Nutrientes Para o Metabolismo

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Nutrientes Para o
Metabolismo
Prof. Ms. Allan Cristian Gonçalves
Metabolismo
Milhares de reações químicas acontecem coletivamente em todo
organismo a todo instante para atender as demandas impostas
pelo mesmo em termos de fornecimento de energia.
Dois tipos de reações caracterizam esses processos. A primeira
categoria caracteriza-se pela síntese de moléculas, denominadas
anabolismo, já a segunda, se caracteriza pela degradação ou
quebra de moléculas – catabolismo. O somatório das reações
anabólicas e catabólicas que ocorrem no organismo é chamado de
metabolismo.
Bioenergética
Para prover a energia necessária para a manutenção
de suas funções, as células possuem vias
metabólicas capazes de extrair e converter os
nutrientes advindos dos alimentos consumidos na
dieta, numa forma de energia biologicamente
utilizável, processo denominado bioenergética.
Carboidratos
Como o nome sugere, carboidratos são constituídos por
carbono e água que, combinados, formam uma molécula
de açúcar que possui fórmula geral (CH2O)n, onde n
varia de 3 a 7 átomos de carbono.
Os carboidratos com 5 e 6 átomos de carbono são os
que mais interessam aos nutricionistas.
Carboidratos
Existem
4
categorias
de
carboidratos:
Monossacarídeos, dissacarídeos, oligossacarídeos
e polissacarídeos. O número de açucares simples
unidos dentro da molécula caracteriza o tipo de
carboidrato.
Carboidratos
Monossacarídios: Representam a unidade básica dos
carboidratos. Os monossacarídios mais importantes
para a nutrição humana são:
• Glicose;
• Frutose;
• Galactose.
Carboidratos
A combinação de duas moléculas de monossacarídeos
forma um dissacarídeo. Os mono e dissacarídeos são
chamados de açucares simples.
Cada um dos dissacarídeos contém glicose como
unidade principal.
Carboidratos
Como o nome sugere, carboidratos são constituídos por
carbono e água que, combinados, formam uma molécula
de açúcar que possui fórmula geral (CH2O)n, onde n
varia de 3 a 7 átomos de carbono.
Os carboidratos com 5 e 6 átomos de carbono são os
que mais interessam aos nutricionistas.
Tipos de carboidratos:
Glicose
Glicose
Glicose
Glicose
D
I
S
Glicose
MaltoseGalactose
Frutose
S
A
C
Monossacarídeos
A
Frutose
Sacarose
R
Í
D
E
Lactose
Galactose
O
S
Carboidratos
Polissacarídeos:
Refere-se à associação de dez a milhares de
resíduos de monossacarídeos unidos por ligações
glicosídicas. São classificados nas categorias:
vegetais e animais.
Carboidratos
Polissacarídeos vegetais:
O amido e as fibras representam as duas formas
comuns de polissacarídeos vegetais.
Amido: Aparece como grânulos de citoplasma das
células vegetais, abundante em sementes, milho e nos
vários grãos que compõem o pão, os cereais, massas e,
existem também em grandes quantidades nas ervilhas,
feijões, legumes e raízes.
Comumente, o termo carboidratos complexos refere-se
ao amido dietético.
Bioenergética
Glicose
Glicose
Glicose
Glicose
Amido
(Vegetal)
Glicose
Glicose
Glicose
Glicose
Glicose
Glicogênio
(Animal)
Glicose
Glicose
Polissacarídeos
Carboidratos
O amido existe em duas formas:
Amilose – uma longa cadeia de unidades de glicose
dispostas em hélice e;
Amilopectina – compostas pelas mesmas subunidades,
no entanto, com arranjo extremamente ramificado.
Os amidos que possuem uma quantidade relativamente
grande de amilopectina são digeridos e absorvidos
rapidamente, enquanto aqueles com alto conteúdo de
amilose exibem um ritmo de hidrólise mais lento.
Carboidratos
As fibras dietéticas:
É classificada como um polissacarídeo estrutural sem
amido e inclui a celulose – a molécula orgânica mais
abundante na Terra. Ocorrem na estrutura de folhas,
troncos, raízes, sementes e casca de frutas.
