tuberculose e hanseníase

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Disciplina: Medicina de Saúde da Família
Naianne Leão
Rafaela Roschel
Thiciana Bassitt
04 de novembro de 2013
 Doença
infecto-contagiosa;
 Causada
pelo Mycobacterium tuberculosis
(BAAR);
 Transmissão
através de aerossóis.
 90%
dos
casos
ocorre
em
países
subdesenvolvidos;
 Aproximadamente 80% dos casos ocorre na
população economicamente ativa (entre 15 e
59 anos);
 O Brasil é o único país da América Latina
incluído entre as vinte e duas nações
responsáveis por 80% do total de casos de TB
no mundo;
 Estima-se
que um, em cada quatro
brasileiros, esteja infectado pelo bacilo de
Koch.




anualmente, cerca de 90.000 novos casos da doença
são notificados ao MS.
Pouco mais da metade dos casos (53%) encontra-se
relacionado à forma pulmonar bacilífera. As regiões
Norte, Nordeste e Sudeste são aquelas que
apresentam as maiores taxas de incidência da
doença;
A mortalidade por TB tem mostrado tendência de
redução. Entretanto, a cada ano é observada a
ocorrência de 5.500 mortes, sendo a principal causa
de óbito entre pessoas que vivem com a Síndrome da
Imunodeficiência Adquirida (AIDS);
Essas tendências epidemiológicas estão fortemente
associadas às desigualdades sociais: os negros, por
exemplo, têm apresentado um risco de morrer 2,5
vezes maior do que os brancos;
 Cor
negra;
 Extremos de idade;
 Alcoolismo;
 Desnutrição;
 Más condições de moradia;
 Algumas ocupações profissionais;
 Pacientes imunodeprimidos.
Prevenção primária com a investigação de
contatos e atividades educativas;
 Do diagnóstico precoce da
TB, através da
identificação e investigação de SR;
 Tratamento com esquema básico Descentralizado;
 Acompanhamento dos portadores da TB e seus
contactantes;
 Coordenação
do cuidado (promover uma
interação com
outros serviços / níveis de
atenção.

 Caso
suspeito é definido como todo individuo
com sintomatologia clinica sugestiva ou seja
tosse com expectoração por 3 semanas ou
mais e/ou febre, perda de peso, diminuição
do apetite somada a imagem radiológica.
 Escarro;
 Lavado
Gástrico;
 Cultura;
 Radiografia.
 Teste
tuberculínico ( Reação de Mantoux) :

0 a 4 mm – não reator: indivíduo não infectado
pelo M. tuberculosis ou com sensibilidade
reduzida;

5 a 9 mm – reator fraco: indivíduo vacinado com
BCG ou infectado pelo M. tuberculosis ou por
outras micobactérias;

10 ou mais mm – reator forte: indivíduo infectado
pelo M. tuberculosis, que pode estar doente ou
não, e indivíduos vacinados com BCG nos últimos
dois anos.
 Um
resultado entre 10 e 15 mm é duvidoso no
período de até 10 anos depois da última BCG,
mas sempre deverá se considerar a
possibilidade de infecção pelo M. tuberculosis
nas seguintes situações:



Se a prova tuberculínica é maior que 15 mm,
mesmo que o paciente tenha recebido BCG nos
últimos 10 anos;
Se a prova tuberculínica é maior que 10 mm e a
última BCG foi aplicada há mais de 10 anos;
Se o indivíduo esteve em contato com um caso de
TB
ou
existe
história
familiar
de
TB
(independentemente da vacinação de BCG);
 TB
Pulmonar Bacilífera:
Pacientes com 2
baciloscopias
diretas
1 baciloscopia
(+) e cultura (+)
1 baciloscopia
(+) e imagem
radiológica
sugestiva
 TB
pulmonar escarro-negativa:
Pacientes com 2
baciloscopias (-)
Mais imagem
radiológica
sugestiva
Achados clínicos
Ou outros
exames
complementares
 TB
extrapulmonar:
Evidências
clínicas
Achados
laboratoriais
Achados
histopatológico
Cultura (+) de
material
extrapulmonar
 Todo
paciente SR deve ser encaminhado a
uma UBS para investigação e tratamento;
 Cabe ao profissional de saúde notificar o
caso ao Sistema Nacional de Agravos de
Notificação (SINAN);
 Tratar como prioridade os pacientes que
possuem baciloscopia (+);
 As
UBS devem ter parceria com um
laboratório que realiza a pesquisa do bacilo
no escarro;
 Antes de iniciar o tratamento verificar
fatores que dificultem a adesão;
A fonte de contagio
é um paciente
bacílifero ainda
não tratado ou em
tratamento a
menos de 2
semanas
 Paracoccidioidomicose;
 Histoplasmose;
 Aspergilose;
 Pneumonias.
Regime
Fármacos
Faixa de peso
Unidades/dose
2RHZE
Fase
intensiva
RHZE*
150/75/400/275
Comprimido em
dose
fixa combinada
20 a 35 Kg
2 comprimidos
4RH
Fase de
manutenção
RH
300/200 ou
150/100
Cápsula
36 a 50 Kg
3 comprimidos
>50 kg
4 comprimidos
20 a 35 Kg
1 cápsula 300/200
36 a 50 Kg
1 cáp 300/200 + 1
cáp 150/100
>50 kg
2 cápsulas
300/200
As siglas utilizadas significam: R= Rifampicina, H= Isoniazida, Z=
Pirazinamida e E= Etambutol
Meses
4
2
 Vacina

