CLP Controlador Lógico Programável Tópicos • Introdução • Princípio de Funcionamento • Lógica Combinacional e Sequencial • Diagrama de Contatos (Simbologia LADDER) • Programação de CLP Introdução Automação: conjunto das técnicas baseados em : • Máquinas com capacidade de executar tarefas previamente executadas pelo homem e de controlar sequências de operações sem a intervenção humana; • Aparelhos programáveis com capacidade de operar quase independentemente do controle humano. A história da industrialização: • Produção seriada • Produção em linha • Produção flexível PROCESSOS DE CONTROLE As máquinas de tear são os primeiros exemplos de automação Introdução CLP: Controlador Lógico Programável • Sistema dedicado com unidade central de processamento, memória, terminais de entrada e saída • Atualmente são aparelhos eletrônicos microprocessados capazes de controlar e comandar etapas ou todo o processo de produção Surgiram com a necessidade de flexibillizar a produção. Primeira aplicação: Linha de montagem da General Motors - 1968 Richard Morley foi o engenheiro chefe da Hydromic Division que idealizou os primeiros CLP com relés eletromecânicos Princípio de Funcionamento Entradas Digitais Saídas Digitais CPU: Responsável pela interpretação dos comandos fornecidos pelo terminal de programação Memória: Armazena o sistema operacional, o programa e o estado das variáves de controle Entradas Analógicas Saídas Analógicas Interface E/S: converte os valores de tensão dos dispositivos conectados em sinais digitais e vice versa. Princípio de Funcionamento Arquitetura da Memória Memória do sistema Memória executiva É formada por memórias de somente leitura (ROM) e em seu conteúdo está armazenado o sistema operacional. Armazena resultados e/ou operações intermediárias, geradas pelo sistema. Não pode ser acessada nem alterada pelo usuário. Armazena informações de estado das E/S ou imagem das E/S. Memória de estado Memória de dados Memória do usuário Armazena valores do processamento das instruções utilizadas pelo programa do usuário. Armazena o programa do usuário. Princípio de Funcionamento Características das Conexões de Entradas e Saídas Interfaces de Entrada Digital • Contato seco • 24 VCC • 110 VCA • 220 VCA Interfaces de Saída Digital • Transistor • Triac • Contato seco • TTL Interfaces de Entrada e Saída Analógica • Controle de tensões: 1 a 5 Vcc, 0 a 10 VCC, -10 a 10 VCC • Controle de correntes: 4 a 20 mA, 0 a 10 mA, 0 a 50 mA Etapas do tratamento do sinal de entrada: •Bornes de conexão •Conversor e Condicionador •Indicador de Estado •Isolação Elétrica •Interface/Multiplexação Etapas do tratamento do sinal de saida: •Interface/Multiplexação •Memorizador de Sinal •Isolação Elétrica •Estágio de Saída •Bornes de Ligação Princípio de Funcionamento Fluxograma de funcionamento de um CLP Partida Limpeza da memória Teste da RAM Teste de execução não Partida Ok sim Leitura dos sinais de entrada Atualização da tabela imagem das entrada O tempo gasto para a execução do ciclo completo é chamado Tempo de Varredura, e depende do tamanho do programa do usuário, e a quantidade de pontos de entrada e saída. Execução do programa Atualização da tabela imagem das saídas Transferência da tabela para a saída Tempo de sim Varredura Ok não Parada O termo varredura ou scan, são usados para um dar nome a um ciclo completo de operação (loop). Lógica Combinacional e Seqüencial Instruções básicas da lógica combinacional Instrução Símbolo Operação AND A B A•B OR A B A+B NOT A Ā Através destas 3 instruções básicas é possível desenvolver uma condição para executar uma determinada tarefa, por meio da combinação dessas operações. Os dois únicos estados possíveis na lógica combinacional (ou Booleana) é ligado (um) ou desligado (zero). As instruções AND e OR comparam dois estados e tem como resultado um valor verdadeiro (um) ou falso (zero). A instrução NOT apenas inverte o estado. Lógica Combinacional e Seqüencial Elementos Básicos da Lógica Seqüencial - Temporizadores: Quando uma determinada condição de tempo é estabelecida, a instrução resulta um sinal lógico (ligado ou desligado). - Contadores: Quando um determinado número de pulsos é alcançada, a instrução responde com um sinal lógico. - Manipuladores: Quando a entrada desta