Data: 11 Nov 2010 13:19:56 -0600 [11-11-2010 13:19:56 CST] De: [email protected] Para: [email protected] Assunto: mpti-teses Below is the result of your feedback form. It was submitted by ([email protected]) on Thursday, November 11, 2010 at 13:19:55 --------------------------------------------------------------------------nome: Vanilda Gomes Gimenez Tese:: ABORDAGEM E ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO AO RECÉM- NASCIDO PREMATURO COM DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA: UMA REVISÃO DE LITERATURA Orientador:: 11/11/2010, Letícia dos Santos Almeida Negri – orientadora Instituição:: UNESC - Centro Universitário do Espírito Santo S1: ABORDAGEM E ASSISTÊNCIA DO ENFERMEIRO AO RECÉM- NASCIDO PREMATURO COM DOENÇA DA MEMBRANA HIALINA: UMA REVISÃO DE LITERATURA Vanilda Gomes Gimenez Condutas de Enfermagem no Paciente Crítico Enfermagem Neonatologia Letícia dos Santos Almeida Negri – orientadora Mestre em Saúde Coletiva – UFES; Especialista em Saúde da Família – ENSP/Fiocruz; Este trabalho é uma revisão bibliográfica da abordagem e assistência do enfermeiro ao recém-nascido prematuro com doença da membrana hialina. O principal objetivo deste trabalho é prestar o serviço de informação para a sociedade e os profissionais de enfermagem em relação ao tema. A realização deste estudo é de grande relevância no tocante os conhecimentos da enfermagem, podendo dessa forma contribuir para a diminuição da morbi-mortalidade em recém-nascidos acometidos por essa patologia. Diante desse contexto ressaltam-se as intervenções que podem ser desenvolvidas por enfermeiros que atuam em unidade de terapia intensiva neonatal. A partir desta pesquisa os profissionais que atuam em UTIN terão conhecimentos prévios à cerca da doença da membrana hialina e os cuidados criteriosos que devem ser prestados ao recém nascido acometido pela doença. Palavras-chave: Recém-nascido, Doença da Membrana Hialina, Enfermeiro. This paper is a review of the approach and nursing care to premature infants with hyaline membrane disease. The main objective is to provide information service to society and nursing professionals on the topic. This study was of great relevance regarding nursing knowledge, and may thus contribute to reducing the morbidity and mortality from this disease. Given this demonstrated that interventions can be developed by nurses working in intensive care unit. From this research professionals working in the NICU will have prior knowledge about the hyaline membrane disease and meticulous care to be provided to the newborn affected by the disease. Key-words: Newborn, hyaline membrane disease, Professional Nursing. Introdução A Doença da Membrana Hialina é conceituada como síndrome do desconforto respiratório, ocorrendo pela deficiência de surfactante, sendo comum em prematuros com menos de 34 semanas de gestação, tendo como causa primordial a imaturidade pulmonar. As conduta de enfermagem perante um recém nascido portador da patologia, envolve uma aplicação de conhecimentos técnicos e científicos na assistência qualificada nas primeiras horas de vida. É importante conhecer a doença da Membrana Hialina, para que condutas possam ser adotadas aos recém nascidos prematuros, identificando os principais sinais e sintomas apresentados pelo RN, resultando na sua recuperação. A realização deste estudo é de grande relevância no tocante os conhecimentos da enfermagem, podendo dessa forma contribuir para a diminuição da morbi-mortalidade em recém-nascidos acometidos por essa patologia. Diante desse contexto ressaltam-se as intervenções que podem ser desenvolvidas por enfermeiros que atuam em unidade de terapia intensiva. Neonatal. A partir desta pesquisa os profissionais que atuam em UTIN terão conhecimentos prévios à cerca da doença da membrana hialina e os cuidados criteriosos que devem ser prestados ao recém nascido acometido pela doença. Metodologia Para elaboração do presente estudo optou-se por realizar uma pesquisa bibliográfica do tipo descritiva. Utilizou-se como fontes de estudo artigos publicados em periódicos científicos, literaturas que abordam o tema, todos escritos em língua portuguesa. Após obtenção do material, inicialmente realizou-se uma leitura exploratória para verificar quais os assuntos que se identificaram com o tema da pesquisa. Concretizado esse primeiro ato foram selecionados os artigos e literaturas para inicio de leitura analítica, sendo que