BCG ao nascer
 Contra
indicação:
Imunodeficiência
congênita ou adquirida, RN com menos de
2kg e crianças com lesões dermatológicas no
local.
RN co-habitantes de foco tuberculoso ativo;
 Crianças
contatos de casos baciliferos não
vacinadas com BCG ou vacinadas há mais de 2 anos,
com PPD igual ou superior a 5mm;
 Crianças contatos de casos baciliferos vacinadas
com BCG há menos de 2 anos, com PPD igual ou
superior a 10mm;
 Pessoa HIV + e que co-habita com indivíduo com TB
pulmonar (BAAR +), quando afastada qualquer tipo
de TB ativa;
 Pessoas HIV +, descartada TB ativa, com resultado
de teste tuberculínico (PPD) superior à 5mm;

 Pessoas
imunocompetentes com reação
tuberculínica recente (até 12 meses), isto é,
que tiveram um aumento na resposta
tuberculínica de, no mínimo, 10mm, visto
que há maior risco de adoecimento nas
pessoas recém infectadas;
 No


Ocorre de forma endêmica nos países com
condições precárias socioeconômicas.
Estima-se cerca de 500.000 pessoas acometidas
pela doença.
 No


mundo:
Brasil:
Estima – se que haja cerca de 80.000 doentes.
Tem apresentado redução significativa de sua
prevalência ( de 16,4 por 10.000 habitantes em 1985
para 1,71 m 2004), aproximando-se da meta proposta
pela OMS de eliminação da doença como problema de
saúde pública, com a redução de sua prevalência para
1 caso por 10.000 habitantes no ano de 2005
É
uma doença infecciosa, transmitida da
pessoa doente para a sadia, através da
bactéria Mycobacterium leprae, conhecido
como “bacilo de Hansen” .
 Sua evolução é prolongada e ataca pele e
nervos periféricos
A
transmissão acontece no contato íntimo e
prolongado com o doente, através das vias
aéreas (respiração, espirro, tosse e fala).
 Pode também ser transmitida através do
contato direto com feridas abertas do
doente.
 Importante: Assim que a pessoa começa o
tratamento deixa de transmitir a doença. A
pessoa com hanseníase não precisa ser
afastada do trabalho, nem do convívio
familiar.
 Em
média de 2 a 5 anos.
Manchas
esbranquiçadas,
avermelhadas
ou
amarronzadas em qualquer parte do corpo com
perda ou alteração de sensibilidade;
 Área de pele seca e com falta de suor; com queda
de pêlos, especialmente nas sobrancelhas; com
perda ou ausência de sensibilidade;
 Sensação
de formigamento (Parestesias) ou
diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao
tato. A pessoa se queima ou machuca sem
perceber.
 Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao
longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço
de mãos e pés.
 Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e
face devido à inflamação de nervos, que nesses
casos podem estar engrossados e doloridos.

