Climatério

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Climatério e Menopausa
Prof. Dr. Gerson Righetto Junior
Universidade Positivo
Definições




Síndrome do Climatério - conjunto de sintomas e sinais que
aparecem no climatério prejudicando o bem estar da mulher (
Halbe , 1994 )
Climatério - transição do período reprodutivo da vida para os
anos pós-menopausa (diminuição da função ovariana)
Menopausa é o ponto no tempo em que cessam
permanentemente as menstruações, seguindo-se de uma
perda da atividade ovariana.
Perimenopausa é o período imediatamente antes e após a
menopausa (Speroff , 1995)
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Generalidades
 Além
do número crescente de pessoas idosas nos
Brasil , a população mais velha está vivendo
mais tempo.
Idade
e 1990
65-74
75-84
> 85
Comparação população entre 1984
7 vezes maior
11 vezes maior
21 vezes maior
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Generalidades




Desde 1960 nos EUA o segmento mais velho da população
tem crescido mais rapidamente que o mais jovem.
Por volta de 2050, mais de 1 a cada 5 pessoas serão idosas.
É um fenômeno mundial , não limitado às sociedades
ricas.
A população crescerá até o ano 2100 ou 2150,
estabilizando-se em torno de 11 bilhões (95% do
crescimento será nos países em desenvolvimento).
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Generalidades



Apesar dos avanços médicos e científicos ocorrido neste
século :
A expectativa de vida não se modificou. A morte
decorrente de causas naturais, ainda ocorre ao redor dos
85 anos ; apenas 1 em cada 10.000 indivíduos atinge 100
anos de idade.
No mundo ocidental, a expectativa de vida aumentou
extra-ordinariamente na medida em que múltiplas causas
de morte prematura tornaram-se preveníveis ou curáveis.
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 FASES:





1. Pré-menopausa:
aumento da freqüência de ciclos anovulatórios
fase lútea inadequada
2. Pós-menopausa:
insuficiência estrogênica progressiva e prolongada
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






Uma síndrome de deficiência estrogênica
distúrbios vasomotores
alteração do trofismo urogenital
alteração da pele
distúrbios psicológicos
alteração do metabolismo ósseo: osteoporose
alterações cardiovasculares
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


Atualmente a expectativa média de vida da mulher
situa-se ao redor dos 75 anos;
No entanto, o último período menstrual, que assinala o
início da menopausa ocorre em média entre os 50 e 54
anos;
Portanto, a mulher irá viver cerca de um terço de sua
vida, ou seja, durante um período de 20 a 30 anos, num
estado de deficiência hormonal.
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


Na maioria dos casos , a deficiência de hormônios
ovarianos, isto é progesterona e estrogênios, começa a se
manifestar antes da última menstruação;
Durante este período de transição da perimenopausa, a
pro-dução de progesterona, e posteriormente também de
estradiol, diminuem progressivamente.
Nesta fase, quando os ovários não produzirem
quantidades suficientes de estrogênios , a mulher já
apresenta os seus pri-meiros sintomas de menopausa.
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 Estes



sintomas:
ciclos menstruais irregulares
ondas de calor
distúrbios do sono, prejudicam a qualidade de vida e
inicia-se uma fase na qual todo o seu sistema biológico
está alterado.
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
Apesar de ser um fenômeno natural, a menopausa
determina importantes efeitos sobre a saúde feminina que
ocorrem a curto, médio e longo prazo.
 Entre


os sintomas de curto prazo, destacam-se:
ondas de calor
sudorese
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 Entre




os sintomas de médio prazo incluem-se:
atrofias cutâneas (rugas)
atrofia vaginal (vaginites com dispareunia)
Urinárias (infecção e incontinência urinária)
alterações psicológicas (depressão, irritação, ansiedade,
nervosismo e perda da memória)
 Entre
os que se manifestam a longo prazo citam-
se:


alterações sobre os ossos (osteoporose)
sobre o colesterol sangüíneo (aterosclerose)
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

Merece destaque que, nos últimos anos , a expectativa
de vida tem aumentado gradualmente, e se projeta
para o ano 2000 uma média de 80 anos
O mesmo não ocorre com a época da instalação da
menopausa que se mantém constante ao redor dos 50
anos e é independente de fatores tais como: raça,
paridade, peso, altura e época de instalação da
menarca.
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

Segundo Rodrigues Lima (1992) o que se discute na
literatura médica é qual seria o ponto exato em que a
mulher inicia o declínio da função ovariana e da
capacidade reprodutiva.
Alguns estudiosos dizem que o declínio começa aos 35
anos, outros , aos 40 anos e muitos apontam 45 anos. A
média de opiniões é que a partir de 40 anos,
independentemente da menopausa, a mulher ingressa
no climatério numa fase perimenopausal.
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




Após a menopausa, a secreção de gonadotrofinas e de
hormônios hipotalâmicos também sofrem alterações
radicais. No entanto, a alteração mais importante é o
déficit de estrogênios, principalmente o 17ß Estradiol;
Este estado de déficit hormonal é o principal responsável
pelo aparecimento das alterações:
a) somáticas
b) psíquicas
c) metabólicas , da síndrome do climatério
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 Distúrbios





vasomotores:
Correspondem
a
uma
alteração
do
equilíbrio
neurovegetativo, e manifestam-se principalmente por :
a) ondas de calor na face e pescoço;
b) progridem para a porção superior do tórax,
acompanhados de ,
c) rubor , sudorese profusa e aumento súbito da freqüência
cardíaca:
Estes sintomas ocorrem freqüentemente durante a noite,
acordando várias vezes a paciente , a qual geralmente
refere distúrbios do sono ( ERLIK e cols. , 1981)
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 Distúrbios



vasomotores..
As ondas de calor têm duração variável , de um ou
mais minutos , e sua freqüência pode chegar a 30
vezes ao dia (MELDRUM e cols. , 1979);
Cerca de 75 % das mulheres na perimenopausa
apresentam estes distúrbios vasomotores e, em 20 %
dos casos , as ondas de calor persistem por mais de 5
anos .
Conclui-se que , os distúrbios vasomotores são os
sintomas mais importantes e freqüentes associados à
menopausa.
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 Sintomas

vasomotores:
Os sintomas vasomotores no climatério afetam 60 a 75 %
das mulheres naturalmente menopausadas.
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 Sintomas Vasomotores
 Fogachos:






