Poderes e crenças (texto pág.12) Poderes e crenças – multiplicidade de unidade Origem: nas profundas mutações: - políticas; - sociais; - económicas. no Império Romano. Formação de 3 conjuntos civilizacionais Situados nas margens do Mediterrâneo – século XIII. Conjuntos civilizacionais (texto pág.14) Conjuntos civilizacionais Cristianismo igreja Católica (tradição latina) Império Bizantino igreja Ortodoxa (tradição grega) Islão religião: Islamismo (mundo Muçulmano) Divisão entra a Europa ocidental e Europa oriental. Pág.13 Análise – Quais eram os grandes conjuntos civilizacionais que rodeavam o Mediterrâneo no século XIII? Os grandes conjuntos civilizacionais que rodeavam o Mediterrâneo no século XIII eram: o Cristianismo, oriunda do Império Romano, os outros dois constituídos pelo Império Bizantino e pelo Islão. Pág.15 Síntese – Caracterize sumariamente as civilizações que rodeavam o Mediterrâneo no século XIII. Características das civilizações. O Cristianismo era a religião comum à igreja, constituído por populações romanas e romanizadas com a inserção de outros povos. Tinham uma acção evangelizadora constituída por bispos e monges. Os Cristianismo juntamente com a cultura greco-romana penetram nos reinos bárbaros formando uma nova civilização europeia cristã. O Império Bizantino, situado no Mediterrâneo oriental, era muito importante no que dizia respeito à política e cultura da Cristandade ocidental. O Islão cuja religião era o Islamismo, imposta por Maomé conquista o norte de África e as ilhas mediterrâneas, o que levou ao afastamento do império bizantino. Depois do século VIII deu-se a divisão do Império em vários Estados independentes. A integração destes diferentes povos deu origem ao Islão. PÁGINA 28/29 LUTA ENTRE O SACERDÓCIO E O IMPÉRIO Séc. XIII Papa Inocêncio reafirmou a primazia romana. - todas as igrejas nacionais estavam submetidas à Santa Sé; - iniciou a centralização com o desenvolvimento da administração eclesiástica e da fiscalidade; - afirmava-se a teocracia, em que o papado seria o guia da sociedade cristã, una, sob a direcção do Papa. FACTORES QUE ORIGINARAM A AFIRMAÇÃO DA CRISTANDADE OCIDENTAL - o desenvolvimento económico; - o aumento da população; - as ambições de prestígio de alguns reis e senhores; - o gosto e a necessidade da guerra de cavaleiros (movimento expansionista religioso e militar – Cruzada). Origem da palavra ‘Burgueses’ Muralh a Bairro velho Caminho direito Bairro velho Burgo velho – dentro das muralhas. Burgo novo - fora das muralhas. Comunas Pág.22 e 23 O poder pertencia aos grandes senhores (administrativo, legislativo etc.). O povo esperava destes a protecção e a liberdade. Burgueses (comerciantes, algumas vezes eram ainda mais ricos que os grandes senhores) Movimento urbano (estes queriam o direito de se auto-governarem) Novas formas de exercer o poder (comunas) O nobre entrega a governação de uma cidade a um grupo de burgueses comunas Comunas Associação de burgueses que obteve o direito de governar uma cidade, com a carta de comuna (documento elaborado pelo nobre onde diz o valor dos impostos e a área que irão ocupar, direitos e deveres dos cidadãos). Algumas vezes as comunas obtinham a sua liberdade em troca de compensações aos senhores (impostos) Muitas vezes o ideal era quebrado e os burgueses mais ricos formavam uma oligarquia mercantil e financeira. Síntese: Caracterize as comunas, indicando as suas especificidades relativamente às cidades senhoriais: As comunas eram governadas por um grupo de Burgueses mais ricos, que obtinha a carta de comuna, e formavam um Conselho de Burgueses que podia governar uma pequena área mas tinham que pagar impostos aos senhores ou rei que lhes concedia a carta comunal. A diferença entre as comunas e as cidades senhoriais eram, que nas comunas havia mais liberdade e menos impostos de que na cidades senhoriais. Pág. 24 e 25 Europa politicamente diversificada Impérios; reinos; senhorios e comunas (consequência) Os monarcas