Fármacos que afetam a função Cardiovascular Anti-Hipertensivos Hipertensão Arterial Sistêmica • Elevação sustentada da pressão arterial • Fator de risco importante Aumenta a incidência de • aterosclerose • cardiopatia isquêmica • doença cerebrovascular • vascular renal • Vascular periférica Hipertensão Arterial Sistêmica • Etiologia comum de insuficiência cardíaca e insuficiência renal: devido à sobrecarga de trabalho crônica imposta ao ventrículo esquerdo , é causa da cardiopatia hipertensiva. • Elevada prevalência no Brasil e no mundo : • Incidência de hipertensão no Brasil aumenta a cada ano: • 2006: 21,5% da população • 2009: 24,4% da população Hipertensão Arterial Sistêmica Recomendações não – farmacológicas indicadas para o tratamento da HAS: 1. Tratar a obesidade como pricipal objetivo; 2. Reduzir a ingestão de sal a menos de 6g/dia; 3. Aumentar a ingestão de frutas e veduras; 4. Limitar a ingestão diária de bebidas alcoólicas ao equivalentea menos de 30 mL de álcool; 5. Rduir a ingestão de gorduras saturadas e açúcares; 6. Realizar exercícios físicos dinâmicos Hipertensão Arterial Sistêmica Classificação de Fármacos Anti-hipertensivos: • Diuréticos: Tiazídicos: hidroclorotiazida, clortalidona De alça: furosemida, bumetanida, ácido etacrínico Poupadores de Potássio: espironolactona, triantereno, amilorida. Hipertensão Arterial Sistêmica Classificação de Fármacos Anti-hipertensivos: • Antagonistas do Sistema Renina Angiotensina: Antagonistas da ECA : captorpril, enalapril, lisinopril, ramipril, fosinopril. Bloqueadores e rceptores da angiotensina: losartan, ibesartan Hipertensão Arterial Sistêmica • Classificação de Fármacos Anti-hipertensivos: • Antagonistas Adrenérgicos: Bloqueadores beta : Não seletivos: propranolol, timolol, nadolol, nadolol, pindolol. Seletivos: metoprolol, atenolol. Bloqueadores beta e alfa: labetalol. Bloqueadores alfa: parazosin, terazosim, doxazosim. Hipertensão Arterial Sistêmica • Classificação de Fármacos Anti-hipertensivos: Bloqueadores centrais: metildpa, clonidina, guanabenzo Andiadrenérgicos: reserprina, guanetidina • Bloqueadores dos canais de Cálcio: Nifedipina, anlodipina, isradipina, nicardipina, verapamil, diltiazem. • Vasodilatadores direto: hidralazina, ninoxidil, diazóxido, nitroprussiato de sódio, nitroglicerina. Fármacos Inibidores do Sistema Renina Angiotensina Inibidores da ECA - Inibidores da ECA • Efeito essencial: Inibir a conversão da angiotensina I , relativamente iativa, em angioensina II, ativa. • São fármacos altamente seletivos. Não interagem diretamente com outros componentes do SRA e seus principais efeitos derivam da supressão da síntese de angiotensina II. • Como os inibidores da ECA aumentam os níveis de bradicinina , e como a bradicinina (hipotensora) estimula a biossíntese de prostaglandinas , a bradicinina e/ou as prostaglandinas podem contribuir para os efeitos farmacológicos dos inibidores de ECA. Inibidores da ECA Nos seres humanos com níveis normais de Na+, a administração de uma dose única oral de um fármaco inibidor de ECA exerce pouco efeito sobre a pressão arterial sistêmica; entretanto, o uso de doses repetidas durante vários dias provoca uma pequena redução da PA. Em contraste , até mesmo uma dose única desses fármacos, reduz consideravelmente a pressão arterial em indivíduos normais quando sofrem depleção de NA+. Inibidores da ECA • Podem ser classificados com base na estrutura química em: 1. Inibidores da ECA que contém sulfidrila, estruturalmente relacionados com o captopril. Ex: fentiapril, pivalopril, zofinopril e alacepril. 2. Inibidores de ECA que contém dicarboxila, estruturalmente relacionados com o enalapril. Ex: lisinopril, benazepril, quinapril, moeipril, espirapril, pirinopril, ramipril, trandolapril, pentopril, e cilazapril. 