TESTES DA FUNÇÃO RENAL TESTES DE FILTRAÇÃO GLOMERULAR É o da depuração: avalia a capacidade de filtração glomerular; Avalia com que os rins são capazes de depurar (retirar) uma substância filtrável do sangue; Portanto, a substância analisada não deve fazer parte das que são reabsorvidas ou secretadas pelos túbulos; Também: a escolha da substância analisada deve-se considerar sua estabilidade na urina durante 24h, a constância do nível plasmático, disponibilidade e facilidade na análise bioquímica. TESTE DA DEPURAÇÃO CLEARENCE Antigamente: uréia – teste em desuso; Atual: creatinina, inulina, microglobulina, radioisótopos; INULINA: polímero da frutose, estável, não é reabsorvida ou secretada pelos túbulos, não é uma substância que constitui o organismo, prescisando ser injetada por via intravenosa durante o período do exame, não usado na rotina. TESTE DA DEPURAÇÃO CLEARENCE INJEÇÃO DE RADIONUCLEOTÍDEOS: determina a filtração glomerular por meio do desaparecimento de um material radioativo no plasma. MICROGLOBULINA: dissocia-se dos antígenos dos leucócitos em velocidade constante e é rapidamente removida do plasma por filtração glomerular, seu nível elevado indica uma queda na taxa de filtração glomerular. TESTE DA DEPURAÇÃO CLEARENCE CREATININA: o mais usado, procedimento endógeno para a avaliação,desvantagens: Uma parte da creatinina é secretada pelos túbulos e essa secreção aumenta à medida que os níveis sanguíneos se elevam; Há produção de substâncias cromogênicas que são produzidas para contrabalancear taxas elevadas; Pode ser degradada por bactérias se as amostras forem mantidas a temperatura ambiente por muito tempo; TESTE DA DEPURAÇÃO CLEARENCE Grande ingestão de carne durante o período de coleta de urina, influenciando os resultados; Não é confiável em pacientes com atrofia muscular (resíduo do metabolismo muscular); Então: os resultados anormais devem ser investigados por exames mais sofisticados TESTE DA DEPURAÇÃO CLEARENCE CÁLCULO: Conversão das medidas laboratoriais em velocidade de filtração glomerular; Mililitros por minuto; Determinar o número de mililitros de plasma do qual a substância a ser depurada (creatinina) é retirada durante o tempo de 1 minuto; É preciso conhecer o volume de urina em mililitros (V) por minuto, a concentração de creatinina na urina em miligramas por decilitro (U) e a concentração de creatinina no plasma em miligramas por decilitro (P) D=UV / P TESTE DA DEPURAÇÃO CLEARENCE SIGNIFICADO CLÍNICO A velocidade da filtração glomerular é determinada não só pelo número de néfrons em funcionamento, mas também pela capacidade funcional desses néfrons; Ex: se metade dos néfrons não estão em funcionamento, não ocorrerá alteração na velocidade de filtração se os néfrons restantes dobrarem sua capacidade de filtração – pacientes com apenas 1 rim. TESTES DE REABSORÇÃO TUBULAR – Testes de concentração Perda da capacidade de reabsorção: pode indicar o primeiro déficit funcional causado por doenças renais; A concentração urinária é determinada pelo estado de hidratação do organismo, o rim normal reabsorverá a quantidade de água necessária para mantê-lo em equilíbrio; Atualmente: a informação da densidade tem mais utilidade como procedimento para a determinação da capacidade de concentração renal – osmometria. Capacidade de concentração normal, d=1,025 (provadas de líquidos por 16h) TESTES DE REABSORÇÃO TUBULAR – Testes de concentração OSMOLARIDADE: relaciona-se com o número de partículas; Partículas de maior interesse: Na, Cl, uréia; 1 osmol = 1 grama de peso molecular de uma subastância dividido pelo seu número de partículas em que nela se dissocia; Osmolaridade= número de partículas da solução comparado com o número de um solvente puro. TESTES DE REABSORÇÃO TUBULAR – Testes de concentração Osmômetros Clínicos: automatização. SIGNIFICADO CLÍNICO: Avaliação inicial da capacidade de concentração renal, monitoração da evolução de doenças renais, monitoração hidroeletrolítica, diagnóstico diferencial entre hipernatremia, hiponatremia e