Senhores Acionistas, Submetemos, na forma da lei, à apreciação da Assembléia Geral de Acionistas, o Balanço Patrimonial e demais demonstrações financeiras da Companhia, relativos ao exercício de 1999, acompanhados do Parecer dos Auditores Independentes. Ressaltamos também os principais resultados e fatos relevantes ocorridos no período. INTRODUÇÃO O desempenho da economia brasileira no decorrer do ano de 1999 refletiu os impactos da mudança do regime cambial ocorrida em janeiro do mesmo ano e das medidas do ajuste fiscal, acordado com o FMI. O impacto desses fatos no ritmo de atividades econômicas acabou sendo menor do que o previsto inicialmente, com o PIB brasileiro apresentando um crescimento de 0,82%, resultado mais próximo de um quadro de estagnação da economia, do que da forte recessão prevista por muitos, mesmo que o PIB industrial tenha apresentado queda da ordem de 2%. Este resultado foi bastante influenciado pela redução de 15,3% na produção de veículos automotivos. Não obstante a mudança no câmbio tenha estimulado as exportações, que cresceram em volume, os baixos preços apresentados pelas principais “commodities” e o aumento nos preços do petróleo impediram que a balança comercial voltasse a ser superavitária, tendo fechado o ano com um déficit estimado da ordem de US$ 1,19 bilhão. Outro impacto importante da mudança cambial foi o aumento dos custos industriais, com o IPA industrial apresentando crescimento de 28,32% no período, contra 8,94% apresentado pelo IPCA, obrigando as empresas a absorver parte do aumento de seus custos. Refletindo esse cenário de dificuldades, a demanda interna de aços laminados planos se situou em 7.069,5 mil toneladas, um resultado 3,9% inferior ao obtido no ano de 1998. Por outro lado, apesar de um mercado externo muito protecionista, prejudicando especialmente as exportações brasileiras de produtos siderúrgicos, as vendas externas de aços planos tiveram um desempenho positivo crescendo 3,6% em relação a 1998. Para a USIMINAS, 1999 foi mais um ano de grandes desafios, destacando-se a implementação da reestruturação da COSIPA, a inauguração de sua nova linha de laminação a frio e a realização da reforma do seu principal alto forno. A parada programada desse equipamento afetou a capacidade produtiva da Empresa, que apresentou queda de 9,2% na produção de laminados, e de 4,80% nas vendas totais, incluindo novos negócios. Em 1999, a USIMINAS deu prosseguimento ao seu Plano de Atualização Tecnológica e Otimização da Produção, tendo investido 850 milhões de reais na Usina Intendente Câmara. Ressaltamos ainda a formação no exercício, da “Joint Venture” USIMINAS/NIPPON STEEL UNIGAL - Linha de Aço Galvanizado por imersão a quente com capacidade de produção de 400 mil toneladas/ano, cujo investimento, em 1999, foi de US$164 milhões, de um total previsto de US$263 milhões. Finalmente, com a entrada em operação da nova linha de laminação a frio que irá aumentar a capacidade de produção desse produto em 1 milhão de toneladas/ano, a Empresa pretende aumentar sua participação no mercado de aços de maior valor agregado. Apesar das grandes dificuldades vividas em 1999, a USIMINAS chega ao ano 2000 tecnologicamente muito bem preparada para enfrentar o aumento da competitividade nos próximos anos. REESTRUTURAÇÃO DA COSIPA O projeto de reestruturação (dropdown) foi integralmente implementado. As principais ações que nortearam a referida reestruturação podem ser sumariadas como se segue: constituição de uma nova companhia siderúrgica com mesma sede e razão