O corpo humano não é capaz de digerir as fibras, no
entanto, sua presença na dieta é fundamental para
regular as funções digestivas, acelerar o trânsito dos
alimentos pelo tubo digestivo, auxiliando no controle do
peso e na saúde.
Carboidratos
Polissacarídeos animais – Glicogênio:
Polissacarídeo de armazenamento encontrado no
músculo e no fígado dos mamíferos, consiste em um
grande polímero com formato irregular e ramificado
(semelhante à amilopectina no amido vegetal).
Esta macromolécula, sintetizada a partir da glicose
durante a glicogênese.
Carboidratos
Um indivíduo de 80 kg e eunutrido
aproximadamente
500g
de
glicogênio,
aproximadamente, desta forma:
armazena
divididos,
• glicogênio – 400g;
• 90 a 110g – como glicogênio hepático (cerca de 3 a 7% do
peso do fígado) e;
• cerca de 2 a 3g compõem a glicose do sangue (glicemia).
• Os carboidratos perfazem de 40 a 50% das calorias totais da
dieta.
Carboidratos
O índice glicêmico (IG) é um método, proposto pelo Dr. David Jenkins,
pesquisador da Universidade de Toronto – Canadá, em 1981.
Ele representa a qualidade de uma quantidade fixa de carboidrato
disponível de um determinado alimento, em relação a um alimentocontrole, normalmente é o pão branco ou a glicose. A partir daí, os
alimentos são classificados baseados em seu potencial em aumentar a
glicose sangüínea.
Através da analise da curva glicêmica produzida por 50g de carboidrato
(disponível) de um alimento teste em relação a curva de 50g de
carboidrato do alimento padrão (glicose ou pão branco). Atualmente
utiliza-se o pão branco por ter resposta fisiológica melhor que a da
glicose.
Equação:
CG = IG x Teor CHO disponível na porção do alimentos/ 100
Carboidratos
Papel dos carboidratos no organismo:
• Fonte de energia (Sistema Nervoso e exercício de alta
intensidade);
• Preservar as proteínas teciduais;
• Fornecedor de intermediários metabólicos para o
metabolismo de lipídeos.
Lipídeos
Durante o exercício prolongado, o músculo
esquelético pode utilizar tanto carboidratos como
lipídeos como substrato. O uso de lipídeos, no
entanto, representa uma vantagem energética, pois
rende mais que o dobro da energia dos
carboidratos, que podem ser poupados para atender
à demanda dos tecidos que só utilizam esse
substrato em condições fisiológicas, como o tecido
nervoso.
Lipídeos
O corpo humano pode estocar quantidade ilimitada
de lipídeos, uma vez que, estes são armazenados de
forma anidra nos adipócitos – células que, aliás,
podem sofrer hiperplasia. Diferente dos estoques de
glicogênio que são armazenadas com quantidades
elevadas de água, dada a sua grande força
osmótica.
Lipídeos
No repouso e no exercício de baixa intensidade, a oxidação
de lipídeos contribui sobremaneira para a ressíntese de ATP.
À medida que a intensidade do exercício aumenta, mudanças
no metabolismo aumentam a utilização de carboidratos.
A quantidade de carboidratos armazenada representa um
importante fator limitante do desempenho, logo, é importante
que o metabolismo dos atletas (especialmente aqueles que
praticam modalidades caracterizadas por intensidade
moderada e de média/longa duração) seja condicionado para
aumentar a utilização de lipídeos e poupar suas reservas de
carboidratos para os momentos decisivos.
Lipídeos
Do grego “lipos” que significa gordura. Possui os
mesmos elementos estruturais do carboidrato. O
termo lipídeo determina óleos, gorduras, ceras e
compostos correlatos.
Lipídeos
Os Lipídeos são substâncias hidrofóbicas (que temem a água),
logo, são insolúveis em água e são classificados em lipídeos
simples (triglicerídeos), lipídeos compostos (fosfolipídeos,
glicolipídeos e lipoproteínas) e lipídeos derivados (colesterol).
Diferentes papeis dos lipídeos no corpo:
• Reserva de energia;
• Proteção de órgãos vitais;
• Componentes de membranas;
• Isolamento térmico;
• Carreador das vitaminas lipossolúveis.
