Características Químicas

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INTESTINO DELGADO
Diarréias
Doença de Crohn
O intestino delgado é a parte do tubo digestivo que vai desde o
estômago até ao intestino grosso, estando separado de ambos pelo
piloro e pela válvula íleocecal (situada entre o Íleo e o Ceco. Tem função de
evitar o refluxo do conteúdo do intestino grosso para o intestino delgado).
Consta de três partes: duodeno, jejuno e íleo.
O duodeno recebe a bile, que é
produzida
no
fígado
e
armazenada na vesícula biliar.
Recebe
também
o
suco
pancreático produzido pelo
pâncreas.
É nas paredes do intestino
delgado que se produz o suco
intestinal.
A camada mucosa que reveste o seu interior apresenta invaginações que
são as vilosidades intestinais. Estas absorvem as substâncias digeridas
Secreção intestinal de hormônios
Produzidos pela mucosa intestinal nas regiões do duodeno e jejuno
superior
Secretina  liberada quando o pH do duodeno é inferior a 5; estimula a secreção e
liberação de H2O e HCO3.
CCK  liberada quando chegam gorduras ou peptídios ou aminoácidos na luz do
duodeno; estimula a secreção pancreática e contrai a vesícula para liberar a bile.
Enterogastrona  retarda a passagem do quimo para o duodeno quando há gordura
(emulsificaçao do lipídeos pela bile); inibe a secreção ácida do estômago.
Pancreamicina  liberada quando há presença de peptídeos e outros produtos da
digestão no duodeno; estimula secreção de suco pancreático.
Glândulas de Brunner  Responsáveis pela secreção de muco, cuja função é
lubrificar e proteger a parede do duodeno da ação do HCl vindo do estômago; são
estimuladas por secreções vagais, secretina, substâncias táteis e irritantes da
mucosa.
Suco entérico  Produzido pelas criptas de Lieberkühn é constituído pelas enzimas
lipase, enteroquinase, aminopeptidase, dipeptidase, maltase, sacarase, e lactase.
DIARRÉIA
Caracteriza-se por evacuações líquidas com aumento de número
da freqüência normal. O conteúdo é principalmente de água que
ultrapassa a perda considerada normal (200mldia).
Rotavírus
CAUSAS
Infecção viral: Normalmente cessam
de 3 a 5 dias espontaneamente com
ou sem medicação. é provavelmente
a causa mais comum das diarréia.
norovírus
Infecção por bactérias: Alimentos e água
contaminados; que vivem normalmente e
fazem parte da flora normal (E. coli) do
cólon. Alguns desses agentes infecciosos
podem infeccionar o trato digestivo e causar
diarréia. Algumas infecções bacterianas
como a Salmonela, são sérias e requerem
cuidados médicos. A contaminação pela
Salmonela ocorre pela ingestão de carne de
frango e ovo contaminados, principalmente.
Salmonella
E. coli
Shigella
Parasitas, como a Ameba e a Giárdia
que atacam o intestino, podem ser
encontradas em alimentos água
contaminados.
Giardia
Ameba
Intolerância ou Alergia alimentar: certos
alimentos podem causar diarréia em
muitas pessoas. Por exemplo: pimenta,
leite e derivados, gorduras, glúten.
Laxativos químicos: leite de magnésio, cáscara, fenolftaleína, sorbitol.
Muitas pessoas tornam-se dependentes de laxativos e tomam diariamente.
É freqüente o magnésio ser tomado sob forma de antiácidos do estômago.
Sorbitol é um adoçante artificial usado em goma de mascar e produtos
como a geléia e a gelatina.
Medicamentos: Se ocorrer modificação do intestino após tomar um
medicamento, seu médico deve ser avisado; antibióticos são conhecidos
como a causa da diarréia algumas vezes bastante severa. A diarréia
pode aparecer após 1 mês da tomada do antibiótico.
Stress e cólon irritável: o cólon irritável ocorre quando o intestino não
se contrai de maneira rítmica. A contração pode ser exagerada que
provoca diarréia ou pode ser vagarosa e resultar em constipação
intestinal. É freqüente ocorrer alternância de intestino preso e diarréia.
Stress emocional freqüentemente agrava estes sintomas.
Classificações
Aguda
Crônica: Estas incluem colites ulcerativas, doença de Crohn,
diverticuloses, e câncer de cólon. Todas são GRAVES.
Primária (hereditária): Deficiência da Lactase
Secundária: Há certas doenças que podem causar diarréia como a
Tireotoxicose.
Osmótica: Cessa com o jejum.
Secretória
DIAGNÓSTICO
Exames de sangue e fezes podem ser necessários. Em alguns
casos, a colonoscopia é necessária para visualizar a parte
interna do intestino. Os exames dependem da intensidade e o
tempo da queixa.
TRATAMENTO
Minimizar os sintomas. Preferentemente tomar apenas líquidos pela
boca e evitar alimentos sólidos e leite.
Dietoterapia: Depende da intensidade.
Características físicas
•Consistência: Líquida ou Semilíquida
•Volume: Normal ou diminuído
•Fracionamento: Aumentado
•Temperatura: adequada às preparações. Evitar líquidos gelados, que
aceleram a peristalse.