este teve por objetivo catalogar os dados relacionados a assistência do enfermeiro ao recém- nascido prematuro, portador da doença da membrana hialina. Resultados 1. Definição A Doença da Membrana Hialina ocorre predominantemente em recém nascidos prematuros, com o sistema respiratório ainda em formação, ocorrendo ausência de quantidade suficiente de surfactante para expandir o alvéolo no momento da respiração apresentando um desconforto agudo, que tendo assistência imediata consegue melhorar o quadro clínico apresentado. De acordo com MOREIRA (2004), a Doença da Membrana Hialina é uma doença pulmonar que acompanha a prematuridade e cursa com uma atelectasia progressiva, e nas formas graves leva a uma insuficiência respiratória e óbito, sendo que a causa primaria da DMH, é a deficiência de surfactante, um material composto de 75% de fosfolipídios e 10% de proteínas, produzidos e armazenados pelos pneumocitos tipo II. Segundo KATHRYN A. MELSON et al (2002), os prematuros apresentam um distúrbio agudo caracterizado como síndrome do desconforto respiratório ou doença da membrana hialina apresentando nas primeiras horas de vida, ocorrendo em neonatos de 32 semanas de gestação e peso inferior a 1500gramas. A Doença da Membrana Hialina é um desconforto respiratório e comprometimento das trocas gasosas que acomete neonatos com músculos torácicos altamente complacentes e facilmente hiperinflamados, músculos intercostais fracos e insuficiência de surfactante (CAROLE KENNER, 2001). Segundo REBELLO (2004), a DMH, esta associada a uma quantidade inadequada de surfactante e um pulmão estruturalmente imaturo, sendo vulnerável ao edema, lesão alveolar difusa, atelectasias, podendo ser observado com freqüência nas primeiras horas de vida. BERHMAN, KLIEGMAN e JENSOR (2002) definem que, a DMH em RNs está associada às mães diabéticas, parto pré-termo, cesárea, gravidez multifetal, é a uma história de filhos previamente afetados. Sendo que a incidência da patologia ocorre com mais freqüência em recém-nascidos brancos e do sexo masculino. Conforme MIYOSHI e KOPELMAN (2004), a Doença da Membrana Hialina não estaria associada apenas pela ausência do surfactante, mas também pela qualidade do surfactante alveolar. Para MELO e RAMOS (2007), a DMH acomete prematuros com peso menor que 1500g e com menos de 25 semanas, e resulta da imaturidade pulmonar pela deficiência e inatividade do surfactante, desenvolvimento pulmonar incompleto e complacência exagerada da caixa torácica. O RN apresenta dificuldade respiratória desde o momento do nascimento, piorando progressivamente nas primeiras 72 horas de vida. 2. Fisiopatologia Conforme MARÍ TUR (2006), o centro respiratório é um processo dinâmico e ocorre pelo transporte de oxigênio pelas células associada à eliminação de CO2, e é composto por diversos grupos de neurônios, localizados bilateralmente no bulbo e na ponte, sendo dividido em três grupos de neurônios; respiratório dorsal, localizado na porção dorsal do bulbo, responsável principalmente, pela inspiração; respiratório ventral, situado na porção ventro-lateral do bulbo, que pode determinar tanto a expiração quanto a inspiração, dependendo dos neurônios do grupo que são estimulados, e o centro pneumotáxico, localizado dorsalmente na porção superior da ponte, que ajuda a controlar a freqüência e o padrão da respiração. POWELL FRANK L (2000) relata que, existem dois mecanismos pelos qual a rampa inspiratória é controlada, que são os seguintes: controle da velocidade de aumento do sinal da rampa, de modo que, durante a respiração ativa, a rampa aumenta rapidamente e, portanto, também enche rapidamente os pulmões e o controle do ponto limite em que a rampa cessa bruscamente. O objetivo final da respiração consiste em manter concentrações apropriadas de oxigênio, dióxido de carbono e íons hidrogênio nos tecidos. Por conseguinte, é muito conveniente que a atividade respiratória seja altamente sensível às alterações em cada um desses parâmetros. Ainda segundo POWELL FRANK L (2000), o excesso de dióxido de carbono, ou de íons de hidrogênio, no sangue exerce, principalmente, ação direta sobre o próprio centro respiratório, produzindo acentuada intensificação dos sinais motores tanto inspiratórios quanto expiratórios para os músculos respiratórios. Por outro lado, o oxigênio não exerce efeito direto significativo sobre o centro respiratório do cérebro no controle da respiração. Com efeito, o