Lipídeos
Lipídeos simples: Gorduras neutras ou triglicerídeos
(triacilgliceróis) são os mais abundantes no corpo.
Constituem a principal forma de armazenamento
nas células adiposas. São constituídos de glicerol e
ácidos graxos (geralmente com16-18 moléculas de
carbono).
Os triglicerídeos são degradados por uma enzima
lipase e os seus ácidos graxos constituintes são
classificados em saturados e insaturados.
Lipídeos
Um ácido graxo saturado possui somente ligações
únicas entre os átomos de carbono; todas as ligações
restantes fixam-se ao hidrogênio.
O termo saturado deve-se ao fato de a molécula conter o
maior número de átomos de carbono quimicamente
possível. São encontrados em carnes, gema do ovo e
nas gorduras lácteas do creme, do queijo e da manteiga,
gordura vegetal e margarina hidrogenada.
Lipídeos
Os ácidos graxos insaturados podem conter uma
(monoinsaturados)
ou
mais
ligações
duplas
(poliinsaturados) ao longo da cadeia de carbono
principal.
Os ácidos graxos provenientes de fontes vegetais em
geral permanecem insaturados e tendem a se liquefazer
à temperatura ambiente.
Grupo
Carboxila
Cadeia de
Hidrocarbonetos
Ácidos Graxos
Saturados
Ácidos Graxos
Insaturados
As Gorduras Trans e o
Processo de Hidrogenação
O processo de hidrogenação para fabricação da margarina
produz um tipo de gordura que não ocorre na natureza. Essa
mudança pode deslocar o átomo de hidrogênio de sua
posição cis passando ao lado oposto da dupla ligação –
posição trans.
Os ácidos graxos trans parecem ter efeito deletério sobre as
lipoproteínas séricas, elevando o colesterol LDL e reduzindo
o colesterol HDL. A margarina, por ser de origem vegetal não
possui colesterol, a manteiga, por sua vez, por ter origem de
uma fonte láctea possui entre 11 e 15 mg de colesterol por
colher de chá.
Lipídeos
Em um estudo dos perfis de saúde dos esquimós da Groenlândia,
verificou-se que dois ácidos graxos de cadeias longas, consumido
pelos indivíduos estudados em alimentos provenientes de peixes,
focas e baleias, conferiam benefícios em termos de saúde.
Esses óleos pertencem à família dos ômega-3, encontrados
principalmente nos óleos de moluscos, atum, sardinha, assim
como mamíferos marinhos.
Acredita-se que o óleo de peixe pode prevenir a formação de
coágulos sanguíneos na parede das artérias. Outros benefícios
incluiriam a redução dos níveis de triglicerídeos plasmáticos.
No entanto, há um temor que os benefícios venham
acompanhados da elevação concomitante da fração LDL do
colesterol.
Lipídeos Derivados
São formados a partir dos simples e dos compostos,
diferentes dos demais que são formados por cadeias de
hidrocarbonetos, os lipídios derivados são formados por
anéis hidrocarbonetos. O colesterol é o mais conhecido e
existe somente no tecido animal.
No organismo o colesterol pode ter origem exógena ou
endógena. Suas funções incluem ser precursores dos
compostos esteróides (hormônios), precursor da vitamina D,
da bile e da membrana plasmática. Também possui função
importante no desenvolvimento fetal e na formação de
órgãos e tecidos.
Gorduras Ingeridas na dieta
(7) Ácidos Graxos são oxidados como combustível ou reesterificados
para armazenamento.
Vesícula Biliar
Miócito ou
Adipócito
Intestino
Delgado
(7) Ácidos Graxos são captados pelas células.
(1) Sais biliares emulsificam
as gorduras no intestino
formando micelas.
Lipoproteína Lipase (LPL)
Capilar
(2) Lipases intestinais degradam
os triacilgliceróis.
(3) Ácidos graxos e outros produtos
da digestão são captados na mucosa
intestinal e convertidos novamente
a triacilgliceróis.
Mucosa
Intestinal
(6) LPL ativada por apoC-II
quebra os triacilgliceróis em
ácidos graxos e glicerol.
