Revolução Científica

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Filosofia moderna
A Revolução Científica do século XVII
(Livro didático pp. 384-388)
“Quase tudo que distingue o mundo moderno dos séculos
anteriores é atribuível à ciência, que obteve seus triunfos mais
espetaculares no século XVII. [...] O mundo moderno, quanto ao
que se refere à perspectiva mental, começa no século XVII.
Nenhum italiano da Renascença teria sido ininteligível a Platão ou a
Aristóteles; Lutero teria horrorizado Santo Tomás de Aquino, mas
não lhe teria sido difícil entendê-lo. Quanto ao século XVII, é
diferente: Platão e Aristóteles, Aquino e Occam, não conseguiriam
ver nem os pés nem a cabeça de Newton.
Os novos conceitos introduzidos pela ciência influenciaram
profundamente a filosofia moderna.”
Bertrand Russell.
História da Filosofia Ocidental. LivroTerceiro.
Galileu Galilei e o método científico como forma de
atingir um conhecimento mais seguro
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OS QUATRO PASSOS BÁSICOS DO
MÉTODO
1° - Observação dos fenômenos
2° - Formulação de hipóteses (explicação ao
fenômeno observado que deve ser
comprovada)
3° - Experimentação (para a verificação da
hipótese)
4° - Formulação da lei.
A ascensão da ciência
Tênues limites entre a fundação da filosofia e ciência moderna
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“A filosofia encontra-se escrita neste grande livro que
continuamente se abre perante os nossos olhos (isto é, o
Universo), que não pode compreender antes de entender a
língua e conhecer os caracteres nos quais está escrito. Ele
está escrito em língua matemática, os caracteres são
triângulos, circunferências e outras figuras geométricas,
sem cujos meios é impossível entender humanamente as
palavras: sem eles nós vagamos perdidos dentro de um
obscuro labirinto.”
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Galileu Galilei. O ensaiador. (Livro didático, p. 385)
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A filosofia moderna
O tema do conhecimento perpassa toda a história da
filosofia. Não obstante, apenas na Modernidade a “Teoria
do Conhecimento” se tornou uma disciplina filosófica
específica.
Nos primeiros séculos que conformam a modernidade
(séculos XVII e XVIII), a preocupação central da filosofia
deslocou-se da questão do “ser”, para a questão sobre se
de fato podemos conhecer alguma coisa. Diante disso, o
ponto de partida dos modernos passa a ser o sujeito do
conhecimento.
Ou seja: já não se deseja saber se o objeto do
conhecimento “é” ou “não é”, mas se a própria condição
humana garante a possibilidade de conhecimento seguro; e
se garante, quais seriam os limites do conhecimento.
Racionalismo e empirismo
As duas soluções apresentadas para o problema
do conhecimento
-- Para o racionalismo, a fonte do conhecimento
verdadeiro é a razão operando por si mesma,
sem o auxílio da experiência sensível e
controlando a própria experiência sensível.
-- Para o empirismo, a fonte de todo e qualquer
conhecimento é a experiência sensível,
responsável pelas ideias da razão e controlando o
trabalho da própria razão.
•Marilena Chauí. Convite à Filosofia.
Racionalismo
• Para os racionalistas, o pensamento
humano pode chegar ao conhecimento
do mundo independentemente da
sensibilidade.
Empirismo
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“Os defensores do empirismo afirmam que a razão, a
verdade e as ideias racionais são adquiridos por nós
através da experiência. Antes da experiência, dizem eles,
nossa razão é como uma “folha em branco”, onde nada foi
escrito; uma “tábula rasa”, onde nada foi gravado. Somos
como uma cera sem forma e sem nada impresso nela, até
que a experiência venha escrever na folha, gravar na
tábula, dar forma à cera. [...] A experiência escreve e grava
em nosso espírito as idéias, e a razão irá associá- las,
combiná-las ou separá-las, formando todos os nossos
pensamentos.”
•
Marilena Chauí. Convite à Filosofia.
Razão e fé
“A primeira tarefa que os modernos se
deram foi a de recusar o poder de
autoridade sobre a razão, seja a autoridade
das Igrejas, seja das escolas e dos livros.
Começam por isso, separando fé de razão,
considerando cada uma delas voltadas para
conhecimentos diferentes, sem que uma
deva subordinar-se à outra.”
Marilena Chauí. Filosofia.
A crise existencial
O cosmos tal qual se havia conhecido estava “destruído”
• “O silêncio desses espaços infinitos me
apavora.”
Pascal. Pensamentos, aforismos.
Livro didático, p. 387.
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