TÍTULO: EFEITO DA FISIOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA E

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TÍTULO: EFEITO DA FISIOTERAPIA NA QUALIDADE DE VIDA E FUNÇÃO SEXUAL
NO TRATAMENTO DO VAGINISMO PRIMÁRIO: RELATO DE CASO
Autores: Sabrina Dantas Sabry1 , Gláucia Nunes Diniz Oliveira2, Gleiciane Aguiar Brito2,
Lara Costa Leite2, Simony Lira do Nascimento3
1. Preceptora do PROFISM- Projeto Fisioterapia na Saúde da Mulher da Universidade
cia.
2. Discentes do curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará e extensionistas
do PROFISM- Projeto Fisioterapia na Saúde da Mulher da Universidade cia
3. Docente do Curso de Fisioterapia da Universidade Federal do Ceará, Coordenadora
do PROFISM- Projeto Fisioterapia na Saúde da Mulher. Fortaleza - CE, Brasil.
Contextualização: As disfunções sexuais (DS), definidas como a incapacidade de
participar do ato sexual como desejado, caracterizadas por disfunções nas fases de
desejo, excitação e orgasmo ou pela presença de dor relacionada à relação sexual. As
causas da disfunção sexual nas mulheres são multifatoriais, envolvendo aspectos
físicos, psicológicos, sociais ou até mesmo sendo de causa desconhecida. O vaginismo,
por sua vez é contração involuntária dos músculos do assoalho pélvico (MAP), que
impede ou dificulta a penetração vaginal. Descrição do relato de caso: Paciente
F.E.A.V, 27 anos, casada, branca, pós-graduada, com diagnóstico de clínico de
vaginismo primário e queixa principal de impossibilidade de realizar relação sexual com
penetração. Relata dificuldade de realizar higienização íntima, assim como
masturbação. Histórico de depressão. Na avaliação inicial observou-se vulva trófica,
ausência de consciência perineal, utilização de glúteos, adutores e abdômen. Reflexos
bulbocavernoso e cutâneo-anal presentes. Hipertonia do MAPe adutores.
Hiperreativade ao toque superficial. O tratamento fisioterapêutico ocorreu no
Ambulatório de Uroginecologia da Maternidade Escola Assis Chateaubriand, em
Fortaleza, Ceará no período de setembro a dezembro de 2015, totalizando 16
atendimentos. Inicialmente realizou-se técnicas de inibição prorioceptiva para região
adutora e orientações de dessensibilização da região perineal. Nos atendimentos
seguintes utilizou-se infravermelho na região perineal para promover relaxamento do
MAP, eletroestimulação superficial do períneo, digito-pressão, massagem, alongamento
e liberação tecidual na pelve e na vulva, com objetivo de melhorar a resposta sexual,
aumentar o fluxo sanguíneo e a flexibilidade no introito vaginal e diminuir a dor. A partir
da possibilidade de abertura dos grandes lábios, realizou-se toque vaginal uni-digital,
progressivamente com falange distal do 2º metacarpo até a introdução completa,
juntamente com a conscientização da musculatura do assoalho pélvico. A partir disso
iniciou-se a utilização dos dilatadores vaginais, desde o de menor até o de maior
diâmetro, progressivamente a cada atendimento, sendo necessário repetir por algumas
semanas o mesmo. Os questionários validados de qualidade de vida (SF-36) e função
sexual (FSFI) foram auto-respondidos no dia da avaliação e final do tratamento.
Resultados: A aplicação O SF-36 antes e depois do tratamento revelou melhora nos
domínios: capacidade funcional, limitação por aspectos físicos, vitalidade, limitação por
aspectos emocionais e manteve a mesma pontuação nos domínios: dor, estado geral
da saúde, aspectos sociais e saúde mental. O questionário de avaliação da resposta
sexual aplicado antes e depois da intervenção fisioterapêutica mostrou melhora
significativa em todos os domínios: desejo, excitação, lubrificação, orgasmo, satisfação
e diminuição da dor. O uso de dilatadores vaginais ajudaram a superar a ansiedade da
penetração e facilitar a abertura vaginal. A paciente conseguiu ter relação sexual com
penetração completa ao final do tratamento. Conclusão: A fisioterapia é uma recente
área no tratamento das disfunções sexuais femininas, no entanto vem trazendo novas
e eficazes técnicas e recursos para um acompanhamento adequado desses casos.
Palavras-chave: Disfunção sexual, Qualidade de Vida, Sexualidade, Vaginismo,
Fisioterapia.
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