imperativa como

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ÁGUA
POTÁVEL
QUALIDADE
Biol. Ricardo Minçon Filho
HIDROSFERA: 3/4 DO PLANETA
97,4% : Águas marinhas
1,8% : Águas congeladas
0,8% : Águas doces
Água doce
Água salgada
PARA REFLETIR ...
Perda de água no Brasil
cada 100 litros de água captada 40 litros são
desperdiçados
sendo
20,4 litros - por vazamentos
19,6 litros - perdas não físicas
Segundo a OMS
Cerca de 80% de todas as doenças
dos países em desenvolvimento são causadas pela
água contaminada
Para cada R$ 1,00 investido em saneamento,
economiza-se R$ 4,00 em medicina curativa
ÁGUA
Produto essencial
para as atividades,
o metabolismo e a
sobrevivência dos seres vivos
Responsabilidade global exclusiva
do ser humano
CONCEITO DE ÁGUA PURA E ÁGUA SUJA
Os primeiros registros datam de 2000 AC.
já se reconhecia existência de águas melhores p/ beber
e outras para cozinhar ou usos menos nobres
Jonh Snow (1848)
demonstra que a
mortalidade pela
cólera é seis
vezes maior em
comunidades de
jusante
TIPOS DE CONTAMINAÇÃO
Infiltração de poluentes no subsolo - atingem
o lençol freático e o profundo
Escoamento superficial ou lançamento de
produtos químicos, fertilizantes,
praguicidas, esgotos domésticos e
industriais nos córregos, rios e represas comprometem a bacia hidrográfica
Resíduos químicos e particulados resultantes
da queima de combustíveis lançados na
atmosfera - atingem os mananciais
TIPOS DE CONTAMINAÇÃO – cont.
Lixiviação natural - contato prolongado
da água com o meio por onde circula
Decomposição natural da MO – produz
mineralização dos constituintes dos
indivíduos mortos
Atividades humanas geradoras de
resíduos ambientais – ex. esgotos,
efluentes, lixo, etc.
TRISTE RETORNO
Fezes humanas
Água de
drenagem
Oceanos e
estuários
Moluscos
Esgotos
Água
subterrânea
Rios e lagos
Águas
recreacionais
Fossas
Suprimentos de
água potável
Homem
Fertilização
e irrigação
Produtos
agrícolas
Aerossóis
FLORA FECAL HUMANA
DOSES INFECTANTES
Salmonella spp
Shigella spp
Escherichia coli enteropat.
Vibrio cholerae
Giardia lamblia
Cryptosporidium parvum
Ascaris
Vírus da hepatite A
104 - 107 UFC
10 - 100 UFC
106 - 108 UFC
1.000 UFC
10 - 100 cistos
10 oocistos
1 - 10 ovos
1 - 10 UFP
MICRORGANISMOS PATOGÊNICOS DE VEICULAÇÃO HÍDRICA
Significância
Persistência na Águaa
Resistência ao
Dose
Sanitária
Clorob
Infecciosa
Relativac
BACTÉRIAS
Campylobacter jejuni, C. coli
elevada
moderada
baixa
moderada
Escherichia coli patogênica, toxigênica
elevada
moderada
baixa
moderada
Salmonella typhi
elevada
moderada
baixa
elevadad
Outras Salmonella
elevada
prolongada
baixa
elevada
Shigella spp
elevada
curta
baixa
moderada
Vibrio cholerae
elevada
curta
baixa
elevada
Yersinia enterocolitica
elevada
prolongada
baixa
elevada (?)
Pseudomonas aeruginosae
moderada
pode multiplicar-se
moderada
elevada (?)
Burkholderia pseudomallei
Mycobacteria
Legionella
VÍRUS
Adenovírus
elevada
?
moderada
baixa
Enterovírus
elevada
prolongada
moderada
baixa
Hepatite A
elevada
?
moderada
baixa
Hepatite E
elevada
?
?
baixa
Vírus Norwalk
elevada
?
?
baixa
Rotavírus
elevada
?
?
baixa
Pequenos vírus circulares
moderada
?
?
baixa (?)
