Pneumonia: Pneumonia é uma infecção nos pulmões, podem acometer a região dos alvéolos pulmonares onde desembocam as ramificações terminais dos brônquios e, às vezes, os interstícios (espaço entre um alvéolo e outro). São provocadas pela penetração de um agente infeccioso ou irritante (bactérias, vírus, fungos e por reações alérgicas) no espaço alveolar, onde ocorre a troca gasosa. Sinais e Sintomas Febre Alta; Tosse; Dor no tórax; Confusão Mental; Mal-estar generalizado; Dispnéia; Secreção de muco purulento de cor amarelada ou esverdeada ou cor de tijolo, as vezes com rajas de sangue; Toxemia e Prostração. Fatores de Risco Idade Avançada/Idosos Fumo: Provoca reação inflamatória que facilita a penetração de agentes infecciosos; Colonização da Orofaringe; Álcool: Interfere no sistema imunológico e na capacidade de defesa do aparelho respiratório; Ar-condicionado: deixa o ar muito seco, facilitando a infecção por vírus e bactérias; Mudanças bruscas de temperatura; Alergias Respiratórias; Internações de longa data; Insuficiência Cardíaca; Cirrose Hepática; Deficiência Nutricional; Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC). Tratamento Uso de antibióticos em caso de origem bacteriana ou fúngica com melhora em três ou quatro dias. A internação hospitalar é necessária quando o paciente é idoso, tem febre ou alterações clínicas da pneumonia, tais como: comprometimento da função dos rins e da PA, dispnéia, porque o alvéolo está cheio de secreção e não realiza a troca de gases. Os principais antibióticos usados são: Quinolonas, exemplo a moxifloxacina, a gatifloxacina e a levofloxacina. Recomendações / Prevenção Não fume e não beba exageradamente; Não se exponha a mudanças bruscas de temperatura; Procure atendimento médico para diagnóstico precoce de pneumonia, Se tiver mais de 60 anos vacine-se contra a gripe. Vacina-se contra o pneumococo, o principal agente causador da pneumonia. Acamados com mais de 60 anos (que não realizam nenhuma atividade física) recomenda-se tratamento Fisioterápico Preventivo (duas ou três sessões por semana afim de manter uma boa condição pulmonar. Broncopneumonia A broncopneumonia é uma inflamação dos brônquios, bronquíolos e alvéolos. É originada de complicações de processos infecciosos gerais ou de um processo laringo-traqueobronquite agudo ou crônico. Pode também ser consequência de uma Broncoaspiração. A broncopneumonia é acompanhada de suor, febre, arrepio, dispnéia, tosse e taquicardia, entre outros. Bronquite Bronquite é a inflamação dos brônquios localizados nos pulmões. Existem dois tipos. A bronquite aguda geralmente é causada por vírus ou bactérias e pode durar diversos dias ou semanas. A bronquite crônica não é necessariamente causada por uma infecção e faz parte de uma síndrome chamada DPOC (doença pulmonar obstrutiva crônica). A bronquite aguda ou crônica é caracterizada por tosse e expectoração (que expulsa, por meio da tosse, secreções provenientes da traquéia, brônquios e pulmões) e sintomas relacionados à obstrução das vias aéreas pela inflamação e pelo expectorado, como dispnéia e sibilos (chiados). O tratamento pode ser realizado com antibióticos, broncodilatadores, entre outros. Sinais e sintomas de bronquite Tosse; Expectoração; dispneia; Sibilância; cianose; Inchaço nas extremidades do corpo graças à piora do trabalho cardíaco; febre quando a bronquite crônica estiver associada à uma infecção respiratória; Fadiga; Inapetência; Dores no peito. Diagnóstico Na ausculta pulmonar observa-se roncos e diminuição de murmúrios vesiculares. Solicita-se o RX de tórax para concluir se a doença se agravou para pneumonia. O exame do escarro pode ser realizado para a identificação do germe envolvido. Outros exames como a análise do sangue poderão identificar a presença do vírus no sangue do indivíduo doente. Tratamento: Eliminar o cigarro e repousar para evitar respirar em ambientes de gás tóxico e poluição. Agentes Mucolíticos e Fluidificantes diminuem a viscosidade do catarro e assim evitam que com a secagem da secreção forme obstruções nos brônquios. A oxigenoterapia quando necessária, também pode melhorar os sintomas. Corticóides (medicamentos utilizados para controlar a inflamação crônica dos brônquios) minimizam os sintomas. Os antibióticos ajudam, quando bacteriana nos brônquios. resultam de uma infecção Os broncodilatadores melhoram o fluxo de ar nesta doença, aliviando a falta de ar e a sibilância. Podem