Hantavirose Introdução • Doença vírica aguda: – Febre hemorrágica com síndrome renal (HFRS) - Ásia – Síndrome pulmonar por hantavirus (HPS) Américas/Brasil Histórico • Hantaan – 1976, Coréia – roedor • Febre hemorrágica da Coréia • 1993 identificada em moradores da região sudoeste dos EUA, doença respiratória – Vírus Sin nombre Etiologia • RNA, envelopado, fita simples – 80 a 120nm • Família Bunyanviridae • Hantavirus – 40 vírus • Sensível à maioria dos desinfetantes comuns • Sobrevive no ambiente menos de uma semana • Sob luz solar é inativado em poucas horas Situação da hantavirose no mundo • HFRS Europa, Ásia e China – 40.000 – 100.000 casos por ano • Coréia do Sul • 1.000 casos/ano • Mortalidade 5% na Ásia • Hantaan Casos de Síndrome Pulmonar por Hantavírus diagnosticados nas Américas até abril de 1998 País Casos Argentina 150 casos Brasil 10 casos Chile 27 casos Canadá 13 casos EUA 162 casos Uruguai 3 casos Situação no Brasil • Os primeiros 3 casos de HPS foram identificados em SP, Juquitiba em 1993 • • • • 1 caso MT 2 em SP 1996 4 SP 1998 Até 2005 já haviam sido notificados 664 casos – 270 óbitos – letalidade de 40,6% Sul do Brasil apresenta 50% dos casos Epidemiologia • Família Muridae – Subfamília Sigmodontinae espécies de camundongos e ratos 430 • Roedores associados a ambientes rurais • Cada vírus tem um hospedeiro roedor mais adaptado SUL • região centro e norte do Brasil – Bolomys lasiurius • rato do capim ou rato-da-cauda-peluda • Região Sul – Oligoryzomys nigripes • rato da taquara • maioria dos casos ocorre entre outubro e dezembro • Os hantavirus NÃO causam doença nos seus hospedeiro reservatórios • vírus na saliva, urina e fezes por várias semanas, meses ou toda a vida • A excreção viral tem seu ponto máximo aproximadamente 3 a 8 semanas após à infecção • Entre roedores mordidas em brigas – Maior transmissão pelos machos • demarcação de território • Ac em animais domésticos – contato com roedores infectados NÃO existem evidências da transmissão para humanos a partir de animais domésticos • Vetores artrópodes aparentemente não estão envolvidos com a transmissão do hantavírus Transmissão para humanos • HPS e HFRS – são transmitidas ao homem pelo mesmo mecanismo • Inalação de partículas infecciosas da saliva e fezes sob forma de aerossóis • Lesões na pele ou conjuntiva – ingestão de água ou alimentos contaminados Patogenia • P.I 2 a 45 dias • Viremia antes dos sinais clínicos – Ac neutralizantes • Replicação no endotélio pulmonar, cardíaco e renal – IgA, IgG e IgM neutralização viral • Linfócito T citocinas, TNF – Edema pulmonar, depressão, miocardite, hipotensão, insuficiência cardíaca, renal.... Sintomas • HPS – tosse e dispnéia – febre, dores de cabeça e vômitos – insuficiência respiratória aguda!!!! • HFSR – insuficiência renal, uremia, oligúria – Diátese hemorrágica petéquias, sangramento gengival, etc – febre, dores e vômitos Diagnóstico • Sorologia – ELISA – IgM (Adolfo Lutz, Oswaldo Cruz) • SN • Imunofluorescência • RT-PCR • Imunoistoquímica Tratamento • Não existe tratamento específico • Terapia com oxigênio • Tratamento de suporte na fase aguda Cuidados básicos • Controle de roedores • Limpeza da casa • Não deixar louças sujas • Não guardar restos de comida • Proteção individual (luvas, etc) • Controle químicos – raticidas • Cuidados ao limpar paióis, galpões, etc. • Os cães e gatos são importantes para a epidemiologia quando caçam roedores e trazem para as casas