A Competitividade do Brasil Desafios e Oportunidades Achados do Relatório de Competitividade Global 2003-2004 Felix Howald Fórum Econômico Mundial São Paulo, 6 de Novembro de 2003 1 Sumário I. Medindo a Competitividade • Competitividade nos Negócios • Competitividade no Crescimento II. Competitividade Global III. Competitividade na América Latina IV. Pontos Fortes e Fracos do Brasil V. Conclusões 2 I. Medindo a competitividade Competitividade Competitividade nos Negócios Competitividade no Crescimento 3 I. Medindo a competitividade Competitividade nos Negócios ”A competitividade representa a capacidade de um país de utilizar seus recursos de forma eficiente, apoiando níveis elevados de prosperidade.” 4 I. Medindo a competitividade Contexto Macroeconômico, Político e Jurídico para o Desenvolvimento Sofisticação das Operações e Estratégia da Empresa Qualidade do Ambiente Microeconômico das Empresas Fatores Determinantes da Competitividade nos Negócios 5 I. Medindo a competitividade Estágios de Desenvolvimento Econômico Economia Impulsionada por Fatores CUSTO DOS INSUMOS Economia Impulsionada por Investimentos EFICIÊNCIA Economia Impulsionada pela Inovação VALOR EXCLUSIVO 6 I. Medindo a competitividade Competitividade no Crescimento ”A competitividade representa a capacidade de um país de atingir o crescimento econômico sustentado a médio prazo, controlando o nível atual de desenvolvimento econômico”. 7 I. Medindo a competitividade Índice de Competitividade do Crescimento Índice de Tecnologia Sub-índice da Inovação Índice do Ambiente Macroeconômico Sub-índice da estabilidade macroeconômica Sub-índice da Transferência de Tecnologia Classificação do Crédito do País Sub-índice Tecnologia da Informação & Comunicações Desperdício Governamental Índice das Instituições Públicas Sub-índice Contratos e Lei Sub-índice de Corrupção 8 I. Medindo a competitividade Uso de dados de pesquisa (a Pesquisa de Opinião Executiva) e dados estatísticos (informações de domínio público) A Pesquisa registra as opiniões dos líderes empresariais de todo o mundo; os dados de Pesquisa são indispensáveis, particularmente para variáveis em que não há dados estatísticos confiáveis. A Pesquisa inclui 102 países (97,8% do PIB mundial) Aprox. 200 perguntas Aprox. 8000 respostas 9 II. Competitividade Global A Finlândia, os Estados Unidos e a Suécia lideram os rankings 20032004 de Competitividade Global O Haiti, o Chad e Angola ocupam as últimas posições RANKING GCI Finlândia Estados Unidos Suécia Dinamarca Taiwan .. .. Bangladesh Mali Angola Chad Haiti Tecnologia 1 2 3 4 5 2 1 4 8 3 .. 98 99 100 101 102 95 99 98 102 101 Inst. Públicas Macro amb. 2 2 17 14 7 8 1 5 21 18 .. .. 100 72 83 91 91 101 101 96 102 99 10 II. Competitividade Global A Finlândia, os Estados Unidos e a Suécia lideram os rankings de Competitividade 2003-04. O Haiti, o Chad e Angola ocupam as últimas posições nos Rankings de Competitividade no Crescimento Dinamarca Taiwan .. Bangladesh Mali Angola Chad Haiti 4 5 .. 4 16 .. 98 99 100 101 102 91 92 101 99 100 11 II. Destaques do GCR 2003 - 2004 A Finlândia é a economia mais competitiva, ocupando a primeira posição nos rankings do Índice de Competitividade no Crescimento devido a um bom desempenho geral. Os Estados Unidos ocupam uma posição de domínio na área de tecnologia, mas isto é contrabalançado por um certo enfraquecimento na qualidade de suas instituições públicas e ambiente macroeconômico, especialmente finanças públicas, onde o país está em 50° lugar entre os 102 países pesquisados. 12 II. Destaques: Europa Seis economias européias estão entre as dez principais (Finlândia (1), Suécia (3), Dinamarca (4), Suiça(7), Islândia (8) e Noruega (9), com um desempenho notavelmente bom dos países escandinavos. O Reino Unido e o Canadá caíram para o 15° e 16° lugar, respectivamente, principalmente devido ao declínio percebido na qualidade de suas instituições públicas (especialmente significativo no Canadá). Alemanha (13 °) e França (26 °) mostram uma ligeira melhoria geral impulsionada por melhores instituições públicas e tecnologia, apesar de dificuldades 13 macroeconômicas, especialmente orçamentárias. II. Destaques : Ásia Taiwan e Singapura, que ocupam o 5° e 6° lugar, respectivamente, são os países com o melhor desempenho na Ásia. A posição de Taiwan deve-se, em grande parte, a seu excelente desempenho em tecnologia e a de Singapura, a seu ambiente macroeconômico sólido e à qualidade de suas instituições públicas. A subida do Japão nos rankings, ocupando agora o 11° lugar, deve-se, em parte, a sua força em tecnologia, especialmente em inovação. A China caiu nos rankings (ocupa agora o 44° lugar), marcada por uma deterioração percebida na qualidade de suas instituições públicas, com pontuações substancialmente mais baixas em variáveis como a 14 independência de seu judiciário e uma medida agregada II. Destaques: Outras Partes do Mundo A Jordânia (34° ) mostra uma força significativa em todas as áreas, especialmente em termos de instituições pública, o que é encorajaador para a região. Botswana (36°) é a economia com o melhor desempenho na África, mostrando progresso na maioria das áreas, exceto pelas pontuações mais baixas em inovação. A Rússia continua a ocupar uma posição baixa no ranking (70), apesar de melhorias consideráveis em seu ambiente macroeconômico e tecnologia. A Rússia é penalizada, contudo, por continuar com altos níveis de inflação (ocupando o 93° lugar), ineficiências no sistema bancário e pontuações baixas em toda uma série de 15 fatores institucionais. II. Medindo a Competitividade no Mundo Sub-Índice Macroeconômico A probabilidade de a economia de seu país entrar em recessão no ano que vem (1 = probabilidade alta 7 = nenhuma probabilidade) Venezuela Haiti Uruguay Nicaragua Honduras But the survey did capture interesting information Dominican Republic Costa Rica Mexico Argentina Brazil Peru Iceland Latvia Vietnam 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 16 II. Medindo a Competitividade no Mundo Sub-Índice Tecnologiaa Investimento estrangeiro direto (FDI) em seu país (1 = traz pouca nova tecnologiaa, 7 = é uma fonte importante de nova tecnologia) Haiti Ukraine Paraguay Ecuador United States Colombia Venezuela Honduras Chile Argentina Mexico Panama Trinidad and Tobago Malta Ireland 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 17 II. Medindo a Competitividade no Mundo Sub-Índice Instituições Públicas Em sua indústria, você acha que é comum as empresas efetuarem pagamentos adicionais ou darem propina para obter licenças de exportação e importação? (1 = é comum, 7 = isto nunca ocorre) Bangladesh Philippines Honduras Venezuela Jamaica Bolivia Ecuador Panama Nicaragua Costa Rica Peru Colombia Uruguay Finland New Zealand Denmark 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 18 III. Competitividade na América Latina RANKING GCI Chile México El Salvador Trinidad and Tobago Uruguai Costa Rica Brasil Peru Panamá Rep. Dominicana Colômbia Jamaica Argentina Venezuela Bolívia Equador Guatemala Nicaragua Honduras Paraguai Haiti 28 47 48 49 50 51 54 57 59 62 63 67 78 82 85 86 89 90 94 95 102 Tecnologia Inst. PúblicaasMacro Ambi. 31 19 35 43 50 54 67 40 48 47 56 47 51 29 89 46 49 63 35 53 75 61 54 58 50 71 59 52 64 69 60 60 66 53 70 86 45 88 93 58 89 94 88 79 83 76 80 90 79 87 85 85 78 100 87 99 88 91 97 92 101 102 99 19 III. Competitividade na América Latina Embora tenha caído algumas posições em relação a 2002, o Chile conseguiu se destacar de seus concorrentes latino-americanos no Relatório de Competitividade Global 2003-2004 publicado hoje pelo Fórum Econômico Mundial. Aparecendo na 28ª posição nos rankings de mais de 100 países de todo o mundo, o Chile saiu-se particularmente bem nos componentes do índice que medem a estabilidade do ambiente macroeconômico e a qualidade de suas instituições públicas. De forma geral, os países latino-americanos caíram no ranking em termos de competitividade global no ano passado. As quedas na Argentina, Brasil e Uruguai foram particularmente notáveis. O Brasil caiu da posição 45 no Ranking de Competitividade Global de 2002-2003 (aplicandose a fórmula de 2003) para a 54ª posição. 