(5) Quilomícrons são transportados pelos vasos linfáticos até
o sangue e os tecidos.
Quilomícron
(4) Triacilgliceróis são incorporados juntamente com, colesterol e lipoproteínas nos
quilomícrons.
Lipídeos
As formas de lipídios utilizados pelo organismo
como fonte de energia são os ácidos graxos e os
triacilgliceróis.
Normalmente os triacilgliceróis são transportados
ligados à albumina ou a lipoproteínas: quilomícrons,
VLDL, IDL, LDL e HDL.
A VLDL é a principal proteína de transporte de
lipídios do fígado para os tecidos enquanto o HDL
perfaz o caminho oposto, dos tecidos de volta ao
fígado.
Lipídeos
Quilomícrons – Lipoproteína de transporte para diversos
tipos de lipídeos, assim como para as vitaminas
lipossolúveis A, D, E e K.
VLDL – (Very Low Density Lipoprotein) Lipoproteína de muito
baixa densidade.
IDL – (Intermediate Density Lipoprotein) Lipoproteína de
densidade intermediária.
LDL – (Low Density Lipoprotein) Lipoproteína de baixa
densidade
HDL – (High Density Lipoprotein) Lipoproteína de alta
densidade.
Apolipoproteínas
Colesterol
Fosfolipídeos
Triacilglicerol
e Ésteres de
Colesterol
Lipídeos
As VLDLs são formadas no fígado a partir das gorduras, dos
carboidratos, do álcool e do colesterol. Elas contém o maior
percentual de lipídeos (95%), dos quais cerca de 60%
consistem em triglicerídeos (triacilgliceróis).
As VLDLs transportam triglicerídeos para o músculo e para o
tecido adiposo. Depois que a enzima lipoproteína lipase atua
sobre as VLDL, a molécula se transforma em uma molécula
de LDL, mais densa, pois contém menos lipídeo. LDL e VLDL
possuem os maiores componentes de lipídeo e os menores
de proteínas.
O Colesterol “Ruim”
Entre as lipoproteínas, as LDLs, que normalmente carreiam
60-80% do colesterol sérico total, possuem maior afinidade
para as células da parede arterial.
A LDL transfere o colesterol para o tecido epitelial dos vasos,
onde a LDL é oxidada* e passa a participar da proliferação de
células musculares lisas e de outras alterações
desfavoráveis que lesionam e estreitam a artéria.
O exercício regular, o acúmulo visceral de gorduras e a
composição da dieta possuem impacto direto sobre a
concentração sérica de LDL.
O Colesterol “Bom”
Diferente do LDL, o HDL exerce um efeito protetor contra
cardiopatia. O HDL atua como um varredor nas artérias pois
realiza o chamado transporte reverso do colesterol
conduzindo o colesterol de volta ao fígado para ser
incorporado na bile e excretado subsequentemente no trato
gastrintestinal.
A quantidade de LDL e HDL, de suas relações específicas e
subfrações, constituem em indicadores significativos de
risco para doença arterial coronariana (DAC).
Funções do Colesterol
O colesterol participa
complexas, incluindo:
de
muitas
funções
corporais
• A elaboração da membrana plasmática;
• Precursor
na
síntese
diidroxicolecalciferol);
de
vitamina
• Precursor de hormônios esteróides;
• Componente da bile.
D3
(1,
25
Lipídeos
A captação e transporte de ácidos graxos para o
interior da fibra muscular e subseqüentemente para
as mitocôndrias, parece ser a etapa-chave para a
utilização desse substrato como fonte de energia e,
é melhorada por exercícios de resistência.
AMPc
Tecido Adiposo
α
HSL
Triglicerídeos
β
Catecolaminas Catecolaminas
Insulina
Ácidos Graxos
Lipoproteínas
(VLDL e LDL)
LPL
(Endotélio dos vasos)
Albumina
Ácidos Graxos Plasmáticos
FABPpm
FAT/CD36
Membrana Plasmática
Citosol
Ácidos Graxos
FABPc
CPT 1
CAC T
Mitocôndria
CPT 2
Ácidos Graxos
β-HAD
Beta oxidação
Lipídeos
A produção aeróbia de ATP envolve duas cadeias de
reações que cooperam mutuamente: O ciclo do
ácido tricarboxílico (Ciclo de Krebs) e a cadeia de
transporte de elétrons que operam de acordo com
os seguintes passos:
• Geração de uma molécula de 2 carbonos: AcetilCoA.
