Hantavirose DESCRIÇÃO DA DOENÇA Nas Américas, a hantavirose é considerada uma doença emergente e se manifesta sob diferentes formas, desde doença febril aguda inespecífica, cuja suspeita diagnóstica é baseada fundamentalmente em informações epidemiológicas, até quadros pulmonares e cardiovasculares mais severos e característicos. Nesse continente, a hantavirose se caracterizava pelo extenso comprometimento pulmonar, razão pela qual recebeu a denominação de síndrome pulmonar por hantavírus (SPH). A partir dos primeiros casos detectados na América do Sul, foi observado importante comprometimento cardíaco, passando a ser denominada de Síndrome Cardiopulmonar por Hantavírus (SCPH). História natural da doença Os hantavírus possuem como reservatórios naturais alguns roedores silvestres que contaminam o ambiente Em novembro de 1993, a SCPH foi identificada no Brasil, no estado de São Paulo. Posteriormente, Pará (1995), Bahia (1996), Minas Gerais, Mato Grosso e Rio Grande do Sul (1998), Paraná e Santa Catarina (1999), Goiás e Maranhão (2000) e por último Distrito Federal, Rondônia e Amazonas (2004), registraram aumento de casos, demonstrando que a SCPH está distribuída em todas as regiões do país. ASPECTOS CLÍNICOS Sintomas iniciais de febre, mialgias, cefaléia, sintomas gastrointestinais, seguidos da fase cardiopulmonar com febre, dispnéia, taquipnéia, taquicardia, tosse seca, hipotensão, edema pulmonar não cardiogênico, evoluindo para insuficiência respiratória aguda e choque. PERÍODO DE INCUBAÇÃO Em média, de 1 a 5 semanas, com variação de 3 a 60 dias. TRANSMISSIBILIDADE O período de transmissibilidade do hantavírus no homem é desconhecido. Estudos sugerem que o período de maior viremia seria alguns dias que antecedem o aparecimento dos sinais/sintomas. MODO DE TRANSMISSÃO A infecção humana ocorre mais frequentemente pela inalação de aerossóis, formados a partir da urina, fezes e saliva de roedores infectados. Outras formas de transmissão, para a espécie humana, foram também descritas: • Percutânea, por meio de escoriações cutâneas ou mordedura de roedores; • Contato do vírus com mucosa (conjuntival, da boca ou do nariz), por meio de mãos contaminadas com excretas de roedores; • Transmissão pessoa a pessoa, relatada, de forma esporádica, na Argentina e Chile, sempre associada ao hantavírus Andes. AÇÕES As medidas de prevenção e controle devem ser fundamentadas em manejo ambiental por meio de práticas de higiene e medidas corretivas no meio ambiente, antiratização, associadas a desratização (no domicilio e/ou peri-domicílio) quando necessário. A utilização de equipamentos de proteção individuais (EPI), como máscaras com filtros PFF3, aventais, luvas e óculos de proteção são imprescindíveis para os profissionais freqüentemente expostos. ORIENTAÇÕES As medidas de prevenção e controle devem ser fundamentadas em manejo ambiental por meio de práticas de higiene e medidas corretivas no meio ambiente, anti-ratização, associadas a desratização (no domicilio e/ou peri-domicílio) quando necessário. A utilização de equipamentos de proteção individuais (EPI), como máscaras com filtros PFF3, aventais, luvas e óculos de proteção são imprescindíveis para os profissionais freqüentemente expostos. Unidade Técnica de Vigilância de Zoonoses – UVZ Gerente: Eduardo Pacheco de Caldas Telefone: (61) 3213-8094 http://portalsaude.saude.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10999&Itemid=662 http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/vigilancia-de-a-a-z