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Wagner Montemor Andrade
Especialização em DTM/DOF – ABOSC
DTM x Oclusão
O assunto oclusão tem gerado
confusão entre estudantes e
praticantes da odontologia:
A grande diversidade de conceitos sobre oclusão
Estudos insuficientes sobre princípios oclusais

Número máximo de contatos
bilaterais durante o fechamento na
máxima intercuspidação, sem levar
em consideração qualquer
relacionamento mandibular
específico.

Sempre que possível, carga axial nos
dentes posteriores, para uma ótima
distribuição de forças dentro dos
alvéolos.

Liberdade de movimento
multidimensional nos contatos
oclusais, com função em grupo
durante a lateroclusão e protrusão
apenas com contato dos dentes
anteriores. Isto fornece a mais
favorável distribuição de forças em
cada tipo de movimento funcional.
 Adequada
oclusão.
dimensão vertical de
Ultimamente as DTM´s foram
caracterizadas como uma “desordem
de vulnerabilidade genética com forte
envolvimento do sistema nervoso
central”
Fatores de Risco
1- Vulnerabilidades determinadas geneticamente devido a
deficiências de genes que são responsáveis por certos
códigos protéicos ou a presença de variações
genéticas que deixam ao indivíduo afetado mais
vulnerável a dor temporomandibular.
2- Riscos inerentes como o estresse relacionado ao
apertamento mandibular e o ranger dos dentes.
3- Riscos ambientais e traços psicológicos.
BRUXISMO
O bruxismo diurno é definido como um
apertamento mandibular consciente. Sua
prevalência é encontrada em 20% da população
adulta e é associada principalmente ao
tique nervoso e como reação ao estresse. A
fisiologia e patologia do bruxismo diurno
são desconhecidas, no entanto estresse e
ansiedade são considerados fatores de risco.
O bruxismo do sono é um
comportamento que foi recentemente
classificado como uma “desordem de
movimento relacionada ao sono”
A percepção do ranger de dentes (notada pelo
parceiro de quarto ou
membros da família), é relatado em 8% da
população
Recentes publicações sugerem que o bruxismo do
sono é secundário ao micro-despertar (definido
como uma elevação na atividade
autonômica cardíaca e respiratória que tende a se
repetir 8-14 vezes por hora de sono).
A atividade rítmica dos músculos da mastigação no
bruxismo do sono, apresenta picos minutos
antes da fase REM, o que sugere a relação de
algum mecanismo no estágio de transição do
sono, que manifesta a influência nos neurônios
motores facilitando o começo do bruxismo.
A “roda” da patofisiologia do bruxismo



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
1-Aumento da atividade autonômica cardíaca aprox. -4min;
2-Aumento na atividade cerebral aprox. -4seg;
3-Aumento dos batimentos cardíacos aprox. -1seg;
4-Aumento no tônus dos músculos suprahioides aprox. -1seg;
5-Aumento na amplitude da respiração aprox. -1seg;
6-Aumento na atividade dos músculos masseter e temporal;
7-Apertamento dentário;
8-Movimento de deglutição;
=> 1-Aumento da atividade autonômica cardíaca...
Diagnóstico do Bruxismo

1. Relatos do parceiro ou parente que escutam os sons
gerados por estas atividades;

2. Exame clínico confirmando a presença de desgaste
dentário ou hipertrofia do músculo mandibular (porem
sem a certeza da época em que estes sinais apareceram);

3. Gravações polissonográficas e de áudio-vídeo da
atividade muscular com no mínimo um canal de EMG
para o masseter, eletrocardiograma,
eletroencefalograma e eletrooculograma.
Pesquisadores precisam de estudos sistemáticos
para determinar a linha divisória entre o
bruxismo como uma variação normal de
comportamento em oposição ao
comportamento patogênico.
Dogmas na Prótese Odontológica
Muitas das “velhas verdades” na área da prótese
odontológica podem ser chamadas de dogmas,
opiniões baseadas mais na crença do que na
evidência científica.
Estudos clínicos randomizados e controlados
podem ser facilmente aplicados em comparações
de várias drogas, mas são difíceis de conduzir na
dentística restauradora e quase impossível em
tratamentos extensos como uma reabilitação
oral.
No caso da qualidade da prótese total e a
satisfação do paciente, muitos estudos têm
demonstrado pobre correlação entre a qualidade
da prótese e a satisfação do paciente com o
tratamento.
Outros estudos demonstram que a relação
interpessoal do dentista com o paciente é o fator
mais significante na avaliação do tratamento pelo
paciente.
Em dois grupos de pacientes ( um utilizando
métodos complexos na confecção de próteses, e
outro com montagens arbitrárias em
articuladores simples), nenhuma diferença
significativa nos resultados pode ser estabelecida
no curto ou no longo prazo de mais de 20 anos,
tanto na avaliação dos profissionais quanto dos
pacientes.
A maioria dos textos advoga dois estágios na
moldagem para próteses totais.
Entretanto, não há evidência de que uma técnica
ou material produzam melhores resultados do
que outros em longo prazo.
Dentes perdidos devem ser repostos quando se
deseja manter a saúde do sistema mastigatório.
Estudos clínicos cruzados e longitudinais foram
realizados e os resultados demonstraram
convincentemente que a maioria das pessoas
pode mastigar bem com um reduzido numero
de dentes sem conseqüências negativas severas.
O conceito de que as próteses totais precisam de
oclusão em balanço para criar estabilidade é tão
dominante nos livros que pode ser chamada de
dogma.
Um estudo controlado comparando oclusão em
balanço com outro grupo de prótese com guia
canina demonstrou que os pacientes ficaram
mais satisfeitos com o último, devido à aparência
estética, retenção da dentadura inferior e maior
habilidade na mastigação.
Implantes podem resolver todos os problemas
relacionados à perda de dentes.
Em comparações de estudos de longo-prazo entre
próteses fixas convencionais e implantosuportadas, revisões sistemáticas mostraram que
a incidência de complicações técnicas foi maior
na implanto-suportada.
Distúrbios oclusais por muito tempo foram
considerados os principais causadores das DTM.
Revisões sistemáticas da literatura demonstraram
que a associação entre fatores oclusais e DTM´s
é fraca, e conseqüentemente é rara a indicação
para terapias oclusais irreversíveis.
A placa interoclusal quando chamada de
“dispositivo de estabilização”, sugere que uma
melhoria na oclusão explica o efeito do
tratamento.
Uma placa de mordida anterior com contato
apenas de incisivos e caninos foi provado como
sendo tão efetivo quanto um splint de
estabilização.
E o mais surpreendente: um então chamado splint
placebo, que cobria apenas o palato sem contato
oclusal mostrou-se tão efetivo quanto uma placa
oclusal.
Concluindo, são necessárias mais pesquisas
sistemáticas e estudos controlados para
estarmos aptos a responder as muitas
questões controversas e aumentar a
qualidade e a segurança dos tratamentos
clínicos.
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