ser utilizados através de nebulizações, nebulímetros (semelhantes à "bombinha" da Asma), cápsulas de inalar, comprimidos, xaropes, etc. DPOC Doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) é uma doença crônica, progressiva e irreversível que acomete os pulmões e tem como principais características a destruição de muitos alvéolos e o comprometimento dos restantes faz parte (asma brônquica, enfisema pulmonar e bronquite crônica). Os principais sintomas dos pacientes são a limitação do fluxo aéreo (entrada e saída do ar), principalmente na fase expiratória, dispnéia e a hiperinsulflação dinâmica leva ao encurtamento das fibras musculares do diafragma, fadiga muscular, insuficiência respiratória. Os principais fatores desencadeadores do DPOC (enfisema e bronquite crônica) estão relacionados principalmente ao tabagismo, seguido de exposição passivo do fumo, exposição à poeira por vários anos, poluição ambiental, e até fatores genéticos nos casos que se comprova a deficiência de enzimas relacionadas à destruição do parênquima pulmonar (estruturas dos pulmões). Causas Após vários anos de tabagismo ou exposição à poeira (em torno de 30 anos), levando a danos em todas as vias respiratórias. As substâncias do tabaco provocam basicamente as seguintes alterações no sistema respiratório: (1) estimulam a hipertrofia das glândulas submucosas determinando um aumento na secreção de muco na árvore traqueobrônquica; (2) inibem o movimento ciliar das células epiteliais; (3) ativam macrófagos alveolares que secretam substâncias quimiotáxicas para os neutrófilos que por sua vez liberam enzimas proteolíticas como a elastase; (4) inibem ainda a alfa1antitripsina, enzima inibidora fisiológica da elastase. Todas as formas de doença pulmonar crônica obstrutiva fazem com que o ar fique retido nos pulmões. O número de capilares nas paredes dos alvéolos diminui. Estas alterações prejudicam a troca de oxigênio e de anidrido carbônico entre os alvéolos e o sangue. Fisiopatologia A limitação do fluxo aéreo pode decorrer da diminuição da retração elástica do parênquima pulmonar, hipersecreção de glândulas da mucosa e inflamação das vias aéreas levando a fibrose e ao estreitamento da mesma. A contração das musculaturas lisas dos brônquios pode levar à obstrução das vias aéreas. O trabalho expiratório está aumentado. A hiperinsuflação pulmonar pode ocorrer decorrente da limitação ao fluxo aéreo e levar ao aumento do trabalho inspiratório. Alterações da relação V/Q são responsáveis por hipoxemia e hipercapnia. Sinais e sintomas Os principais sintomas incluem dispnéia aos esforços, dispnéia paroxística noturna, tosse produtiva matinal (pois há um acumulo das secreções/muco produzidos durante a noite na árvore traqueobrônquica), hemoptise, expectoração. Na ausculta pulmonar há diminuição dos murmúrios vesiculares e ausência de ruídos adventícios. Há cianose, sinais de cor pulmonale (turgência jugular patológica, ascite, edema de membros inferiores); na ausculta, os murmúrios vesiculares também estão diminuídos, há presença de ruídos adventícios (roncos, sibilos e estertores - devido a presença de quantidades maiores de muco). Os portadores de DPOC podem apresentar quadro crônico de hipoxemia e hipercapnia, evidenciados nos exames gasométricos. Diagnóstico Gasometria mostrando hipoxemia e hipercapnia. Acidose respiratória (PH<7,35). Na realidade o paciente com DPOC apresenta uma acidose respiratória crônica compensada com mecanismos compensatórios para as altas taxas de CO2 no sangue arterial. Dessa forma, os rins passam a acumular HCO3 e outras bases no organismo. Esta se revela na gasometria arterial por um pH relativamente baixo, PaCO2, HCO3 e BE (base excess) elevados. Tratamento: O início do tratamento do portador de DPOC é a interrupção do tabagismo. Podem ser usados antiinflamatórios,broncodilatadores e corticóides orais e inalatórios. A reabilitação pulmonar (através de uma equipe multidisciplinar) pode ajudar a melhorar a ventilação. A oxigenoterapia pode ser necessária em casos mais avançados. Dieta com um aporte maior de gordura com a finalidade de diminuir a produção de CO2 e a hipercapnia. Pacientes de DPOC com hipercapnia e acidose respiratória podem se beneficiar de suporte ventilatório não-invasivo como CPAP e BiPAP. Os pacientes com retenção de CO2 ou acidose respiratória devem receber a nebulização em ar comprimido, pelo risco aumentado da