Mercado de Capitais • A emissão de títulos e os empréstimos bancários são as fontes de financiamento mais utilizadas pelas empresas brasileiras. • O mercado de capitais é um sistema criado para facilitar a capitalização das empresas, contribuindo para a geração de riqueza à sociedade. • Investidores de diversos portes e com propósitos diferentes participam deste mercado, tornando possível o funcionamento de um importante e alternativo mecanismo de financiamento das empresas: a abertura de seu capital mediante a emissão e venda de ações ao público. • As bolsas de valores criam, organizam e regulam mercados, onde as ações emitidas podem ser negociadas com confiabilidade e transparência. slide 1 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Mercado de Capitais • Mercado de Capitais - negociam-se valores mobiliários, como ações, commercial papers e debêntures. • Debêntures - Títulos de dívida, valores mobiliários representativos de dívida de médio e longo prazos, com privilégios sobre os bens os bens sociais ou garantia sobre determinados bens emitidos pelas sociedades anônimas. • Debenturistas - São os credores da empresa das quais adquiriram debêntures. • Commercial papers - São títulos de dívida para captação de recursos de curto prazo, podendo contar com garantias oferecidas pela empresa emissora. Tais títulos podem ter remuneração prefixada ou pós-fixada, embora a prefixada seja mais comum. slide 2 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Mercado de Capitais • Valores mobiliários - Todo investimento em dinheiro ou em bens suscetíveis de avaliação monetária, realizado pelo investidor em razão de uma captação pública de recursos, de modo a fornecer capital de risco a um empreendimento, em que ele, o investidor, não tem ingerência direta, mas do qual espera obter ganho ou benefício futuro. • No mercado de capitais brasileiro, as ações de emissão das sociedades anônimas são os valores mobiliários mais negociados. • As ações são valores mobiliários emitidos por sociedades anônimas, representando a fração mínima do capital das empresas. Ao comprar uma ação, os investidores se tornam proprietários do empreendimento, tendo direito à participação em seu resultado. slide 3 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Mercado de Capitais • Nos países desenvolvidos, os títulos emitidos pelas empresas costumam ser avaliados e classificados por agências especializadas, principalmente as debêntures. • O quadro abaixo mostra a classificação que é adotada pela Standard & Poor's. slide 4 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Sociedades Anônimas • As sociedades anônimas podem ter capital fechado ou aberto. • Capital fechado - geralmente são empresas familiares e tem um número restrito de sócios portadores de ações. • Capital aberto - estão necessariamente registradas na CVM, e são obrigadas a fornecer ao mercado uma série de informações de caráter econômico, social e financeiro, pois suas ações podem ser negociadas na bolsa de valores ou no mercado de balcão. • Para proceder à colocação de ações no mercado, a empresa deve promover a abertura de seu capital, tornandose uma companhia da capital aberto, sendo necessário que a CVM autorize e registre a emissão pretendida. slide 5 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Ações • Títulos que representam a menor fração em que se • • • • subdivide o capital social de uma empresa organizada sob a forma de sociedade anônima, representando um investimento permanente na empresa. O acionista é, portanto, um proprietário da companhia, participando dos resultados alcançados pela empresa proporcionalmente à quantidade de ações que possui. Tipos de ações negociadas no mercado: ON e PN. Ações ON (Ordinárias nominativas) - conferem a seu titular os direitos essenciais do acionista, como direito a voto. Ações PN (preferenciais nominativas) - são aquelas em que os seus possuidores têm restrição de direitos em relação aos acionistas comuns, mas possuem vantagens de ordem imaterial como prioridade no recebimento de dividendos. slide 6 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Ações • Atualmente, há uma limitação na emissão de ações PN. • • • • Nesse sentido, ao constituir uma nova empresa, para cada ação ON, a empresa pode emitir apenas uma ação PN. Antes essa relação era de duas