Debate sobre providências necessárias à assistência e ao controle

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Dengue, Zika e Chikungunia
Debate sobre providências necessárias
à assistência e ao controle
Fabiano Geraldo Pimenta Júnior
Considerações iniciais
• Desafio para saúde pública brasileira: inexistência de vacinas,
medidas de controle baseadas no combate ao vetor;
• Potencial de epidemias explosivas pelos três vírus: sobrecarga
nos serviços de saúde, ocorrência de manifestações graves;
• Medidas de controle de vetores: necessidade de melhores
evidências, ações integradas para aumento da eficácia (
população, infraestrutura das cidades);
• Necessidade de preparação dos serviços de saúde: Planos de
Contingência
Aspectos fundamentais:
• Política de governo – ações intersetoriais
• Arranjo regional (micro e macro)
• Detecção oportuna
• Assumir imediatamente a situação – técnica e politicamente
• Transparência e oportunidade nas informações para a equipe de
governo e para a sociedade
Aspectos fundamentais
• Padronização de procedimentos
• Definição de responsabilidades de cada esfera de governo
• Buscar apoio dos formadores de opinião
• Decidir, sem desconsiderar os fundamentos científicos e as experiências
anteriores
• Não esperar resultado imediato
Coordenação efetiva e eficiente
Gestão
• Comando único intersetorial
• Comando único intrasetorial
Foco em ações integradas e de ampla cobertura
Assistência
Vigilância Epidemiológica
Emergência em Saúde Pública
Comissão Mortalidade Materna e perinatal
Controle Vetorial
Comunicação/mobilização
Assistência ao paciente
• Valorizar o papel da assistência como instrumento de
vigilância (óbitos, casos graves, microcefalia, Guillain-Barré
gestantes)
• Garantir a participação ativa da assistência na tomada de
decisão e no monitoramento
• É imprescindível o completo envolvimento da atenção
básica – os agentes precisam saber da situação na sua
área de atuação, inclusive os criadouros predominantes
Assistência ao paciente
• Adequar e colocar em prática o Plano de Contingência
• Protocolo de atendimento – simples e acessível
• Não sobrecarregar a rede com exames desnecessários
• Rever e/ou ratificar fluxos entre maternidades, vigilância e
atenção primária
• Garantir acesso a exames e procedimentos constantes dos
protocolos: ultrassonografia transfontanela, tomografia,
tomagrafia sob sedação, triagem auditiva, ocular e biológica
Garantia do acesso a exames e outros procedimentos
•Revisão imediata da pactuação
•Avaliação e eventual ajuste dos valores pagos por esses procedimentos
• Priorização nas centrais de marcação de consultas
• Discussão e redefinição do acesso aos serviços de reabilitação - prioridade
A atenção primária como ordenadora do cuidado
Proporção de mães com 7 ou mais consultas de pré-natal.
Belo Horizonte 2000 - 2013.
Fonte: Sinasc/GVSI/SMSA
Implantar e estimular a adesão ao uso de testes rápidos
Fonte: GVSI/SINASC/ SMSA/PBH
Assistência integral
Realização da alta responsável: a primeira consulta da mãe e do bebê
nos Centros de Saúde é agendada ainda na Maternidade
Prioridade para visita domiciliar após a alta da maternidade
nas primeiras 72 horas de vida da criança para avaliação clinica da mãe e
bebê.
Realização das ações do quinto dia Saúde Integral :
Avaliação do vinculo mãe-filho
Realização da primeira consulta do bebê e da puérpera,
Agendamento das consultas do bebê no primeiro ano de vida ,
Orientação do aleitamento materno e alimentação saudável
Orientação sobre a atenção à saúde sexual e reprodutiva,
Realização do teste do pezinho e vacinas,
Agendamento de Teste da Orelhinha.
Ampliar e qualificar a atenção à saúde da criança
•Qualificação do cuidado e a vinculação do bebê no Centro de Saúde:
realização de mínimo de 8 consultas no primeiro ano de vida
• Ações dirigidas para o alcance de boas coberturas vacinais
•Monitoramento dos pedidos de internação de bebê menores de 90 dias nas
UPAs para agilizar o cuidado
•Formação permanente da equipe de saúde da família na atenção ao bebê
Aspectos Técnico-Operacionais
• Epidemiologia para direcionar as ações
• Priorizar o fortalecimento de estrutura para a consolidação dos
dados para ter uma boa e oportuna informação
• Em função da capacidade operacional e dos dados epidemiológicos,
avaliar a possibilidade de atuar em todo município ou estratificar as
áreas
• Pessoal capacitado – Trabalho facilitado – melhores resultados –
menos erros
Aspectos Técnico-Operacionais
• Padronizar as ações de campo da forma mais simples possível
(eliminação de criadouros e tratamento focal) com avaliação semanal com
os supervisores de campo e ‘’redirecionamento” das equipes para áreas
prioritárias
• Controle rigoroso em locais de grande concentração de pessoas
• Realizar reuniões sistemáticas – inter e intrasetoriais epidemiologia, assistência, laboratório, operações de campo, vigilância
sanitária, comunicação, administração
O que a experiência anterior evidencia
• Pessoal adicional como temporários, recrutados e voluntários devem ser
designados para as atividades menos complexas – eliminação de
criadouros, informe da população
• Estabelecer, de imediato, uma estratégia para a continuidade das ações
nos finais de semana, pelo menos aos sábados – não esperar a
situação agravar
• Se veículo for limitante, priorizar para a vigilância epidemiológica e a
supervisão
O que a experiência anterior evidencia
• Manter controle da média de consumo de inseticidas e biolarvicidas por
área de trabalho – é possível ter uma boa visão da qualidade do
trabalho usando esse indicador, se o nível de supervisão no campo
estiver insuficiente
• Avaliar semanalmente os índices de pendências por área
• Capacitar ou substituir os supervisores que não estão correspondendo
• Na situação atual, usar a legislação - Amparo Legal
Lições Aprendidas
• A importância do fortalecimento das ações intersetoriais com a
liderança dos governadores e prefeitos – água e lixo
• Ações coordenadas entre Ministério de Saúde, estados e municípios
para não dispersar esforços
• A importância da articulação com CONASS, CONASEMS, SES e
COSEMS
• A imprescindibilidade do arranjo regional e metropolitano
• A grande pressão pela utilização de “novas” tecnologias algumas
não validadas – o papel dos formadores de opinião
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