UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS FACULDADE DE MEDICINA EPIDERMÓLISE BOLHOSA ROBERTO M. DE SOUZA SAMUEL DA COSTA SOARES THIAGO LACERDA ATAÍDES VELUMA LOPES TEIXEIRA CONCEITO: Compreende um conjunto de afecções dérmicas bolhosas, de caráter hereditário, com diferentes modos de transmissão genética CARACTERÍSTICAS: É caracterizada por uma especial fragilidade cutânea que se traduz pela formação de bolhas aos mínimos traumatismos TIPOS DE EPIDERMÓLISE: ▪ Epidermólise Bolhosa Simples (autossômica dominante); ▪ Epidermólise Bolhosa Juncional (autossômica recessiva); ▪ Epidermólise Bolhosa Distrófica ou Dermolítica (autossômica dominante ou recessiva); EPIDERMÓLISE BOLHOSA SIMPLES (Autossômica Dominante) Manifestações Clínicas: ▪ As primeiras manifestações surgem ao nascimento ou logo após, em áreas de pressão ou trauma: mãos, pés, joelhos, cotovelos e coxas; ▪ As bolhas são tensas, de dimensões variáveis, conteúdo seroso ou hemorrágico, que evoluem para a cura sem deixar cicatrizes; ▪ As lesões tendem a melhorar após a puberdade; HISTOPATOLOGIA: ▪ As mutações gênicas podem ocorrer em pontos dos cromossomos 17 e 12 correspondentes à formação das queratinas 14 e 5; ▪ As fibras protéicas de união da pele não funcionam normalmente, levando à separação de suas camadas. O espaço que se forma entre as camadas é preenchido por soro ou fluídos ricos em proteínas, caracterizando as bolhas; EPIDERMÓLISE BOLHOSA JUNCIONAL (Autossômica Recessiva) Manifestações Clínicas: ▪ Bolhas tensas ou flácidas, serosas e hemorrágicas e erosões exsudativas sangrantes; ▪ Unhas ausentes ou espessadas; ▪ Lesões das mucosas orais, esofágicas, e anais; ▪ Alterações dentárias por defeitos do esmalte; HISTOPATOLOGIA: ▪ Há a clivagem dermoepidérmica, acima da membrana basal, entre a membrana plasmática das células basais e a lâmina basal da epiderme; EPIDERMÓLISE BOLHOSA DISTRÓFICA (Autossômica recessiva ou dominate) Manifestações Clínicas: ▪ Início precoce, com bolhas tensas, serosas ou hemorrágicas e placas eritematosas; ▪ Atinge principalmente as extremidades; ▪ Alterações distróficas, como a “colagem” dos dedos; HISTOPATOLOGIA: ▪ Clivagem dermoepidérmica; ▪ Envolvimento de alterações no gene que codifica o colágeno tipo VII; CASO CLÍNICO: Epidermólise Bolhosa Distrófica Paciente: J. G. B. O. Procedência: Belo Horizonte, MG CUIDADOS ESPECIAIS: ▪ Cuidados na manipulação da criança; ▪ Cuidados no uso de roupas; ▪ Cuidados na alimentação e na higienização bucal; ▪ Evitar a “colagem” dos dedos; ▪ Estar atento às infecções secundárias que podem comprometer os ferimentos; ▪ Atenção ao estado nutricional da criança; OBRIGADO!!