oxigênio atua quase inteiramente sobre quimiorreceptores periféricos, que se localizam nos corpos carotídeos e aórticos, os quais, por sua vez, transmitem sinais nervosos apropriados ao centro respiratório para o controle da respiração. De acordo com VANDER e WIDMAIER (2006), os alvéolos são minúsculos sacos ocos cujas extremidades abertas são continuas com as luzes das vias aéreas sendo o local de trocas gasosas. A superfície da parede em contato com ar é revestida por uma camada com espessura de uma célula, constituídos por epitélios pavimentosas denominadas células alveolares. As paredes alveolares contém capilares e um espaço intersticial muito pequeno, que consiste em liquido intersticial é uma malha frouxa de tecido conjuntivo. Em algumas das paredes alveolares há poros que permitem o fluxo de ar entre os alvéolos. As células alveolares tipo II secretam uma substancia denominados surfactante pulmonar que reduz acentualmente as forças de coesão entre as moléculas de água na superfície alveolar. O surfactante reduz a tensão superficial, o que aumenta a complacência pulmonar, tornando mais fácil a expansão dos pulmões. O surfactante é um complexo de lipídeos e proteínas, porém seu principal componente é um fosfolipídios que forma uma camada monomolecular entre o ar e a água na superfície alveolar. A quantidade de surfactante tende a diminuir quando as respirações são pequenas e constantes. Uma respiração profunda, estremeiam em seu padrão respiratório, distende as células tipo II, que estimulam a secreção de surfactante. 3. Sinais e Sintomas Os sinais da Síndrome de desconforto respiratório podem aparecer no parto ou dentro de algumas horas após o nascimento, incluem taquicardia, respiração forçadas, abertura nasal, cianose e retrações torácica. O neonato pode tornar-se inquieto e agitado e mostrar fadiga. Procedimentos complexos, como aspiração endotraqueal, podem exaurir completamente as reservas já limitadas do neonato, levando a bradicardia e hipoxia (KENNER, 2001). ADEILDO SIMÕES (2002) define que, a avaliação do RN é baseada na história materna, obstétrica e os dados do recém nascido. O desconforto respiratório inicia-se precocemente, com manifestações discretas podendo evoluir rapidamente para um quadro clinico grave, sendo caracterizado por: dispnéia, taquicardia, batimento das asas de nariz, batimento da tiragem intercostal e subcostal e gemido. BERHMAN, KLIEGMAN e JENSOR (2002) definem que, os sintomas aparecem um minuto após o nascimento, podendo não ser reconhecido até que a freqüência respiratória aumenta de uma forma extremamente intensa. Alguns RNS logo de imediato necessitam de uma ressuscitação pela dificuldade respiratória intensa, em especial os recém nascidos de extremo baixo peso. De acordo com REBELLO (2004), o gemido apresentado pelo RN é relacionado ao fechamento da glote no momento da expiração, com o objetivo de produzir uma pressão expiratória elevada, tentando aumentar a capacidade residual funcional. Ao exame físico é constante apresentação pelo recém nascido da fúrcula subcostal causados pelo intenso esforço muscular, necessário para expandir os pulmões. MIYOSHI e KOPELMAN (2005) definem que, nós recém nascidos prematuros extremos a expressão clínica do desconforto respiratório é muito eficaz, sendo comum o aparecimento precoce de crises de apnéia e cianose. A síndrome apresenta-se em maior gravidade aos recém nascidos antes de 28 semanas de gestação, sendo mais grave em meninos do que meninas. 4. Tratamento (Terapia com Sufactante) A ação do surfactante na doença da membrana hialina é sem duvida complexo e ainda não completamente compreendido. Os vários tipos de agressão pulmonar na doença podem afetar a função do surfactante de diferentes maneiras. O surfactante normal facilita a insuflação pulmonar com a utilização de pressões transpulmonares mais baixas, limitando desse modo o trabalho respiratório. As proteínas do surfactante também protegem o pulmão de processos infecciosos, pois modulam vários mediadores inflamatórios. O surfactante também tem um papel na remoção física de partículas do alvéolo durante a expiração (MELO e RAMOS, 2007). De acordo com REBELLO (2004), a síntese dos componentes lipídicos e protéicos do surfactante ocorrem de maneira independente. É um processo lento, sendo mais demorado no pulmão prematuro, a síntese de fosfatidilcolina a partir de seus precursores plasmáticos até a sua liberação no espaço aéreo