Slide 1 - Cremesp

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PRINCIPAIS PATOLOGIAS ORTOPÉDICAS QUE
AFETAM O HOMEM ADULTO – APÓS 21 ANOS.
1.
LOMBALGIA
2. ARTROSE
3. LESÕES NO ESPORTE
1. LOMBALGIA
Denomina-se de Lombalgia, o conjunto de manifestações
dolorosas que acontecem na região lombar, decorrente de
alguma anormalidade nessa região.
Conhecida popularmente como dor nas costas, a lombalgia
é uma das grandes causas de morbidade e incapacidade
funcional, tendo incidência apenas menor que a cefaléia
entre os distúrbios dolorosos que mais acometem o homem.
De acordo com vários estudos epidemiológicos, de 65% a
90% dos adultos poderão sofrer um episódio de lombalgia
ao longo da vida, com incidência entre 40 e 80% da maioria
das populações estudadas.
Sintomas
Os sintomas mais comuns da lombalgia são citados como
uma dor lombar, que corresponde à região mais inferior da
coluna vertebral, pouco acima das nádegas, na altura da
cintura.
Apresenta-se geralmente de começo discreto, com
intensidade aumentando progressivamente e agravando com
a mobilidade da região. Acompanha comumente a estas
situações,
algum
grau
de
contratura
muscular.
As crises dolorosas geralmente apresentam-se em um ciclo
de dor que duram alguns dias, podendo em alguns casos
tornar-se constante ou desaparecer, retornando depois de
algum tempo.
Durante a crise dolorosa, a permanência em alguma forma
de postura, seja sentado ou em pé, provoca o
aparecimento da dor.
A persistência dos sintomas ocasionalmente passa a ser
um fator extremamente limitante sob o ponto de vista
social, afetivo ou profissional, gerando grandes distúrbios
secundários, como os de ordem emocional.
Em termos etiológicos, a lombalgia é um processo
eminentemente clínico, onde os exames complementares
devem ser solicitados apenas para confirmação da
hipótese diagnóstica.
Causas da Lombalgia
Inúmeras circunstâncias (fatores de risco) contribuem para o
desencadeamento e cronificação das síndromes lombares,
tais como:
• fatores genéticos e antropológicos,
• psicossociais,
• obesidade,
• fumo,
• atividades profissionais,
• sedentarismo,
• maus hábitos posturais,
• síndromes depressivas,
• trauma,
• gravidez,
• trabalho repetitivo, entre outras.
Diagnóstico e exames
O
exame
clínico
é
suficiente
para
o
diagnóstico.
O diagnóstico pode ser feito clinicamente, levando em conta
as características dos sintomas e o resultado do exame
neurológico.
Exames como raio-x, tomografia e ressonância magnética
ajudam a determinar o tamanho da lesão e em que exata
região da coluna está localizada.
2. ARTROSE
O termo artrose (osteoartrose) é utilizado para descrever um
grupo de condições que afeta as articulações sinoviais.
Essas condições se caracterizam pela perda de cartilagem
articular com crescimento e remodelamento do osso
subjacente.
A incidência aumenta com a idade, em torno de 10% de
adultos apresentam artrose moderada ou grave.
Nem
todos os indivíduos com alterações radiológicas
possuem a doença ou tem os sintomas.
A artrose progride gradualmente e afeta as articulações
periféricas e a coluna vertebral.
Apesar de ser a doença reumatológica mais comum e a
principal causa da incapacidade ou invalidez de todas as
doenças crônicas, pouco ou nada se sabe sobre sua
evolução, etiologia e tratamento.
EPIDEMIOLOGIA
As alterações radiológicas em adultos é variável segundo
populações e setores regionais, entretanto se sabe que cerca
de 35% dos indivíduos apresentam alguma alteração.
As principais articulações afetadas na artrose são: mãos, pés,
joelhos e quadril.
Idade: Um terço dos adultos entre 25 e 74 anos de idade tem
evidencia radiológica de artrose, os sintomas aumentam com a
idade em todas as populações e regiões.
Gênero: A artrose de joelhos e de mãos predominam nas
mulheres. A relação mulher/ homem é de 1 a 4 e aumenta a
partir dos 60 anos enquanto que a artrose de quadril esta
distribuída igualmente em ambos os sexos.
