Banco Central apura tombo de 4,08% no PIB de 2015

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SEXTA-FEIRA, 19 DE FEVEREIRO DE 2016
OBAMA IRÁ À TERRA DE
FIDEL CASTRO EM MARÇO
Barack Obama anunciou ontem que visitará
Cuba em 21 e 22 de março, prometendo debater a situação dos direitos humanos na ilha caribenha
com Raúl Castro, que já
adiantou que aceita discutir
o tema. A ultima viagem de
um presidente dos EUA
ao país ocorreu em
1928. A-10
KEVIN LAMARQUE/REUTERS
BIOIMPRESSORA CRIADA NOS
EUA produz tecido humano
mole, como os músculos,
com um sistema que facilita a vascularização das
áreas lesionadas. Segundo os cientistas, a
técnica permite a recuperação de estruturas complexas do
corpo. B-7
Banco Central apura tombo
de 4,08% no PIB de 2015
Em recessão, a economia brasileira teve em 2015 o pior resultado dos últimos 12 anos, segundo a prévia do Produto Interno
Bruto (PIB) calculada pelo Banco Central desde 2003. No ano
passado, o Índice de Atividade da instituição (IBC-Br) recuou
4,08% ante 2014, quando já havia diminuido 0,15% em relação
ao ano anterior. O resultado oficial do PIB será divulgado pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 3 de
março. Apenas em dezembro, a medição feita pelo BC revelou
que a atividade encolheu 0,52% na comparação com novembro,
já descontados os efeitos sazonais, e 6,51% no confronto com
igual mês de 2014. O BC, como sempre, promoveu revisões dos
resultados dos meses anteriores. Desta vez, todas as mudanças
foram para terreno ainda mais negativo. A constatação da forte
queda não dá espaço para otimismo em relação a 2016, na avaliação da economista da CM Capital Markets, Jéssica Strasburg.
Para a economista do banco ABC Brasil Natália Cotarelli, a retração observada no IBC-Br deve prosseguir no início deste ano de
maneira generalizada, sem poupar setores. A-2
Usiminas luta por saída
ANDRE BRANT
Marcia
PELTIER
Em entrevista,
pesquisador Sergio Jorás
explica importância
científica da comprovação
da existência de ondas
gravitacionais.A-12
CÂMBIO
IMPULSIONADO POR CORTE DE
RATING, DÓLAR VOLTA A SUBIR. B-1
BALANÇO
VENDAS FRACAS DERRUBAM
LUCRO LÍQUIDO DA NATURA. B-2
O Conselho de Administração da
Usiminas tem consenso sobre a
necessidade de injeção de capital
na companhia, mas não chegou a
um acordo sobre a forma pela
qual isso deverá ser feito nem sobre o valor necessário, informou
ontem o vice-presidente financeiro do grupo siderúrgico, Ronald
Seckelmann. Em reunião na véspera, contou, os acionistas controladores pediram informações
detalhadas sobre a melhor forma
de readequação financeira da
empresa, com alternativas como
aumento de capital, empréstimos
dos controladores e empréstimos
entre companhias do grupo. A
Usiminas, que no ano passado
sofreu prejuízo líquido de R$
3,685 bilhões, ante lucro de R$
208 milhões em 2014, tem de
honrar pagamentos de R$ 1,9 bilhão em 2016 e seu caixa é de R$
2 bilhões. B-2
Emprego industrial
suporta quarto ano
seguido de redução
A persistência da crise na produção fez a
indústria cortar postos de trabalho pelo
quarto ano consecutivo. O número de trabalhadores no setor encolheu 6,2% em
2015, o pior resultado já registrado pela
Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e
Salário, do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE). O número de horas
pagas aos trabalhadores também teve o
desempenho mais negativo da série, iniciada em 2002, ao diminuir 6,7% no ano
passado. Como consequência, a folha de
pagamento ficou 7,9% menor. "O cenário
é bastante ruim, com os piores resultados