• Oxidação da acetil-CoA no ciclo de Krebs.
• Fosforilação oxidativa (cadeia de transporte de
elétrons).
Lipídeos
Quando o exercício segue em estado estável, oxigênio é
suficiente, o ácido pirúvico é convertido a piruvato, que por
sua vez é convertido a acetil-CoA que se une ao oxaloacetato
formando citrato, iniciando o ciclo de Krebs.
As gorduras são utilizadas na forma de ácidos graxos livres
(AGL).
Antes, os AGL passam por um processo chamado βoxidação, que fraciona os ácidos graxos (que possuem
quantidades variadas de átomos de carbono) em moléculas
de dois carbonos que vão dar origem à acetil-CoA.
As proteínas formam acetil-CoA ou intermediários do ciclo de
Krebs.
Ciclo de Krebs
Cadeia de transp. De
eletróns
Lipídeos
Alguns fatores importantes limitam a oxidação de
ácidos graxos durante o exercício, eles são
apresentados no trabalho de Curi e seus
colaboradores (2003):
• Disponibilidade de glicogênio
intermediários do ciclo de Krebs.
para
formar
• Mobilização de ácidos graxos do tecido adiposo
para o músculo esquelético.
Lipídeos
Quando degradados
formam compostos
acetoacetato e o
compostos não são
serem ácidos.
anaerobicamente, no fígado, os lipídios
chamados de corpos cetônicos: O
β-hidroxiburato. No entanto, esses
usados em condições fisiológicas por
O glicerol, que constitui o esqueleto dos triacilgliceróis pode
ser convertido a glicose no fígado pelo processo chamado de
gliconeogênese.
Ingestão Dietética
Recomendada de Lipídeos
As recomendações para a ingestão dietética de lipídeos para
atletas em geral obedecem as recomendações para a
população em geral.
Os profissionais de saúde recomendam que a ingestão de
lipídeos não deve ultrapassar 30% do conteúdo energético
total da dieta e, um consumo ainda menor pode conferir
grandes benefícios em termos de saúde.
Do total de calorias provenientes dos lipídeos recomenda-se
que a menor quantidade seja proveniente dos ácidos graxos
saturados.
Ingestão Dietética
Recomendada de Lipídeos
A Associação Americana de Cardiologia (American Heart
Association, AHA) afirma que a ingesta de lipídeos deve ser
inferior a 30% das calorias totais, com o percentual de
calorias lipídicas em uma relação de 10:10:10 para ácidos
graxos saturados, insaturados e poliinsaturados.
A AHA recomenda que as pessoas não ingiram mais que
300mg de colesterol por dia – quase a quantidade de
colesterol presente em uma gema de ovo.
Proteínas
Termo de origem grega que quer dizer “de primordial importância”.
São os constituintes estruturais do organismo. São formados por
subunidades chamadas aminoácidos (aa).
Em um organismo, as informações genéticas estão contidas no DNA, que
codifica as proteínas através da seleção e junção de seus aa
constituintes. Estas, por sua vez, são responsáveis pela síntese de todos
os outros componentes celulares.
No corpo humano, 20 aa são utilizados para a síntese protéica, dos quais
11 podem ser produzidos pelo próprio organismo e 9 devem ser ingeridos
na dieta.
Proteínas
Aminoácidos essenciais
Aminoácidos não-essenciais
Isoleucina (Ile)
Glutamato (Glu)
Leucina (Leu)
Glutamina (Gln)
Lisina (Lys)
Prolina (Pro)
Metionina (Met)
Aspartato (Asp)
Fenilalanina (Phe)
Asparagina (Asn)
Treonina (Thr)
Alanina (Ala)
Triptofano (Trp)
Glicina (Gl)
Valina (Val)
Serina (Ser)
Histidina (His)
Tirosina (Tyr)
–
Cisteína (Cys)
–
Arginina (Arg)
Proteínas
A estrutura dos aminoácidos constitui em grupamento amino
terminal (NH+) e um grupo carboxila terminal (COO-), a
exceção da prolina que possui um grupo imino (NH-) no lugar
do grupamento amino.
