A economia brasileira, que ao longo do ano vinha cumprindo uma boa performance consolidada pelo Plano Real, viu-se abalada, em outubro, pelos reflexos negativos da crise eclodida nos países asiáticos. A rápida e adequada ação das autoridades governamentais, com medidas de contenção do déficit público e elevação das taxas de juros, protegeu a economia, neutralizando temporariamente os efeitos daquela crise. A retração das atividades nos últimos meses do ano não comprometeu o desempenho global da economia, que teve um crescimento superior a 3% devido, principalmente, à performance dos setores industrial e agrícola. Nesse contexto, a indústria siderúrgica brasileira aumentou a produção de aço bruto em 3,6%, atingindo 26,2 milhões de toneladas. Nos produtos laminados verificaram-se crescimentos de 2,2% nos aços planos (chapas) e de 8,6% nos aços longos (vergalhões, fio-máquina, barras e perfis), este último decorrente do incremento da demanda por parte dos setores da construção civil e da indústria automobilística. Na Empresa, que, no exercício, passou a operar todas as unidades siderúrgicas Gerdau no País, os volumes produzidos foram de 3,1 milhões de toneladas de aço bruto e 2,8 milhões de toneladas de laminados, ou seja, 6% e 10% superiores, respectivamente, aos do ano anterior. As usinas Gerdau alcançaram, tanto no Brasil quanto no exterior, volumes globais recordes de produção em 1997, totalizando 3,7 milhões de toneladas de aço bruto e 3,4 milhões de toneladas de laminados (crescimentos de 5% e 8,2%, respectivamente). PRODUÇÃO toneladas) Aço bruto Laminados Trefilados (em milhares de Total 1997 3.688 3.350 628 1996 3.513 3.097 624 Brasil 1997 3.051 2.781 628 1996 2.878 2.528 624 Empresas no exterior 1997 1996 637 635 569 569 - Na nova conjuntura resultante da implantação do Plano Real, alguns segmentos consumidores de nossos produtos vêm apresentando níveis de demanda crescentes, em função do que os embarques destinados a clientes da construção civil e da indústria cresceram, respectivamente, a uma taxa média anual de 10% e 9,4% nos três últimos anos. Em 1997, estes mercados responderam por 97% das nossas vendas no mercado interno, absorvendo volumes 9,7% e 17,8% maiores que em 1996. As vendas da Empresa totalizaram 2,8 milhões de toneladas (+ 9,5%), das quais 341 mil (US$ 129,5 milhões) destinadas a clientes externos, em sua grande maioria da América Latina, gerando um faturamento no montante de R$ 1,9 bilhão (+12,2%). Computados os volumes vendidos pelas controladas localizadas no Canadá (2), Uruguai e Chile (738,8 mil toneladas) e descontadas as exportações para aquelas unidades (133 mil toneladas - US$ 48,6 milhões), as vendas totais consolidadas atingiram 3,4 milhões de toneladas neste exercício, contra 3,2 milhões no anterior, evoluindo 8%.