3. Inibidores de ECA que contém fósforo, estruturalmente relacionados com o fosinopril. Inibidores de ECA • Muitos inibidores de ECA são pró-fármacos que contém éster, 100 a 1000 vezes menos potentes que as moléculas ativas, mas que exibem biodisponibilidade oral muito melhor. Em geral, os inibidores de ECA diferem-se entre sí nas seguintes prpriedades: 1. Potência 2. O fato de a inibição da ECA ser primariamente um efeito direto do próprio fármaco ou efeito de um metabólito ativo; 3. Farmacocinética ( extensão da absorção, efeito do alimento sobre a absorção, meia-vida plasmática, distribuição tecidual e mecanismo de eliminação. Inibidores de ECA • Por que se utiliza quase que exclusivamente o captopril? Inibidores de ECA Mesmo efeito: bloqueiam efetivamente a ECA; Indicações terapêuticas semelhantes; Perfis e efeitos adversos semelhantes; e Contra-indicações semelhantes. CAPTOPRIL = MELHO QUALIDADE DE VIDA NOS HIPERTENSOS. Inibidores de ECA Importância da Integridade renal: • Os inibidores da ECA são depurados predominantemente pelos rins, com excessão do fosinopril e do espirapril, que possuem eliminação hepática e renal equilibradas. Menor depuração renal = maior concentração plasmática do fármaco REDUÇÃO DA DOSE Inibidores da ECA Importância da Integridade renal: • A elevação da atividade da renina plasmática torna os pacientes hiper-responsivos à hipotensão induzida por inibidores da ECA. Ex: Pacientes com insuficiência cardíaca e pacientes com depleção de sal. REDUÇÃO DA DOSE Inibidores de ECA - Farmacocinética Captopril: Administrado via oral, sofre rápida absorção Possui biodisponibilidade de cerca de 75% Concentrações plasmáticas máximas alcançadas em 1h Depuração rápida – meia vida de cerca de 2h Maior parte eliminada da urina : 40 a 50% na forma de captopril e o restante na forma de dímeros d dissulfeto de captopril e dissulfeto de captopril =cisteína Inibidores de ECA - Farmacocinética Captopril Dose oral varia de 6,25 mg a 150 mg, distribuídas de 2 a 3x/dia. As doses de 6,25 mg 3x/dia ou 25mg 2x/dia mostram-de apropriadas para o início da terapia no tratamento da insuficiência cardíaca ou da hipertensão, respectivamente A maioria dos pacientes não deve receber doses diárias superiores a 150 mg/dia O alimento reduz a biodisponibilidade oral do captopril em 25 30% = administração 1 h antes das refeições. Inibidores de ECA - Farmacocinética Enalapril: É um pró-fármaco que é hidrolisado por esterases no fígad, produzindo o ácido dicarboxílico ativo, o enalaprilate (é um potente inibidor da ECA) Sofre rápida absorção quando administrado por via oral com bioadisponiblidade de cerca de 60% (que não é reduzida pela presença de alimentos) Embora suas concentrações plasmáticas máximas sejam alcançadas em 1 h, as concentrações máximas do enalaprilate ocorrem apenas após 3 a 4 h. Inibidores de ECA - Farmacocinética Enalapril Enalapril apresenta meia-vida de apenas 1 a 3 h, enquanto o enalaprilate, em virtude d sua forte ligação à ECA, tem uma meiavida plasmática de cerca de 11 h. Quase todo o fármaco é eliminado na urina na forma de enalapril inalterado ou enalaprilate Doe oral varia de 2,5 a 40 mg/dia (dose única ou fracionada) Doses de 2,5 mg mostra-se apropriada para início do tratamento da insificiência cardíaca Dose de e 5 mg/dia mostra-se apropriada para inicio do tratamento da hipertensão A dose inicial para pacientes em uso de diuréticos e/ou com insuficiência cardíaca é de 2,5mg/dia. Inibidores de ECA - Farmacocinética Enalaprilate Não é absorvido por via oral Está disponível para administração intravenosa quando a terapia oral não é apropriada Para pacientes hipertensos, a dose é de 0,625 a 1,25 mg por via intravenosa, durante 5 min. Dose pode ser repetida a cada 6 h. Inibidores de ECA - Farmacocinética Lisinopril É um análogo lisina do enalaprilate É um fármaco ativo Sofre absorção lenta, variável e incompleta (cerca de 30%) após administração oral Absorção não é reduzida pela presença de alimento Concentrações plasmáticas máximas alcançadas em cerca de 7 h. Depurado na forma intacta pelo rim. Meia-vida plasmática é de cerca de 12 h. Inibidores de ECA - Farmacocinética Lisinopril Não se acumula nos tecidos Administração oral varia de 5 a 40 mg/dia (dose unitária ou