Atuação da Fisioterapia no Tratamento do Vaginismo - Revisão Bibliográfica Caio Ramon Queiroz*1; Eduardo Teixeira Mota Júnior1; Sandra Ribeiro Correa¹; Flávia Raquel Miranda Vasconcelos¹; Priscila Almeida Pereira¹; Cleoneide Paula Oliveira Pinheiro²; Leonardo Lobo Saraiva Barros³; Leila Beuttenmuller4 1 Discente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Estácio do Ceará (ESTACIO/FIC). Fortaleza, Ceará. 2 Doutoranda em Saúde Coletiva (UNIFOR), Docente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Estácio do Ceará (ESTACIO/FIC). Fortaleza, Ceará. 3 Mestrando em Ciências Médicas (UFC), Docente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Estácio do Ceará (ESTACIO/FIC). Fortaleza, Ceará. 4Mestre, Docente do curso de Fisioterapia do Centro Universitário Estácio do Ceará (ESTACIO/FIC). Fortaleza, Ceará. Introdução: Dentre as disfunções sexuais femininas, comumente ocorre a queixa de vaginismo e dispareunia. O vaginismo tem como características contrações involuntárias dos Músculos do Assoalho Pélvico (MAP) e adutores da coxa, que impedem o ato de penetração vaginal, culminando assim, em complicações nas relações interpessoais que afetam sua qualidade de vida (QV). A abordagem fisioterapêutica, consiste em orientar a paciente sobre a terapia comportamental e consciência corporal, pelo o uso de técnicas como dessensibilização vaginal através de eletroterapia, dilatadores vaginais e terapia manual no períneo. Objetivo: Averiguar e contribuir com a literatura sobre a importância de estudos que verifiquem a efetividade e aplicabilidade da fisioterapia pélvica no vaginismo. Método: Trata-se de uma revisão bibliográfica realizada com estudos que confrontam livros e artigos, publicados entre 2006 a 2016, com a temática proposta. As pesquisas foram feitas nas bases de dados PubMed, Lilacs e EBSCO. Foram selecionados 27 artigos, destes, apenas 7 detinham a temática, portanto os critérios de inclusão foram relatos e estudos de caso que versam sobre tratamentos fisioterápicos no vaginismo. Resultados: Em 2009, um estudo no Brasil, realizou uma pesquisa envolvendo 1.219 mulheres demonstrando que a deficiência sexual atinge 49% das mulheres, com no mínimo uma queixa, tendo 23% relatado apresentar dispareunia. Após as análises de dados, foi constatado que a massagem perineal e o trabalho de diminuição da sensibilidade vaginal, são as principais formas de tratamento no vaginismo sendo que existe melhora tanto na resposta sexual como na QV dessas mulheres. Conclusão: Apesar da literatura sobre a atuação fisioterapêutica no tratamento das disfunções sexuais femininas ainda ser precária e constar poucos estudos de casos ou randomizados, as abordagens da fisioterapia pélvica no vaginismo, mostram-se eficazes, apresentando recuperação significativa e melhora da QV dessas pacientes. Palavras-chave: Vaginismo, Saúde da mulher, Qualidade de vida. Anais do Congresso Brasileiro de Fisioterapia v.1 n.1, 2016