As proteínas são formadas por uma seqüência linear de aa
formada por uma série de reações de condensação entre os
grupamentos amino e carboxila dos aa adjacentes, que
formam a chamada ligação peptídica.
A sequência de aa em uma proteína define sua estrutura final.
É a estrutura da proteína (configuração) e sua forma
(conformação) que definem a sua função.
Proteínas
Proteínas
Algumas proteínas, devido a sua estrutura, podem alterar sua
conformação, como a hemoglobina, que devido à sua ligação
com o O2, pode modificar a afinidade dos outros sítios de
ligação com o mesmo.
Por essa razão, a relação entre pressão parcial de O2 (pO2) e
sua ligação com a hemoglobina assume forma exponencial
em vez de linear. Isso permite que a afinidade da
hemoglobina pelo O2 se altere enormemente mesmo com
pequenas alterações da pO2.
Fontes de Proteínas
Ovos, leite, carne vermelha, peixe e aves constituem as principais
fontes de proteínas.
O valor biológico dos alimentos refere-se à sua natureza completa
para suprir os aminoácidos essenciais. A ingestão de uma dieta
com vários tipos de alimentos consegue suprir todos os
aminoácidos essenciais, cada um deles proporcionando
quantidade e qualidade diferentes de aminoácidos.
Valor Biológico das
Proteínas
As proteínas são classificadas de acordo com seu valor
biológico, que traduz a sua capacidade em fornecer
aminoácidos essenciais.
Proteínas de origem animal possuem todos os
aminoácidos essenciais, logo, têm alto valor biológico,
enquanto as proteínas de origem vegetal possuem baixo
valor biológico por serem carentes em um ou mais
aminoácidos essenciais.
Papel das Proteínas no
Corpo
Principais fontes corporais de proteínas do corpo:
Plasma sangüíneo;
Tecido visceral;
Músculos (principalmente o esquelético).
Não existe um “reservatório” de proteínas no corpo,
pois todas elas contribuem para as estruturas teciduais
ou existem como componentes importantes dos
sistemas metabólico, de transporte e hormonal;
perfazendo cerca de 12-15% da massa corporal total.
Papel das Proteínas no
Corpo
• Seus aminoácidos formam os principais blocos
estruturais para síntese dos tecidos e são precursores
de substratos energéticos;
• São precursores de DNA e RNA;
• Precursores de hormônios;
• Componentes de membrana;
• Transportadores plasmáticos;
• Enzimas.
Papel das Proteínas no
Corpo
Mesmo em adultos mais velhos, as estruturas corporais
que contém proteínas, na verdade “renovam-se” em
bases regulares; a dinâmica normal das proteínas
depende de uma ingestão protéica adequada,
simplesmente
para
substituir
os
aminoácidos
degradados continuamente no processo de renovação
(Turnover).
Metabolismo das Proteínas
– Balanço Nitrogenado
Refere-se à fixação de nitrogênio pelo organismo, que indica o
quanto os aminoácidos constituintes das proteínas dietéticas foi
incorporado pelos tecidos.
Equilíbrio nitrogenado (ingestão = excreção);
Balanço positivo (ingestão > excreção);
Balanço negativo (ingestão < excreção).
Dificuldade para o Aporte
Protéico em Indivíduos
Fisicamente Ativos e Atletas
O maior aporte nutricional pode ser satisfeito simplesmente pela
maior ingestão de alimentos que vai compensar o maior dispêndio
de energia observado no treinamento. Fatores que podem
prejudicar o aporte adequado de proteínas incluem:
• Hábitos nutricionais precários;
• Redução na ingestão energética para conseguir um aspecto
corporal atlético;
• Redução no peso corporal para competir em uma categoria de
classe ponderal mais baixa.
Metabolismo de Proteínas
e Exercício
•Exercícios de alta intensidade: Aumento da massa
muscular, pelo aumento do conteúdo de miofibrilas.