PROTOZOÁRIOS
Entamoeba histolytica
elevada
moderada
elevada
baixa
Cryptosporidium parvum
elevada
prolongada
elevada
baixa
Giardia intestinalis
elevada
moderada
elevada
baixa
Acanthamoeba
Toxoplasma
Cyclospora
HELMINTOS
Dracunculus medinensis
elevada
moderada
moderada
baixa
Microrganismo
Detecção da forma infecciosa água a 20C : curta – até 1 semana; moderada – 1 semana a 1 mês; prolongada: > 1 mês
b
Forma infecciosa – água dose e tempos convencionais: moderada – agente pode não ser destruído
c
Dose para causar infecção em 50% em voluntários normais
e
Principal via infecção – cutânea, oral em pacientes imunodeprimidos ou com câncer;
FONTE: WHO 2004
a
Reservatório
Animal
sim
sim
não
sim
não
não
sim
não
não
não
não
não
não
não (?)
não
não
sim
sim
sim
RESISTÊNCIA AO CLORO
Giardia
Cryptosporidium
5mg/L
30 minutos
99% inativação
30mg/L
240 minutos
99%inativação
LEGISLAÇÃO – ACH
A potabilidade exige princípios, critérios e
limites de permissividade para substâncias e
microorganismos
Portaria 518 de 25/03/2004 do MS
Estabelece os Procedimentos e Responsabilidades Relativos ao
Controle e Vigilância da Qualidade da Água
para Consumo Humano e seu
Padrão de Potabilidade
entre outras providências
Deve ser revisada periodicamente
COMO FAZER ?
Para que a água seja potável, é necessário o
domínio e aplicação das diversas tecnologias
A clássica ou convencional consiste em:
CAPTAÇÃO
FLOCULAÇÃO
DECANTAÇÃO
FILTRAÇÃO
CLORAÇÃO
FLUORETAÇÃO
CAPTAÇÃO
Conjunto de procedimentos,
materiais e equipamentos
necessários para retirada da
água do manancial, recalque,
transporte, e colocação na planta
de tratamento
FLOCULAÇÃO
Aplicação de produtos químicos
para formação de coágulos
gelatinosos, capazes de aglutinar
a sujeira de acordo com o
movimento artificial aplicado à
massa líquida
DECANTAÇÃO
Sedimentação dos flocos
formados na etapa anterior em
tanques apropriados, durante um
tempo de detenção calculado
FILTRAÇÃO
Remoção das partículas não
sedimentadas, ou seja,
passagem da água efluente
superficial dos decantadores por
um meio filtrante adequado
CLORAÇÃO
Aplicação de um subproduto
clorado como agente sanitizante
Após passagem pelo filtro
FLUORETAÇÃO
Aplicação de composto à base
de flúor, após o filtro, como
agente preventivo contra cárie
dos dentes
RESUMINDO...
O tratamento clássico consiste na
CLARIFICAÇÃO
(redução da COR e da TURBIDEZ),
parâmetros estéticos ligados a rejeição ao
consumo
DESINFECÇÃO
pois as condições sanitárias não são
percebidas e podem levar ao consumo de água
contendo organismos patogênicos
DESINFECÇÃO DE ÁGUA
Definição
 Processo F/Q/B - finalidade = eliminar
microorganismos capazes de transmitir doença
ao homem
 Quando ininterrupto, pode eliminar todos os
microorganismos (esterilização)
DESINFECÇÃO DE ÁGUA
Processos
 Físicos: temperatura, luz UV, radiação, etc.
 Químicos: variação do pH, íons metálicos,
tensioativos, ozônio, peróxido de hidrogênio,
permanganato de potássio, ácidos, compostos
orgânicos, halogênios, álcalis, etc.
 Biológicos: introdução de organismos
predadores, competição, etc.
mais difundido = CLORO
PROCESSOS ALTERNATIVOS DE
DESINFECÇÃO
Gerador de ozônio (O3)
Gerador de dióxido de cloro (ClO2)
Radiação Ultravioleta (UV)
TRATAMENTOS ESPECÍFICOS
A água pode exigir cuidados adicionais devido
a agentes contaminantes do manancial ex.
• Manganês
• Algas e suas toxinas
• Precursores de THM’s e de Fenóis
• Metais Pesados
• Pesticidas, etc.
É imperativo o conhecimento da
qualidade da água bruta
DISRUPTORES ENDÓCRINOS (EDC’s) - agentes
exógenos que interferem na ação hormonal
 Agem silenciosamente no sistema endócrino por:
substituição, bloqueio da ação ou alteração dos
níveis naturais
 Efeitos distintos sobre embrião, feto, organismo
neonatal e adulto
 Maior freqüência nos filhos que nos progenitores
 Apesar de exposição embrionária os efeitos podem
surgir só na maturidade
EXEMPLOS de EDC’s
• Hormônios naturais e sintéticos eliminados de forma
natural ou pós terapia de reposição, anticoncepcionais
• Dioxinas e Furanos – liberados pela incineração de
resíduos clorados (PVC, agrotóxicos, etc.)
