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Aula 5 Escola Clássica
Adam Smith
Profa. Dra. Eliana T. Terci
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Escola clássica Smith
• Smith afirma seguir o método de Newton de quem retém a ideia de
sistema e o princípio teórico pela capacidade que oferece de
organizar os fenômenos da experiência o exemplo é mais uma vez
o princípio do egoísmo positivo = filosofia moral (guiado pelo
interesse pessoal → negociação → concorrência perfeita → ordem).
Portanto supera o método indutivo experimental pela multiplicidade
da experiência
• Do iluminismo escocês vem o privilégio da razão como princípio
organizador do conhecimento.
• Complexidade do método de Smith pode ser compreendida no
contexto da filosofia do common sense, que pressupõe o senso
comum deve ser a base para a operacionalização dos conceitos
teóricos;
• Ressalte-se ainda a relação entre as dimensões micro (ponto de
partida: indivíduos movidos por interesses pessoais egoístas) e a
macro (equilíbrio e bem comum) na obra de Smith
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Adam Smith
• Smith – (1723-1790) Principais obras: Teoria
dos sentimentos morais (1759) e A riqueza das
nações (1776)
• Filosofia moral de Smith = reação ao selfsh
system de Hobbes → sociedade possível
através da intervenção coercitiva do Estado
(homens devem renunciar a liberdade)
• Smith – influência de Hutcheson, Locke e Hume:
homem dotado de senso moral, dotado de
paixões altruístas e egoístas → autoestima,
tendência a felicidade → equilíbrio
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• Egoísmo resulta positivo, desde que: “ninguém na
busca de seu próprio interesse, impeça aos demais
a obtenção dos seus”
• Como? Esse é o objetivo de Smith em “A Riqueza
das nações” = autonomia da atividade econômica
como fundamento da sociedade civil e do Estado.
• Realidade: indústria – assalariamento –
concorrência capitalista → busca de melhor salário/
melhor lucratividade (mobilidade)
• Ponto de partida contato com os fisiocratas:
conceito de produto líquido (renda residual) e
antecipação (renda do trabalho do capitalista)
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• Origem do excedente: capacidade de geração
do excedente encontra-se na divisão do
trabalho (fertilidade natural do solo é uma
contribuição)
• Divisão do trabalho que determina a
produtividade (66):
1. Especialização (68)
2. Economia de tempo (68)
3. Desenvolvimento das máquinas (69)
• Propensão a intercambiar, à troca (73/74)
• Como operam a troca? Valor das mercadorias: 5
valor de uso e valor de troca (85)
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• Avaliação: o individuo será rico ou pobre dependendo
da quantidade de trabalho alheio de que possa dispor,
portanto o valor = trabalho comandado, labour
commanded, tempo de trabalho = valor de troca =
quantidade de trabalho que foi necessária para produzir
a mercadoria: (88-90)
- diferentes graus de dificuldade (!)
- + comum a troca de mercadoria por mercadoria do
que por trabalho (!)
- + comum trocar mercadoria por dinheiro (!), porém o
ouro e prata como mercadorias tb. tem seu valor
definido pela quantidade de trabalho!
• Preço real = quantidade de trabalho; dinheiro = preço
nominal
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• Fatores que compõem o preço:
 Produtor independente → valor de troca = trabalho contido =
salário
 Porém, quando há a separação entre produtor direto e
proprietário dos meios de produção? (102)
 Produto = salários + lucros (antecipação e trabalho de direção)
onde, salário = subsistência e lucro = determina-se pelo
tamanho do capital investido
• O produto do trabalho não pertence ao trabalhador, deve ser
repartido com o dono do capital que lhe dá emprego! (103)
• Renda da terra: quando se torna propriedade privada, deve ser
remunerada, portanto:
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• Distribuição
• Afirma que o preço real é o trabalho, porém, foge a
teoria do valor e recorre ao preço: desdobra-se em
três fatores: salário + lucro + renda
• Conclui o capítulo afirmando o emprego produtivo
da renda e do lucro (106-107)
• Teoria do valor resulta em fracasso? Enquanto
evolução do pensamento econômico foi um avanço!