poliúria, avaliação da secreção de hormônios antidiuréticos. TESTES DE REABSORÇÃO TUBULAR – Testes de concentração Valores normais da osmolaridade sérica: entre 275 e 300 mOsm (miliosmol) Valores normais da osmolaridade urinária: entre 50 e 1400 mOsm (miliosmol) Usa-se a razão entre a osmolaridade séria e a urinária, que deve ser de 1:1 – depois da ingestão de líquidos deve ser 3:1 TESTES DE REABSORÇÃO TUBULAR – Testes de concentração DEPURAÇÃO DA ÁGUA LIVRE: determinar a capacidade de resposta renal ao estado de hidratação do organismo; Mostra a quantidade de água que deve ser depurada a cada minuto para produzir uma urina que tenha a mesma osmolaridade do plasma – o ultrafiltrado tem a mesma osmolaridade do plasma, então, as diferanças osmóticas encontradas na urina são resultantes dos mecanismos de concentração e diluição dos rins. TESTES DE SECREÇÃO TUBULAR E DE FLUXO SANGUÍNEO RENAL O fluxo sanguíneo total que passa pelo néfron deve ser medido por alguma substância que seja secretada pelos glomérulos e não filtrada; Resultados anormais: redução na capacidade secretora dos túbulos ou pela disponibilidade de quantidade insuficiente dessa substância nos capilares em decorrência da diminuição do fluxo sanguíneo renal; TESTES DE SECREÇÃO TUBULAR E DE FLUXO SANGUÍNEO RENAL PAH: teste do ácido-p-amino-hipúrico Atóxico, alto peso molecular, não se liga às proteínas plasmáticas, o que permite sua completa retirada enquanto o sangue passa pelos capilares peritubulares; Teste: podem determinar o fluxo sanguíneo renal medindo o tempo em que uma única injeção radioativa desaparece do plasma; Valores normais: de 600 a 700 mL por minuto. DOENÇAS RENAIS GLOMERULONEFRITE AGUDA Processo inflamatório asséptico que afeta os glomérulos e está associada à presença de sangue, proteínas e cilindros na urina. Lesão da membrana glomerular ; Resultados da uroanálise: hematúria, alto nível de proteína, oligúria, presença de cilindros hemáticos, hemácias dismórficas, cilindros hialinos,granulares e leucócitos. DOENÇAS RENAIS GLOMERULONEFRITE DE PROGRESSÃO RÁPIDA Evolui para insuficiência renal; NEFRITE INTERSTICIAL AGUDA Inflamação do interstício renal sem anormalidades glomerulares ou vasculares; Achados laboratoriais: hematúria, leucócitos e cilindros leucocitários sem a presença de bactérias, proteinúria leve/moderada. DOENÇAS RENAIS GLOMERULONEFRITE CRÔNICA Vários distúrbios que produzem lesões recidivantes ou permanentes nos glomérulos; Achados laboratoriais: presença de sangue, proteínas e grandes variedades de cilindros – indica perda da capacidade de concentração renal e baixa taxa de filtração glomerular. DOENÇAS RENAIS GLOMERULONEFRITE MEMBRANOSA Espessamento da membrana basal dos capilares glomerulares e depósitos de Ig nestas; Doenças auto-imunes produzem este espessamento Achados laboratoriais: hematúria microscópica e elevada excreção urinária de proteínas. DOENÇAS RENAIS GLOMERULONEFRITE MESANGIOCAPILAR OU MEMBRANOPROLIFERATIVA Aumento da celularidade da área da cápsula de Bowman e depósitos densos na membrana; Achados laboratoriais: hematúria, proteinúria – pode haver associação com distúrbios autoimunes, infecções e neoplasias. DOENÇAS RENAIS SÍNDROME NEFRÓTICA Proteinúria, edema, níveis se´ricos elevados de lípides e baixos de albumina; Achados laboratoriais: proteinúria, gordura, células epiteliais do túbulo renal, cilindros, hematúria. DOENÇAS RENAIS GLOMERULOESCLEROSE FOCAL Afeta somente certo números glomérulos; Achados laboratoriais:hematúria proteinúria. de e DOENÇAS RENAIS PIELONEFRITE Decorre muitas vezes de episódios nãotratados de cistite ou de infecções do trato urinário inferior; Achados laboratoriais: leucócitos, cilindros, bactérias, reações positivas para nitrito, proteinúria e hematúria. DOENÇAS RENAIS INSUFICIÊNCIA RENAL Resultado da necrose tubular aguda, pode decorres de vasoconstrição renal ou de lesão tubular; Achados laboratoriais: baixa taxa de filtração glomerular, falta de capacidade de concentração renal e níveis elevados de nitrogênio e creatinina