadeia curta d – Fenóis e – GABA f – Octopamina g – Aminoácidos aromáticos h – Benzodiazepinas endógenas FACTORES PRECIPITANTES DE ENCEFALOPATIA HEPÁTICA 1 AUMENTO DA SOBRECARGA DE SUBSTÂNCIAS AZOTADAS a – Hemorragia gastro-intestinal b – Excesso de proteínas na dieta c – Azotemia d - Obstipação 2 ALTERAÇÕES ELECTROLÍTICAS a – Hipocaliemia b – Alcalose c – Hipóxia d - Hipovolemia 3 MEDICAMENTOS a – Opióides, tranquilizantes, sedativos b - Diuréticos 4 DOENÇA VENO-OCLUSIVA (cirurgia, infecção) ENCEFALOPATIA HEPÁTICA: EEG ASCITE ASCITE Cirrose : - Hipoalbuminemia (diminuição da pressão oncótica plasmática) - Aumento da resistência vascular intra-hepática (aumento da pressão portal) - Aumento da drenagem linfática hepática - Diminuição do volume intravascular efectivo (diminuição da perfusão renal (Renina-angiotensina-aldosterona – retenção de Na+) HIPERTENSÃO PORTAL HIPERTENSÃO PORTAL VARIZES ESOFÁGICAS: ENDOSCOPIA DIGESTIVA ALTA HIPERTENSÃO PORTAL: CONSEQUÊNCIAS GINECOMASTIA ARANHA VASCULAR TESTES DE FUNÇÃO/LESÃO HEPÁTICA ICTERÍCIA Amanita Phalloides ou Capuz da morte Intoxicação Maioria de casos de óbito por ingestão de cogumelos Toxinas termo-estáveis octapeptídicas bicíclicas (Faloidina e Amanotoxina) Faloidina ou falotoxina (acção rápida, dose letal: 0,2mg/kg) • Responsável pelos sintomas iniciais GI da intoxicação, induzindo alterações da membrana do hepatócito e morte celular • ↓ tensão de O2 • Lesão hepatocelular (zona 3) •Amanotoxina (acção lenta, dose letal: 0,1mg/kg) • Interfere na transcrição do ADN: liga-se à polimerase II ARN do núcleo dos hepatócitos, bloqueando a síntese de proteínas necrose celular • Dose • Baixa: lesão predominantemente renal • Alta: lesão hepatocelular (-amanitina) Amanita Phalloides Clínica da Intoxicação 1º Período de latência 5 a 20 horas 2º Sintomas GI intensos Diarreia aquosa Abdominalgias Vómitos (oligúria, choque, cianose) 3º Período sem sintomas 12 a 24 horas 4º Falência hepato-renal 48 horas Sem terapêutica, as lesões hepáticas e renais induzem o coma e a morte Susceptibilidade Lesão Primária Lesão Secundária Metabólica Circulatória Insuficiência cardíaca Tóxica Alcoolismo crónico Microbiana Hepatite viral Infecções Neoplasias Carcinoma hepatocelular Metástases Aguda Crónica Hepatopatia Induzida por Fármacos – Intrínseca ou Esperada (paracetamol, tetracloreto de carbono) - dose-dependente - susceptibilidade individual dependente de factores genéticos – Idiossincrática ou Imprevisível (halotano, clorpromazina, isoniazida) - dependente de factores individuais: - metabolização - desenvolvimento da resposta imune - Síndrome de Reye - Esteatose hepática microvesicular - Aspirina em crianças < 12 anos e síndrome febril viral - Relação causal ainda não demonstrada Anatomia-patológica: sem distinção da hepatite viral – Testes sangue Hepatopatias Indução por Noxas Alteração morfológica Classe Substância Colestase Esteróide anabolizante Ansiolítico Antibiótico Bloqueador dos canais de cálcio Metiltestosterona Cloropromazina Eritromicina Nifedipina, Verapamil Estatose hepática Antibiótico Anticonvulsivo Antiarrítmico Oncoterapêutico Tetraciclina Valproato de Sódio Amiodarona Metotrexato Hepatite Anticonvulsivo Hipotensor Antibiótico Hipoglicemiante oral Fenitoína Metildopa Isoniazida, Nitrofurantoína Troglitazona Granulomas Antibiótico Hipotensor Antiarrítmico Anti-inflamatório Inibidor da xantina-oxidase Sulfonamidas Metildopa Quinidina Fenilbutazona Alopurinol Necrose Hidrocarboneto Metal Cogumelo Analgésico Solvente Tetracloreto de carbono Fósforo amarelo Amanita phalloides Acetaminofeno Dimetilformamida Hepatopatia Induzida por Fármacos Radicais livres de O2 Lesão de macromoléculas Peroxidação lipídica Inactivação: – Proteínas – Enzimas – Receptores – Transportes Lesões do ADN Clivagens polissacáridos Hepatopatia Regeneração Lenta Perda de tecido hepático capacidade de regeneração acentuada. Lesões contínuas podem originar regeneração patológico grave Cirrose. processo de Mediadores químicos envolvidos – Hepatic Growth Factor (HGF ou factor de crescimento hepático) – TGF-b Insuficiência Hepática Aguda Virais Hepatites A e E Hepatites B e C – Infecção aguda infecção crónica Hepatite D – infecção concomitante pelo vírus B Vírus Epstein-Barr Citamegalovírus Inflamação do parênquima hepático Diagnóstico diferencial através de testes específicos Hepatite A Picornavirus (RNA) Factores de virulência – cápside – contagioso em fase pré e