social da Cosipa. transferência para essa nova empresa das instalações que compõem o complexo siderúrgico de Cubatão, bem como de suas atividades correlatas. transferência para a USIMINAS das instalações portuárias, da planta de oxigênio e do direito de uso dos gases gerados no processo produtivo da Cosipa. assunção, pela USIMINAS, de dívidas da Cosipa no montante de R$1.115,8 milhões. emissão, por parte da Cosipa, de debêntures conversíveis em ações no valor de R$ 892,9 milhões subscritas pela USIMINAS. DESEMPENHO FINANCEIRO A USIMINAS obteve, no exercício de 1999, um lucro líquido de R$310,4 milhões. O faturamento bruto atingiu R$2,4 bilhões, decorrente da comercialização de 3,3 milhões de toneladas de produtos siderúrgicos. A geração operacional da Empresa atingiu R$635,8 milhões, superando em 20,5% a alcançada em 1998, demonstrando significativa melhoria de desempenho, aliada a um programa de redução de custos. Registrou-se um aumento de 11,1% na receita líquida, enquanto a tonelagem de vendas permaneceu bastante próxima da verificada no exercício anterior. Com isso, a margem operacional elevou-se de 21,9% em 1998 para 23,7% em 1999. A desvalorização cambial ocorrida em 1999 e o aumento do endividamento da Empresa, consequência tanto de seu programa de investimentos na Usina Intendente Câmara, como do programa de recuperação da COSIPA, fizeram com que a USIMINAS acumulasse R$ 788,6 milhões de despesas financeiras líquidas no exercício. Todas as variações cambiais foram integralmente reconhecidas e contabilizadas em 1999. Foram investidos, em 1999, R$ 850 milhões em obras na Usina Intendente Câmara, tendo sido concluída a Linha de Laminação a Frio Nº 2 e realizada a reforma e ampliação do Alto Forno Nº 3. Além disso foram investidos R$ 893 milhões em debêntures conversíveis em ações da COSIPA, R$ 91 milhões na UNIGAL, R$ 21 milhões na USIPARTS e R$ 20 milhões na MRS Logística. Cabe registrar que em 1999 a USIMINAS contabilizou créditos fiscais de Imposto de Renda e Contribuição Social no montante de R$ 816,0 milhões, de acordo com disposto na Deliberação CVM nº 273, de 20 de agosto de 1998. Além disso, informamos a contabilização de R$ 181,5 milhões como despesas não operacionais em decorrência, na sua maior parte, da constituição de provisões por assunção de dívidas junto a instituições financeiras, como consequência de sua retirada da participação acionária na Vale Usiminas Participações S.A. ( VUPSA). Ressaltamos que as demonstrações financeiras de 1999 refletem os efeitos do projeto de reestruturação de Usiminas e COSIPA, cujo destaque foi a incorporação, em 29/01/1999, da Usiminas pela Cosipa remanescente, prevalecendo a razão social de Usiminas. O reflexo da Incorporação no Lucro Operacional pode ser assim sumariado: Em milhares de reais DISCRIMINAÇÃO Receita Líquida Custo Produtos Vendidos Lucro Bruto (Despesas) e Receitas Operacionais Despesas com Vendas Despesas Gerais e Administrativas Outras Despesas e Receitas Lucro Operacional EXERCÍCIO 1999 S/ Incorporação 1.803.856 (1.200.470) 603.386 (153.943) (54.666) (68.075) (31.202) 449.443 VENDAS (t) Mercado interno Mercado Externo Relação MI/ME C/ Incorporação 1.881.709 (1.265.644) 616.065 (169.472) (57.231) (80.780) (31.461) 446.593 2.404.773 727.071 3.131.844 77/23 2.524.390 771.348 3.295.738 77/23 1998 1.693.184 (1.199.500) 493.684 (122.172) (40.513) (65.965) (15.694) 371.512 2.733.325 556.367 3.289.692 83/17 Finalmente, deve ser feito referência aos pagamentos efetuados aos acionistas em 05/04/1999 de R$ 62,2 milhões