afirmaram e reforçaram o seu próprio poder. Península Ibérica Reinos em que o poder do rei provinha da sua sagração pela igreja (tinha uma função de paz e de justiça; legitima o seu poder face aos nobres) Inglaterra Reino em que o duque Guilherme da Normandia derrotou os outros candidatos ao trono e colocou-se numa posição de força face aos nobres. França Reino em que o rei tornava-se suserano de todos os senhores feudais , aumentou o prestígio criando uma dinastia e procurou limitar os privilégios dos senhores. Houve uma nova noção de autoridade pública Limite era o bem comum Entre soberano e soberania não era era possível confundir com o poder pessoal do rei. Resumo das pág. 30, 31, 32 do manual de História A (parte 2) 1- Factores ambientais, progressos técnicos e factores políticos de desenvolvimento e expansão económica (agricultura e comércio). Factores ambientais: os principais factores ambientais são a melhoria do clima e o fim dos maus anos agrícolas. Progressos técnicos + melhoria do clima Melhoria da alimentação menor crise agrícola ~ Aumento da população (duplicou) devido à menor mortalidade Expansão agrária (melhor e maior exploração da terra, aumentou a área de cultivo) Progressos técnicos: Designação Utilização Origem Moinho mecânico ou moinho hidráulico (desde o século X). Moinho de vento (século X). Na agricultura, na moagem, no artesanato. Agricultura e moagem. Antiguidade helenística e romana. Civilização muçulmana (ou persa?). Trabalhos agrícolas que exigem tracção animal Transporte de mercadorias e pessoas . Conhecimentos na China e na Pérsia antes da era Cristã. Novos tipos de atrelagem: 1. dorsal com coelheira Atrelagem Pelos fins do primeiro milénio, a maneira de jungir o animal sofreu uma transformação fundamental, permitindo o aproveitamento mais racional da força dos cavalos, dos burros e dos machos. Espalhou-se, assim, o jugo nas omoplatas, evitando-se o sufocamento dos animais durante o trabalho. Tempos antes, melhorara-se também o sistema de ferragem. 2.Atrelagem em fila (século XI). Ferradura de cravos (século XI). Plaina Maior rendimento dos cavalos nos transportes e nos trabalhos agrícolas Permite substituir o cavalo pelo boi na lavra dos campos. Artesanato de madeira (carpintaria e marcenaria). Ásia Central. Inovação medieval(?). Charrua de ferro ou arado pesado (século X). Sela e estribo. Sistema de torno e manivela (1280). Torno de roldana e pedal duplo (?). Macaco elevatório (século XIII). Na agricultura. Permite aumentar a superfície arável pela possibilidade de trabalhar terras mais duras. Inovação medieval(?) Passou a utilizar-se mais a energia dos moinhos de água e introduziram-se os moinhos de vento, o que permitiu maior rendimento e libertou mão-de-obra; A maior divulgação da utilização do ferro nos utensílios agrícolas deu maior rentabilidade ao trabalho. Os novos sistemas de atrelagem e a ferragem dos animais também facilitaram o trabalho nos campos e os transportes. A rotação trienal e a utilização de estrumes para fertilizar os solos passaram a ser prática corrente nos finais do século XIII, permitindo uma maior rentabilidade dos solos. Factores políticos de desenvolvimento e expansão económica (agricultura e comércio): O fim das invasões e a diminuição dos conflitos internos – pela institucionalização da Paz de Deus – asseguravam melhores condições de segurança que permitiram o aumento da produção; Os senhores rurais, com exigências crescentes, pressionavam os camponeses a produzir mais, a fim de aumentar os seus rendimentos; O desenvolvimento das cidades impulsionava uma maior produtividade, pois era necessário alimentar os que não produziam directamente os alimentos; além disso, requeria a produção de culturas destinadas às actividades artesanais (plantas têxteis e tintureiras); As alterações nos hábitos alimentares estimulavam também uma maior diversidade de produção. A dinamização das trocas regionais: mercados e feiras Maior rendimento agrícola