ações PN para uma ação ON. As ON são representadas pelo número “3” depois das quatro letras do código do ativo. Exemplo: PETR3. As PN são representadas pelo número “4” depois das quatro letras do código do ativo. Exemplo: PETR4. As companhias podem emitir diferentes classes de ações para as PN. Cada classe corresponde a uma característica diferente, por exemplo, valores diferenciados de dividendos. slide 7 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Ações • Preferenciais classe A - é representada pelo número “5” • • • • depois das quatro letras do código do ativo. Exemplo: USIM5. Preferenciais classe B - é representada pelo número “6” depois das quatro letras do código do ativo. Exemplo: ELET6. Units - Ativos negociados de forma composta, ou seja, não se trata de uma ação especificamente e sim um grupo de ações negociadas em conjunto, através de um único código. O código deste ativo é formado por quatro letras que identificam a empresa e o número 11 que nos informa tratase de um ativo composto. Exemplo: SULA11 (1 ação ON e 2 ações PN). •slide 8 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Ações diferenciadas por níveis • Ações blue chips ou de 1.ª linha: ações de grande liquidez e procura no mercado de ações por parte dos investidores. • Em geral, as ações de 1.ª linha são de empresas tradicionais, de grande porte/âmbito nacional e excelente reputação, cujos preços elevados refletem esses predicados. • Ações de 2.ª linha: ações um pouco menos líquidas, de empresas de boa qualidade, mas de maior risco se comparadas com as blue chips. • Em geral, as ações de 2.ª linha são de empresas de grande e médio porte, tradicionais ou não; seus preços são mais baixos e costumam ser mais sensíveis aos movimentos de mercado de baixa que aos de alta (isto é, sobem depois das blue chips e caem antes). slide 9 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Ações diferenciadas por níveis • Ações de 3.ª linha - ações com pequena liquidez, em geral de companhias de médio e pequeno portes cuja negociação caracteriza-se pela descontinuidade. • As ações de 3.ª linha não necessariamente são de menor qualidade e maior risco relativamente às de 2.ª linha, no entanto, há uma descontinuidade nas negociações das referidas ações. • Ações de privatização - Ações de companhias colocadas no mercado através de leilões do Programa Nacional de Desestatização (PND). • Algumas das companhias em processo de privatização podem já ter suas ações negociadas em bolsas de valores, antes mesmo daquele ser completado, tendendo a incrementar sua liquidez após a conclusão do mesmo. slide 10 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Eventos relacionados às ações • Existem eventos importantes relacionados às ações de uma empresa e alguns deles podem alterar o preço da ação sem, contudo, alterar o valor da riqueza do acionista: • Desdobramentos (splits): geralmente ocorrem quando a ação da empresa está cotada a preços muito elevados, o que pode dificultar a negociação, limitando o número de potenciais compradores. • Agrupamentos (inplits): são o inverso dos desdobramentos e geralmente ocorrem quando a ação está cotada a preços muito baixos, o que pode aumentar a volatilidade e causar uma impressão negativa no potencial acionista. • Distribuição de dividendos - Principal forma de remuneração dos acionistas pela empresa. slide 11 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Eventos relacionados às ações • Direitos de subscrição - ocorrem quando a empresa decide aumentar o capital por meio da emissão de novas ações. Obrigatoriamente, deve oferecê-las aos atuais acionistas, um direito de preferência conhecido como direito de subscrição. • Bonificação - pode ser de dois tipos: 1. em ações, quando a empresa, ao incorporar lucros retidos e reservas, distribui novas ações gratuitamente a seus acionistas, em quantidade proporcional à participação presente de cada um; 2. em dinheiro, quando a empresa decide distribuir excepcionalmente uma parcela maior do lucro, mas não deseja aumentar os dividendos, optando por distribuir uma bonificação em dinheiro. slide 12 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Eventos relacionados às Ações • • • Recompra de ações - quando o preço das ações esta baixo demais e a empresa tem caixa sobrando, a assembleia de acionistas pode decidir