a título de juros sobre capital próprio e de R$ 40 milhões, em 20/09/1999, a título de antecipação de dividendos sobre os lucros do exercício de 1999. FLUXO DE CAIXA A demonstração do Fluxo de Caixa em 1999 é a seguinte: Atividades Operacionais R$ mil Lucro Operacional (*) 446.593 Depreciação, exaustão e amortização 189.181 Geração Operacional (EBITDA) 635.774 Acréscimo no Contas a Receber (77.309) Decréscimo nos Estoques 7.469 Decréscimo Valores a Receber 13.570 Decréscimo em Fornecedores (22.672) Acréscimo em Contas a Pagar 59.736 Fluxo de Caixa das Atividades Operacionais 616.568 Atividades Financeiras 377.087 Ingressos de Empréstimos e Financiamentos 1.484.434 Pagamento de Empréstimos e Financiamentos (864.847) Juros sobre Empréstimos e Financiamentos Pagos (232.509) Dividendos Pagos (95.386) Outras Atividades Financeiras Líquidas 85.395 Atividades de Investimento (776.497) Adições para Investimento (146.722) Adições para Imobilizado, exclusive encargos capitalizados (672.736) Baixa de Ativo Permanente 42.961 Acréscimo (Decréscimo) em Caixa 217.158 Saldo Inicial de Caixa 230.254 Saldo Final de Caixa 447.412 (*) Antes das Despesas e Receitas Financeiras e da Participação em Sociedades Controladas e Coligadas. O VALOR ADICIONADO EM 1999 GERAÇÃO DO VALOR ADICIONADO ANUAL 1999 ENTRADAS ANUAL 1998 2.174.422 2.115.376 2.370.694 2.173.464 Receitas Financeiras 145.470 115.519 Resultado não Operacional (156.207) (19.873) Retenções (185.535) (153.734) (1.158.820) (1.128.160) Matérias Primas e Bens de Consumo (786.015) (744.775) Serviços de Terceiros (372.805) (383.385) Vendas de Bens e Serviços SAÍDAS VALOR ADICIONADO DISTRIBUIÇÃO DO VALOR ADICIONADO 1.015.602 ANUAL 1999 R$ mil 987.216 ANUAL 1998 % R$ mil % Remuneração do trabalho 237.083 23,34 245.444 24,86 Governo (Impostos) 358.635 35,31 308.332 31,24 Terceiros 109.524 10,79 95.022 9,62 Lucro do exercício 310.360 30,56 338.418 34,28 Valor adicionado 1.015.602 100,00 987.216 100,00 COMERCIALIZAÇÃO Durante o ano de 1999, a Usiminas comercializou nos mercados interno e externo um total de 3.039 mil toneladas de laminados, 256 mil toneladas de produtos siderúrgicos beneficiados, 24 mil toneladas de produtos carboquímicos, 1.314 mil toneladas de não laminados e 32 mil toneladas de fundidos e forjados. Das vendas totais de laminados e produtos beneficiados em 1999, 77% foram destinadas ao mercado interno e 23% ao mercado externo. VENDAS TOTAIS DE LAMINADOS PLANOS E BENEFICIADOS Em milhares de toneladas MERCADO MERCADO INTERNO EXTERNO 1.995 2.445 1.197 1.996 2.628 927 1.997 3.052 574 1.998 2.733 557 1.999 2.524 771 MERCADO INTERNO Em 1999 a Usiminas comercializou no mercado interno 2.317 mil toneladas de laminados, 207 mil toneladas de produtos beneficiados, 19 mil toneladas de produtos carboquimicos, 1.314 mil toneladas de não laminados (refere-se basicamente a diversos tipos de escórias) e 32 mil toneladas de fundidos e forjados. Comparativamente a 1998, houve uma redução de 9% nas vendas de laminados, concentrada principalmente em chapas grossas (devido à retração do setor de Tubos de Grande Diâmetro ocasionada pelo fim do gasoduto Brasil-Bolívia). Por outro lado, verificou-se um incremento de 35% na comercialização de produtos beneficiados, destacando as vendas de “blanks”, “slitters” e chapas cortadas. Os produtos beneficiados representaram 14% do faturamento da Empresa em 1999. As vendas de laminados e produtos beneficiados foram direcionadas principalmente para os setores de Distribuição, Automobilístico, Auto Peças, Tubos de