retenção. Nesses casos o paciente pode permanecer com cateter de O2 conectado para evitar hipoxemia. Os broncodilatadores são o tratamento central da DPOC. Existem medicamentos modernos capazes de controlar os sintomas da DPOC e reduzir o número de crises, como o brometo de tiotrópio, primeiro broncodilatador anticolinérgico de longa duração (24 horas) desenvolvido especificamente para o tratamento da DPOC. Quanto mais precoce for feito o diagnóstico, mais eficaz será o tratamento. Prognóstico A doença é irreversível. Um bom prognóstico da DPOC depende de um diagnóstico cedo e de um tratamento adequado. A medida de maior impacto no tratamento da DPOC é a abstinência ao tabagismo. Outro fator que comprovadamente aumenta a sobrevida dos pacientes é a oxigenoterapia, quando esta for indicada. Enfisema Pulmonar Enfisema é uma doença pulmonar obstrutiva crônica caracterizada pela dilatação excessiva dos alvéolos pulmonares, o que causa a perda de capacidade respiratória e uma oxigenação insuficiente. Ela geralmente é causada pela exposição a produtos químicos tóxicos ou exposição prolongada ao fumo de tabaco. Caracteriza-se pela hiperplasia das paredes das mucosas. hipertrofia e Sinais e sintomas O enfisema é caracterizado pela perda da elasticidades do tecido pulmonar, destruição das estruturas que suportam os alvéolos, e destruição dos capilares que nutrem os alveólos. O resultado é que as pequenas vias aéreas colabam durante a exalação do ar, levando a uma forma obstrutiva de doença pulmonar. Os sintomas são dispnéia, hipoventilação, e peito expandido. Assim que o enfisema avança, podem-se observar deformidades nas unhas, decorrentes da hipóxia. Hiperventilação para manter os níveis sanguíneos de oxigênio adequados. A hiperventilação explica o porquê que os pacientes com enfisema são cianóticos. Prognóstico e tratamento O enfisema é uma condição degenerativa irreversível, embora possa haver uma pequena recuperação da função pulmonar. A medida mais importante que pode ser tomada para diminuir a progressão do enfisema é a interrupção do tabagismo por parte do paciente e a diminuição à exposição a cigarros. A reabilitação pulmonar também pode ser muito útil para melhorar a qualidade de vida do paciente. O enfisema também é tratado auxiliando a respiração com anticolinérgicos, broncodilatadores e medicação esteróide (inalada ou oral). Além disso a suplementação de oxigênio também é necessária. ASMA: A asma é uma doença inflamatória crônica caracterizada por obstrução ao fluxo de ar nas vias respiratórias, cuja causa não está completamente elucidada. Sua fisiopatologia está relacionada ao edema da mucosa brônquica, a hiperprodução de muco nas vias aéreas e a contração da musculatura lisa das vias aéreas, com conseqüente diminuição de seu diâmetro (broncoespasmo) e edema dos brônquios e bronquíolos. Isto resulta em vários sintomas como: dispnéia, tosse e sibilos, As características patológicas incluem a presença de células inflamatórias nas vias aéreas, exsudação de plasma, edema, hipertrofia muscular, rolhas de muco e descamação do epitélio. O diagnóstico é principalmente clínico e o tratamento consta de medidas educativas, drogas que melhorem o fluxo aéreo na crise asmática e antiinflamatórios, principalmente a base de corticóides. Assistência de Enfermagem Administrar medicamentos conforme prescrição médica. Broncondilatadores (aminofilina, efedrina), fluidificantes (xaropes, iodeto de potássio), antibiótico terapia (penicilina, ampicilina, tetracielinas). Sedativos, corticosteróide. Oxigenoterapia, inalação. Realizar higiene bucal e corporal. Anotar aceitação alimentar. Auxiliá-lo, se necessário na deambulação. Proporcionar ambiente calmo e arejado. Orientar a expelir secreções, anotar na papeleta aspecto das secreções e qualquer alteração do quadro. Orientar o paciente a parar de fumar; Orientar a evitar exposição de irritantes pulmonares e pessoas com gripe. Favorecer exercícios respiratórios, Estimular ingestão hídrica; No caso de enfisema administrar O2 em baixo fluxo, para não deprimir o centro respiratório. Colocar o paciente em posição confortável( semi-Fowler), sentar na poltrona. Proporcionar higienização brônquica com fisioterapia respiratória. Estimular exercícios respiratórios inspiração profunda e tosse. Realizar controle de sinais vitais (temperatura e freqüência respiratória). Orientar o paciente e família o uso de inaladores, nebulizadores.