Características Químicas
Energia: Normocalórica
Proteínas: Normo ou hiperproteica (até 1,2g/kg/dia)
Glicídeos: Normoglicídica (evitar preparações concentradas)
Fibras: Reduzir as fibras insolúveis. Preferir as solúveis que retardam o
esvasiamento gástrico e regulam a peristalse intestinal,
Lipídeos: hipo ou normolipídica; evitar preparações com alto teor de
gordura.
Vitaminas e minerais: IDR. No caso de esteatorréia deve-se atentar para
cálcio e vitaminas lipossolúveis que têm as perdas aumentadas. Os
eletrólitos (Na+, K+, Cl-) devem ser avaliados bioquimicamente sempre que
possível.
Água: No mínimo 1,5mL/kcal.
DOENÇA DE CROHN
A doença de Crohn é uma doença inflamatória intestinal crônica.
Os dois principais locais da doença de Crohn são o íleo (que corresponde
à última porção do intestino fino), e no cólon (intestino grosso). Inicia-se
com um processo de inflamação no revestimento intestinal que persiste e
pode progredir para uma úlcera e a parede do intestino tornar-se espessa.
CAUSAS
Genéticas → Há evidências que a doença freqüentemente se apresenta em
grupos familiares. Em negros o risco é diminuído.
Contaminação intestinal → há evidências que uma bactéria anormal cresce
na porção inferior do intestino, e desta maneira age promovendo inflamação.
Imunológica → O sistema imune do organismo por causas desconhecidas,
produz anticorpo contra o intestino.
SINTOMAS: dependem do local onde a doença aparece.
Fadiga, emagrecimento, esteatorréia
Íleo: a dor mais freqüente é na parte inferior direita do abdômen. Algumas
vezes, simula uma apendicite aguda.
Cólon: diarréia (algumas vezes com sangue), pode ocorrer, com febre e
perda de peso.
A doença de Crohn pode afetar a área anal, formando uma complicação
chamada fístula. Quando a doença está em atividade, indisposição e letargia
aparecem. Em crianças e adolescentes há dificuldade de ganho ou
manutenção de peso.
DIAGNÓSTICO
Não há qualquer exame diagnóstico conclusivo para doença de Crohn. A
queixa do paciente e o exame clínico ajudam. A colonoscopia é a melhor
maneira de diagnosticar o problema, quando a doença está no cólon.
COMPLICAÇÕES
A doença é silenciosa e facilmente controlada por longos períodos.
As complicações mais freqüentes são a hemorragia, a fissura
(freqüentemente dolorosa) e a fístula. Quando a inflamação persiste no íleo
ou cólon, um estreitamento e uma obstrução parcial pode ocorrer. Nesta
situação, a cirurgia é requerida para tratar deste problema.
Quando a doença de Crohn está presente por muitos anos há um aumento
do risco de câncer.
Tratamento
O tratamento da doença é medicamentoso ou cirúrgico. É importante
manter-se saudável através de uma nutrição balanceada e
exercícios adequados.
Medicamentos
Corticóide (predinisona): é uma droga poderosa que proporciona um
efeito eficaz. Inicialmente, é utilizada uma dosagem alta para
controlar a doença quando os sintomas são severos. Após o controle
dos sintomas, a droga é gradativamente diminuída e há manutenção
com baixa dosagem.
Drogas antiinflamatórias (Sulfasalazina) Estas drogas são úteis
quando a pessoa está sem sintomas, uma vez que mantém a
doença sob controle. Eles são mais eficazes quando a doença está
presente no cólon.
Supressores do sistema imunológico (azatioprina e 6mp):
Suprimem o sistema imunológico, que parece ser um fator agravante,
importante para a doença. Estas drogas são utilizadas por longo
tempo.
Antibióticos (ciprofloxacina e metronidazol): Como há freqüentemente
infecção bacteriana associada, os antibióticos são usados.
A cirurgia é comumente necessária durante o curso da
doença. Pode envolver a remoção de uma porção do intestino,
ou simples drenagem de um abscesso ou fístula. A cirurgia
não cura a doença de Crohn.
Dietoterapia
O déficit nutricional depende da extensão e localização da doença
Características físicas
Consistência: Geralmente a pastosa é a melhor aceita
Volume: Normal ou diminuído
Fracionamento: Aumentado
Temperatura: adequada às preparações. Evitar líquidos gelados, que
podem provocar cãimbras.
Características Químicas
Energia: Normocalórica / hipercalórica
Proteínas: Hiperproteica (até 1,4 -1,6g/kg/dia)
Glicídeos: Normoglicídica (evitar preparações concentradas)
Fibras: isenta ou o mínimo recomendado; prevenir a obstrução;
Lipídeos: hipolipídica; evitar preparações com alto teor de gordura.
Vitaminas e minerais: Mínimo IDR. Geralmente atinge o íleo, há prejuízo
na absorção B12; utiliza-se suplementos vitamínicos-minerais; no caso de
esteatorréia deve-se atentar para cálcio e vitaminas lipossolúveis que têm
as perdas aumentadas. O K+ tem sua necessidade aumentada devido ao
uso de corticóide; é comum a anemia microcítica e hipocrômica →
suplementar Fe++.
Água: No mínimo 1,5mL/kcal.
Isenta de leite (intolerância à lactose transitória) e carnes vermelhas
(purinas são irritantes de mucosa; alguns pacientes ficam intolerantes)
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