Dengue, Zika Vírus e Chikungunya

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Dengue, Zika Vírus e
Chikungunya
Três doenças, um transmissor
Em 2015, entre janeiro e novembro, mais de 1,5 milhão de casos de
Dengue foram registrados no Brasil. Segundo o Ministério da Saúde,
80% dos casos foram nas regiões Sudeste e Nordeste. Mais de 800
mortes ocorreram durante o mesmo período, quase o dobro de casos
confirmados em 2014.
O Zika Vírus começou a circular no território nacional em 2014, mas
somente em meados do ano passado os primeiros registros foram
feitos pelo Ministério da Saúde. Até dezembro, 18 estados brasileiros
confirmaram casos da doença que, apesar de apresentar sintomas mais
leves que a Dengue e o Chikungunya, apresenta ligação com os casos
de Microcefalia - uma malformação irreversível no cérebro dos bebês,
que pode vir associada a danos mentais, visuais e auditivos. Esta informação foi confirmada pelo governo no final do ano passado mediante
exames realizados pelo Instituto Evandro Chagas. Até 28 de novembro,
foram notificados 1.248 casos.
Quanto à Febre Chikungunya, até novembro de 2015, 1.364 casos
foram confirmados pelo governo. Deste total, só 71 são de pessoas que
viajaram para países aonde também há transmissão da doença, como
República Dominicana, Haiti, Venezuela, Ilhas do Caribe e Guiana Francesa. Os demais casos (1.293) foram transmitidos no Brasil.
O vilão é este cara aqui
O Aedes Aegypti é combatido no
país desde o início do século passado. Mas, por ser um mosquito urbano que fica em contato constante
com o homem, ser muito adaptável
e ter um apetite especial por sangue
humano, ele se tornou um eficiente
e veloz vetor para a transmissão de
doenças.
O verão é a sua estação preferida,
já que a temperatura ideal para ele
é acima de 30ºC e o calor acelera
seu ciclo de vida. Sem contar que as
chuvas de verão também ajudam,
pois ele bota os ovos em água limpa
e parada.
Principais diferenças entre os vírus
Os sintomas são bem parecidos, mas a intensidade varia de acordo com a doença.
Sintomas
Dengue
Zica
Chikungunya
Febre
Acima de 38ºC
(4 a 7 dias)
Sem febre ou subfebril 38ºC
(1 a 2 dias)
Febre acima de 38ºC
(2 a 3 dias)
Manchas na pele
A partir do 4º dia
(de 30 a 50% dos casos)
Surge no 1º ou 2º dia
(de 90 a 100% dos casos)
Do 2º ao 5º dia
(50% dos casos)
Dor nos músculos
Intensa
Moderada / Intensa
Leve / Moderada
Dor nas articulações
Leve
Leve / Moderada
Moderada / Intensa
Edema da articulação
Raro
Frequente e com
leve intensidade
Frequente e com moderada
/ forte intensidade
Conjuntivite
Raro
50 a 90% dos casos
30% dos casos
Dor na cabeça
Moderada
Leve
Leve
Coceira
Leve
Moderada / Intensa
Leve
Hipertrofia ganglionar
Leve
Intensa
Moderada
Discrasia hemorrágica
Moderada
Ausente
Leve
Acometimento
Neurológico
Raro
Às vezes
Raro
Existe uma solução?
Ainda não existe um tratamento específico. Por enquanto,
a orientação é recorrer a ajuda médica ao perceber algum
sintoma, além de fazer repouso e ingerir bastante líquido.
A automedicação é perigosíssima e alguns remédios como
ácido acetilsalicílico e anti-inflamatórios, podem causar complicações hemorrágicas, principalmente em caso de dengue.
Nos casos de Microcefalia, as futuras mamães devem se proteger do Aedes Aegypti usando repelentes permitidos para
gestantes e, se possível, vestindo blusas de manga comprida e calças. Elas também devem evitar contato com pessoas
com febre, infecções e manchas vermelhas na pele e, em caso
de suspeita, não tomar medicamentos por conta própria.
Casa blindada
Será que você já tomou todas as providências necessárias?
Segue abaixo um checklist para você manter o Aedes Aegypti longe da sua família.
Lixo
Coloque o lixo em sacos
plásticos.
Lembre-se que todos os
objetos que possam acumular água como latas, garrafas,
potes, tampas, cascas de ovo
devem estar bem fechados
dentro do saco de lixo.
Mantenha os sacos de lixo
dentro de uma lixeira bem
fechada e fora do alcance
dos animais.
Jardim
Encha de areia até a borda os
pratinhos dos vasos de plantas.
Os suportes sem areia
devem ser bem lavados com
água, escova e sabão, pelo
menos uma vez por semana.
O mesmo processo deve ser
feito com os vasos de plantas
aquáticas.
Regue as plantas com uma
mistura de água limpa (1 litro)
e água sanitária (1 colher).
Atenção especial às plantas
que acumulam água, como as
bromélias.
Área externa
Verifique se a sua caixa
d’água está bem fechada.
Tire as folhas e tudo que
impede a passagem de água
nas calhas.
Não deixe a água de chuva
acumulada sobre a laje.
Livre-se de pneus velhos,
tonéis, barris, caixas fora de
uso e entulhos no geral.
Se seu muro for protegido
por cacos de vidro, coloque
areia para que não acumule
água.
Piscina
Piscinas em uso devem ser
tratadas semanalmente com
cloro.
Caso não esteja sendo
utilizada, cubra-a. Atenção
para não deixar águas e folhas
acumuladas sobre a capa ou
tela.
Cozinha, banheiro e área
de serviço
Retire a água e lave bem a
bandeja externa da geladeira.
Na hora da troca, limpe e
deixe seco o suporte de
garrafões de água mineral.
Mantenha os ralos fechados
quando não estiverem em uso.
Abaixe as tampas de vasos
sanitários.
Mantenha os baldes e garrafas secos e virados para baixo.
Se necessário, coloque telas
nas janelas para evitar a entrada
de mosquitos em casa.
Pets
Lave a vasilha de água do seu
animal de estimação com água
corrente, bucha e sabão, pelo
menos uma vez por semana.
Se for viajar, lembre-se de
esvaziar e guardar o recipiente.
Ar condicionado
Mantenha limpa e seca a
bandeja coletora de água do
ar condicionado.
Fonte: Ministério da Saúde
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