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Quando o corpo da
mulher diz não ao sexo
Roberto Fabiano Cintra Farias
Médico Ginecologista-Obstetra
CEPES III
LINDA
 Nasceu em 02 de agosto de 1951, a mais
velha de quatro filhos.
 Sua mãe a descreveu como um “belo bebê
que parecia uma boneca de porcelana”.
 Em sua casa também moravam seus avós
maternos.
 Seus pais diziam que ela era uma garotinha
meiga, mas extremamente sensível.
Linda
 Desde cedo teve medo de água.
 Seus pais frequentemente diziam aos filhos
que desejariam que suas vidas tivessem sido
diferentes.
 Aos quatro anos de idade teve que dividir a
atenção de seus pais com a chegada de uma
irmã.
 Quando ela tinha seis anos seu irmão
nasceu.
Linda
 Seus sentimentos de exclusão começaram
cedo.
 Tinha dificuldades em compartilhar seus
problemas.
 Aos nove anos de idade sofreu um grande
trauma – seu avô morreu de câncer de
pulmão. Teve que suprimir todo o seu amor e
sua tristeza.
 Havia pouco incentivo na sua família para se
expressar o sentimento de raiva.
Linda
 O que sentia quando criança: não posso...
Ninguém me compreende... Isso me magoa...
Estou tão empolgada... Amo papai e
mamãe... Sou tão tímida... É tudo culpa
minha... Odeio todo mundo... Estou
envergonhada... Estou me sentindo
sozinha... Será que sou amada?
Linda
 Quando tinha quatorze anos nasceu sua irmã
caçula.
 Menstruou pela primeira vez aos quinze
anos. Ficou embaraçada por ser adulta e
envergonhada de que os homens agora
pudessem a achar atraente.
 Deixou a escola aos dezesseis anos.
 Sempre sentiu que não seria capaz de fazer
sexo.
Linda
 Teve vários namorados na sua adolescência.
 Sem tinha a atitude de “não vou conseguir”.
 Tinha vinte e dois anos quando conheceu
aquele que viria a ser o seu marido.
 Procurou ajuda por incentivo e apoio do
marido.
Vaginismo
 Espasmo involuntário dos músculos que
cercam a entrada da vagina.
 Na maioria das vezes, o espasmo limita-se à
abertura vaginal, mas muitas mulheres têm
espasmos dos músculos das coxas, do ânus,
do abdômen e das nádegas.
 É uma condição emocional cujas causas,
psicológicas, manifestam-se através de uma
reação física.
Vaginismo
 Primário
 Secundário
 Seletivo
 Não seletivo
Vaginismo
 Bloqueio total de todas as possibilidades.
 Termo que se aplica a muitos processos
dentro de nós.
 Pode resultar de uma diversidade de
conflitos, cujas origens podem variar de
psicológicas a sociais.
 Outras condições podem impedir a
penetração: medo e inexperiência; intercurso
doloroso (dispareunia).
Vaginismo
 Medo da intimidade
 Medo da dependência
 Falta de auto-estima
 Baixa auto-estima
 Falta de confiança
 Sentimento de inadequação
Vaginismo
 Ele se torna uma dificuldade sexual, razão
pela qual é tratado como um problema
sexual.
 Pode estar ligado mais à receptividade
emocional e não genital.
 É uma condição que se desenvolve.
 Primeira referência médica: Lexicon
Medicum, de Quincy, publicada em Londres
em 1802.
Vaginismo
 Os tratamentos da época eram sempre
cirúrgicos, pois ainda não havia a
psicoterapia.
 Outras referências são datadas de 1880
(homeopatia).
 O termo “vaginismo” originou-se com o Dr.
Sims – ginecologista americano (1860).
 Outra referência feita por Havelock Ellis
(1859-1939) – médico britânico.
Vaginismo
 Sigmund Freud (1856-1939): grande
contribuição para o estudo da sexualidade no
século XX. Introduziu o conceito de
associação entre mente e corpo, daí
“psicossomático”.