Pequeno e Grande Diâmetro, Construção Civil e Equipamentos Eletro Eletrônicos, que, juntos, representaram 79% das vendas ao mercado interno. A participação da Usiminas no mercado interno em 1999 atingiu a 34%, com destaque para a participação nos setores: PARTICIPAÇÃO NOS PRINCIPAIS SETORES CONSUMIDORES (%) Eletro-Eletrônicos 47 Autopeças 58 Automobilístico 64 Tratores/Agrícola/Rodoviário 77 Tubos de Grande Diâmetro 85 Regionalmente as vendas internas da Usiminas em 1999 tiveram a seguinte distribuição relativa: São Paulo 50% Minas Gerais 24% Sul 15% Rio de Janeiro 4% Norte/Nordeste 4% Centro Oeste/Espírito Santo 3% MERCADO EXTERNO Em 1999, a Usiminas comercializou no mercado externo 722 mil toneladas de laminados, 49 mil toneladas de produtos beneficiados, e 5 mil toneladas de produtos carboquimicos. Em comparação com 1998, nota-se um crescimento de 54% nas exportações de laminados e uma retração de 44% nos produtos beneficiados. No total, as exportações de produtos laminados e produtos beneficiados em 1999 aumentaram em 38%, compensando em parte a retração ocorrida nas vendas ao mercado interno. Exportações de Laminados e Produtos Beneficiados por mercado - (1000 t) Nafta 45% América Latina 23% Europa 21% Ásia 11% PRODUÇÃO O ano de 1999 foi marcado por importantes eventos operacionais como a implantação de novas linhas, processos e o desenvolvimento de novos produtos destacando os laminados a frio galvanizados e pré-fosfatizados. LINHAS Laminação a Frio Nº 2 composta de uma Linha Contínua de Decapagem e Laminador a Frio com capacidade de produção de um milhão de toneladas por ano e uma Linha de Recozimento Contínuo complementada por duas linhas de Regeneração de Ácido Clorídrico, Oficina de Cilindros, duas linhas de Rebobinamento, uma Linha de Embalagem, estação de Recirculação de Água, edifícios e pontes rolantes. Com estas instalações a USIMINAS ofertará ao mercado 600.000 toneladas adicionais de laminados a frio com largura até 1.830 mm e também fornecerá a matéria prima (400.000 t/ano) para a empresa UNIGAL que prestará serviços de galvanização por imersão a quente para a USIMINAS. Decapagem 4, com capacidade anual de 600.000 toneladas, usando ácido clorídrico como meio decapante, em substituição à Decapagem número 1 que usava ácido sulfúrico, visando melhoria de qualidade e de condições ambientais. PROCESSOS Fosfatização na Linha de Galvanização Eletrolítica em atendimento às especificações de montadoras de veículos instaladas no Brasil que usam tecnologia de estampagem baseada em produtos eletrogalvanizados pré-fosfatizados e também futuro desenvolvimento de aplicação nos produtos eletrodomésticos, dispensando o processo de fosfatização pelo cliente. Recozimento Contínuo - viabilizando o futuro desenvolvimento de novos produtos laminados a frio principalmente de média e alta resistência, bem como obtenção de maior uniformidade de propriedades mecânicas. Texturização de Cilindros por descarga elétrica e cromagem de cilindros, passando a atender especificações especiais de todas as montadoras de veículos quanto ao acabamento superficial do material laminado a frio, bem como promovendo uma melhoria geral na uniformidade deste acabamento. Sistema de Controle Integrado da área das Sinterizações com a troca de toda instrumentação analógica para digital, possibilitando a operação das 3 sinterizações em um único Centro de Controle, obtendo maior velocidade, facilidade e precisão das informações nas áreas de recebimento, fabricação de sínter e controle ambiental. Para atender às