Geralmente começam pela face, pescoço, cabeça ou
tórax.
Têm uma duração média de 3 minutos.
Podem ocorrer apenas umas poucas vezes por mês ou
mais do que 30 vezes por dia.
Em 80% das mulheres persistem por, pelo menos, 1 ano.
Geralmente são desencadeados por um aumento na
tempera-tura ambiente de comida ou bebida e ansiedade
ou estresse.
São mais comumente precedidos por atividades.
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 Acompanhamento





Clínico
Quando vamos escolher
devemos ter em mente:
um
esquema
terapêutico
Para a maioria das mulheres, o tratamento de escolha é a
formulação oral.
Para mulheres com útero íntegro, a adição de progestogênio
protegerá o endométrio da estimulação excessiva e produzirá um
sangramento por privação hormonal de ocorrência regular e
previsível.
Freqüentemente, a resposta ao tratamento é muito boa, notando
seus efeitos em poucos dias.A eliminação dos fogachos geralmente
ocorre antes do término do primeiro mês de tratamento.
Algumas vezes, o ajuste da dosagem será necessário, mas a
maioria das mulheres apresentarão alívio da sintomatologia com
doses mais baixas, contidas nas formulações disponíveis.
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 Acompanhamento Clínico
 Além de promover o alívio dos fogachos, pode-se esperar um alívio
da insônia e letargia, além de melhora da sensação de bem estar.
 Se não forem tratados, os fogachos podem continuar por algumas
semanas ou por anos, uma vez que não há como prever sua
duração.
 Deve-se enfatizar às pacientes , que a súbita interrupção to
tratamento nos primeiros meses pode resultar no aparecimento de
efeito rebote.
 Se o tratamento tiver que ser interrompido, seria melhor que o
fosse de uma maneira gradual,onde as doses de estrogênio fossem
lentamente reduzidas ao longo de semanas, em vez de
abruptamente.
 Quando as mulheres interrompem a TRH administrada por longo
tempo os fogachos e a sudorese tendem a não reaparecer.
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Sexualidade no Climatério


A sexualidade acompanha o ser humano por toda a sua
vida. Mas preconceitos sócio-culturais dificultam a
percepção da sexualidade na mulher climatérica e
idosa.
O corpo muda e é preciso mudar o comportamento, ter
sensibilidade e tranqüilidade para descobrir uma nova
fase da vida sexual.
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Incontinência Urinária na Temática do Climatério
Caracteriza-se por ser uma condição de
perda in-voluntária de urina de maneira
regular que afeta a convivência social e
profissional - além de problemas higiênicos
-, a incontinência urinária é uma das
desordens mais freqüentes entre as
mulheres na pós-menopausa. A incidência é
tanta que , nos EUA, onde existem dados
sobre o problema , a in-continência urinária
é considerada problema de saúde pública.
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 Observações e Recomendações
 Não há evidência do aumento do risco de câncer de mama em
um-lheres na menopausa submetidas à TRH por menos de 10
anos.
 Depois de 10 anos de uso de TRH há aumento de risco que,
porém, não é significativo.Há indícios que o tratamento por
mais de 15 anos aumenta,significativamente o risco.
 Não há contra-indicações da TRH em mulheres com doenças benignas prévias na mama durante uso menor do que 10 anos.
Lesões benignas atuais não aumentam o risco, entretanto, o uso
por mais de 10 anos pode aumentar a incidência de câncer de
mama. A de-cisão será tomada com cautela, com seleção
restrita a cada caso e com expresso consentimento da
paciente.Antecedentes familiares de câncer de mama não
contra-indicam a TRH em casos isolados . Não sabemos se a
TRH aumenta o risco já existente em casos de hiperplasia
prévia do ducto mamário.
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 Observações


e Recomendações
Histerectomizadas
não
necessitam
progestagênios
associados aos estrogênios , uma vez que desconhecemos
seu efeito protetor sobre os ductos mamários ( este tema,
entretanto, ainda está em aberto, aguardando respostas
cientificamente comprovadas ).
A TRH não é recomendável, em mulheres com câncer
prévio de mama, de modo indiscriminado e quando não
há familiaridade com o problema. É preciso cautela e
consentimento expresso da paciente depois dos
esclarecimentos sobre riscos e benefícios. Em casos
selecionados, o advento da TRH é favorável.
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Conclusão

Em conclusão, o uso de estrogênios em pacientes
tratadas de câncer é antes de tudo defensivo,
embaraçoso e de controle dispendioso. Se a evidência
não mostrar aumento de RR após 24 a 36 meses da
terapia primária, pode-se usar a TRH naque-les casos
favoráveis anteriormente descritos e com controle
médico rigoroso. Façamos trials bem conduzidos e
selecionados e não prática clínica de rotina.
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Osteoporose
Hoje a Densitometria Óssea
facilita o diagnóstico
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Imagine
um tratamento completo para climatério...
...sem comprimidos
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