pós-sintomática Transmissão fecal-oral Incubação – 1 mês (replicação viral lenta) Patogenicidade – células NK e T citotóxicas indução por anticorpos, complemento e IFN- Infecção aguda, raramente fulminante (mortalidade < 0,5%) Prevenção – saneamento básico higiene pessoal vacinação Hepatite B Hepadnavirus (DNA) Transmissão – via sanguínea, sexual, parto Factores de virulência resistência a desinfectantes / esterilizantes desenvolvimento insidioso e assintomático da infecção Patogénese Contacto com HBV Infecção Replicação Viral (hepatotropismo) Libertação de antigénios HBs, HBc, HBe IFN- Expressão MHC Destruição de hepatócitos Activação citotóxicas células T Apresentação de antigénios HBV ao sistema imune Hepatite B Resolução Depende: – capacidade de desenvolver resposta imune contra o vírus - na hepatite aguda, necrose hepática maciça, reversível - necrose pouco extensa, permanência da infecção, progressão para hepatite crónica. - Complicações: cirrose, hepatocarcinoma – Infecção concomitante com agente d (HDV) - hepatite fulminante, potencialmente mortal Início AgHBVc (= infecção aguda) AbHBc Infecção precoce activa AgHBs Resolução e imunidade : AbHBs Infecção crónica : AgHBc = replicação e infecção HBcAb sem replicação e sem potencial infeccioso Infecção crónica AgHBs positivo Inflamação hepática Replicação vírica activa DNA HBV por hidridização AgHBc positivo Aumento das transaminases Biópsia hepática Hepatopatias Colestase Pré-hepática Intra-hepática Pós-hepática Colestase Hiperbilirrubinémia Conjugada – transportadores de membrana (S. Dubin-Johnson, Rotor) – Obstrução ao fluxo biliar Não-conjugada – Produção excessiva de bilirrubina - Anemia hemolítica - Reabsorção de sangue - hemorragia interna - Eritropoiese ineficaz - anemia perniciosa, talassémia – Deficiência da captação hepática - induzida por drogas - def. enzimática genética – S. Gilbert – Deficiência da conjugação hepática - Def. enzimática genética – S. Crigler-Najjar - hepatite viral ou induzida por drogas - cirrose Colestase Hiperbilirrubinémia Não-conjugada – Produção excessiva de bilirrubina - Anemia hemolítica - Reabsorção de sangue - hemorragia interna - Eritropoiese ineficaz - anemia perniciosa, talassémia –Deficiência da captação hepática - induzida por noxas - def. enzimática genética – S. Gilbert Obstrução préhepática Colestase Hiperbilirrubinémia Não-conjugada – Deficiência da conjugação hepática - Def. enzimática genética – S. Crigler-Najjar - hepatite viral ou induzida por drogas - cirrose Obstrução intra-hepática Colestase Hiperbilirrubinémia Conjugada – transportadores de membrana (Síndrome Dubin-Johnson, Rotor) – Obstrução fluxo biliar Obstrução pós-hepática Hepatopatia Aguda Clínica Evolução de sintomas e sinais num período < 3 meses Prevalência de sintomas e sinais num período < 6 meses Tipo depende do período entre o aparecimento de icterícia e o desenvolvimento de encefalopatia – Hiperaguda: < 7 dias – Aguda: 8 a 28 dias – Subaguda: 5 a 12 semanas Hepatopatia Aguda Sintomas e Sinais Dependentes da etiologia Sintomas e sinais frequentes Laboratório Bilirrubina sérica (> 300 µmol/L grave) AST e ALT Tempo de protrombina (medidor da gravidade) Hipoglicémia Hiponatrémia Hipomagnesémia Alcalose respiratória Acidose metabólica Hepatite Viral Aguda Sintomas e Sinais Fase inicial Lesão hepática estabelecida - Anorexia Laboratório - Urina escura - Náuseas - AST e ALT (ALT>AST) - Fezes brancas - Vómitos - Bilirrubina - Icterícia (+ tardia) - Astenia - Hepatomegália - Mal estar geral - Dor hipocôndrio direito - Artralgias - Neutropenia e linfopenia transitórias, seguidas por linfocitose (com linfócitos atípicos) - Encefalopatia - Mialgias - Cefaleias - Fotofobia - Faringite - -globulina - IgG e IgM aumentadas Menor frequência - Tosse - Colestase - obstrução biliar extrahepática (raro) - Sintomas gripais - Esplenomegália - Febre – 38 a 39 ºC (hepatite A e E) - Adenopatias cervicais Insuficiência Hepática Aguda ENCEFALOPATIA Alteração da neurotransmissão nos SNC e SNeuro-muscular, associada à [amónia] elevada no sangue Edema citotóxico (tumefacção dos neurónios cerebrais) Edema vasogénico (lesão da barreira hemato-encefálica) Hipertensão intracraniana Hipoperfusão e lesão neurológica Insuficiência Hepática Aguda COLESTASE Sintomas e Sinais Astenia Icterícia Prurido Xantomas Síndrome de mal-absorção Laboratório Fosfatase alcalina e -glutamil transpeptidase aumentadas Défice de vitaminas lipossolúveis (A, D, K)