condições exigidas pelo Novo Laminador de Tiras a Frio foi realizada uma reforma na Laminação de Tiras a Quente, proporcionando um aumento da capacidade nominal de 3.290.000 t/ano para 3.400.000 t/ano. Ressaltamos, ainda, o encerramento da 3ª Campanha do Alto-Forno 3, após 12 anos de operação, cuja produtividade média obtida de 2,42 t/d m ³ de volume interno é considerada recorde na siderurgia mundial. Com a realização da 3ª reforma do Alto Forno 3 que durou 138 dias, foram introduzidas uma série de melhorias, destacando a troca do sistema de refrigeração de placas para “stave cooler”, permitindo o aumento do volume interno de 2.700 m ³ para 3.163 m³ e de sua capacidade de produção de 7.000 t/dia por 7.600 t/dia. Foram produzidas 2,98 milhões de toneladas de aço bruto. A geração de produtos acabados para venda foi de 3,1 milhões de toneladas. DADOS COMPARATIVOS DE PRODUÇÃO (1000 t) 1994 1995 PRODUTOS Gusa 3.972,5 3.929,3 1996 3.826,2 1997 3.737,9 1998 3.817,1 1999 2.851,3 EM Aço Líquido 4.275,7 4.256,1 4.137,6 4.014,8 4.109,3 3.043,9 PROCESSO Aço Bruto 4.185,7 4.160,5 4.039,4 3.930,3 4.023,2 2.980,0 896,2 891,5 888,8 946,6 823,8 617,3 Laminados a Quente 1.318,1 1.269,6 1.339,7 1.331,9 1.313,6 1.196,3 Laminados a Frio Chapas Grossas PRODUTOS 1.107,8 1.147,6 1.142,7 1.093,5 941,5 969,3 Lam. Não revestidos 62,4 39,2 27,4 22,0 22,1 13,8 Chapas Galvanizadas 85,7 202,7 252,0 332,9 256,7 260,6 Placas para Venda (*) 384,8 271,6 76,0 59,6 45,9 93,4 3.855,0 3.822,2 3.726,6 3.786,5 3.403,8 3.150,7 Total (*) Inclui chapa curta (aparas) O índice de produtividade da mão-de-obra atingiu 4,42 homens/hora/tonelada. PRODUTIVIDADE DA MÃO-DE-OBRA Homens/hora por tonelada 1.992 5,62 1.993 5,05 1.994 4,96 1.995 4,60 1.996 4,24 1.997 4,01 1.998 4,25 1.999 4,42 TECNOLOGIA A USIMINAS estabeleceu e consolidou diversas parcerias com empresas e organizações atuantes no mercado siderúrgico nacional e internacional. Através de atividades de assessoria, treinamento e serviços, a comercialização de tecnologia atingiu US$ 6,1 milhões (45% no mercado externo), com a SIDOR (Venezuela), SIDERAR(Argentina), Siderúrgica Huachipato ( Chile), COSIPA e AÇOMINAS, no Brasil. Buscando a excelência tecnológica, a USIMINAS deu continuidade aos acordos de Fornecimento de Tecnologia Avançada e de Produção de Aços Especiais, com a Nippon Steel. A Empresa adquiriu tecnologia nos mercados interno e externo no montante de US$ 2,9 milhões. Fortalecendo sua imagem como empresa geradora de inovações tecnológicas, a USIMINAS recebeu dez novas cartas-patentes do INPI, totalizando 267, incluindo 23 obtidas no exterior. Em 1999, a USIMINAS juntamente com a COSIPA, RIO NEGRO, FASAL e USIMINAS MECÂNICA, em parceria com a SAP e Price Waterhouse, desenvolveu e implantou, com sucesso, o Sistema de Gestão Integrada SAP/R3 , instrumento de apoio à Gestão. RECURSOS HUMANOS A continuidade do processo de melhoria da eficácia organizacional e funcional, que objetiva racionalizar a estrutura e dotar a Empresa de agilidade na condução dos seus negócios, em 1.999 entrou na etapa de ajuste fino e de apoio à administração das demais empresas do Sistema Usiminas. Na Empresa, a sua implementação resultou na diminuição de 14 unidades organizacionais e de 3,57% no número de empregados. NÚMERO DE UNIDADES ORGANIZACIONAIS 1.992 313 1.993 211 1.994 192 1.995 190 1.996 175 1.997 164 1.998 169 1.999 155 EVOLUÇÃO DO NÚMERO DE EMPREGADOS 1.992 12.144 1.993 10.944 1.994 10.448 1.995 9.890 1.996 9.210 1.997 8.359 1.998 8.338 1.999 8.040 A ênfase histórica da Empresa