Slide 1 - Carlos Alberto Ávila Araújo

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Ciência da Informação: emergência e
consolidação de um paradigma
Teoria matemática da comunicação
Claude Shannon e Warren Weaver
Sistemas de informação: nova abordagem teóricoconceitual
Vânia Maria Hermes de Araújo
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Professor: Carlos Alberto Ávila Araújo
Disciplina: Fundamentos Teóricos da Informação
09.11.2011
1. Prenúncio da Ciência da Informação
• 1945, As we may think, Vannevar Bush
• 1948, Cybernetics or control and
communication, Norbert Wiener
• 1948, Conferência sobre Informação Científica
da Royal Society, em Londres
• 1949, The mathematical theory of
communication, Claude Shannon e Warren
Weaver
• 1951, Zatocoding applied to mechanical
organization of knowledge, Calvin Mooers
2. Teoria matemática
• Desenvolvida em 1948, publicada em 1949 por
dois engenheiros de telecomunicações,
Shannon (Bell Systems, AT&T) e Weaver
(Rockfeller Foundation), envolvidos com
pesquisas em criptografia e máquinas de
calcular
• Reconhecida por muitos como fundadora do
campo da CI (PINHEIRO, LOUREIRO, 1995,
P. 42; OLIVEIRA, 2005, p. 13)
• Também conhecida como “Teoria da
Informação” – conceito científico
• Três níveis de problemas: técnicos (exatidão
do transporte), semânticos (sentido,
significado), pragmáticos (efeitos no
comportamento do receptor)
• Descrição do processo: Fonte, Transmissor,
Sinal, Canal, Receptor, Destino
• Definição de informação: a medida da
incerteza, grau de novidade, de liberdade de
escolha (não o que se diz mas o que se
poderia dizer)
• Conceitos correlatos: repertório, estrutura,
código, entropia, redundância, ruído
• Objetivo da teoria: quantificar a informação
• Processo de comunicação como linha reta
entre um ponto de partida e um ponto de
chegada
• Informação como símbolo calculável
• Transposição do modelo de cientificidade
próprio das ciências exatas
3. Teoria Sistêmica
• Marco moderno: 1933, Modern Theories of
Development de Ludwig von Bertalanffy
• Marco nas ciências sociais aplicadas, Wiener,
Cibernética (1948): informação como a medida
do grau de organização da informação num
sistema (informação como o negativo da
entropia); introdução de um modelo circular
(feedback)
• Sistema: qualquer conjunto interdependente de
elementos que podem ser considerados como
uma unidade
• Método geral para se entender uma grande
variedade de fenômenos
• Primado do todo sobre as partes, é o arranjo
das partes que faz o todo ser como é
• Características dos sistemas: elementos interrelacionados entre si e com o ambiente
• Insatisfação com visão mecanicista
• Lógica sistêmica: objetivos do todo (medidas
de desempenho), ambiente, recursos,
componentes, metas, gerência
• Amplitude de aplicações - tipologia:
naturais/artificiais, abstratos/físicos,
determinista/probabilista, fechado/aberto
• Propriedades e características: totalidade,
objetos, atributos, relações, processo,
fronteiras, estado estável (homeostase),
subsistemas, retroalimentação, subotimização, ambiente, restrições
• Processos: importação de energia (estímulos),
transformação (execução de um trabalho),
produto (exportado para o ambiente)
• Caráter cíclico
• SRIs – aplicação da teoria sistêmica no campo
da CI
• SRIs: objetivo de dar acesso às informações
contidas nos documentos
• Subsistemas em um SRIS
• De entrada: seleção/aquisição,
descrição/representação, organização dos
arquivos, armazenamento (área de fontes,
desenvolvimento e tratamento)
• De saída: análise e negociação de questões,
busca e recuperação, disseminação/acesso
(área de referência, usuários e disseminação)
• De avaliação
4. A consolidação de um paradigma
• Década de 1950, testes de Cranfield
• 1958, fundação do Institute of Information Scientists,
Inglaterra
• 1962, conferência no Georgia Tech Institute
• 1968, ASIS
• 1968, Information Industry Association, Garfield e
outros
• Relatórios sobre a importância da informação: Bell,
Machlup, Nora e Minc, Porat
• Ações da Unesco
• 1977, conferência de Copenhaguen
• 1980, Paperwork Reduction Act
• 1980, Relatório McBride
Conceitos de CI e de informação
“Ciência da informação é a disciplina que investiga
as propriedades e o comportamento da
informação, as forças que regem o fluxo da
informação e os meios de processamento da
informação para um, máximo de acessibilidade e
uso. O processo inclui a origem, disseminação,
coleta,
organização,
armazenamento,
recuperação, interpretação e uso da informação.
O campo deriva ou relaciona-se com a
matemática, a lógica, a lingüística, a psicologia, a
tecnologia computacional, as operações de
pesquisa, as artes gráficas, as comunicações, a
biblioteconomia, a gestão e alguns outros campos”
(Georgia Tech, 1962, apud Robredo, 2003, p. 55)
Conceitos de CI e de informação
• “CI – a disciplina que investiga as propriedades e o
comportamento da informação, as forças que regem o
fluxo informacional e os meios de processamento da
informação para a otimização do acesso e uso. Está
relacionada com um corpo de conhecimento que
abrange a origem, coleta, organização,
armazenamento, recuperação, interpretação,
transmissão, transformação e utilização da informação.
Isto inclui a investigação, as representações da
informação tanto no sistema natural como no artificial,
o uso de códigos para uma eficiente transmissão de
mensagens e o estudo dos serviços e técnicas de
processamento da informação e seus sistemas de
programação” (BORKO, 1968, apud ROBREDO, 2003,
p. 56)
• Teoria matemática e Teoria sistêmica estão na
base (são os fundamentos) das primeiras
conceituações de CI, participando da
consolidação de um paradigma que ainda hoje
é o hegemônico na área
• Características do positivismo: ideal das
ciências naturais, idéia de aplicabilidade e
operacionalidade, formação disciplinar,
vinculada à modernidade
• Trata-se do “paradigma físico” (Capurro, Ellis),
da “tradição racionalista e dirigida para
sistemas” (Ingwersen), do “paradigma
tradicional” (Dervin e Nilan)
• Paradoxo em relação às tentativas de
definição do campo
5. Novos caminhos?
• I CoLIS – International Conference on
Conceptions of Library and Information
Science, realizado em 1992 na Finlândia
• Últimas conferências do Enancib:
Capurro, Frohmann, Hjorland e Rendón
Rojas – direções: hermenêutica,
historicidade, intersubjetividade e
fenomenologia
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