demora de 12 a 25 horas. O complexo de fosfolipídios se acumula no citoplasma do pneumocito tipo II na forma de corpo lamelar provavelmente em conjunto com as proteínas hidrofóbica. Ainda segundo BEHRMAN, KLIEGMAN e JENSON (2002), os surfactantes naturais têm uma ação mais rápida que os sintéticos, os quais não contêm proteínas. A administração de surfactante natural a RN’s ventilados resulta em aumento agudo na ventilação e melhora das trocas gasosas, além de um aumento gradual na complacência pulmonar. Conforme MIYOSHI e KOLPEMAN (2004), a reposição de surfactante exógeno reduziu de uma forma gradativa óbitos neonatais prematuros. Atualmente a terapia tornou-se rotina em unidade de terapia intensiva neonatal aos RN com DMH. Após a administração ocorre uma melhora na oxigenação e na complacência pulmonar. Nas primeiras horas de administração do surfactante exógeno observa-se um aumento da capacidade residual funcional (CRF), decorrente da estabilização dos alvéolos ainda abertos e do recrutamento dos alvéolos com atelectasia. O aumento da CRF propicia uma maior superfície para as trocas gasosas, melhorando a relação ventilação e perfusão. Segundo MOREIRA (2004), o uso do surfactante e seus benefícios no tratamento da DMH têm sido estabelecidos por diversas unidades hospitalares. As análises demonstram que o uso precoce é melhor principalmente quando administrado nas primeiras horas de vida. No entanto alguns fatores afetam a resposta ao surfactante, como por exemplo: Permeabilidade alvéolo-capilar alterada (infecção, aspiração e asfixia); Doenças associadas à perfusão pulmonar (hipertensão pulmonar, hipoplasia pulmonar, doenças obstrutivas); Fatores ligados ao surfactante(dose, tipo, tempo de administração). O uso do surfactante diminui a mortalidade geral em 30 a 40% , a incidência de pneumotórax e enfisema intersticial, mas não altera significativamente a incidência de displasia broncopulmonar, persistência do canal arterial ou hemorragia intraventricular (ARAÚJO e ZATTI 2004). O surfactante pode ser administrado com ou sem interrupção da ventilação mecânica. Na primeira, o surfactante é ministrado através de uma sonda de aspiração traqueal ou gástrica, inserida através da cânula traqueal. Após a instilação de cada fração da droga, o RN é ventilado com balão auto-inflável e oxigênio a 100% durante 30 segundos. A interrupção da ventilação durante a instilação do surfactante tem sido relacionada a variações no fluxo sanguíneo cerebral aumentando, assim, os riscos da ocorrência de hemorragia intraventricular e lesões isquêmicas cerebrais (MIYOSHI e KOLPEMAN 2004). 5. Sistematização da Assistência em Enfermagem ao Recém-Nascido com Doença da Membrana Hialiana Enfermagem é essencial na obtenção de resultados positivos para o paciente e na manutenção, reabilitação e prevenção de certos aspectos do cuidado de saúde. É uma arte que através dos tempos, deseja buscar e proporcionar um conhecimento através de pesquisas científicas e análises lógicas de resultados, portanto tem como base e cientificidade a sistematização da assistência de enfermagem. CARPENITO (2005) Segundo DOENGES, MOORHOUSE e GEESSLER (2003) relatam que a sistematização da assistência de enfermagem é a aplicação do processo para prestação do conjunto de cuidados e medidas que visem atender às necessidades humanas básicas , é algo que vem acontecendo positivamente , caracterizando , diferenciando , aprimorando o trabalho da equipe e melhorando na assistência prestada, proporcionando uma visão holística e humanizada no atendimento das necessidades básicas do paciente. De acordo com SOUZA et al (2008, p141), a sistematização da assistência de enfermagem é uma forma organizada e planejada de prestar assistência. A aplicação do processo de enfermagem é dividida em cinco fases, que na realidade, estão intimamente inter-relacionadas e formam um ciclo contínuo de reflexão e ação. A coleta de dados é a primeira fase do processo de enfermagem, consiste na coleta e analise sistemática e organizada das informações sobre a situação de saúde do cliente, por meio de entrevista e exame físico buscando evidencias de funcionamento anormal ou fatores de risco que possam contribuir para os problemas de saúde. De acordo com POTTER (2001), a segunda fase do processo de enfermagem tem o objetivo de identificar as necessidades efetivas ou potenciais do cliente para a formulação do diagnóstico de enfermagem. O diagnostico