com a qualidade de vida no trabalho, já incorporada à cultura da organização, tem como pontos fortes o rigoroso cumprimento de normas de segurança, realização de campanhas temáticas, estudo e adequação dos postos de trabalho e a avaliação do risco das atividades. O Programa de conscientização dos empregados em relação a esses riscos é apoiado por 75 Grupos de Voluntários de Segurança formado por 1.204 empregados. Durante 1999 foi intensificado o Programa de Aproximação com Escolas e Universidades, através de palestras e visitas aos meios acadêmicos e de pesquisas, objetivando ampliar o relacionamento Empresa/Escola e atrair talentos. Foram concedidas 176 bolsas de estágios curriculares nas diversas áreas do conhecimento, totalizando 177.408 horas de estágio. Os Programas de treinamento, aperfeiçoamento e desenvolvimento, visando preparar o quadro de pessoal em face das novas tecnologias produtivas implantadas pela Empresa, foram implementados com incrementos da ordem de 47% em relação ao realizado no ano anterior. Os Programas resultaram na dedicação de 321.288 horas a treinamentos diversos, com especial destaque para os Programas de Auto-desenvolvimento, de Especialização, Mestrado e Doutorado. Visando elevar o nível de escolaridade do seu quadro de pessoal, a USIMINAS tem proporcionado cursos supletivos de 1º e 2º graus, utilizando a metodologia proporcionada pelo Governo Federal através da FUBRAE (Fundação Brasileira de Educação). Em 1.999, em solenidade com a participação de formandos, familiares e autoridades locais, a Diretoria da USIMINAS entregou o Certificado de Conclusão desses cursos a 128 dos seus empregados, o que totaliza, desde o início do Programa em 1.995, a formatura de 607 empregados. SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DA USIMINAS O Sistema de Gestão Ambiental da Usiminas foi recertificado em novembro de 1999 pelo DET NORSKE VERITAS - DNV, segundo a Norma ISO 14001. Este certificado veio renovar o já obtido em 1996 , que atesta o compromisso da Empresa com o desenvolvimento sustentável e a legislação ambiental. Em atendimento aos requisitos da Lei Estadual de nº 7.772 ,de 08/09/1980 e Decreto Estadual nº 39.424, de 08/02/1998, a Empresa encontra-se em processo de Licenciamento junto ao Conselho de Política Ambiental do Estado - COPAM. Tendo em vista a complexidade do processo produtivo, a Empresa foi dividida em 5 áreas: Laminações, Aciarias, Apoio, Sinterização/Altos Fornos e Coquerias. A primeira licença foi concedida em Agosto/1999 (Licença de Operação Nº 277/99) para a área 1 Laminações. A previsão do término do processo de licenciamento é para novembro/2001. Contribuindo para a conscientização da Comunidade do Vale do Aço, a Usiminas patrocina o Projeto de Educação Ambiental, denominado “Projeto Xerimbabo”. No ano de 1999 participaram do projeto aproximadamente 100.000 pessoas, envolvendo principalmente escolares do ensino fundamental e 2º grau, de escolas públicas e particulares em sua XV edição. Buscando a melhoria das condições ambientais, a Empresa vem desenvolvendo em parceria com IEF - Instituto Estadual de Florestas e Fundação Relictos, o Projeto de Reconstituição da Mata Ciliar dos rios Doce e Piracicaba, numa extensão de 22 Km. Este projeto envolve o plantio de 380.000 mudas de árvores nativas, das quais já foram plantadas 170.000 mudas. Para adequação da qualidade ambiental da região e controle das fontes de poluição, a Empresa investiu, desde o início de sua operação até dez/99, U$ 429,4 milhões. Somente no ano de 1999 