• Bifenilas policloradas (PCB’s) – presentes nos
transformadores elétricos
• Agroquímicos - DDT, Metoxicloro, Hexaclorobenzeno,
Endosulfan, Lindano, etc.
• Ftalatos Plastificantes – processo de fabricação de PVC
• Alquilfenóis – antioxidantes do estireno, PVC, etc.
CIANOFÍCEAS OU CIANOBACTÉRIAS
Microcystis
Oscillatoria
Anabaena
TOXINAS DE CIANOBACTÉRIAS
primeiros registros: China (1000 anos)
1878 (Austrália - envenenamento animais domésticos
 Caruarú: 1996 - 60 mortes
NEUROTOXINAS: ALCALÓIDES - ATINGEM O SISTEMA NEURO
MUSCULAR - PODEM CAUSAR A MORTE DE ANIMAIS
EM MINUTOS:
Anatoxina-a - Anabaena flos-aquae, Oscillatoria formosa, Aphanizomenon sp.
Cylindrospermum sp.
Anatoxina-a (s) -Anabaena
Saxitoxina - Aphanizomenon, Cylindrospermopsis, Anabaena, Lyngbya
HEPATOTOXINAS: ATINGEM AS CÉLULAS DO FÍGADO – CAUSAM
INTOXICAÇÕES AGUDAS OU CRÔNICAS – PODEM
CAUSAR A MORTE DE ANIMAIS EM HORAS OU DIAS
Microcystina - Microcystis, Anabaena, Planktothrix, Aphanocapsa
Nodularina - Nodularia spumigena
Cylindrospermopsina - Cylindrospermopsis, Aphanizomenon
ACOMPANHAMENTO DA QUALIDADE
Após tratada a água deve ser monitorada em
todo percurso da malha, incluindo
reservatórios, adutoras e pontos de entrega
Amostras são coletadas em atendimento a um
número mínimo e um plano de amostragem
previstos na Lei Federal
O resultado deve ser:
• enviado ao órgão sanitário competente
• disponibilizado à população
• referenciado p/ medidas preventivo/corretivas
MONITORADA E AINDA VULNERÁVEL
Apesar do acompanhamento e manutenção, o
sistema ainda está sujeito a contaminação por
infiltração, rompimento de tubos ou resíduos
transportados e depositados nas caixas d’água
Esses resíduos podem ser formados por
excesso de produtos de tratamento, arraste de
partículas de corrosão/incrustação ou mesmo
da própria infiltração
Alguns setores da distribuição sequer
apresentam residual do desinfetante deixando
a água insegura
ACIDENTES ACONTECEM
A remoção dos resíduos eventualmente
recebidos estão sob responsabilidade do
consumidor
Pode ser necessária a instalação de
equipamentos internos para complementar o
tratamento
COMPLEMENTO
O mercado oferece soluções para deficiências
do abastecimento público, entre elas:
•
•
•
•
•
•
•
•
Desinfecção instantânea/contínua
Filtros de partículas de tamanhos diversos
Filtros para microorganismos
Filtros de carvão ativado
Filtros combinados
Trocadores iônicos
Abrandadores
Etc.
VOCÊ DECIDE
Cabe ao consumidor avaliar a
necessidade de implantação de
um sistema local de tratamento
Não esquecer de observar
Eficiência do equipamento
Idoneidade do fornecedor
PRINCIPAIS VILÕES
MANANCIAL
esgotos, MP, praguicidas, algas
+
ETA
Al, Ca, Cl, F
+
DISTRIBUIÇÃO
Cu, Pb, Cd, Hg, THM, Compostos Voláteis,
Asbestos, Resíduos da corrosão, Incrustação,
Infiltração, Microorganismos
NA DISTRIBUIÇÃO
Situações críticas:
 Zona baixa
 Ponta de rede
 Idade e estado dos tubos e reservatórios
 Água parada no sistema
 Água aquecida
 Sub e super-dimensionamento interno
CONSUMO INTERNO
POU
 Bebedouros
 Purificadores
 Refresqueiras
 Misturadoras
 Cafeteiras
BEBEDOUROS E PURIFICADORES
Questão da alimentação
Rede pública - qualidade portaria 518/MS
Rede interna – respons. do consumidor
Galões – produtor, distribuidor e entregador
sujeitam-se à Vigilância Sanitária
Sistemas internos (poços e nascentes) cuidados especiais
BEBEDOUROS E PURIFICADORES
Questão da reservação
BEBEDOUROS E PURIFICADORES
O mercado oferece
Garrafões retornáveis
Aparelhos em linha
Recipientes de mesa, de coluna, ou gabinete
Com proteção UV, isolamento térmico, dreno
para limpeza, torneira desmontável, etc
À temperatura ambiente, aquecida ou
refrigerada
Pressurizada ou não
Filtros que removem partículas,
microorganismos, gosto, odor e cloro
Enfim um modelo para cada necessidade
BEBEDOUROS E PURIFICADORES
Dá trabalho mas é obrigatório
Verificar condições higiênico-sanitárias
Tratar conforme recomendações dos
fabricantes
Cuidados como qualquer eletrodoméstico higiene e assepsia
Inspeção e reposição periódica de partes e
do filtro
Desinfecção periódica - remoção mecânica e
química de sujidades e biofilme
BEBEDOUROS E PURIFICADORES
 Outros detalhes devem ser observados para
assegurar qualidade no ponto de consumo e garantir
a saúde das pessoas
 Local de instalação do equipamento
 Tipo de gás utilizado para refrigeração
 Características de mensuração
 Filtros (interno / externo)
 Superfície em contato com a água
 Superfície sem contato com a água
 Público usuário ...