históricos na produção industrial se refletindo nos piores resultados históricos do
emprego industrial. É complicado, porque
isso está destruindo a qualidade do emprego”, aponta Rafael Cagnin, economistachefe do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), lembrando que o setor fabril tradicionalmente paga salários melhores e apresenta nível de
formalização mais elevado. A-3
CARREIRAS
CNI: só 64% das empresas investirão este ano
A atividade econômica em marcha a
ré e o aperto financeiro das empresas
impactaram os investimentos da indústria brasileira em 2015 e traçaram para
2016 um panorama ainda mais sombrio. Pesquisa divulgada ontem pela
Confederação Nacional da Indústria
Ana Carla Fonseca, diretora da Garimpo de Soluções
MOTIVAÇÃO E PRAGMATISMO
PARA ENFRENTAR A CRISE. B-8
SEGUROS
UM ANO DE DESAFIOS PARA A
CARTEIRA DE AUTOMÓVEL. A-6
ENTRELINHAS
O simbolismo e o mundo real
A-4
EDITORIAL
Perspectivas industriais
A-8
BRASÍLIA/DF
O embrulho da CPMF
A-10
ASSINATURAS E ATENDIMENTO AO LEITOR
0800-0224080
FA X : ( 2 1 ) 2 5 1 6 - 5 4 9 5
[email protected]
(CNI) mostra que, em 2015, apenas 74%
das empresas investiram, o menor percentual desde 2010, quando teve início
a série histórica. Em 2014, 81% das indústrias pesquisadas registraram investimentos. Para 2016, o número de industrias que pretendem investir é ainda
Para reduzir uso de nafta, Braskem
estuda diversificar matéria-prima
A Braskem está examinando a
possibilidade de diversificar sua matéria-prima no Brasil, onde consome
principalmente nafta, o que pode
envolver a migração de uma pequena parte do insumo para gás, disse
ontem o presidente da petroquímica, Carlos Fadigas. Os estudos ocorrem após a Braskem ter firmado com
a Petrobras, em dezembro, contrato
para fornecimento de nafta por um
preço que considerou caro, a fim de
encerrar a incerteza em torno da
questão – o acordo teve cinco aditivos de curto prazo enquanto as empresas não chegavam a um ponto co-
mum. O executivo explicou que a
substituição seria menos propícia
em fábricas com logística mais difícil, como a do ABC paulista, e mais
viável em fábricas com conexão com
a costa e o litoral do País. Segundo a
empresa, a Petrobras estava usando
o nafta de suas refinarias na produção de gasolina, motivo pelo qual começou a importar o insumo para
atender à Braskem, tentando repassar a ela o aumento de custo. Conforme Fadigas, a petroquímica não firmou um contrato com a estatal para
transformar matéria-prima importada, e sim nacional. B-3
mais baixo: 64%, também a menor intenção de investimentos da série. Se
houver perda mais intensa de fôlego da
economia, a quantidade de companhias que efetivamente fará os aportes
planejados poderá ser ainda mais acanhado. A-3
Problemas no Brasil
são domésticos diz
agência de risco S&P
A diretora-gerente de ratings soberanos
da Standard & Poor’s (S&P), Lisa Schineller, afirmou ontem que o novo corte do rating brasileiro é reflexo principalmente de
fatores domésticos, e não de problemas
externos. Na quarta-feira, a agência de
classificação de risco rebaixou a nota do
País de BB+ para BB, dois degraus abaixo
do grau de investimento. O quadro externo mais desfavorável – com a China em
desaceleração, queda nos preços das
commodities, volatilidade do mercado financeiro mundial e o Federal Reserve
(Fed, o banco central dos EUA) elevando
juros – traz desafios, mas são os problemas internos que têm pesado mais na
economia e na avaliação do risco de crédito do País, disse Lisa. A-2
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