 Psicanálise para o tratamento do vaginismo.
 Com Dr. William H. Masters e Dra. Virgínia E.
Johnson o vaginismo ganhou maior
relevância.
Vaginismo
 No cinema ( Marnie) 1964.
 Na literatura: Ofélia de Shakespeare; O Tocar
do Sino (Sylvia Plath); artigo “Dispareunia e
Vaginismo”(Dr. Philip Sarrel, Lorna Sarrel e a
Dra. Carol Nadelson); A Crying Game (Um
Jogo de Lágrimas – Janine Turner); The
Lady Killer (A Dama Assassina – de Masako
Togawa); A Dark Science ( Uma Ciência
Negra – de Jeffrey Moussaieff Masson)
Vaginismo
 Caso J.P.: mulher solteira, vinte e cinco anos,
com diagnóstico de vaginismo. Teve como
tratamento a cauterização de parte dos
pequenos lábios e prepúcio do clitóris.
Tratamento realizado em 11 de novembro de
1864 pelo Dr. Gustav August Braun – médico
vienense). Algum tempo depois, J.P. foi
submetida à amputação do clitóris.
Vaginismo
 Estudo americano: mulheres relatam
experiências similares ao vaginismo durante
períodos de estresse e dificuldades
conjugais.
 Poucos trabalhos publicados sobre
vaginismo.
 Vaginismo não é uma condição rara.
 É uma preocupação mundial.
Vaginismo
 São mulheres sexualmente responsivas.
 Vida sexual rica e variada.
 Realização de um exame pélvico por um médico
ginecologista – eliminação fator orgânico.
 Sinais clínicos: contração involuntária dos músculos
vaginais se o intercurso for antecipado ou tentado; se
for feita uma tentativa de penetrar ou examinar a
vagina, os músculos das coxas, do ânus, do
abdômen e das nádegas contraem-se juntos.
Vaginismo
 Para escapar do exame médico, a mulher
pode arquear as costas e se retrair em
direção à extremidade superior da mesa de
exame.
 Sinais psicológicos: fantasias, medos e
sentimentos combinados com espasmo
involuntário.
 Fantasias: medo e ansiedade de que o pênis
seja grande demais para a vagina; medo de
que a vagina não tenha elasticidade, seja
pequena e apertada demais.
Vaginismo
 Associação da penetração com dor e dano,
imaginando que será rasgada. Fobia da
penetração.
 Ansiedade aguda sobre todos os orifícios do
corpo e medo de tocar seu interior.
 Fortes sentimentos negativos, inclusive medo
de olhar ou tocar a vagina.
 Crença de que a mulher é cloacal – de que
possui apenas um orifício através do qual se
urina, defeca e faz amor.
Vaginismo
 Medos irracionais sobre nosso corpo: medo de que o
pênis penetre a parede abdominal e provoque danos
aos órgãos internos.
 Fantasias sobre o hímen: crença de que existe um
hímen interior. Medo de que o hímen ainda esteja
intacto.
 Sinais históricos: mutilação genital feminina;
tentativas de penetração dolorosas ou violentas;
abuso sexual ou estupro; exame pélvico traumático;
expectativa de intercurso doloroso devido ao uso de
supositórios seguido de dor pélvica na infância.
Vaginismo
 Mulheres ansiosas e medrosas.
 Não devemos rotular as pacientes.
 As pacientes são muito diferentes umas das
outras.
 Pouco se escreve e pouco se fala em
vaginismo.
 O silêncio é mantido pela paciente e pelas
pessoas que a cercam.
Vaginismo
 As pacientes com vaginismo são incapazes d falar
honestamente sobre sexo.
 A falta de respeito e de honestidade ao falar sobre
sexo pode impossibilitar que a família se comunique
de um jeito confortável e natural.
 A essência da expressão sexual é perdida numa
avalancha de informações.
 As pacientes vagínicas pensam que um casamento
pode ser anulado se não haver a consumação do ato
sexual.
Vaginismo
 Pode ser visto pelo “inconsciente coletivo
masculino” como um símbolo de poder sobre
os homens.
