IL-8 - Hospital Pilar

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“ ASPECTOS BIOQUÍMICOS DA INTERAÇÃO
DOS PROBIÓTICOS COM A MUCOSA
INTESTINAL”
Terapia Nutricional
Alimento Funcional
Profa. Priscila Dabaghi - MSc
Nutricionista – UFPR
Mestre em Ciências / Bioquímica – UFPR
Coordenadora do Curso de Nutrição - UTP
Profa. Regina M. Vilela, PhD
TÓPICOS
• Principais probióticos estudados e sua adição nos alimentos
• Mecanismos bioquímicos da resposta imune frente à
presença dos probióticos
• Uso dos probióticos no tratamento de doenças
inflamatórias intestinais e prevenção da translocação
bacteriana
• Resultados clínicos e segurança
PROBIÓTICOS:
COMPOSTOS MICROBIANOS
“Microorganismos vivos capazes de melhorar o equilíbrio microbiano
intestinal produzindo efeitos benéficos à saúde do indivíduo”.
Fonte: ANVISA (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
(J Pediatr 2006;149:S107-S114)
COMPOSTOS MICROBIANOS
Características dos Probióticos:
• São microorganismos vivos em culturas isoladas ou associadas,
adicionados aos alimentos que beneficiam a saúde humana / animal;
• São capazes de colonizar o intestino humano, afetando a imunidade
por melhorar transitoriamente as propriedades da flora intestinal
(crescimento, nutrição e inibição de enteropatógenos), sem efeitos
indesejáveis;
• Devem permitir adequado manejo tecnológico  resistir ao
processamento, tempo entre a fabricação, comercialização e ingestão do
produto, devendo atingir o intestino ainda vivos
GUIA DA FAO/OMS para uso de probióticos em alimentos
I - Caracterização Funcional e Avaliação de Segurança
A- Testes in vitro (estudo microbiológico / metabólitos gerados)
B- Estudo em animais (estudos de efeitos, toxicidade e avaliação histológica)
C- Estudo com humanos fase I (estudos de efeitos e toxicidade – caráter piloto)
II - Comprovação de eficácia / mecanismos
Estudos com humanos fase II (randomizados, duplo-cego, placebo-controle)
Segundo estudo, preferencialmente
independente para confirmar resultados
III - Comprovação de eficácia
Comparação entre probióticos com tratamento padrão
IV - Rotulagem
PROBIÓTICO
Conteúdo : descrição da bactéria/fungo
Número mínimo de bacteria viável ao final do prazo de validade
Condições de estocagem
Clinical microbioloigy reviews 2003. 16:668-672
Centro de informação ao consumidor
ALIMENTO FUNCIONAL
Algumas informações importantes antes de considerar
uso terapêutico de probióticos
Alguns sobrevivem no
intestino delgado
Alguns sobrevivem
no intestino grosso
Normalmente não
colonizam a mucosa
intestinal por períodos
prolongados de tempo
Alguns não resistem
ao pH gástrico ou
quando em contato
com os sais biliares
Diferentes probióticos podem
exercer diferentes funções sobre
as células intestinais e imunes
Principais probióticos estudados
•Lactobacillus*
•Pediococcus
DIFERENÇAS:
•Bacteroides
Manejo tecnológico
•Bifidobacterium*
Padrão de colonização
•Bacillus
Efeitos
•Streptococcus
Riscos
*LAB
COLONIZAÇÃO DO TRATO GASTRINTESTINAL
Manejo
tecnológico
Padrão de
colonização
Efeitos
Riscos
Dieta
Fatores
microbianos
Condições de higiene
Hospital
Medicamentos
Multifatorial
Ambiente
Carne
Vegetais
CHO Complexos
Características
do hospediro
Imunidade
Integridade TGI
DII’s
Microbiota
Microbial Interactions with Humans. Chapter 21:700-725. In: Madigan MT, Martinko JM. Brock
Biology of Microorganisms. Pearson Prentice Hall, 2005.
