A NEUROCIÊNCIA DA ATENÇÃO 2016 SMARTPHONES E OUTRAS TECNOLOGIAS X ATRAIR E MANTER O INTERESSE DOS ESTUDANTES DEFINIÇÃO DE ATENÇÃO: FILTRO QUE NOS PERMITE PRIORIZAR O QUE É IMPORTANTE, DEIXANDO DE LADO O DESNECESSÁRIO. FUNÇÕES DO SISTEMA NERVOSO NOS PROCESSOS ATENCIONAIS: • Interação com o ambiente; • Identifica e seleciona os estímulos que garantem ou ameaçam a sobrivivência dos indivíduos e da espécie. ESTRATÉGIA PARA CAPTURAR O INTERESSE DOS ESTUDANTES: 1 – USAR OS SENTIDOS: Ao apresentar um tema, será mais proveitoso se o professor conseguir ativar áreas relacionadas a diferentes vias sensoriais. EXEMPLOS: • GEOGRAFIA – Mostrar vídeos dos habitantes da região abordada, fotografias ou, se houver oportunidade, preparar uma excursão; • HISTÓRIA – Filmes sobre o tema abordado, encenação de peças de teatro, pesquisa sobre vestuário e linguagem de determinado período. ESTRATÉGIA PARA CAPTURAR O INTERESSE DOS ESTUDANTES: 2 – MOSTRAR QUE O TEMA É RELEVANTE: Contextualizar o tema com o dia a dia do aluno. AULA CONTEXTUALIZADA: O que está aprendendo faz sentido para sua vida (aprender se torna recompensador). X AULA PRONTA (PADRONIZADA): Talvez não capte o interesse daquele estudante que quer discutir uma notícia que saiu no jornal da manhã, como exemplo. ESTRATÉGIA PARA CAPTURAR O INTERESSE DOS ESTUDANTES: 3 – ESTIMULAR PLANEJAMENTO E AUTONOMIA: É interessante estimular a capacidade de planejamento dos estudantes e reconhecer sua autonomia. EXEMPLOS: • Sugerir que pesquisem temas em grupo e os apresentem para os colegas, antes do professor dar a aula sobre o assunto. • Literatura – professor perguntar aos alunos que gostam de ler o que acham de determinado escritor e, com base nisso, montar a aula. “O cérebro está sempre disposto a prestar atenção, mas ele a direciona para os estímulos significativos, ou seja, que despertam o interesse porque podem trazer consequências importantes para o indivíduo. O segredo de despertar e manter a atenção é fazer o estudante perceber a relevância do que está aprendendo.” RAMON M. COSENZA TIPOS DE REGULAÇÃO DA ATENÇÃO: Bottom-up (“de baixo para cima”) ou reflexa: capturada por estímulos periféricos intensos ou inusitados. Estão ligados a mecanismos instintivos (ver um inseto venenoso) ou são aprendidos (sentir cheiro de gás em um ambiente). Top-down (“de cima para baixo”) ou voluntária: o processamento atencional é controlado por mecanismos cerebrais que permitem a sua focalização em aspectos que são considerados oportunos em determinado momento. Como atentar para o que o professor está falando. EM NOSSO COTIDIANO, AMBOS OS PROCESSOS DE REGULAÇÃO CONTRIBUEM, ALTERNADAMENTE, PARA QUE A ATENÇÃO EXERÇA O SEU PAPEL. “Não é possível prestar atenção consciente em duas tarefas ao mesmo tempo: o que o cérebro faz é alternar sua atividade entre elas. Quando alternamos entre atividades são necessários alguns segundos para conseguir um foco adequado, se as mudanças são feitas sucessivamente, a perda de eficiência é inevitável.” RAMON M. COSENZA CIRCUITOS NEURAIS REGULADORES DA ATENÇÃO: 1º Circuito: regula os níveis de alerta tem seus neurônios situados no tronco encefálico. Esses neurônios distribuem seus prolongamentos por extensas áreas do córtex cerebral. 2º Circuito: orientador, seus centros importantes localizam-se no córtex cerebral, em uma região mais posterior, o córtex parietal, e outra mais anterior, o córtex frontal. Importante para mudar o foco da atenção, quando isso se faz necessário. 3º Circuito: mantém a atenção voluntariamente focalizada pelo período de tempo que for necessário para atingir um objetivo ou concluir uma tarefa. Atua na detecção de erros e conflitos e, ao mesmo tempo, promove a inibição de estímulos que poderiam causar distração e mudar o foco atencional. MICHAEL POSNER E COLABORADORES CIRCUITOS NEURAIS REGULADORES DA ATENÇÃO: “Embora mecanismos genéticos sejam relevantes, a atenção pode ser treinada e deve mesmo ser educada no processo de desenvolvimento dos estudantes. Sendo a atenção tão importante em nosso dia a dia, ela deveria ser objeto de cultivo e aprimoramento, pois os benefícios são inúmeros para a autorregulação, a aprendizagem e as relações interpessoais.” RAMON M. COSENZA Prof. Paulo Dutra Secretário Executivo de Educação Profissional [email protected] Profa. Maria Medeiros Superintendente Pedagógica [email protected]