Hiperplasia Endometrial Estado fisiológico exagerado – ca in situ Estímulo estrogênico prolongado (sem progesterona) Mulher pós-menopausa Sangramento Uterino Anormal (SUA) Classificação: quantidade endométrio, densidade, anomalias estruturais glandulares e aspectos citológicos Hiperplasia Endometrial Classificação: - H. Simples: relação glândulas /estroma proporcional - H. Complexa: relação glândulas / estroma aumentada. Baixo potencial maligno. - H. Atípica: atipias citológicas. Pode ser simples ou complexa Hiperplasia Endometrial Tipo de Hiperplasia Progressão Ca (%) Simples 1 Complexa 3 Atípica simples (cística com atipia) 8 complexa(adenom c/atipia) 29 Hiperplasia Endometrial Pacientes com hiperplasia atípica (biópsia) – 25% - carcinoma endometrial Diagnóstico: - SUA - sintoma mais frequente - USG TV - rastreio - (espessura endometrial até 5mm) - Biópsia endometrial por curetagem uterina ou histeroscopia Hiperplasia Endometrial Tratamento: Depende da idade e padrão histológico. - - Adolescentes: Progestágenos 6 meses (10 mg/dia - 2º fase do ciclo). ACO. Adultas: Atipias leves Atipias moderadas ou graves – HTA ou doses altas de progestágeno (ac. medroxiprogesterona 150mg IM + 100mg/mês por 6 meses Pós-menopausa: sem atipia - progestágeno, com atipia HTA Câncer de Endométrio Câncer de Endométrio Neoplasia maligna mais comum do trato genital (EUA) Brasil: 5º posição (2,11%). Aumento na incidência Epidemiologia: - Mulheres pós - menopausa (estrogênio dependente). 50 - 69 anos. 25% antes da menopausa e 5% antes de 40 anos Câncer de Endométrio 1. 2. 3. 4. Fatores de Risco: Relacionados à exposição prolongada do endométrio ao estrogênio sem oposição da progesterona. Nuliparidade: RR: 2 a 3 vezes Menopausa tardia: >52 anos RR: 2,4 vezes 49 anos Obesidade: altos níveis estrogênicos por conversão periférica androstenediona – estrona Terapia de Reposição Hormonal sem progestagênios - aumenta o risco em até 8 vezes Câncer de Endométrio 6. 7. 8. Exposição estrogênica por longo tempo (anovulação, SOP, tumores ovarianos funcionantes) Tamoxifeno - RR: 2 a 3 vezes Diabetes mellitus- RR:1,3 a 2,8 vezes. HAS e hipotireoidismo Classificação: 2 tipos - “Estrogênio-dependentes” – mais comum. Mulheres jovens, peri-menopausa, história exp. estrogênio. Precursor: hiperplasia endometrial.Melhor prognóstico Câncer de Endométrio - “Estrogênio-independentes” – mulheres sem exposição estrogênio. Não associados hiperplasia endometrial. Mulheres mais velhas, magras. Pior prognóstico. Sintomas: 90% - sangramento vaginal - - Desconforto pélvico (tamanho útero) Hematometra ou piometra – estenose cervical – corrimento purulento – prognóstico sombrio Menos de 5% são assintomáticas Câncer de Endométrio Causas de sangramento pós-menopausa Atrofia de endométrio Terapia reposição estrogênica Pólipos endometriais Hiperplasia de endométrio Câncer de endométrio 60-80% 15-25% 2-12% 5-10% 10% Câncer de Endométrio Excluir Ca endométrio: - Pac. perimenopausa com sangramento irregular Pac. pós-menopáusica com piometra Pac. Pós-menopáusica com células endometriais na citologia (Papanicolau) - Câncer de Endométrio Diagnóstico: Anamnese e ex. físico (massa hipogástrio, aumento volume uterino, endurecimento paramétrios, nodulações em fundo de saco de Douglas) - USG TV (Endométrio > 5mm) - Exame histológico (definitivo): Biópsia por aspiração endometrial em consultório Curetagem uterina Histeroscopia com biópsia (melhor acurácia) - Câncer de Endométrio Tipos Histológicos: Adenocarcinoma endometrióide (80%)- hiperpl. atípica habitual, papilar, secretor, com diferenciação escamosa Carcinoma mucinoso (5%) Carcinoma seroso papilar (3-4%) Carcinoma de células claras (<5%) Idosas, muito agressivo Carcinoma escamoso Carcinoma indiferenciado Carcinoma misto Câncer de Endométrio Estadiamento: Cirúrgico Est I Est II Est III Est IV Tumor limitado ao corpo uterino A: Tumor limitado ao endométrio B: invasão menos da metade do miométrio C: invasãomais da metade do endométrio Tumor invade a cérvice A: invade glând. Endocervicais B: invade estroma Tumor além dos limites uterinos, mas restrito à pelve A: invasão serosa, anexos, citologia peritoneal positiva B:metástases na pelve e/ou linfonodos Tumor invade órgãos vizinhos ou metástases à distância A: invasão de bexiga e/ou mucosa intestino B: metástases à distância Câncer de Endométrio Variáveis de Prognóstico: Idade: jovens - melhor prognóstico 2. Tipo histológico – subtipos não endometrióides – pior prognóstico 3. Grau histológico – fortemente associado a prognóstico Grau diferenc. Ln+ Inv miom. Índ. Recorrência I 2% 4% 4% II 11% 15% 15% III 27% 39% 42% 1. Câncer de Endométrio 4. 5. 6. 7. 8. 9. 10. Invasão do miométrio – acesso ao sistema linfático Extensão para istmo e colo – maior risco de dç extrauterina Envolvimento de anexos (alto risco de recorrência) Citologia peritoneal - se + é mau prognóstico Metástase para linfonodos Tamanho do tumor Estado do receptor hormonal Câncer de Endométrio Tratamento: - Cirúrgico: Histerectomia total abdominal com sapingoooforectomia bilateral (locais de metástases microscópicas). Ampla incisão para exploração. Obter lavados peritoneais (subdiafragmáticos, sulcos paracólicos e pelve) Radioterapia adjunvante: Só não realizada no IA GI. Nos demais: cirurgia + RT / braquiterapia adjunvante Tumores inoperáveis: RT Quimioterapia: dç disseminada ou recorr.extra-pélvica - - Cãncer de Endométrio Tratamento das Recidivas: - RT / braquiterapia Progestágenos por tempo indeterminado Seguimento: Ex físico e ginecológico, citologia e colposcopia RX pulmão(anual) USG abdominal e pélvica Cintilografia óssea (pac sintomáticas) TC / RM