 Úlceras
de pernas e pés.
 Nódulo no corpo, em alguns casos avermelhados
e dolorosos.
 Febre, edemas e dor nas juntas.
 Entupimento,
sangramento,
ferida
e
ressecamento do nariz;
 Ressecamento nos olhos;
 Mal estar geral, emagrecimento;
 Locais
com maior predisposição para o
surgimento das manchas: mãos, pés, face,
costas, nádegas e pernas
 Importante: Em alguns casos, a hanseníase
pode ocorrer sem manchas.
A
hanseníase, para fins de tratamento, pode
ser classificada em:
 Paucibacilar: de 1 a 5 lesões de pele (baixa
carga de bacilos):


Forma Indeterminada
Forma tuberculóide
 Multibacilar:
> de 5 lesões de pele (alta carga
de bacilos).


forma Dimorfa
Forma Virchowiana
 Cor
mais clara
 Diminuição da sensibilidade
 Benigna
e localizada
 Lesões únicas
 Alterações no nervo
 Lesões
maiores
 Acomentimento dos nervos
 Imunidade
nula
 Bacilo se multiplica
 Quadro grave
 Clínico
– anamnese + exame físico criterioso
 Baciloscopia
O
diagnóstico deve ser feito e classificado
como:


Paucibacilares (PB): casos com ≤ 5 lesões de
pele e ou apenas um tronco nervoso acometido;
Multibacilares (MB): casos com > 5 lesões de
pele e ou mais de um tronco nervoso acometido.
São reações do sistema imunológico do doente ao
bacilo Mycobacterium leprae
 Principal causa de lesões dos nervos e de
incapacidades provocadas pela Hanseníase.
 Os estados reacionais, ou reações hansênicas,
podem ser de dois tipos:

Reação tipo I, ou reação reversa: novas lesões
dermatológicas (manchas ou placas) e alterações de cor
e edema nas lesões antigas, bem como dor ou
espessamento dos nervos (neurites).
 Reação tipo II, ou eritema nodoso hansênico (ENH): se
caracteriza por apresentar nódulos vermelhos e
dolorosos, febre, dores articulares, dor e espessamento
nos nervos e mal-estar generalizado.









Ptiriase alba;
Vitiligo;
Nevos hipocrômicos;
Doenças exantemáticas e reações alérgicas;
Carcionama Basocelular;
Xantomas tuberosos;
Síndrome do túnel do carpo;
Neuralgia parestésica.
 Hanseníase
tem cura!!
O
tratamento da pessoa com hanseníase é
fundamental na estratégia de controle da
doença, enquanto problema de saúde pública.
 A PQT combate o bacilo tornando-o inviável.
 PQT:
Rifampicina, Dapsona e Clofazimina, com
administração associada.
 Rifampicina:
dose mensal de 600mg (2
cápsulas de 300mg) com administração
supervisionada;
 Dapsona: dose diária de 100mg autoadministrada.
 Duração do tratamento: 6 a 9 meses
 Critério de alta: 6 doses em até 9 meses
Rifampicina: dose mensal de 600mg (2 cápsulas
de 300mg) com administração supervisionada;
 Clofazimina: dose mensal de 300mg (3 cápsulas
de 100mg) com administração supervisionada e
uma dose diária de 50mg auto-administrada;
 Dapsona:
dose diária de 100mg autoadministrada.
 Duração do tratamento: 12 a 18 meses
 Critério de alta: 12 doses em até 18 meses

 Hanseníase
e gravidez
 Hanseníase
e Tuberculose
 Hanseníase
e AIDS
 Estas
atividades não devem ser dissociadas
do tratamento PQT;
 Acompanhar
a
evolução
do
comprometimento neurológico;
 Orientar atitudes de auto-cuidado nariz,
olhos, mãos, pés);
 Casos que necessitem de cuidados mais
complexos devem ser encaminhados para os
centros de referência;
 As

atividades de controle da hanseníase são:
Descoberta precoce de todos os casos de
hanseníase existentes na comunidade

Busca ativa e passiva

Investigação epidemiológica

Tratamento adequado

Notificação do caso

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Políticas de Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Controle da hanseníase na
atenção básica: guia prático para profissionais da equipe de
saúde da família Brasília: Ministério da Saúde, 2001. 84p.: il.
– (Série A. Normas e Manuais técnicos; n.111)

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde.
Departamento de Atenção Básica. Vigilância em Saúde:
Dengue, Esquistossomose, Hanseníase, Malária, Tracoma e
Tuberculose / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção a
Saúde, Departamento de Atenção Básica . - 2. ed. rev. Brasília : Ministério da Saúde, 2008. 195 p. : il. - (Série A.
Normas e Manuais Técnicos) (Cadernos de Atenção Básica, n.
21).
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