inclui o julgamento clinico das respostas do individuo da família ou da comunidade a processos vitais ou a problema de saúde reais e potenciais, os quais fornecem a base para o plano de cuidado ou intervenções de enfermagem.O terceiro passo é a fase de planejamento da assistência, em que as ações do enfermeiro ou do cuidador são organizadas direcionadas e especificadas para a condição atual do cliente. O planejamento envolve quatro etapas essenciais: determinação de prioridades, estabelecimento de resultados esperados, determinações das intervenções e o registro do plano de cuidado. De acordo com CARPENITO (2005), a quarta fase do processo de enfermagem é a implementação, o momento de colocar em prática o plano de ação, o qual não é apenas executar ou agir, mas pensar sobre o plano estabelecido e refletir sobre o que está sendo feito e investigar a situação atual do paciente antes de agir, realizar intervenções e reinvestigar para determinar as respostas, comunicar e registrar as respostas apresentadas pelo cliente. O quinto e último passo do processo é a avaliação. O enfermeiro avalia as respostas com relação ao objetivo estabelecido inicialmente e, se necessário, realizar alterações nos planos de cuidados para atingir melhores resultados no tratamento do recém-nascido com doença da membrana hialina. Entre os planos de cuidados de enfermagem ao recém-nascido com doença da membrana hialina, destacam-se: • Administrar oxigênio aquecido e umidificado aumentando a expansão torácica. • Manter o neonato em ambiente aquecido sob fonte de calor radiante ou incubadora para evitar hipotermia. • Monitorizar a saturação oxigênio transcutânea ou valores de oximetria de pulso continuamente. • Manter a ventilação com pressão positiva contínua nas vias aéreas. • Conservar as energias do recém nascido concentrando os procedimentos e manuseando o bebê o mínimo possível. • Aspirar às vias aéreas quando necessário, evitando acúmulo de secreções e mantendo a permeabilidade. • Preparar os materiais para administração do surfactante; bem como auxiliar no procedimento. • Manter o surfactante em temperatura ambiente antes da administração, homogeneizar o frasco para baixo por duas vezes, evitando a formação de espuma. • Posicionar o recém nascido no alinhamento corporal adequado para permitir melhor expansão pulmonar e melhorar troca gasosa, não aspirar a cânula traqueal na primeira hora subsequente a instilação do surfactante, somente se houver evidencia clinica de obstrução da cânula. • Reduzir os organismos endógenos através da lavagem freqüente das mãos e usando luvas ao manusear os recém nascidos. CONSIDERAÇÕES FINAIS O presente estudo tem como premissa estabelecer a importância da assistência do Enfermeiro ao recém-nascido prematuro com Doença da Membrana Hialina. De acordo com autores, durante as ultimas décadas, nenhuma outra doença despertou tanto interesse daqueles que lidam com recém-nascidos, quanto à síndrome do desconforto respiratório neonatal ou doença pulmonar das membranas hialinas. Foram observados grandes avanços não só no conhecimento dos processos que envolvem a maturação pulmonar fetal, mas também nos cuidados de suporte aos clientes atendidos na UTI neonatal. Deve-se lembrar, no entanto, que a SDR é uma desordem decorrente da imaturidade pulmonar, complicada pela má-adaptação do RN à vida extra-uterina e pela imaturidade de múltiplos órgãos. Esses fatos reforçam a tese de que a terapêutica da SDR, em especial a reposição do surfactante exógeno, sem os cuidados de suporte vital adequados, pode não alterar a evolução clinica dos RN’s portadores desta patologia, principalmente naqueles mais imaturos. Diante do contexto deve-se ressaltar, novamente, que a efetivação de qualquer que seja a estratégia para otimizar as condutas no atendimento ao recém-nascido prematuro com DMH e obter resultados positivos, apenas será possível desde que a instituição implemente condições mínimas para os cuidados peculiares em neonatologia, pois o cliente assistido apresenta significativa singularidade do ser e complexidade no cuidar. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1. MOREIRA, Maria Elisabeth Lopes. O Recém Nascido de Alto Risco: Teoria e Prática do Cuidado. Rio de Janeiro: Fiocruz, 2004.564 p. 2. BATISTA, Janaina Fernandes Cerqueira e Reis, Adriana Teixeira. Assistência Ventilatória Neonatal com Óxido Nítrico. 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