Distribuição de microorganismos não
patogênicos em humanos saudáveis
Colonização completa
c/ mais de 400
espécies diferentes
de bactérias
~ 2 anos
aeróbias
anaeróbias
Balanço microbiano é
responsável pela
colonização
EVIDÊNCIAS DA IMPORTÂNCIA DA ALIMENTAÇÃO NEONATAL
SOBRE A QUALIDADE DA COLONIZAÇÃO BACTERIANA
COLONIZAÇÃO BACTERIANA INTESTINAL NEONATAL
Leite materno (IgA, FOS)
(flora fecal predominante de
lactobacillus e bifidobactérias)
Leite artificial
(flora fecal predominante de enterococci,
bacteróides)
Pode  susceptibilidade para patógenos intestinais e para desordens intestinais
como alergia alimentar, enterite necrotizante, doença inflamatória intestinal
Walker, A. W. And Chen C-C
LEITES ARTIFICIAIS COM PROBIÓTICOS
Segurança >
1ano
Custo
ATIVIDADES BIOLÓGICAS ATRIBUÍDAS
AOS PROBIÓTICOS
1- Prevenção de infecção
por bactérias patogênicas
2- Redução de
prevalência de alergia
3- Redução de sintomas
de intolerância à lactose
4- Redução de risco de
certos tipos de câncer
MECANISMOS FISIOLÓGICOS DE
PROTEÇÃO CONTRA INFECÇÃO
POR BACTÉRIAS PATOGÊNICAS
INTEGRIDADE DO TGI E IMUNIDADE
Destroem a maioria dos
organismos ingeridos
Barreira não
específica
Defesa
imunológica
Camada mucosa
Defensinas
Barreira física
Turnover
24-96h
Chapman, M.H.; Sanderson, I.R. Intestinal flora and the mucosal immune system. Annales nestlé 2003;61:55-65.
PAMPs (LPS, RNA,
DNA não metilado)
PRRs (TLRs) Recep. TNF
Camada
mucosa
TLR
TLR
Células
dendríticas
SM
SMase
TNF rec
Célula
Epitelial
Células M
Lamina propria (vasos linfáticos, veias, placas de Peyer)
PAMPs (LPS, RNA,
DNA não metilado)
PRRs (TLRs) Recep. TNF
Camada
mucosa
Células
dendríticas
TLR
TLR
SM
SMase
TNF rec
c. epitelial
NF-κB
defensinas
Células M
IL-8
TNF-
Lamina propria (vasos linfáticos, veias, placas de Peyer)
IL-8
PMN
Camada
mucosa
Células
dendríticas
ROS
PMN
TLR
PMN
TLR
SM
SMase
TNF rec
Junções
celulares
c. epitelial
NF-κB
defensinas
Células M
IL-8
TNF-
Lamina propria (vasos linfáticos, veias, placas de Peyer)
IL-8
PMN
 Risco de
translocação
bacteriana
RESPOSTA IMUNE
INFECÇÃO (ANTÍGENO)
TLR
Ativação de fatores de transcrição em células epiteliais e
produção de citocinas pro-inflamatórias
Recrutamento de fagócitos para o
sítio da infecção
Aumento da produção de ROS
Depleção de GSH em células epiteliais
Defesa
antioxidante
Stress oxidativo
Camada
mucosa
ROS
ROS
PMN
TLR
PMN
TLR
SM
SMase
Macrófagos
TNF rec
c. epitelial
Cél.
dendríticas
fagossoma
NF-κB
defensinas
fagolisossoma
Células M
IL-8
TNF-
Lamina propria (vasos linfáticos, veias, placas de Peyer)
IL-8
PMN
Th2
Th1
MO
Cél.
dendríticas
 CAPACIDADE
ANTIOXIDANTE
EXACERBAÇÃO DA
RESPOSTA IMUNE
Resposta imune local
PMN
ERO
CD4+
CD4+
Th1
Th2
IL-4
B
Liberação de mediadores:
Basófilos
circulantes
• Aumento da permeabilidade vascular
• Vasodilatação
Mast cells
• Contração do músculo liso bronquial
(mastócitos)
e visceral
• Inflamação
Receptores
em vários
tecidos
B
Circulação
alterações do trânsito intestinal + alterações respiratórias + lesão celular
translocação bacteriana e sepse
DIETA ANTIOXIDANTE
IMUNOMODULAÇÃO
PREBIÓTICOS
PROBIÓTICOS
PROBIÓTICOS:
PROPOSTAS DE ALTERAÇÃO NOS MECANISMOS
FISIOLÓGICOS PARA PROTEÇÃO CONTRA INFECÇÃO
POR BACTÉRIAS PATOGÊNICAS
Probióticos estabelecem condições desfavoráveis para
crescimento de bactérias patogênicas
1- INIBIÇÃO DE ADERÊNCIA DE
MICROORGANISMOS PATOGÊNICOS
Receptores
glicoconjugados
ADESÃO DEPENDE:
 Adesinas bacterianas
 Composição da PC
 Receptores da mucosa
2 - SECREÇÃO DE PEPTÍDIOS BACTERICIDAS
bacteriocinas
3 - FORTALECIMENTO DE JUNÇÕES CELULARES
conexinas
caderinas
Aumento da síntese de proteínas de junção transmembrana
(caderinas) = junções aderentes que protegem a barreira mucosa
www.steve.gb.com/.../cell_adhesion_summary.png
4–
MODULAÇÃO
DA
RESPOSTA
IMUNE
Resposta imune local
PMN
ERO

Cél.
