Aula 3 Políticas Econômicas Parte II ABREU FILHO, José Carlos Franco de, et alli Finanças corporativas. 9ª. edição revista. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007. ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. 8ª edição. São Paulo: Ed. Atlas, 2009. FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 17ª edição. São Paulo: Ed. Qualitymark, 2008. 1/20 Mercado Financeiro Política Monetária Política Fiscal Políticas Econômicas Política Cambial 2/20 Política de Rendas Mercado Financeiro Política Fiscal É a política de receitas e despesas do governo. Envolve a definição e a aplicação da carga tributária exercida sobre os agentes econômicos, bem como a definição dos gastos do governo, altamente dependentes dos tributos arrecadados. 3/20 Mercado Financeiro Matriz insumo-produto a quatro pólos G Governo T Fornecimento de Fatores de Produção Remuneração pelos Fatores de Produção M Setor Externo X Empresas S Indivíduos I Pagamento pelos Bens e Serviços Suprimento de Bens e Serviços 4/20 Mercado Financeiro 5/20 Mercado Financeiro Finanças Públicas Conceitos Básicos Deficit Primário = (IG + G) – T ou total de despesas não-financeiras – receitas tributárias totais Deficit Nominal = Deficit Primário + Juros Nominais ou total de despesas (inclusive financeiras) – receitas tributárias totais Dívida Pública : A dívida pública evolui de acordo com o Deficit Nominal 6/20 Mercado Financeiro Dívida Pública e Dívida Externa Dívida Pública Interna Dívida Pública R$ 1,65 trilhão Dívida Pública Externa US$ 70 bi Dívida Externa Total US$ 352 bi Dívida Privada Externa Dívida Privada US$ 282 bi Dívida Privada Interna 7/20 Mercado Financeiro Não confundam! Balança Comercial = Exportações (-) Importações Relações comerciais do país com o mundo Deficits Públicos: • Deficit Primário: (IG + G) – T não inclui despesas financeiras do governo • Deficit Nominal: Deficit Primário + Juros inclui despesas financeiras do governo 8/20 Mercado Financeiro Aplicação – caso teórico Meses 1 2 3 4 a) b) c) d) 9/20 Deficit Primário Dívida Juros (em milhões) (início do período) (taxa de juros = 1% a.m.) $ 1.000 0 0 Deficit Nominal 0 - $ 60 - $ 60 Calcule o Deficit Nominal no período 1 e a dívida no início do período 2. Suponha que o Deficit Primário foi zerado no período 2. Calcule o Deficit Nominal no período 2. Suponha que foi feito um Superavit Primário de $ 60 milhões (Deficit de - $ 60 milhões) no período 3. Calcule o Deficit Nominal no período 3. Qual o Superavit Primário necessário no período 4 para evitar que a dívida continue crescendo? Caso o Superavit Primário esteja limitado a $ 60 milhões, cite duas outras maneiras de evitar que a dívida continue crescendo. Mercado Financeiro Aplicação Mensagens 1) Não confunda Dívida com Deficit! 2) A Dívida evolui de acordo com o Deficit Nominal! 3) Zerar o Deficit Primário não é sinônimo de equilíbrio das Finanças Públicas! Afinal, esse é um conceito parcial de Deficit Público que não inclui despesas financeiras (juros). 4) O Superavit Primário é a economia de recursos que o governo faz para pagar (pelo menos uma parte dos) juros de sua dívida! Essa é a única razão para gerar Superavit Primário, o qual não serve para outra coisa. 