Permitiu a existência de excedentes que podiam ser vendidos Favorecendo as trocas a nível local e regional Mercados Surgiam espontaneamente ou eram estimulados pelos senhores da localidade interessados em aumentar os seus rendimentos através das taxas cobradas pela circulação e venda de produtos. Eram periódicos comercializavam-se os excedentes da produção agrícola e os produtos artesanais da região. Frequentados por produtores e consumidores locais, mas também podiam receber a visita de pequenos mercadores itinerantes. Feiras Tornaram-se periódicas associadas muitas vezes a festividades religiosas. Pela sua dimensão, realizavam-se muitas vezes fora da cidade sob autorização das autoridades da região (rei, senhor laico ou eclesiástico) e podiam durar várias semanas. As feiras eram poderosos factores de desenvolvimento económico. Os reis e senhores incentivaram a sua realização concedendo cartas de feira. Atribuía privilégios e garantias especiais, que iam desde a concessão de guarda própria e de salvo-condutos (para segurança dos feirantes e das suas mercadorias) à paz de feira e isenção de impostos. A partir do séc. XII surgiam ciclos de feiras regionais e inter-regionais. Obrigou ao desenvolvimento dos circuitos de comunicação terrestre e dos meios de transporte para pessoas e mercadorias. Técnicas rudimentares, estradas e caminhos raros e precários, multiplicidade de encargos e os assaltos dificultavam as comunicações. Para se defenderem andavam em grupo, guarda própria e usando as vias fluviais sempre que possível. Síntese Explicite o papel dos mercados e das feiras no desenvolvimento do comércio. As feiras e os mercados foram importantes no desenvolvimento do comércio devido ao facto de atraírem muitos visitantes e muitos comerciantes de regiões longínquas e permitirem a troca de produtos diferentes. O Fenómeno urbano Fenómeno urbano Deveu-se Ao aparecimento de novas cidades surgiram em redor de castelos e mosteiros guerra protecção para as populações crise centro de consumo Novas cidades Surgiram Locais bem situados Prática do comércio Estuários dos grandes rios Portos marítimos Cruzamento de vias mais percorridas Cidades provocaram a vinda de muitos camponeses pretendiam libertação das imposições senhoriais e novas vias de ascensão social artesãos instalam-se nas cidades organizadas e distribuídas por bairros segundo a profissão Crescimento das cidades rápido e intenso Conservavam uma estreita relação económica com o mundo rural As populações não podiam subsistir sem os produtos fornecidos pelos campos Poderoso incentivo ao desenvolvimento da economia rural A comercialização dos excedentes agrícolas Integrou o mundo rural nos circuitos comerciais A cidade incentivava a: - produção de matérias - primas utilizadas nas actividades industriais (ex. linho, lã, couros, peles, resinas e madeira). O mundo rural Passou a depender dos produtos que a cidade fornecia (ex. artefactos metalúrgicos, tecidos, sal, especiarias). Estas trocas revertiam a favor da burguesia urbana e mercantil que cobrava as taxas pelos fretes de transporte e determinava os preços e dominava os circuitos comerciais A cidade foi o núcleo dinamizador das mudanças sociais e desenvolvimento económico baseado: No comércio Actividades artesanais Base de poder da Europa perante o Mundo até ao séc. XX Síntese Explique como se processou o desenvolvimento urbano; Explicite a articulação que se estabeleceu entre o mundo rural e o mundo urbano. O desenvolvimento urbano desenvolveu-se devido ao aparecimento de novas cidades e onde se realizava a prática do comércio levou mais pessoas para as cidades. A articulação que se estabeleceu entre o mundo rural e o mundo urbano foi a de que nenhum deles viver independente um do outro. O mundo rural necessitava de metalurgia e tecidos e o mundo urbano necessitava dos excedentes agrícolas. Afirmação das grandes rotas do comércio externo O Comércio Externo: No comércio faziam transacções de produtos