dendríticas
EXACERBAÇÃO
DA RESPOSTA
IMUNE
CD4+
CD4+
Th1
Th2
IL-4
B
Liberação de mediadores resultando em:
•
•
•
•
Aumento da permeabilidade vascular
Vasodilatação
Contração do músculo liso bronquial e visceral
Inflamação
Basófilos
circulantes
Mast cells
(mastócitos)
B
Receptores em
vários tecidos
Circulação
USO NA PRÁTICA CLÍNICA




Uso
Uso
Uso
Uso
em
em
em
em
síndrome do cólon irritável
diarréia bacteriana e viral
DII’s
Pancreatite
 Melhora da nutrição prematura
 Redução de incidência de sepse
Dificuldades em estabelecer uma
lógica para análise dos dados por:
•Diferentes condições clínicas
•Uso de diversos probióticos
•Uso de diferentes doses
•Diferentes variáveis analisadas
 Redução da necessidade de antibióticos
 Prevenção de enterocolite necrotizante neonatal
 Prevenção e manejo de diarréia de crianças em berçários/creches e
pacientes hospitalizados
 Prevenção de translocação bacteriana e infecção hospitalar
•McClave S A, Chang W-K, Dhaliwal R, et al. Nutrition support in acute pancreatitis: a systeatic review of the
literature. JPEN. 2006. 30:143-156.
•Watkinson P J, Barber V S, Dark P, Young J D. The use of pre-pro and synbiotics in adult intensive care unit
patients:systematic review. Clinical Nutrition. 2007:26,182-192.
•Broekaert I J, Walker W. A. Prbiotics and Chronic Disease. J Clin Gastroenterol. 2006. 40: 270-74.
•Tuohy K M, Probert H M, Smejkal C W, Gibson GR. DDT.2003.8:692-700
Riscos associados ao uso de probióticos
SEPSE PROBIÓTICA
Em adultos:
resposta imune comprometida, doença crônica ou debilitados
Abcesso hepático
Pneumonia
Bacteremia
Endocardite
Choque séptico
FATORES DE RISCO EM RELAÇÃO AO USO DE
PROBIÓTICOS EM PACIENTES HOSPITALIZADOS
SEPSE PROBIÓTICA
Fatores de alto risco
1) Imunodeprimidos, incluindo um estado de imunodepressão ou
malignidade
2) Crianças prematuras
Fatores de risco moderado
1) Cateter central venoso
2) Barreira intetsinal deteriorada (inflamação intestinal, diarréia)
3) Administração de probióticos via jejunostomia
4) Administração concomitante de antibióticos de amplo espectro ao
qual o probiótico é resistente
5) Probióticos com elevada adesão à mucosa ou cuja patogenicidade é
desconhecida
6) Doença cardíaca valvular
A presença de um único fator de alto risco ou mais de um fator de
menor risco merece cautela
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Uso crescente de probióticos pelos consumidores como forma de
cuidado com a saúde, pelas fortes evidências clínicas de benefício
- eficácia em todas as condições?
Conhecimento incompleto sobre forma de administração e
mecanismos de ação
Maior segurança no consumo por pessoas sáudáveis
– enfermos? Risco de sepse!
Efeitos específicos e muito variáveis de acordo
com o m.o, estado de saúde, idade
-resultados não extrapoláveis para
outras populações!
CONCLUSÃO
- Apesar da evidências, os estudos de manejo dietético
da resposta imune ainda são conclusivos;
- Não há ainda consenso com relação às doses de
suplementos a serem praticadas;
- Para uso seguro em todos os consumidores,
necessitam-se mais investigações clínicas, obedecendo
ao rigor científico;
- Benefícios são aumentados em virtude dos outros
componentes da dieta e qualidade de vida!
Profa. MSc. Priscila Dabaghi
[email protected]
OBRIGADA !!!
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