fracionada) Doses de 5 mg/ dia apropriada pra início da terapia da insuficiência cardíaca Dose de 10 mg/dia apropriada para início da terapia da hipertensão Recomenda-se uma dose diária de 2,5 mg para pacientes com insuficiência cardíaca que apresentam hiponatremia ou comprometimento renal. Inibidores de ECA - Farmacocinética Benazepril É um pró-fármaco. Sofre clivagem do grupo éster por esterases hepáticas que o transorma em benazeprilate. Benazepril sofre rápida, porém incompleta, absoção (37%) após a admnistração, que é ligeiramente reduzida pela presença de alimentos Quase totalmente metabolizado a benazeprilate e aos conjugados glicurônídeos de benazepril e benazeprilate. Excretados tanto na bile quanto na urina Inibidores de ECA - Farmacocinética Benazepril As concentrações máximas de benazepril são alcançadas em cerca de 0,5 a 1 h, e de benazeprilate no plasma são alcançadas em cerca de 1 a 2 h. O benazeprilate apresenta meia-vida plasmática efetiva cerca de 10 a 11 h Com excessão dos pulmões, o benazaprilate não s acumula nos tecidos A admnistração varia de 5 a 80 mg/dia (dose única ou fracionada) Inibidores de ECA - Farmacocinética Fosinopril É um pró-fármaco. Sofre clivagem do grupo éster por esterases hepáticas que transformam o fosinopril em fosinoprilate O fosinopril sofre absorção lenta e incompleta (36%) após administração oral (cuja taxa, mas não extensão, é reduzida pela presença de alimento) É em grande parte metabolizado em fosinoprilate (75%) e no conjugado glicurônídeo de fosinoprilate Ambos são excretados tanto na urina quanto na bile Inibidores de ECA - Farmacocinética Fosinpril As concentrações plasmáticas máximas são alcançadas em cerca de 3 h. O fosinoprilate apresenta meia-vida plasmática efetiva de cerca de 11,5 h. Sua depuração não é significativamente alterada na presença de comprometimento renal A administração oral de fosinopril via de 10 a 80 mg/dia (dose única ou fracionada) A dose é reduzida a 5 mg/dia em pacientes com depleção de Na+ ou de água ou co insuficiência renal. Inibidores de ECA - Farmacocinética Trandolapril É um pró-fármaco É metabolizado a trandolaprilate e a metabólitos ativos Cerca de 10 de trandolapril e 70% de trandolaprilate são biodisponíveis (a taxa de absorção, mas não sua extensão, é reduzida pela presença de alimentos). O trandolaprilate é cerca de 8 vezes mais potente que o trandolapril como inibidor da ECA São excretados na urina (33% principalmente na forma de trandolaprilate) e nas fezes – 66% Inibidores de ECA - Farmacocinética Trandolapril As concentrações plasmáticas máximas do trandolaprilate são alcançadas em 4 a 10 h. O trandolaprilate possui uma cinética de eliminação bifásica, com meia-vida inicial de cerca de 10 h, seguida de uma meia-vida mais prolongada, em virtude da dissociação lenta di trandlaprilate da ECA tecidual As insuiciências hepática e renal resultam em diminuição da depuração plasmática do trandolaprilate. A administração oral varia de 1 a 8 mg/dia (dose única ou francionada) A dose inicial é de 0,5 0,5 mg para pacientes em uso de diurético que apresentam comprometimento renal. Inibidores de ECA - Farmacocinética Quinapril É um pró-fármaco. A clivagem do grupo éster por esterases hepáticas origina o quinaprilate. Quinapril é rapidamente absorvido (taxa de absorçao oral = 60%) Concentrações plasmáticas máximas podem ser atingidas em 1 h porém o pico pode ser reduzido na presença de alimento (sua extensão não é alterada) As concentrações máximas do quinaprilate são alcançadas em cerca de 3 h. A conversão de quinapril em quinaprilate é reduzida em pacientes com redução da função hepática. Inibidores de ECA - Farmacocinética Quinapril A meia-vida inicial do quinaprilate é de cerca de 2 h, a meia-vida terminal prolongada, de cerca de 25 h pode ser decorrente de uma ligação de alta afinidade à ECA tecidual. O quinaprilate é excretado tanto na rina (61%) quanto nas fezes (37%) Administração oral de quinapril varia de 5 a 80 mg/dia (dose única ou fracionada) Inibidores