Geografia: A artrose existe mundialmente. Entretanto existem
variações geográficas como, por exemplo, a artrose de quadril
é mais rara na população asiática e africana, e a artrose de
joelhos é mais comum na raça negra no Norte da América.
FATORES DE RISCO
Hereditários
Existe predisposição hereditária na artrose de mãos.
Biomecânicos:
Os fatores biomecânicos incluem condições congênitas ou
adquiridas como
a luxação congênita no quadril. O
traumatismo, incluindo ruptura de menisco articular ou
ligamento cruzado está associado à artrose.
O fator de risco mais importante para a artrose de joelhos é a
obesidade, o risco aumenta de forma linear com o peso sendo
menor que 1vez em magros e maior que 7 vezes em obesos.
DOR E INCAPACIDADE
A artrose é a causa mais comum de dor músculo- esquelético
e incapacidade física. Em torno de 2 a 3 % de toda a
população adulta sofre permanentemente com esta dor. Ela é
responsável por um grande gasto de recursos em saúde
direto e indiretos pois, aproximadamente 50% dos pacientes
com alterações radiológicas apresentam dor diariamente o
que repercute em suas atividades diárias, trabalho e na
procura por atendimento médico
SINAIS E SINTOMAS
Seus principais sintomas são a dor articular e a rigidez. A dor
esta relacionada com a atividade exercida e tende a piorar no
final do dia.
Dores agudas podem surgir após uma atividade especifica ou
em consequência de um determinado movimento.
A rigidez matinal é habitual e tem uma duração sempre
menor de 30 minutos, o que ajuda a distingui-la de outras
doenças.
A presença de rigidez pós-inatividade habitualmente é muito
intensa e não pode ser confundida com a rigidez matinal.
EXAMES E IMAGEM
Através do exame de raio x simples, pode-se determinar a
presença ou ausência de artrose, apesar do exame não ser
muito sensível como indicador de patologia articular.
As mudanças precoces da cartilagem, o osso subcondral e as
bordas das superfícies articulares não são observados através
da radiologia. O que pode ser observado são os osteófitos nas
margens articulares e a presença de mudanças no osso
subcondral, cistos ósseos e esclerose.
Estudos da progressão da artrose por meio de radiografias em
pacientes portadores da doença são realizados comparando
as mudanças no espaço articular, aparecimento de osteófitos
e mudanças no osso subcondral.
A cintilografia é um método de diagnóstico sensível mas
inespecífico para detectar a atividade da artrose, seu
aparecimento aparentemente precede ao aparecimento nos
estudos radiologicos.
A artroscopia é utilizada pra detectar a perda focal de
cartilagem, no entanto por ser uma técnica invasiva não é
utilizada de forma rotineira.
EVOLUÇÃO
A artrose é uma doença que evolui lentamente e parte da
perda funcional ou dos sintomas são devem-se ao
envelhecimento da pessoa.
As mudanças radiológicas não estão correlacionadas com os
sintomas ou a função. A longo prazo os sintomas se
estabilizam e melhoram.
Pacientes obesos ou com instabilidade articular tem pior
diagnóstico.
TRATAMENTO
É muito importante o diagnóstico correto da doença e
orientar
o paciente sobre sua evolução. É importante
esclarecer que a artrose não é artrite reumatóide e que a
possibilidade de desenvolvimento futuro de incapacidade
funcional é improvável.
A realização de exercícios e fisioterapia deve ser oferecida a
todos os pacientes com o objetivo de manter a sua força
muscular e a movimentação das articulações afetadas. A
maioria dos pacientes necessita de estimulo para realizar
atividades e aprender a alternar períodos curtos de trabalho
ou atividade com períodos curtos de repouso.
A redução da carga articular ajuda a melhorar o prognóstico
dos pacientes, os obesos devem ser orientados a perder
peso, inicialmente podem fazer uso de bengala o que reduz a
carga no joelho e bacia do lado oposto em 30 a 60%.
Evitar atividades que resultem em impactos repetidos e fazer
uso de sapatos com solado que absorve choques são
importantes para os pacientes com artrose.