de luxo (só os reis e grandes senhores podiam comprar) alimentos e bens essenciais para a sociedade. O Comércio tornou-se essencial no sec. XIII na maior parte da Europa Regiões do Comércio Externo: - Mediterrâneo: Esta rota ajudou a promover trocas comerciais entre a Europa cristã e o mundo muçulmano de África e do Próximo Oriente, depois tornou-se mais activo com a conquista de Constantinopla. No sec XIII os Italianos comerciam produtos para a China e para a Índia . Esta situação económica favoreceu os mercadores-banqueiros de Pisa, Milão, Luca, Siena e Florença., esta rota estava instalada numa zona agrícola e intensificavam a produção de um artesanato de têxteis em lã e em seda - Mares Nórdicos: As rotas eram dominadas pelas cidades litorais do mar do Norte e do mar Báltico, região de Flandres e cidades alemães do Noroeste europeu. - Flandres: Esta rota ajudou na riqueza de muitas cidades como Lille, Gand e Bruges Nestas cidades desenvolveram-se produtos artesanais nas oficinas têxteis que tinham qualidade sobretudo nos lanifícios. Alguns mercadores forneciam matérias-primas (lãs de Inglaterra, Irlanda e Castela) Os artesãos urbanos da Flandres estavam unidos em corporações, que zelavam pelos seus interesses e pela qualidade das obras. Os mercadores das diferentes cidades uniram-se também para defender os seus interesses numa guilda – a Guilda das dezassete cidades – que representava numerosos e poderosos mercadores e lhes permitia obter contratos vantajosos. Os mercadores estabeleceram redes comerciais, por terra e por mar, que uniam as cidades aos maiores mercados e feiras da Europa . As cidades flamengas tornaram-se centros de confluência e redistribuição do comércio europeu. Essas rotas foram de Veneza, Génova e Hansa as marítimas e também havia rotas terrestres que passavam mais pela zona de Flandres , Champagne , Itália e mais tarde a de gilbraltar. - Cidades alemães do Noroeste europeu: as cidades de Lubeque, Hamburgo, Dantzig, Colónia. Riga e Visby , no sec XIII, organizados numa liga – a Liga Hanseática. Os Comerciantes, usavam as estradas fluviais do Elba ao Vístula e comerciavam cereais, cerveja, mel e madeiras. No interior da Alemanha e da Polónia .No mar do Norte chegavam até à Noruega onde trocavam peixe e arenque salgado . - Feiras de Champagne: As feiras de Champagne situavam-se entre a zona da Flandres e a Itália em que atraiam comerciantes de todas as partes da Europa. Lá trocavam-se lanifícios de Flandres e do Norte de França ; sedas de Itália ; artigos de couro de Espanha , Norte de África e Provença ; peles da Alemanha e Rússia ; linhos da Alemanha e Champagne; os cereais, vinhos, e artigos de toda a Europa; a especiarias , alúmen, açúcar, laca, madeiras e corantes do Oriente Depois da conquista da Andaluzia os circuitos que ligavam o Mediterrâneo à Europa do Norte passaram a utilizar as rotas marítimas por isso a rota marítima de Gilbraltar concorreu com as rotas terrestres. A Fixação do território do termo Reconquista ao Estabelecimento e fortalecimento de Fronteiras (Páginas 50 á 53 e 56-57) Cronologia (datas mais Importantes): 711- Inicio da Ocupação da Península Ibérica pelo Muçulmanos; 718-722- Batalha de Covadonga; 868- Reconquista de Portucale; 1064- Leão cede o território de Portugal a D. Henrique que passa a ser seu vassalo; 1128- Batalha de São Mamede; 1137- Acordo de Tui; 1143- Tratado de Zamora; 1147- Conquista de Santarém e Lisboa; 1179- Bula Manifestis Probatum; 1185- Conquista de Portugal até ao Alentejo; 1249- Conquista definitiva do Algarve; 1267- Tratado de Badajoz; 1297- Tratado de Alcanises. Toda a Península Ibérica era habitada pelo povo Visigodo. Mas como o povo muçulmano se estava a expandir, no ano de 711, invadiu também a Península Ibérica deixando a sua cultura. Os muçulmanos invadiram toda a Península Ibérica com a excepção das Astúrias. Uma vez que, este território estava situado numa região montanhosa. Como os “invasores” tiveram formação na