•Exercício de resistência: Aumento de proteínas
envolvidas no metabolismo.
Metabolismo de Proteínas
e Exercício
No indivíduo em repouso, as proteínas contribuem com
cerca de 10% da energia produzida nos músculos.
Isso se deve à capacidade leucina, isoleucina e valina –
chamados de aminoácidos de cadeia ramificada (BCAA).
No exercício a contribuição energética das proteínas é
reduzida à cerca de 6%, devido ao aumento na
contribuição de outros substratos.
Metabolismo de Proteínas
e Exercício
Na dieta ocidental, as proteínas correspondem a
cerca de 12-15% da ingestão diária.
Recomenda-se a ingestão de 0,7 a 0,8 g/kg para
indivíduos.
Esses valores podem aumentar para cerca de 1,2-1,4
g/kg para esportistas e 1,6-1,8 g/kg para atletas de
força.
Metabolismo de Proteínas
e Exercício
É comum, principalmente em fisiculturistas e atletas
de força adotam valores de conteúdo protéico em
suas dietas superiores ao recomendados.
É aceito que o exercício regular aumenta as
necessidades protéicas. Não há comprovação
científica de que ingestões maiores que as
recomendadas
estimule
sua
incorporação
excedente em tecidos orgânicos.
Metabolismo de Proteínas
e Exercício
Apesar das crenças de muitos treinadores e atletas,
consegue-se pouco benefício ao ingerir quantidades
excessivas de proteínas.
Uma ingestão superior ao nível recomendado não
consegue aprimorar a capacidade de trabalho
durante um treinamento intenso.
A proteína dietética excessiva passa a ser utilizada
diretamente para a produção de energia (após
desaminação) ou é reciclada.
Metabolismo de Proteínas
e Exercício
Os efeitos colaterais deletérios podem ocorrer
quando a ingestão dietética de proteína ultrapassa
de maneira significativa os valores recomendados.
Um aumento no catabolismo protéico sobrecarrega
a função do fígado e dos rins em virtude da
eliminação de uréia e outros compostos.
Metabolismo de Proteínas
e Exercício
Aminoácidos
Metabolismo
oxidativo
Entram em
diferentes
pontos da
via
Gliconeogênese
Cetogênese
Metabolismo de Proteínas
e Exercício
Aminoácidos
Alanina
Glutamina
Fígado
Formação de
uréia
Neoglicogênese
Combustível ao
met. oxidativo
de enterócitos e
céls. do sistema
imune
Regulação do Turnover de
Proteínas
Anabolismo
Catabolismo
Atividade Muscular (contrações)
Imobilização Muscular
Hormônio do Crescimento (GH)
Cortisol
Fatores de Crescimento
Semelhantes à Insulina (IGF’s)
Glucagon
Insulina
Níveis elevados de T3.
Testosterona
A Abordagem Vegetariana
Os cereais (grãos) e os legumes representam
excelentes fontes de proteínas, porém nenhum
deles proporciona todo o complemento de
aminoácidos essenciais.
Os vegetarianos verdadeiros ou Vegans consomem
nutrientes provenientes apenas de duas fontes: o
reino vegetal e os suplementos dietéticos.
A Abordagem Vegetariana
Um grande número de atletas de competição consome dietas
que
consistem
predominantemente
em
nutrientes
provenientes de fontes vegetais variadas, incluindo alguns
laticínios e derivados de carne.
Levando-se em conta o período de tempo necessário para
treinar e preparar-se para as competições, os atletas
vegetarianos costumam encontrar dificuldade em planejar,
selecionar e preparar refeições nutritivas a partir de fontes
predominantemente
vegetais
sem
confiarem
na
suplementação.
A Abordagem Vegetariana
A abordagem lactovegetariana minimiza o problema de
consumir proteína suficiente e de alta qualidade.
Uma abordagem ovolactovegetariana garante uma ingestão
de proteína de alta qualidade.
Ao lidar com atletas vegetarianos, ou mesmo indivíduos
fisicamente ativos, a participação do nutricionista é
fundamental para que o exercício não incorra em efeitos
colaterais deletérios para o organismo.
Fim
Download