10/20 Mercado Financeiro 11/20 Mercado Financeiro Relação Dívida/PIB e o Risco País O desbalanceamento entre receitas menores e despesas maiores obriga o Governo Federal a se financiar via mercado financeiro, por meio da emissão de títulos pela Secretaria do Tesouro Nacional. Os títulos assim emitidos vão constituir a Dívida Pública Mobiliária Federal Interna – DPMFi. São emitidos títulos de renda fixa com diferentes características de formação de taxa, remuneração aos investidores e prazos de vencimento, a saber: • Prefixados; • Pós-fixados pela taxa SELIC ou pela TR; • Indexados pela Taxa de Câmbio • Indexados por índices de preços 12/20 Mercado Financeiro O FMI, para efeitos de divulgação, utiliza como medidas básicas do crédito de um país o superavit primário e a dívida pública/PIB. Na prática, o mercado financeiro e as agências de classificação de risco, preocupados com a probabilidade de que um país seja capaz de manter o serviço regular de sua dívida externa, avaliam o risco e o crédito de um pais com outras medidas: o deficit público/PIB, o deficit da conta corrente externa/PIB e a dívida externa/exportações. Os modelos utilizados para prever as crises de endividamento dos países usam dados não apenas relativos ao tamanho, maturação e custo da dívida pública, mas também dados macroeconômicos que influem na confiança dos investidores no país. 13/20 Mercado Financeiro Política Monetária Política Fiscal Políticas Econômicas Política Cambial 14/20 Política de Rendas Mercado Financeiro Política Cambial Configura a administração da taxa de câmbio e no controle das operações cambiais. Embora indiretamente ligada à política monetária, destaca-se desta por atuar mais diretamente sobre todas as variáveis relacionadas às transações econômicas do País com o exterior. O ingresso de divisas significa conversão para reais e expansão da emissão da moeda, que tem enorme efeito inflacionário futuro. 15/20 Mercado Financeiro Cupom cambial Consiste na remuneração efetiva dos dólares convertidos em reais e aplicados no mercado financeiro brasileiro em um título que renda correção cambial mais uma taxa de juros, no caso, o cupom cambial. O valor do cupom cambial vai determinar o interesse do investidor estrangeiro em aplicar seus recursos no Brasil vis-à-vis [em comparação com] o ganho que poderia obter em seu país, levando em conta o risco de crédito em aplicar aqui. Exemplo: Suponha que a remuneração dos títulos nos quais são aplicados os recursos dos investidores estrangeiros seja de 20,69% ao ano e a variação cambial, no mesmo período, de 7,7% ao ano. Nesse caso, o valor bruto – antes da tributação – do cupom cambial será de 1,2069/1,077, ou seja, 12,06% ao ano. 16/20 Mercado Financeiro Política Monetária Política Fiscal Políticas Econômicas Política Cambial 17/20 Política de Rendas Mercado Financeiro Política de Rendas 18/20 É a que o governo exerce, estabelecendo controles diretos sobre a remuneração dos fatores diretos de produção envolvidos na economia, tais como salários, depreciações, lucros, dividendos e preços dos produtos intermediários e finais, sejam eles tradeables (transacionáveis com o exterior) ou nontradeables (não-transacionáveis com o exterior). Mercado Financeiro A melhoria da renda e o sistema financeiro Para o sistema financeiro, a melhoria da renda é de fundamental importância. Ao final de 2002, apenas 20% dos domicílios brasileiros eram “bancarizados”, o que significa que aproximadamente 26 milhões de famílias brasileiras não tinham acesso a contas bancárias. Enquanto ela não vem, reduzir o custo operacional das contas bancárias e criar produtos segmentados que permitam atender essa clientela potencial é um objetivo competitivo de sobrevivência do sistema financeiro. 19/20 Mercado Financeiro Aula 4 Dinâmica do Mercado ABREU FILHO, José Carlos Franco de, et alli Finanças corporativas. 9ª. edição revista. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2007. ASSAF NETO, Alexandre. Mercado Financeiro. 8ª edição. São Paulo: Ed. Atlas, 2009. FORTUNA, Eduardo. Mercado Financeiro: Produtos e Serviços. 17ª edição. São Paulo: Ed. Qualitymark, 2008. 20/20 Mercado Financeiro