 É uma incômoda maneira de lembrar que as
mulheres podem dizer “Não”.
 O silêncio também pode ser mantido pela
relutância inconsciente de alguns médicos
em reconhecer a existência do vaginismo.
Vaginismo
 Sentimentos negativos: medo do ridículo e a
perda do auto-respeito, devido a crença de
que revelar um problema sexual significa
admitir um fracasso.
 Medo de ser estigmatizada pela sociedade.
 Ocultado para não ser visto como
anormalidade.
 Paciente sente-se envergonhada por
fracassar na mais profunda expressão do
amor físico.
Vaginismo
 Afeta todos os relacionamentos.
 Leva a abstinência sexual, devido aos
contínuos fracassos.
 Faz com que o parceiro seja forçado a
buscar outras parceiras.
 Gera fantasias de que a paciente esteja com
o parceiro errado.
 Leva ao término do relacionamento.
Vaginismo
 Masters & Johnson: o vaginismo pode afetar
o desempenho sexual masculino, fazendo
com que o homem seja incapaz de manter a
ereção devido a repetidos fracassos na
penetração.
 Kaplan: a qualidade dos casamentos
vaginísmicos varia de excelente a
profundamente problemática.
 Não é geneticamente transmitido.
Vaginismo
 Tem a ver com a percepção emocional que a
mulher tem das ansiedades de sua mãe e da
maneira como a mãe as transmite.
 A mulher com vaginismo pode ter filhos.
 Não melhora após o parto.
 As pacientes se vêem como inférteis, pois o
vaginismo pode impedir a concepção.
Vaginismo
 Caso Christabel Ampthill: engravidou por
intercurso intracrural. Virgem.
 Inseminação artificial.
 Gravidez difícil e parto traumático.
 Uso da hipnose.
 Inseminação artificial.
 Pacientes procuram tratamento pelo desejo
de ter um filho.
 As pacientes são orientadas a não
engravidar quando em terapia.
Vaginismo
 Paciente dividem uma incapacidade de
separar-se psicologicamente de suas mães.
 O pedido de inseminação pode ser uma
tentativa inconsciente de gerar um bebê dela.
 Fantasias subconscientes.
 A mulher com vaginismo deve ter o direito de
escolher o que fazer com seu corpo.
Vaginismo
 Efeito devastador na qualidade de vida da
mulher.
 Proíbe tanto a penetração como a
capacidade de conceber.
 Combina a aflição de um problema sexual
com a angústia da infertilidade.
 Perda de feminilidade e de status como
esposa.
 Exclusão do mundo sexual e fértil.
Vaginismo
 Sentimentos de inveja direcionados às outras
mulheres que podem engravidar e fazer sexo
com seus parceiros.
 Desperta sentimentos de auto-rejeição.
 Pacientes tem dificuldades ter amigas.
 Complexo de inferioridade.
 Falta de compreensão e de ajuda
profissional.
Vaginismo
 Indiferença e frieza por parte da maioria dos
profissionais médicos.
 O poder de cura do vaginismo reside na
mulher e em sua capacidade de criar uma
parceria de cura com o médico ou terapeuta
que escolher.
 Isolamento e dissimulação.
 Deficiência física invisível.
 Temor de que as outras pessoas percebam.
Vaginismo
 Alienação da família: temor de rejeição e de
não entendimento por parte dos familiares.
 Pode ser tratado.
 Depende de um terapeuta sensível e
competente.
 Terapias comportamental e sexual e a
psicoterapia, ou uma combinação delas.
 É raro um caso que não possa ser tratado.
 Com tratamento adequado o resultado
geralmente é positivo.
O que causa o vaginismo
 Não há uma causa ou evento em particular.
 Causas: identificadas através de um estágio
ou estágios do desenvolvimento psicológico
do qual a pessoa não conseguiu se libertar.
 De quem é a culpa?
 De que este espasmo está me protegendo?
 Causas altamente individuais.
 Fatores psicológicos são mais importantes
que os fatores físicos.