MEDICAMENTOS
O uso de analgésicos simples pode controlar a dor na maioria
dos casos.
Antiinflamatórios são esteróides aliviam a dor e a rigidez por
curto prazo e seu uso prolongado pode provocar efeitos
colaterais indesejados ou complicações devido a sua
potencial toxidade.
Os corticóides intrarticulares estão indicados somente em
casos de sinovites aguda ou derrame articular.
Na artrose existe um abuso no consumo de medicamentos
analgésicos por isso é muito importante a orientação do
especialista devendo ser avaliado cada caso individualmente.
Atualmente podem ser utilizadas drogas condroprotetoras,
que também possuem efeito antiinflamatório e agem por um
período de tempo mais longo.
CIRURGIA
A cirurgia é realizada nos casos de artroses avançadas de
algumas articulações como a de quadril, joelho e base do
dedo polegar.
Esta indicada em casos avançados em que o tratamento
clinico não demonstra maiores benefícios e o paciente se
encontra sem opção terapêutica.
3 . LESÕES NO ESPORTE
Prevenção
O bom senso pode prevenir muitas das possíveis lesões
durante a prática de esportes.
Algumas lesões típicas e suas respectivas medidas
preventivas:
Lesões nos joelhos : Os joelhos são muito suscetíveis a
lesões.
• Evite travar o joelho,
• Não
dobre os joelhos mais do que 90º ao agachar-se ou fazer
meia flexão com eles,
• Evite torcer os joelhos, mantendo os pés o mais plano
possível (durante alongamentos, ao esticar-se),
• Se possível, exercite-se sobre superfícies macias,
• Use calçados apropriados, com solas macias e flexíveis,
• Após pular, volte ao chão com os joelhos flexionados.
Dores musculares : A dor muscular é um sintoma de
excesso de duração ou de intensidade do exercício praticado.
• Faça aquecimento, como, exercícios de alongamento, antes
de qualquer atividade física, independente do tipo e
intensidade do exercício a ser praticado,
• Não exagere. O ditado "sem sofrimento, sem ganho" não é
verdadeiro.
• Após exercícios vigorosos, faça um período de relaxamento.
•Diminua a velocidade e intensidade do exercício por 5
minutos. Por exemplo, após uma corrida, caminhe por 5
minutos.
Bolhas : As bolhas ocorrem por uso de sapatos ou meias
apertados ou inadequados.
• Use sapatos e meias que lhe sirvam bem. Os sapatos, já
calçados, devem permitir que você movimente os dedos,
estando em pé ou sentado,
• As costuras internas dos sapatos não devem friccionar ou
raspar no pés,
• Se necessário use protetores adesivos.
Dor do lado : Dor do lado é o nome dado à dor em pontada,
sentida abaixo das costelas, geralmente à esquerda, durante
a realização de exercícios.
• Não beba líquidos e não coma nas 2 horas que antecedem a
atividade física,
• Respire corretamente, elevando os músculos abdominais na
inspiração,
• Não continue se exercitando ao sentir a dor. Pare a atividade
e caminhe devagar.
Dor na parte da frente da perna : Pode ocorrer uma dor de
intensidade leve a moderada na parte da frente da perna
(região do osso chamado tíbia).
• Fortaleça os músculos da região,
•Mantenha a barriga da perna bem alongada,
• Não corra sempre na mesma direção quando em pistas
cobertas em local fechado ou em vias movimentadas.
Dor no tendão de Aquiles : A dor no tendão de Aquiles é
causada por estiramento, inflamação ou ruptura do tendão que
conecta os músculos da barriga da perna com a parte
posterior do calcanhar.
• Faça aquecimento com exercícios de alongamento antes de
praticar qualquer atividade esportiva.
•Alongue ao máximo a região do tendão de Aquiles e
mantenha-se nesta posição por um período prolongado.
• Não
alongue o tendão de Aquiles com movimentos curtos e
repetidos (de vai-e-volta),
• Use calçados adequados, que absorvam impactos e
proporcionem estabilidade,
• Evite usar tênis para corrida com solado muito alto,
• Evite correr em superfícies muito duras como asfalto e
concreto,
• Corra em superfícies planas em vez de íngremes. Correr em
superfícies íngremes sobrecarrega o tendão de Aquiles.