20 IV. Pontos Fortes e Fracos do Brasil Pesquisa 2003-04 Brasil Argentina México Chile 54 78 47 28 75 93 54 35 88 80 73 28 Dados da Pesquisa 50 98 53 37 Perspectiva Econômica do País Facilidade na obtenção de crédito pelas empresas 31 45 53 42 70 102 53 37 Competitividade *Índice do am biente m acroeconôm ico Sub-índice da estabilidade m acroeconôm ica Dados Estatísticos (2002) 94 71 76 24 100 89 54 30 Taxa de câmbio real, 2002 3 1 101 27 Inflação, 2002 80 99 67 40 Taxa nacional de poupança, 2002 Superávit/déficit governamental, 2002 75 55 67 55 87 94 28 25 Classificação de crédito do país 62 99 37 31 52 94 55 36 35 45 43 31 Inovação 60 33 59 35 ICT 43 47 48 36 Transferência de Tecnologia 4 29 9 22 53 88 50 19 57 99 63 29 56 65 46 13 Spread da taxa de juros, 2002 Desperdício *Tecnologia *Qualidade Institucional Contratos e Lei Corrupção 21 IV. Pontos Fortes e Fracos do Brasil Pesquisa 2003-04 *Índice do Am biente Macroeconôm ico Sub-índice de estabilidade m acroeconôm icaa Brasil México Chile África do Sul China Índia Polônia 75 54 28 42 44 56 45 88 73 28 41 4 43 62 31 53 42 9 7 13 67 70 53 37 28 63 4 73 94 76 24 56 4 69 57 62 37 31 40 34 48 33 52 55 36 37 35 72 65 Dados da Pesquisa Perspectiva econômica do país Facilidade na obtenção de crédito pelas empresas Dados Estatísticos (2002) Classificação de crédito do país Desperdício *Tecnologia 35 43 31 40 65 64 34 Inovação 60 59 35 58 70 66 29 ICT 43 48 36 44 62 75 41 Transferência de Tecnologia 4 9 22 6 68 10 31 *Qualidade Institucional 53 50 19 43 52 55 58 63 29 40 60 35 66 46 13 48 50 80 53 Contratos e Lei 57 Corrupção 56 22 IV. Pontos Fortes e Fracos do Brasil AMBIENTE MACROECONÔMICO Vantagens Competitivas Taxa de câmbio real, 2002 Grau de subsídios governamentais distorcidos Expectativas de Recessão Desvantagens Competitivas Spread da Taxa de Câmbio, 2002 Superávit/Déficit Governamental, 2002 Inflação, 2002 Taxa nacional de poupança, 2002 Acesso ao crédito Desvio de verba público Taxa de crédito do país, 2003 Confiança da população nos políticos Ranking/102 3 25 31 100 87 80 75 70 63 62 62 23 IV. Pontos Fortes e Fracos do Brasil INSTITUIÇÕES PÚBLICAS Vantagens Competitivas Ranking/102 Favoritismo nas decisões de funcionários dos governo 39 Direitos de propriedade 40 Pagamentos irregulares em serviços públicos (água, luz) 50 Desvantagens Competitivas Crime organizado Pagamentos irregulares na arrecadação de impostos Pagamentos irregulares em importações e exportações Independência do Judiciário 85 60 56 52 24 IV. Pontos Fortes e Fracos do Brasil TECNOLOGIA Vantagens Competitivas Ranking/102 5 FDI e transferência de tecnologia (77) 8 Gastos das empresas com pesquisa e desenvolvimento 26 Qualidade da concorrência no setor ISP 26 Cooperação entre universidade/indústria na pesquisa 29 Lei referente a ICT 37 Êxito do governo em promover a ICT 38 Sofisticação tecnológica 40 Absorção de tecnologia a nível de empresa 40 Acesso à internet nas escolas 40 Prevalência de licenciamento de tecnologia estrangeira (77) Desvantagens Competitivas Priorização da ICT pelo governo Número de Alunos Cursando Ensino Superior Telefones celulares, 2002 66 62 54 25 IV. Pontos Fortes e Fracos do Brasil Índice de Competitividade do Brasil Ranking Geral do Brasil Vantagens Competitivas Promoção de Trabalho Voluntário pelas Empresas Grau de concorrência local Custos da política agrícola Liberdade de imprensa Sofisticação dos mercados financeiros Disponibilidade local de componentes e peças Custos empresariais do terrorismo Saída de cientistas/pessoal especializado do país Prevalência de sistemas de gestão ambiental 34 Rank/102 8 8 9 17 18 20 21 22 22 26 IV. Pontos Fortes e Fracos do Brasil Índice de Competitividade nos Negócios Ranking Geral do Brasil 34 Desvantagens Competitivas Rank/102 Eficiência do sistema tributário 101 Disparidade regional na qualidade do ambiente de negócios 99 Igualdade salarial das mulheres no mercado de trabalho 95 Custo da importação de equipamento do exterior 94 Disparidade da qualidade dos serviços de saúde 91 Custo empresaria do crime e da violência 91 O impacto das leis de maternidade sobre a contratação de mulheres 88 Eficácia das diretorias corporativas 76 Flexibilidade da determinação salarial 75 Qualidade do ensino público 73 Prevalência de doações políticas ilegais 70 27 V. Conclusões 28