Adesão - Counter-strike,The good game

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Adesão
Definição
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Grau em que o paciente adere ao
tratamento prescrito.
Grau em que o comportamento da pessoa
coincide com o conselho ou prescrição
médica.
Causas de não adesão
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Falta de informação
Desconhecimento da gravidade da doença
Faixa etária
Factores económicos
Factores culturais, sociais ou religiosos
Factores do tratamento/efeitos
secundários do tratamento
Causas de não adesão
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Factores motivacionais
Fases da doença
Qualidade da relação profissional de
saúde-utente:
- Vocabulário;
- Relação aberta – fechada;
- Comunicação.
Modelos de adesão
Modelo de adesão como norma
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Definição de adesão: Adesão como norma.
Perspectiva/papel do técnico de saúde: Impor a sua
autoridade profissional. Esperar que as suas indicações sejam
fielmente seguidas.
Estratégia do técnico de saúde para justificar a
não adesão: Culpar o paciente.
Visão que o técnico de saúde tem do doente: Não
cooperante, com tendência para o erro, esquecido,
descuidado, hostil, ignorante.
Papel do doente: Passivo, não há qualquer valorização
sobre as representações subjectivas do sujeito.
Visão da não adesão: Uma desobediência que é
sempre inadequada, comportamento auto-destrutivo.
Modelos de adesão
Modelo de adesão como interiorização
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Definição de adesão: Adesão como interiorização.
Perspectiva/papel do técnico de saúde: Impor a sua
autoridade profissional. O médico inverte-se num persuasor.
Estratégia do técnico de saúde para justificar a
não adesão: Fazer com que o paciente acredite que
contribui para a escolha do tratamento.
Visão que o técnico de saúde tem do doente:
Começou a valorizar-se a importância de o sujeito
partilhar as crenças ou representações.
Papel do doente: Passivo.
Visão da não adesão: Não adaptativa. Um problema
do médico ou dos serviços de saúde.
Modelos de adesão
Modelo de adesão transaccional ou de partenariado
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Definição de adesão:
Perspectiva/papel do técnico de saúde: Trabalham
em conjunto com o paciente. A problemática da não
adesão é vista como um conflito entre as representações
do paciente e do médico.
Estratégia do técnico de saúde para justificar a
não adesão: Aceita-se que o paciente pode ter razões
válidas para não aderir.
Visão que o técnico de saúde tem do doente:
Autónomo e responsável pelo processo de doença e
tratamento.
Papel do doente: Activo.
Visão da não adesão: Não é vista como não
adaptativa, aceitando-se mesmo que em certas
circunstâncias é a escolha mais inteligente.
Modelo dialéctico de avaliação da adesão
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Dialéctica paciente-doença;
Dialéctica profissional de saúde-paciente;
Dialéctica sistema de saúde (hospital,
centro de saúde)-utente;
Dialéctica paciente-tratamento;
Dialéctica paciente-recursos sociais.