BEBEDOUROS E PURIFICADORES
 Cont...







Intervalo entre higienizações
Materiais de reposição
Estado do aparelho – reparo ou substituição ??
Planilha histórica do equipamento
Hábitos higiênicos do responsável e uso EPI’s
Elementos filtrantes e aparelhos certificados
Troca dos filtros
•
•
•
•
conforme programação do fabricante,
grau de comprometimento ou
perda importante de carga,
(o que ocorrer primeiro)
BEBEDOUROS E PURIFICADORES
DÁ PRÁ CUIDAR
DE TUDO ISSO
?
BEBEDOUROS DE GARRAFÃO
 Bebedouros desse tipo merecem especial atenção:
 Asseio pessoal - tarefas de limpeza, desinfecção
reposição de componentes e troca de galões
 Treinamento dos operadores dessas unidades
 Conscientização quanto à saúde dos
consumidores
 Armazenagem em ambiente adequado e coberto
 Galões estocados cheios ou em operação abrigar da luz solar
 Estocagem diretamente no piso - micro-furos
 Higienização dos galões antes do uso
 Retorno tampados
 Adequação e higienização do local de instalação
 Prazo de validade da água e do garrafão
BEBEDOUROS DE GARRAFÃO
Depois de tudo isso, ainda fica a dúvida
quanto a qualidade do produto adquirido
Existem engarrafadoras idôneas que
industrializam água com excelente
qualidade. Mas como fica a estocagem, a
distribuição e o transporte no mercado?
E a fraude?
Preço é bom indicador de qualidade?
BEBEDOUROS DE GARRAFÃO
QUANTO VOCÊ
CONFIA
?
POU
EXISTE UMA TENDÊNCIA MUNDIAL DE
TERCEIRIZAÇÃO DE SERVIÇOS QUE
NÃO FAZEM PARTE DO PORTFÓLIO DA
EMPRESA
OBJETIVO = OTIMIZAR ESSE SERVIÇO
COM QUALIDADE, SEGURANÇA,
RAPIDEZ E CUSTOS MENORES
JÁ QUE O BEM MAIOR É A SAÚDE DO
USUÁRIO FINAL, CONVÉM PENSAR A
RESPEITO
RESOLUÇÃO SS nº. 65 de 12 de Abril de 2005
SES-SP / CVS
Publicada no D.O.E de 13/04/2005, seção 1. pág. 18 (retroagindo
seus efeitos a 25 de março de 2004)
Estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao
Controle e Vigilância da Qualidade da Água
para Consumo Humano no Estado de São Paulo
e dá outras providências
Artigo 1º. define: ...
III. Solução
alternativa de abastecimento de ACH:
toda modalidade de abastecimento coletivo de água distinta do
sistema de abastecimento de água, incluindo, entre outras,
fontes, poços comunitários, distribuição por veículo transportador,
instalações condominiais horizontais e verticais,
estabelecimentos comerciais, industriais, prestadores de
serviços e destinados ao lazer
RESOLUÇÃO SS nº. 65
Artigo 5º - É dever do usuário
construir e/ou manter as
instalações hidráulicas e sanitárias
de seu imóvel em condições que
garantam a manutenção da qualidade da água
fornecida, bem como
evitar o comprometimento da qualidade da água
na rede de distribuição do sistema ou solução alternativa de
abastecimento de água
Artigo 6º - Obriga a Solução Alternativa
Apresentar à autoridade sanitária municipal os seguintes documentos:
I – Cadastro Atualizado - Anualmente
II – Plano de Amostragem - Anualmente
III – Relatório Mensal do CQA - Mensalmente
MUITO OBRIGADO !!!
Download