O que causa o vaginismo
 Traumas: algo que tenha acontecido à
vagina.
 Condicionamento cultural de que sexo é
mau.
 Base inconsciente conectada à sua própria
sexualidade.
 Sensação de desmerecimento.
 Fato de ter sido criada com visão errada do
próprio corpo e sexualidade.
O que causa o vaginismo
 Nosso passado modela o nosso presente.
 Compreensão da vida emocional pode desencadear
uma maior compreensão da relação entre o
desenvolvimento psicológico precoce e vaginismo.
 Categorias de fatores psicológicos: de
desenvolvimento; traumáticos e relacionais.
 Fatores de desenvolvimento: tensão emocional num
período sensível do desenvolvimento, resultando na
suspensão do amadurecimento psicológico.
O que causa o vaginismo
 Fatores de desenvolvimento: educação cheia
de culpa, vergonha e desinformação sobre
sexo; estritos tabus religiosos.
 Fatores traumáticos: estupro; mutilação
genital feminina; abuso sexual na infância;
primeira experiência sexual violenta; exames
ginecológicos dolorosos.
 Fatores relacionais: preliminares
inadequadas – falta de excitação.
O que causa o vaginismo
 Fatores relacionais: medo de se ouvida ou
flagrada durante o sexo; impotência ou
inabilidade sexual do parceiro; atitudes e
sentimentos negativos com relação a um
amante; conflito e tensão no relacionamento;
sentir-se dominada e oprimida pelos homens.
Fatores de desenvolvimento
 Distúrbio de relacionamento entre mãe e
filha.
 Vida intra-útero: lugar onde fome, sede, frio e
separação não existem.
 Ao nascimento: temos que nos adaptar à
gravidade e à temperatura, aos sons e
aromas, à fome e outras necessidades.
 A mãe deve apresentar o mundo ao bebê em
estágios graduais.
Fatores de desenvolvimento
 Primeiras semanas de vida do bebê: é de
pura sensação – ser segurado e alimentado,
trocado, acariciado e banhado.
 Mãe precisa relacionar-se com o bebê, e não
negar a individualidade do bebê.
 Mãe precisa conscientizar o bebê de que,
embora ela o adore, ele é um ser separado,
com vida própria. Criação de limites.
Processo de individualização – psicanálise.
Fatores de desenvolvimento
 A dificuldade de individualização leva a mãe,
inconscientemente, a se sentir ultrajada e
decepcionada, e sua raiva e dor podem levar
a um relacionamento inadequado com a
criança.
 A falta de limites pode levar a sentimentos de
confusão: o bebê não sabe onde ele termina
e onde começa a sua mãe, sente-se
desintegrado.
Fatores de desenvolvimento
 Os problemas de separação, usurpação e
união – que são sentidos, pelo bebê, como
uma perda do eu e uma ameaça de
destruição – o forçam a criar o único limite do
qual pode estar certo: seu corpo, sua vagina.
 O vaginismo torna-se a proteção que o bebê
procura para a união ou invasão da mãe e,
mais tarde, de outras pessoas.
Fatores de desenvolvimento
 As experiências positivas na infância podem
contribuir para um desenvolvimento emocional sadio,
com consistência no amor e na atenção, criando uma
sensação de bem-estar, promovendo uma autoimagem positiva e desenvolvendo a auto-estima.
 Quando a pessoa em quem o bebê confia (mãe) não
é capaz de responder consistente ou
satisfatoriamente às necessidades do bebê, ele cria
um mundo de relações internas (relações objetais
internas) para lidar com os desapontamentos e
dificuldades que enfrenta (introjeção).
Fatores de desenvolvimento
 A maioria dos analistas concordam que as
raízes de todos os problemas sexuais e
emocionais são conflitos não resolvidos que
ocorreram em estágios específicos da
infância.
 Complexos: todas as experiências reprimidas
da infância, bem como as emoções que as
acompanham.