 Renda e lucro são deduções do produto do trabalho
(propriedade)
 Cada preço constitui-se de renda + salário = lucro
→ renda ou produto nacional
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• Conceito de trabalho produtivo como gerador
de excedente: se o labour commanded >
trabalho contido = possibilidade de ampliação
da produção ou desenvolvimento →
condição: parte das rendas deve ser
poupada e retornada em capital →
acumulação
 Salários = renda da maioria →
desenvolvimento promove a prosperidade
(teoria da população)
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• Efeitos da acumulação sobre o nível dos salários:
 Efeito de curto prazo: efêmero em virtude da
teoria da população.
 Efeito de longo prazo:
i) aumento permanente do nível natural do salário
(ampliação do acesso ao consumo) e
ii) aumento da ocupação do emprego.
 Caráter positivo e superior da produção capitalista
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• Preço natural e preço de mercado dos produtos
 Preço natural = cobre salários + lucro + renda
 Preço de mercado = pode estar acima ou abaixo do preço natural,
depende da oferta e demanda efetiva , porém em condições de
liberdade de mercado → concorrência → tendência do preço de
mercado ≡ preço natural (111)
Consideração 1: as partes do preço que oscilam são geralmente
lucro e salários, renda mais constante
Consideração 2: possibilidade de lucro extraordinário (segredo
industrial ou tecnologia)
consideração 3: forças extra mercado podem interferir no
mecanismo de mercado (condenação dos monopólios e privilégios)
consideração 4: preço de mercado pode ficar muito tempo acima do
natural, mas não ficará abaixo por muito tempo!
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• O que define o nível natural?
• Salários = nível de subsistência e reprodução
(biológico e histórico) → maior força contratual
dos capitalistas e movimentos demográficos
conduzem o salário à taxa natural
• lucro = i) acompanha o juro e as potencialidades
de ganho ii) taxa de lucro tendência decrescente
em virtude da própria acumulação e da
concorrência.
• Renda fundiária → monopólio da terra = mal
funcionamento do mecanismo competitivo
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• Liberdade de mercado:
• Restrições às importações favorecem a indústria nacional
(monopólio do mercado interno) = estímulo a indústrias
específicas atraindo recursos, porém “a atividade geral da
sociedade nunca pode ultrapassar aquilo que o capital da
sociedade tem condições de empregar”!
• Sabido que os homens são movidos por interesses
individuais → por meio da mão invisível conduzem a
maximização da renda nacional, automaticamente e sem
intenção. Portanto nada indica que a reorientação artificial do
emprego do capital garanta maiores vantagens em termos de
maior renda nacional (salários + lucros + renda) (438)
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• “Todo pai prudente tem por princípio jamais tentar
fazer em casa aquilo que custa mais caro comprar
do que fabricar.” → especialização e troca.
• Princípio vale para o reino → liberdade de
mercado
• Diferenciação entre países: vantagens de custos
• Dois casos aceitáveis: defesa nacional (ato de
navegação) e no caso em que exista imposto de
importação, “revide”
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• Estado (?) defesa, ordem e propriedade
cuja renda deve provir de um imposto
sobre a renda da terra (monopólio)
• Sistema construído por Smith contém
quase todos os problemas a serem
analisados pela ciência econômica
subsequentemente → pai da Ciência
Econômica.
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• Espiral do crescimento na riqueza das
nações (FEIJÓ, 2001: 131)
Divisão do
trabalho
Produtivida
de por
trabalhador
Estoque
de capital
excedente
Emprego
produtivo
Mercados
População
economicamente
ativa
salários
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Referências bibliográficas
• FEIJÓ, R. História do Pensamento
Econômico. São Paulo: Atlas,2001.
• NAPOLEONE, C. Smith, Ricardo e Marx.
3ª. ed. R. Janeiro: Graal.1983.
• SMITH, A. A Riqueza das Nações. S.
Paulo: Nova Cultural. 1996.
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