foram investidos U$ 18,4 milhões, sendo 40% destinados ao controle da poluição hídrica, 56% à poluição atmosférica e 4% para solo/sonora. BALANÇO SOCIAL Ciente de que desenvolvimento sustentado passa obrigatoriamente pela responsabilidade social das empresas, a USIMINAS, através do USICULTURA - Instituto Cultural USIMINAS, em parceria com a comunidade do Vale do Aço, criou a Orquestra de Câmara Jovem e o Prêmio USIMINAS de Artes Visuais. Destacamos, também, a publicação do balanço social de acordo com a metodologia recomendada pelo Instituto Brasileiro de Análises Sociais e Econômicas - IBASE - que conferiu à Empresa, pela segunda vez, o “Selo Social”. BALANÇO SOCIAL BASE DE CÁLCULO 1999 X 1998 1 – BASE DE CÁLCULO 1.1 Faturamento Bruto 1.2 Lucro Operacional (*) 1.3 Gastos com Pessoal 2 – INDICADORES LABORIAIS 2.1 Encargos Sociais 2.2 Previdência Privada 2.3 Benefícios 2,3,1 Programas de Saúde 2.3.2 Seguros 2.3.3 Transporte 2.3.4 Segurança e Higiene 2.3.5 Alimentação 2.3.6 Outros Benefícios 2.4 Educação 2.5 Participação dos Empregados no Lucro SUBTOTAL 2 – INDICADORES LABORIAIS 3 – INDICADORES SOCIAIS 3.1 Impostos 3.2 Investimentos Culturais 3.3 Contrib. p/ Sociedade/Inv.Cidadania 3.4 Investimentos em Meio Ambiente (**) SUBTOTAL 3 – INDICADORES SOCIAIS TOTAL % GASTOS C/ PESSOAL 65.676 24,44 39.028 14,52 24.455 9,11 6.786 2,53 976 0,36 1.627 0,61 3.814 1,42 9.611 3,58 1.641 0,61 3.352 1,25 7.371 2,74 1999 TOTAL 2.417.878 446.593 267.730 % LUCRO OPERACIONAL 14,71 8,74 5,47 1,52 0,22 0,36 0,85 2,15 0,37 0,75 1,65 TOTAL % GASTOS C/ PESSOAL 70.774 25,45 34.723 12,48 27.158 9,76 8.090 2,91 1.096 0,39 1.642 0,59 3.672 1,32 12.484 4,49 174 0,06 4.265 1,53 10.732 3,86 1998 TOTAL 2.195.503 371.512 278.135 % LUCRO OPERACIONAL 19,05 9,35 7,32 2,18 0,30 0,44 0,99 3,36 0,05 1,15 2,89 139.882 52,06 31,32 147.652 53,08 39,76 322.930 677 111 34.318 358.036 13,36 0,03 0,00 1,42 14,81 72,31 0,15 0,02 7,68 80,16 281.782 2.583 564 14.697 299.626 12,83 0,12 0,03 0,67 13,65 75,85 0,70 0,15 3,96 80,66 (*) Antes das despesas e receitas financeiras líquidas, equivalência patrimonial, amortização de ágio/deságio e juros sobre o capital próprio. (**) Em 1998 só foram computados os valores referentes a investimentos nos projetos de proteção ambiental. Em 1999 foram imputados todos os gastos com meio ambiente que fazem parte de outros projetos. ADMINISTRAÇÃO DA COMPANHIA O Conselho de Administração da Companhia Ademar de Carvalho Barbosa (Presidente) Bertoldo Machado Veiga Francisco Caprino Neto Gabriel Stoliar Humberto Eudes Vieira Diniz Ikuo Ebihara Joaquim Ferreira Amaro Marcus Olyntho de Camargo Arruda Paulo Assunção de Sousa Rinaldo Campos Soares A Diretoria Executiva Rinaldo Campos Soares (Diretor-Presidente) Uajará Rodrigues Gabriel Márcio Janot Pacheco Idalino Coelho Ferreira Ricardo Yasuyoshi Hashimoto Conselho Fiscal José Ruque Rossi – (Presidente) Ricardo Simões Salim José Ignácio Ortuondo Garcia Antônio Joaquim Ferreira Custódio Masato Ninomiya AGRADECIMENTOS Registramos os nossos agradecimentos a todo o sistema econômico-financeiro e industrial, entidades de classe, aos clientes e fornecedores com os quais a Empresa se relaciona, pelo valioso apoio que nos prestam, ajudando-nos a alcançar resultados tão significativos. De forma especial, expressamos o nosso reconhecimento à equipe de trabalho que contribuiu com sua capacidade e dedicação para a consecução dos objetivos da Empresa. Registramos também o apoio decisivo que a comunidade USIMINAS tem recebido dos governos federal, estadual e municipal.