Arábia, só conseguiam lutar em zonas planas. Nas Astúrias estavam refugiados bispos e reis, onde estava também o rei Pelágio (rei Visigodo), que lutou contra os Muçulmanos para tentar recuperar o seu território de volta. A esta batalha dá-se o nome de Batalha de Covadonga. Com a conquista do Norte de Península Ibérica formaram-se os reinos cristãos: Leão, Aragão, Navarra e Castela. Do reino de Leão nasceu Portugal, a partir do Condado Portucalense. O rei de Leão cedeu o território de Portugal ao Conde D. Henrique que passou a ser seu vassalo no ano de 1064. O Condado Portucalense entendia-se até ao rio Mondego. No ano de 1128 deu-se a Batalha de São Mamede. D. Afonso Henriques (filho de D. Henrique) lutou contra a própria mãe (D. Teresa), por esta se ter envolvido com um galego. Ao vencer esta batalha D. Afonso Henriques assumiu de imediato a governação do condado. Em 1137 foi celebrado o acordo de Tui, que lembrava D. Afonso Henriques dos seus deveres vassálicos de fidelidade, segurança, auxílio militar e conselho para D. Afonso VII, seu suserano. Anos mais tarde, em 1143, o Rei D. Afonso VII (rei de Castela), deu a independência a Portugal com o Tratado de Zamora. O processo de reconquista prossegue com o rei D. Afonso Henriques na conquista de Santarém e de Lisboa até ao rio Tejo, em 1147. É no ano de 1179 que o Papa Alexandre III através da Bula (documento redigido pelo Papa) Manifetis Probatum, reconhece D. Afonso Henriques como rei e Portugal como reino independente. D. Afonso Henriques conquistou Portugal até ao Alentejo no ano de 1185. E após a sua morte, neste mesmo ano, sobe ao trono o seu filho D. Sancho I, que conquistou até ao Algarve. Mas os muçulmanos com alguns auxílios, conseguiram recuperar Silves e os territórios a sul do Tejo, excepto Évora. Aquando o falecimento deste, o novo Rei é D. Afonso II. Este deixou as conquistas do território português de lado, pois a sua maior preocupação foi centralizar o poder. Mas Afonso II, aproveitou a passagem dos cruzados pela costa portuguesa para reconquistarem Alcácer do Sal. Iniciando-se uma nova fase da expansão do território português. Seguiu-se D. Sancho II nos destinos de Portugal. As conquistas feitas pelos reis de Leão e de Castela cortavam apoios às fortificações muçulmanas no Alentejo, Baixo Guadiana e Algarve. As ordens religiosas militares dos hospitalários e de Santiago tiveram um papel fundamental nas conquistas deste reinado, bem como as milícias feudais e concelhias. D. Afonso III conquistou definitivamente o Algarve no ano de 1249. O que gerou um conflito com o rei de Castela, visto que, este reclamava a posse do território. No ano de 1267, com o tratado de Badajoz, ficava resolvida a questão da soberania sobre o Algarve. O rei Afonso X (rei de leão e Castela) renunciava a quaisquer direitos sobre os territórios algarvios a favor de D. Dinis (que era seu neto, uma vez que Afonso III casou com a filha de Afonso X). No ano seguinte, D. Afonso III era proclamado rei de Portugal e do Algarve. Nos finais da segunda metade do séc. XII, o rei D. Dinis convenceu o rei de Castela a assinar um Tratado em que o território português adquiria definitivamente as suas fronteiras. Este tratado foi celebrado em 1297 e ficou conhecido como o Tratado de Alcanises. O Castelo e o seu Valor na Reconquistas (páginas 52 e 53): Os castelos, abadias e igrejas tiveram um papel muito importante aquando da reconquista. Os Castelo tinham funções defensivas, daí serem edificadas em lugares altos, montanhosos e de difícil acesso. Mas eram ainda símbolo de poder e suserania. Os castelos enquanto abrigos militares tiveram o seu apogeu (auge) no século XVI. Mas com o aparecimento da pólvora e dos canhões, os castelos perderam o seu verdadeiro valor estratégico. Sendo substituídos por casas solarengas ou os tradicionais palácios. A edificação de castelo no nosso país remonta aos anos da reconquista. Portugal tem um grande valor histórico em castelos e palácios.