Fatores de desenvolvimento
 O potencial da criança de separar-se
psicologicamente de sua mãe e de seu pai
para entrar no mundo adulto e buscar um
parceiro sexual dependerá muito do
resultado deste estágio do desenvolvimento.
 Sarrel e Nadelson: todos os seres humanos,
por “instinto”, têm medo da penetração
corporal de qualquer tipo.
 As “fantasias” são imagens do inconsciente.
Fatores do desenvolvimento
 Cena primária: não é apenas o testemunho do
intercurso dos pais, mas descreve qualquer evento
durante o qual o bebê percebe ou imagina uma
relação excitante, atormentadora, mas exclusiva,
entre seus pais.
 Desejando e temendo o pênis ao mesmo tempo.
 Complexo de castração: fantasia em que a mulher
sente-se furiosa por não ter pênis e deseja castrar os
homens, em vingança a sua própria castração.
Fatores do desenvolvimento
 Geralmente, as pacientes vagínicas tem
inveja do pênis.
 O vaginismo surge de uma combinação de
circunstâncias do passado e do presente.
Não é uma coisa orgânica.
 Se a personalidade da menina (ego) possui
fortes defesas naturais, pode ajudá-la a
superar os medos sexuais.
Fatores do desenvolvimento
 Uma defesa é um mecanismo criativo que
visa proteger o indivíduo psicologicamente.
 O vaginismo tenta afastar as rejeições e os
desapontamentos, mas também pode,
simultaneamente, impedir a aproximação do
amor.
 Tensão numa fase sensível do
desenvolvimento.
 Possuindo a própria vagina.
Fatores de desenvolvimento
 Proibições inconscientes transmitidas pelos
pais.
 A capacidade para possuir a própria vagina
marca a maturidade feminina em termos
psicossexuais.
 O adulto como modelo.
 A garota tem que admirar e invejar os adultos
ao seu redor o suficiente para desejar ser
como eles, competir com eles e finalmente
juntar-se ao seu mundo.
Fatores de desenvolvimento
 Crescimento psicológico.
 Quando as comunicações são
intencionalmente negativas.
 Os pais podem, consciente ou
inconscientemente, comunicar seus medos e
ansiedades.
 Geralmente, as mulheres vagínicas são as
filhas mais velhas ou filhas únicas.
Fatores de desenvolvimento
 Se a mãe inconscientemente reprime a
curiosidade natural da menina sobre seu
corpo, isto pode levantar a idéia de que a
vagina é um território proibido, misterioso e
imoral.
 Falsa idéia de anatomia genital anormal –
pela dificuldade de inserir tampão vaginal.
 A linguagem da vagina: quando se diz algo
sobre a vagina, pode estar sendo dito alguma
coisa similar sobre os medos e desejos.
Fatores de desenvolvimento
 Queixas: que a vagina é pequena demais; de
que são ignorantes sobre sexo e sobre seus
corpos; têm medo de que o intercurso seja
doloroso; têm medo de ser machucadas.
 “Minha vagina é um lugar escuro e sujo”.
 “O pensamento de ser penetrada faz com
que eu tenha vontade de vomitar”.
Fatores de desenvolvimento
 O vaginismo está relacionado à complexa
combinação de nossa predisposição
inerente, nosso desenvolvimento psicológico,
nossa personalidade, as personalidades dos
que nos cercam e seu condicionamento
social, e nossas percepções.
 Dra Robina Thexton (Londres): o que conta
são as percepções que a menina tem de sua
família e de suas relações, e não o que eles
realmente fazem.
Fatores traumáticos
 Trauma: é um incidente poderoso ou um
choque psicológico que pode, algumas
vezes, ter um efeito duradouro sobre o bem
estar.
 Estupro.
 Abuso sexual na infância.
 Primeira experiência sexual violenta.
 Exames ginecológicos dolorosos (causas
iatrogênicas).