Dialéctica paciente - doença
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Significações do doente sobre a etiologia e
o processo de doença;
Significações do doente sobre potenciais
factores de risco;
Significações sobre os sintomas
emocionais;
Métodos pessoais de confronto com o
processo de doença;
Características da doença;
Dialéctica
profissional de saúde – paciente
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Significações valorativas sobre a
competência do médico;
Significações da pessoa sobre o processo
de saúde ou doença entram e conflito com
as do médico;
Problemas de comunicação;
Problemas na relação/aliança terapêutica;
Dialéctica
sistema de saúde - utente
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Dificuldades na continuidade da prestação
de cuidados de saúde;
Desumanização dos serviços;
Inadequada supervisão da evolução da
doença;
Dialéctica paciente – tratamento
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Significações do doente sobre os efeitos
da medicação;
Complexidade/dificuldade do regime
terapêutico;
Grau de mudança comportamental
exigido;
Efeitos secundários da medicação;
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Análise das vantagens e inconvenientes
em seguir o regime terapêutico e/ou
preventivo;
Tempo de duração do tratamento;
Preparação, forma e modo de
administração da medicação;
Dialéctica
paciente – recursos sociais
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Problema familiares;
Problemas nos recursos sociais;
Modelo dialéctico de
promoção da adesão
Dialéctica paciente - doença
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Incidência da mudança: Significações do
paciente
Objectivos: Modificar/ajustar as teorias
do paciente sobre o seu processo de
doença (etiologia, evolução…)
Métodos: Informativos/didácticos
confronto racional-emotivo
Dialéctica profissional de saúde –
paciente
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Incidência da mudança: significações e
atitudes relacionadas com o médico
Objectivos:
Mudar
a
forma
comunicação/relacionamento
Métodos: Relação empática, métodos
informativos …
de
Dialéctica sistema de saúde –
utente
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Incidência da mudança: Modificação na forma
como se prestam os cuidados de saúde ou na
compreensão do sistema pelo doente
Objectivos: Humanização dos cuidados de
saúde, …, mudança das atitudes do paciente
Métodos:
Propostas
concretas
modificação da política do sistema
para
a
Dialéctica paciente – tratamento
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Incidência da mudança: Significações do
paciente sobre o tratamento
Objectivos:
mudar
significações
do
paciente sobre efeitos do tratamento ou
sobre o regime prescrito
Métodos: Informativos, didácticos
Dialéctica paciente – recursos
sociais
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Incidência da mudança: Sistema familiar
e/ou social
Objectivos: Mudança das atitudes dos
familiares, mudança na burocracia do
sistema, apoio psicossocial
Métodos: Terapia/aconselhamento familiar,
terapia comportamental, referenciar os
pacientes para serviços de apoio social .
Exercícios
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A seguir apresentam-se auto-verbalizações
de doentes com artrite. Estes doentes não
aderiram totalmente ao tratamento
médico. Com efeito, os doentes alteraram
a prescrição do seu médico e fizeram uma
auto-gestão da medicação prescrita para o
controlo das suas doenças crónicas.
1
O médico disse-me para tomar 2
comprimidos por dia. Quando a artrite
ataca, tomo 2 comprimidos e fico mais
aliviada, mas se tenho apenas uma dor
passageira toma apenas 1 comprimido. Há
dias em que não tomo nenhum. Se
pudesse nunca tomava comprimidos. As
drogas só fazem mal … e ainda se elas me
curassem…
2
Tomava Naprosyn e fazia-me sentir um
pouco melhor da artrite. Aliviava-me as
dores. Mas não muito … de modo que
deixei de tomar. Para mim, as vantagens
de tomar comprimidos eram inferiores às
desvantagens.
3
Tomo 2 comprimidos antes de me deitar e
ponho outros dois na mesa de cabeceira.
Não é bom tomar comprimidos quando
não temos dores porque quando as
tivermos o nosso organismo já se
habituou às drogas e estas já não fazem
efeito
4
O médico disse-me para tomar Naprosyn
de manhã, ao acordar, e ao fim da tarde.
Mas eu tomo apenas ao fim da manhã de
modo a que me sinta bem no trabalho
durante a tarde. Se tomasse logo de
manhã acho que ia precisar deles antes
que chegasse a hora do lanche, mas se
adiar, então tenho a certeza que o efeito
dura até essa hora.
5
Os médicos disseram-me que tinha de fazer
muito exercício. Só que não estou para fazer
exercícios chatos o resto da vida… tomo 2
comprimidos quando me sinto mal. Não estou
para andar a carregar uma data de
comprimidos… nem sequer tenho a certeza que
tenha espondilite. Os médicos dizem que é
espondilite, mas eu não vou nessa… Os meus
sintomas mostram que tenho é gota, igual à que
teve a minha mãe…ela tinha os mesmos
sintomas que eu!
6
Deixei de tomar os comprimidos… às vezes
sentia-me mal e acho que era dos
comprimidos… O médico disse-me que isso que
eu sentia não tinha nada a ver com os
comprimidos… mas nós às vezes ouvimos
histórias e as coisas não são assim tão simples…
vemos e ouvimos o que se diz por aí… quando
estava na sala de espera ouvi bem o que um
doente me contou sobre o que os comprimidos
lhe fizeram…
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