recomprar ações da empresa por considerá-las subprecificadas pelo mercado. Após a recompra, essas ações podem ser mantidas em tesouraria para serem vendidas posteriormente, ou pode-se reduzir o capital. Juros sobre o capital próprio - tem a mesma natureza jurídica de juros sobre capital de terceiros e, portanto, podem ser abatidos do resultado financeiro da empresa, reduzindo o imposto a pagar da pessoa jurídica. slide 13 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Avaliação de ações • Em relação a ganhos, o investidor pode ganhar com os • • • • • dividendos (e demais bonificações e direitos) que receberá como acionista da empresa ou pela valorização da ação. O investidor deve se preocupar com três dimensões do investimento em ações: rentabilidade, risco e liquidez. A rentabilidade diz respeito a quanto será o retorno esperado do investidor em porcentagem. Há vários tipos de riscos no mercado, devendo-se avaliá-lo levando-se em consideração o retorno. A liquidez diz respeito à facilidade de venda do ativo e, portanto, a rapidez em que se consegue sair do investimento. O mercado nem sempre estima corretamente o valor da ação, precificando-a com um valor diferente do real (intrínseco), que pode ser maior ou menor que o intrínseco. slide 14 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Rentabilidade • As ações não garantem uma rentabilidade determinada, constituindo-se em título de renda variável. • A rentabilidade decorre da participação do acionista nos resultados da companhia, na distribuição de dividendos, bonificações, ou pela venda no mercado de bolsa ou balcão, das ações anteriormente adquiridas ou subscritas, e ainda, de direitos de subscrição. • Nas operações em bolsa, são cobradas taxas de corretagem, tanto do vendedor como do comprador, com base no valor venal total das operações executadas em um mesmo dia. • Com relação ao momento da negociação de ações, o mercado classifica-se em mercado primário e mercado secundário. slide 15 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Mercados • Mercado primário - No mercado primário, se dá o lançamento de novas ações. Quem vende as ações é a companhia, captando recursos para se financiar. • Mercado secundário - Não ocorre o lançamento de um novo ativo financeiro, mas a renegociação de ativos financeiros já existentes. • No mercado secundário são estabelecidas as renegociações entre os agentes econômicos dos títulos adquiridos no mercado primário. • Os recursos provenientes das negociações realizadas no mercado secundário não são transferidos para o financiamento das empresas, sendo identificados como simples transferência entre os investidores (ou seja, as ações mudam de mãos de um acionista para outro). slide 16 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Mercados • A função essencial do mercado secundário é dar liquidez ao mercado primário, viabilizando o lançamento de ativos financeiros. • Resumindo, no mercado primário, quem vende ações é a companhia, captando recursos para se financiar, enquanto que o vendedor, no mercado secundário, é o investidor que se desfaz das ações para reaver o seu dinheiro. • Portanto, o mercado primário compreende o lançamento de novas ações, o famoso IPO (Initial Public Offering). • A abertura de capital de uma empresa se caracteriza pelo lançamento inicial de ações no mercado. • Quando a empresa já tem o capital aberto e já realizou a sua primeira oferta, as emissões seguintes são conhecidas como ofertas subsequentes ou, no termo em© 2011 inglês, follow on. slide 17 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Mercados • O processo de lançamento de ações, pela primeira vez ou não, envolve a empresa emitente e uma financeira intermediadora denominada underwriter (subscritor). • O subscritor pode ser uma sociedade corretora, sociedade distribuidora, banco de investimento ou banco múltiplo, sendo responsável por coordenar a operação, subscrevendo as ações para colocá-las no mercado. • A negociação das ações que foram adquiridas no mercado primário são realizadas no mercado secundário. • O mercado secundário compreende mercados de balcão – organizados (regulados pela CVM) ou não – e bolsas de valores, e tem como função básica a de fornecer liquidez aos títulos emitidos no mercado primário. slide 18 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Mercados • A colocação inicial, junto ao público, de grande lote de ações detido por um acionista possuem semelhança com as operações do mercado primário. • No entanto, os recursos captados nestas operações vão para o acionista vendedor, determinando, portanto, uma distribuição no mercado secundário. As referidas operações são chamadas no mercado com block trade. • As ofertas públicas, uma vez que envolvem a captação de poupança pública, são disciplinadas por lei e regulamentadas pela CVM. A intenção é permitir que todos os investidores participem da oferta em igualdade de condições e que possam tomar suas decisões de investimento de forma consciente. slide 19 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Mercados As principais formas de subscrição são: • do tipo puro ou firme - subscritor garante a colocação de todas as ações, ficando com as que não conseguir vender; • do tipo residual (stand-by) - subscritor se compromete a tentar colocar as ações por tempo certo, devolvendo ou comprando a parcela das que não forem vendidas; • do tipo melhor esforço (best effort) - subscritor se compromete apenas a fazer o melhor esforço para colocar as ações, não sendo obrigado a comprá-las. • Apesar da importância do mercado primário para a capitalização das empresas, quando se fala em bolsa de valores, vêm à mente as negociações do mercado secundário, cuja principal função é dar liquidez ao mercado primário. slide 20 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Bolsa de valores • As ações são negociadas num mercado de leilões organizado, conhecido como bolsa de valores. • No Brasil, atualmente, a única bolsa de valores é a BM&F-Bovespa, formada pela fusão de duas grandes bolsas de São Paulo: a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) e a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F). • As bolsas de valores podem desempenhar um importante papel social, pois ajudam as empresas a levantar capital para aplicá-lo em projetos de investimento, e permitem que pequenos investidores sejam acionistas de grandes empresas, participando, portanto, desses projetos de investimento e tornando mais equitativa a distribuição de renda de uma sociedade. slide 21 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Bolsa de valores A figura abaixo mostra a evolução do índice Ibovespa, que é uma carteira composta das ações mais negociadas pela BM&F-Bovespa: slide 22 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Bolsa de valores • • • • • Mecanismos existentes no mercado secundário: Mega Bolsa, After market, Home broker e Circuit breaker. Mega Bolsa - É o sistema de negociação da bolsa de valores que processa eletronicamente as ordens de compra e venda. After market - Como o próprio nome demostra, o pregão eletrônico continua a funcionar depois do encerramento do dia, com certas limitações. Home broker - É o sistema que permite ao investidor enviar ordens de compra e venda diretamente do seu computador via Internet. Circuit breaker - Mecanismo de proteção que é acionado quando o Ibovespa atinge um limite de variação de 10% negativos em relação ao fechamento do dia anterior, interrompendo todas as negociações por trinta minutos. slide 23 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Bolsa de valores • Índices de desempenho - Medem o desempenho médio das • • • • ações listadas em uma bolsa. Ibovespa - Principal índice do mercado brasileiro de ações. Mede o desempenho de uma carteira teórica de ações composta por papéis que alcançaram 80% de participação acumulada em número de negócios e volume na Bovespa. IBrX - conhecido como Índice Brasil, mede o retorno de uma carteira teórica composta das cem ações mais negociadas na Bovespa, selecionadas pelo índice de negociabilidade. ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial, composto por ações de empresas comprometidas com a sustentabilidade. IGC - Índice de Ações com Governança Diferenciada, que inclui apenas companhias com boa governança corporativa. slide 24 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Análise de investimentos • A análise de investimento para operações em mercados de bolsas pode ser agrupada em correntes de pensamento que seguem dois tipos de análises ou “escolas” distintas, a saber: • Análise fundamentalista; e • Análise técnica. • Análise fundamentalista - considera fatores internos e externos à empresa, sendo que a principal fonte de informações dos fatores internos são as demonstrações financeiras. • Para a referida análise, as fontes de informações de fatores externos às empresas são todos os fatores externos que podem influenciar seu desempenho, como dados macroeconômicos, dados do setor econômico de atuação da empresa e dados sobre o mercado acionário. slide 25 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Análise de investimentos • Análise técnica (gráfica) - não se preocupa com as causas das variações de preço dos ativos, concentrando-se nos comportamentos dos preços dos mesmos. • Ela considera os seguintes pressupostos: 1. o valor de mercado de qualquer ativo ou serviço é determinado somente pela interação entre oferta e demanda; 2. o equilíbrio entre oferta e demanda é função de diversos fatores, alguns racionais, outros não; 3. os preços das ações e o valor total de mercado se movimentam de acordo com tendências que persistem durante um tempo considerável; e 4. as tendências dominantes se alteram em razão de mudanças nas relações de oferta e demanda. • A lógica dessa análise é que os preços passados tem influência sobre os preços futuros. slide 26 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Análise de investimentos • Há muitos tipos de gráficos utilizados pela análise gráfica, como por exemplo os constantes na figura abaixo. slide 27 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Índices utilizados na Análise • Retorno sobre o patrimônio líquido - Avalia se a empresa está gerando uma boa rentabilidade para os recursos aplicados pelos acionistas (capital próprio). Retorno sobre o patrimônio líquido = Lucro líquido / Patrimônio líquido • Lucro por ação (LPA) - Indica qual foi o lucro líquido gerado no exercício anterior que caberia a cada ação. Lucro por ação = Lucro líquido / Quantidade de ações • Dividend yield - Retrata a taxa de remuneração de cada ação, em forma de dividendos. Dividend Yield = Dividendos / Preço da ação • Índice preço/lucro (P/L) - Mostra o número de exercícios fiscais necessários para que o investidor recupere seu investimento. P/L = Preço da ação / Lucro anual da ação slide 28 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Avaliação de ações • O método mais tradicional de avaliação de qualquer ativo é o do fluxo de caixa descontado. • Ações também podem ser avaliadas por ele, bastando que se identifiquem as variáveis necessárias para uma análise de fluxo de caixa descontado. • O valor da ação com prazo definido poderá ser obtido pelo valor presente de todos os fluxos de caixa futuros, descontada a taxa de retorno esperada pelos investidores. • O valor da ação com prazo indeterminado pode ser obtido pelo Modelo de Gordon abaixo apresentado, onde: P0 = valor justo da ação no período inicial zero D1 = dividendo projetado, a ser pago ao final de P1 r = taxa de retorno esperada pelo acionista g = taxa estimada de crescimento dos dividendos slide 29 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Avaliação de ações Exemplo de utilização do Modelo de Gordon: • Sabendo-se que as ações da Empresa XPTO Internacional estão sendo negociadas hoje a R$ 25,00 cada uma, e que a XPTO pagou dividendos de R$ 2,00 por ação nesse exercício, calcule a taxa de retorno que está sendo exigida pelo acionista, uma vez que a referida empresa é madura, sendo sua taxa de crescimento de dividendos igual a zero. • P0 = 25,00; D0 = 2,00; g = 0,00; r = ? • D1 = D0 (1 + g) • D1 = 2,00 x (1 + 0,00) = 2,00 x 1,00 = 2,00 • P0 = D1 / (r-g) • 25,00 = 2,00 / (r – 0,00) • r = 2,00 / 25,00 • r = 0,08 = 8% a.a. slide 30 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos Avaliação de ações Exercício: Uma companhia cotada em bolsa de valores pagou nesse ano dividendos de R$1,00 por ação. Há expectativa de uma taxa estável de crescimento de dividendos para os próximos anos de 9% ao ano, sendo de 13% ao ano a taxa de retorno esperada pelos acionistas. Informe qual é o valor justo das ações dessa companhia, pela ótica dos investidores. • D0 = 1,00; g = 0,09; r = 0,13; P0 = ? • D1 = D0 (1 + g) • D1 = 1,00 x (1 + 0,09) = 1,00 x 1,09 = 1,09 • P0 = D1 / (r-g) • P0 = 1,09 / (0,13 - 0,09) • P0 = 1,09 / 0,04 • P0 = R$ 27,25 slide 31 © 2011 Pearson Prentice Hall. Todos os direitos