Fatores traumáticos
 Mutilação genital feminina: remoção de
partes sensíveis da genitália feminina sob a
forma de clitoridectomia é praticada em
muitas partes do mundo, comumente entre
os grupos muçulmanos na Austrália, nas
Filipinas, na Malásia, no Paquistão, na
Indonésia, nos Emirados Árabes Unidos, no
Iêmen do Norte e do Sul, em Bahrain e em
Omã. Em toda a África, exceto na Arábia
Saudita.
Fatores traumáticos
 Clitoridectomia: realizada na Europa do
século dezenove para curar as mulheres da
ninfomania e da histeria. Reemergiu
recentemente nos Estados Unidos e na
Europa, devido ao grande número de
imigrantes da África e da Ásia.
 A clitoridectomia é proibida: na Grã-Bretanha,
na França, no Sudão e na Suécia.
Fatores traumáticos
 Nossa experiência ao nascer: vida emocional do
bebê e sobre os efeitos que o nascimento pode ter
sobre o desenvolvimento.
 Trauma ao nascer.
 Frederick Leboyer (Obstetra Francês - 1966): o meio
emocional do nascimento tinha efeitos profundos e
duradouros sobre a pessoa.
 Grupos de renascimento: mostram-nos que nossas
idéias e sentimentos sobre o nascimento são muito
pessoais e têm conexões diferentes para mulheres
diferentes.
Fatores relacionais
 Quando o aparecimento da condição está
ligado a uma pessoa ou situação fora do
nosso controle.
 Parceiros: os amantes de uma mulher podem
contribuir para causar ou manter seu
vaginismo.
 Vaginismo: visto como a expressão de um
relacionamento problemático nos primeiros
anos de vida.
Fatores relacionais
 Masters & Johnson: o vaginismo tem uma
associação comum com a impotência
primária do parceiro.
 O parceiro pode manter o vaginismo: quando
ele mesmo tem medos e ansiedades não
resolvidos sobre sexo.
 Parceiros de mulheres vagínicas:
demasiadamente gentis e educados,
passivos e sem iniciativa, e têm problemas
sexuais.
Fatores relacionais
 Alison Clegg (terapeuta sexual): casais em
que as mulheres têm vaginismo, é como se
tivessem escolhido um ao outro.
 Numa relação não consumada, o medo que o
parceiro sente de causar dor, combinado com
suas próprias ansiedades sobre a
penetração, pode ser um fator crucial.
 Escolha do parceiro: tem mais a ver com a
compatibilidade emocional do que a sexual.
Fatores relacionais
 Examinando o papel do parceiro sem culpa.
 Síndrome do espasmo-dor-fracasso: união fraternal
de um casal.
 Naturalmente, o sexo deve ser suave, mas agressão
e raiva são importantes aspectos da relação sexual.
 Mulheres na sociedade: “as causas relacionais” não
significam apenas a relação entre uma mulher e
alguém em sua vida – a sociedade ou o meio em que
ela vive pode ter importância no aparecimento do
vaginismo.
Fatores relacionais
 Situando o vaginismo na sociedade: o lugar das
mulheres na sociedade e seus efeitos podem não ser
notados em algumas abordagens terapêuticas do
vaginismo.
 Vaginismo e histeria: Dr. Sims (1861) descreveu o
vaginismo para a Sociedade de Obstetrícia de
Londres. Dr. Gustav Braun (Viena) amputou o clitóris
de uma paciente vaginísmica. Dr. Isaac Baker Brown
(1859 – 1866 em Londres) removeu o clitóris e ao
lábios de várias mulheres, com a intenção de curar a
“insanidade feminina” – sexualidade descontrolada
das mulheres.
Fatores relacionais
 Histeria: doença feminina descrita em 1800.
 A visão patriarcal de Freud: o
condicionamento social da mãe e a maneira
como ele influencia a estrutura psicológica da
filha também são raramente mencionados.
 As teorias e conceitos de Freud permanecem
o alicerce de todas as psicoterapias, e sua
contribuição para a compreensão da
psicologia feminina e masculina tem sido
inestimável.
Fatores relacionais
 O vaginismo como um protesto do corpo:
anorexia genital.