Lesões esportivas graves
As lesões graves são menos comuns, mas podem ocorrer,
principalmente em esportes de contato como futebol e outros.
Estas lesões incluem:
• Fraturas,
• Deslocamento das articulações ,
• Distensões e estiramentos,
• Trauma craniano ou ferimentos na cabeça,
• Lesões no pescoço ou espinha,
• Traumas abdominais, como lesões no baço ou no fígado
Adote algumas medidas para evitar lesões graves durante
a prática esportiva:
• Use os equipamentos de proteção e vestimentas indicadas
para cada esporte, como capacete, joelheiras e protetor de
ombros, pulsos, tornozelos e boca,
• Treine o esporte para aprender a se defender e evitar
traumas leves. Atletas de fim de semana são mais propensos
a traumas graves,
•Siga as regras do esporte.
Perguntas a fazer
Algum dos sinais abaixo está presente?
- Ponta do osso visível ou a região machucada emite som
áspero, com crepitação,
-
A
região
lesada
parece
estar
torta
ou
disforme,
- Perda da sensibilidade na área machucada,
- A pessoa não consegue colocar peso sobre a região lesada,
- Dor intensa ou dificuldade de movimentar o calcanhar,
- A pele em volta está azulada e/ou está fria e dormente,
- A dor é intensa ou o inchaço e/ou dor estão piorando,
- Dor ao pressionar ao longo do osso.
Dicas de auto cuidado
• Pare o que está fazendo e adote a técnica RGCE: repouso,
gelo, compressão e elevação do membro afetado.
• Adote essas medidas ao primeiro sinal de dor ou desconforto
importante.
• Tome um medicamento para diminuir a dor e inflamação.
Quanto ao envelhecimento masculino, podemos dizer que o
homem é um pouco mais “protegido” dos sintomas deste
processo em relação à mulher. Por outro lado, as estatísticas
demonstram que os homens morrem mais precocemente
que as mulheres.
Em relação à massa mineral óssea, esta perda começa no
homem por volta dos 50-60 anos de idade com uma taxa de
0,3% ao ano, enquanto que na mulher, esta perda ocorre
mais precocemente, entre os 40 -75 anos de idade, com uma
taxa de 1% ao ano.
Uma mulher aparentemente saudável experimenta por volta
dos 70 anos uma diminuição de 20% na densidade mineral
óssea e de 25-40% no colo do fêmur e região trocanterica,
enquanto que o homem na mesma idade, tem diminuída em
3% sua densidade mineral óssea e em 20-30% a densidade
do fêmur.
Entretanto, esta perda está relacionada não somente ao
envelhecimento, mas também à genética, ao estado
nutricional, ao estado hormonal e ao nível de atividade física
do indivíduo.
As alterações neuromusculares também são seletivas em
relação aos sexos, visto que os estudos (Going et al-1995)
evidenciaram que em mulheres idosas, os componentes
minerais, água, proteína e massa livre de gordura decrescem
em percentuais de 23%, 14% e 20% nas mulheres, e em
percentuais de 10%, 12% e 13% nos homens,
respectivamente.
Como dito anteriormente, as diferenças são evidentes entre
os sexos no que diz respeito às “perdas” durante o processo
de envelhecimento.
Isso não significa que o período de perda não possa ocorrer
mais precocemente nos homens, especialmente em casos
de doenças degenerativas (artrite reumatóide, artrose
primária, Parkinson, Alzheimer e distrofias musculares),
doenças crônicas (diabetes melittus, osteomielites e
infecções prolongadas) ou doenças adquiridas como
acidente vascular cerebral, seqüelas de infecções e tumores.
O mais importante é deixarmos claro que, mesmo o homem
estando um pouco menos sujeito as doenças do
envelhecimento, elas ocorrem e o seu curso quando não
acompanhado e tratado pode ser trágico.
Assim, as regras básicas de detecção precoce da doença e
tratamento imediato são imprescindíveis, sendo esta
através de medicamentos e se necessário, melhora das
condições nutricionais, atividade física e acompanhamento
periódico.
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