instrução é verdadeira (nível lógico 1), o resultado é a manipulação de um valor para a memória, podendo ainda fazer operações bit a bit nesses registros Estas funções trabalham com registros de vários bits -8 bits = 1 byte -16 bits = 1 word (palavra) Lógica Combinacional e Seqüencial Elementos Básicos da Lógica Seqüencial Os Temporizadores e contadores ocupam cada um 3 bytes na memória do CLP. São eles: Temporizador: Byte 1 – Valor de tempo Byte 2 – Timer Byte 3 – Bits de controle (bits de entrada e saída) Condição A Temporizador TIM N Evolução temporal de um temporizador pulso 1 pulso 2 ... pulso VC CP Contador CNT N R Evolução temporal de um contador Contador: Byte 1 – Nº de pulsos Byte 2 – Contagem Byte 3 – Bits de controle (bits de E/S e bit reset) Diagramas de contatos (Simbologia LADDER) Elementos Básicos da simbologia LADDER Tipo Símbolo Contato aberto Ladder é uma linguagem simbólica que está padronizada pela norma IEC 61133, usada na programação de CLP´s. Outras linguagens também podem ser usadas como: Contato fechado Saída Diagrama elétrico Ladder em inglês significa escada, devido a semelhança dos diagramas em Ladder com degraus. ( ) •Diagrama de blocos funcionais •Diagrama funcional seqüencial (GRAFCET) •Lista de instruções •Texto estruturado Diagramas de contatos (Simbologia LADDER) Lógica combinacional com simbologia LADDER Operação Diagrama I 0.0 I 0.1 ( ) AND I 0.0 OR Q 0.0 ( ) I 0.1 I 0.0 NOT Q 0.0 Q 0.0 ( ) As numerações dos contatos I 0.0, I 0.1 e Q 0.0 são referentes aos bornes de entrada e saída de um CLP Programação de CLP’s Exemplos de Aplicação: Caso 1 – Misturador de Líquidos Descrição Pretende-se controlar o funcionamento de um dispositivo que efetua a mistura de dois líquidos, utilizando três botões: 1 – Botão de liberação do líquido A 2 – Botão de liberação do líquido B 3 – Botão de parada de emergência I 0.0 I 0.1 I 0.2 O motor é acionado quando um dos líquidos é liberado para o misturador. O contator da chave de acionamento do motor está ligado na saída Q 0.0 do CLP. Programação de CLP’s Exemplos de Aplicação: • Começam de cima para baixo e da esquerda para direita; Caso 1 – Misturador de Líquidos Solução Basta efetuar o OR entre as entradas líquido A e líquido B, seguido do AND com a entrada de emergência negada. I 0.0 A ordem das operações em LADDER: I 0.2 Q 0.0 ( ) I 0.1 Saída Operação AND Operação OR • Resolvem-se primeiro as operações em série (AND) e depois as operações em paralelo (OR). Programação de CLP’s Exemplos de Aplicação: Caso 2 – Acionamento de motor trifásico através de chave estrela-triângulo R Configuração estrela 1 VN VF 4 5 N 6 2 S Descrição Para evitar indesejáveis efeitos transitórios, faz-se necessário a energização de um motor trifásico com uma tensão inferior a nominal através da ligação de suas bobinas em configuração estrela. Após o motor atingir um regime de funcionamento seguro (10 s) a ligação deve ser alterada para a configuração delta (ou triângulo), para o motor operar com tensão nominal. 3 T VF = VN /√3 Configuração triângulo R 1 6 VN 4 S 3 2 5 T VF = VN Programação de CLP’s Exemplos de Aplicação: Caso 2 – Acionamento de motor trifásico através de chave estrela-triângulo R S T Partida C2 C3 Disjuntor 1 2 3 4 5 6 TR C1 NF NA Arranque C1 C2 C2 C1 Solução: Passo 1 – Construção do diagrama de ligação C3 TR C2 C1 Programação de CLP’s Exemplos de Aplicação: Caso 2 – Acionamento de motor trifásico através de chave estrela-triângulo Arranque C1 C2 Y Y Δ C3 TR Parada Solução: Δ 10s Passo 2 – Evolução temporal do comandos de acionamento Programação de CLP’s A Exemplos de Aplicação: TR 000 Caso 2 – Acionamento de motor trifásico através de chave estrelatriângulo C1 C1 C1 Solução: Passo 3 – Construção do diagrama de contatos P C2 C2 C2 TR 000 10s TR 000 C1 C3 Bibliografia Bignell, J. W. e Donovan, R. L. – Eletrônica Digital – Editora Makron Books Bolton, W. – Engenharia de Controle – Editora Makron Books Castrucci, P. B. L. e Batista, L. – Controle Linear – Editora Edgar Blucher Ltda. Medeiros Júnior, Jair – Mafra, Marcos Augusto – Manual de utilização de Controladores Lógicos Programáveis – SIMATIC S7-200 Ogata, Katsumi – Engenharia de Controle Moderno – Editora Prentice Hall do Brasil Osborne, A – Microprocessadores – Editora Mc Graw-Hill