 Num contexto feminista, os sintomas de
anorexia nervosa e vaginismo são vistos
como o modo que o corpo tem para dizer que
a necessidade de amor, conforto, segurança
e aceitação de uma mulher não foram
atendidas.
 Criando um limite de defesa em um mundo
patriarcal.
Fatores relacionais
 Inconscientemente, a mulher vagínica vê o
intercurso como a penetração de seus
limites, e a proteção dessa invasão
manifesta-se fisicamente no vaginismo.
 Insegurança corporal pelas limitações sociais
impostas às mulheres em uma sociedade
patriarcal.
 As mulheres e a mídia: anúncios, revistas, TV
e filmes bombardeias homens e mulheres
com imagens de como as mulheres devem
se sentir, parecer e agir.
Fatores relacionais
 Sexualidade feminina e intercurso: um estudo
revela que aproximadamente dois terços das
mulheres bem casadas desejam mudar seus
modelos sexuais, isto é, ter menos intercurso,
fazer amor de formas não imediatamente
dirigidas à penetração e desfrutar mais do
calor e do envolvimento com seus parceiros.
 Os fatores sociais influenciam o vaginismo.
Causas físicas
 Pode desenvolver-se após um longo período
de intercurso doloroso não diagnosticado.
 Verrugas e infecções genitais.
 Vaginismo pós-parto.
 O vaginismo é, portanto, geralmente de
desenvolvimento; suas causa são
predominantemente psicológicas raramente
físicas.
Buscando ajuda
 O vaginismo pode variar de leve a severo,
também o grau de ajuda necessária para
resolvê-lo varia.
 O vaginismo pode ser resolvido sem ajuda
profissional.
 Importância do auto-exame.
 Técnicas de exploração genital e educação
sexual.
 Deve-se buscar ajuda o mais rapidamente
possível.
Buscando ajuda
 A psicoterapia tem a finalidade de fazer com
que a paciente perca o medo de se
machucar, de ser penetrada. Ensina a
paciente a confiar.
 A paciente tem que fazer parte do processo
terapêutico ativamente.
 Atitudes frias, rudes e indiferentes de muitos
clínicos e médicos podem ser obstáculos.
 Profissional com capacidade para ouvir a dor
de uma mulher.
Buscando ajuda
 A importância de uma escolha bem
informada.
 Cada paciente reage a uma combinação
especial de tratamentos terapêuticos.
 Tratamento mais apropriado: psicoterapia.
 A importância de uma organização
profissional: necessidade de se estabelecer
regras para o exercício da profissão
psicoterapeuta.
Buscando ajuda
 É importante que o terapeuta possua
integridade e pertença a uma organização,
onde estará sujeito a algum tipo de
regulamento pelos colegas.
 O contato com um instituto, sociedade ou
associação de profissionais reconhecidos
assegura que será oferecida uma avaliação
inicial como rotina.
Buscando ajuda
 Dr. M. Scott Peck (Psiquiatra): a habilidade
de um terapeuta tem pouca relação com
qualquer credencial que ele possa ter. Amor,
coragem e bom senso não podem ser
adquiridos através de títulos acadêmicos.
 É preciso um certo grau de confiança para
deixar que alguém penetre em nossos
pensamentos e sentimentos mais íntimos.
Buscando ajuda
 Não é o tipo de terapia que é vital para o
sucesso ou o fracasso de um tratamento, é o
terapeuta.
 Qualquer pessoa que trate o vaginismo,
portanto, precisa ter habilidades
psicoterapêuticas, bem como um extenso
conhecimento das emoções e do
comportamento humanos.
 O terapeuta deve colocar sempre as
necessidades da mulher em primeiro plano e
ajustar seu método a cada indivíduo.
Profissionais para o tratamento
vaginismo
 Psicólogo analítico ou psicoterapeuta analítico.
 Terapeuta comportamental.
 Clínico geral ou ginecologista.
 Homeopata.
 Hipnoterapeuta.
 Psiquiatra.
 Psicanalista.
 Psicoterapeuta.
 Terapeuta sexual.
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