de ECA - Farmacocinética Ramipril É um pró-fármaco A clivagem do grupo éster por esterases hepáticas transforma o ramipril em ramiprilate e metabólitos ativos. É rapidamente absorvido. A taxa, porém não a extensão, é reduzida pela presença de alimeno. Concentrações plasmáticas máximas alcanças em 1 h. Concentrações plasmáticas máxima do ramiprilate e metabólitos ativos são atingidas em cerca de 3 h. Estes são excretados predominantemente pelo rim Inibidores de ECA - Farmacocinética Ramipril O ramiprilate exibe uma cinética de eliminação trifásicacom meias-vidas de 2 a 4 h, de 9 a 18h e de mais de 50 h. Essa eliminação trifásica deve-se a extensa distribuição do fármaco pelos tecidos (meia-vida inicial) , à depuração do ramiprilate livre no plasma (meia-vida intermediária) e à dissociação da ECA tecidual ( meiavida terminal). A administração oral de ramipril varia de 1,25 a 20 mg/dia (dose única ou fracionada. Inibidores de ECA - Farmacocinética Moexipril Pró-fármaco cuja atividade anti-hipertensiva é quase totalmente decorrente de seu metabólito, desesterificado – moexiprilate. Sofre absorção incompleta, com biodisponibilidade de cerca de 13% na forma de moexiprilate A biodisponibilidade é acentuadamente reduzida na presença de alimento, portanto o fármaco deve ser administrado 1 h antes da refeição Tempo necessário para atingir a concentração plasmática máxima de moexiprilate é de quase 1,5 h Inibidores de ECA-Farmacocinética Moexipril Meia-vida de eliminação varia entre 2 e 12 h. Dosagem recomendada varia de 7,5 a 30 mg/dia, em uma ou duas doses fracionadas A posologia deve ser reduzida à metade para pacientes em uso de diuréticos ou que apresentem comprometimento renal. Inibidores da ECA-Farmacocinética Perindopril Pró-fármaco onde de 30 a 50% do perindopril sistematicamente disponíveis são transformados em perindoprilate por esterases hepáticas Biodisponibilidade oral -75%- não é afetada pela presença de alimento, porém a do perindprilate é reduzida em cerca de 35%. Perindoprilate e outros metabólitos ativos são excretados predominantemente pelo rim Concentrações plasmáticas máximas do peridoprilate são alcançadas em 3 a 7 h. Inibidores da ECA-Farmacocinética Perindopril Exibe uma cinética de eliminação bifásica, com meias-vidas de 3 a 10 h (o principal componente da eliminação) e de 30 a 120 h (em virtude da dissociação lenta do perindoprilate da ECA tecidual ). A administração oral varia de 2 a 16 mg/dia (dose única ou fracionada). Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e Aplicações clínicas Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e Aplicações clínicas Inibidores da ECA na hipertensão: • A inibição da ECA diminui a resistência vascular sistêmica e as pressões arteriais média, diastólica e sistólica. • Reduzem a pressão arterial em hipertensos, com exceção de hipertensão causada por aldosteronismo primário • Os inibidores de ECA isladamente normalizam a PA em cerca de 50% dos pacientes com hipertensão leve e moderada. • Em 90% dos indivíduos com hipertensão leve a moderada, obtém-se um controle por meio da combinação de um inibidor de ECA com um bloqueador dos canais de cálciom, um bloqueador dos receptores beta adrenérgicos ou um diurético Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e Aplicações clínicas Inibidores da ECA na hipertensão: • Os diuréticos, em particular aumentam a respostaanthipertensiva aos inibidores de ECA, tornando a PA dependente da renina • Há evidências recentes que os inibidores de ECA são superiores a outros agentes anti-hipertensivos para pacientes hipertensos com diabetes, nos quais os fármacos melhoram a função endotelial • Reduzem os eventos cardiovasculares mais do que os bloqueadoresde canas de cálcio, os diuréticos e antagonistas dos receptores beta adrenérgicos. Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e Aplicações clínicas Inibidores da ECA na disfunção sistólica esquerda: • A disfunção sistólica ventricular esquerda varia desde uma redução assintomática e modesta do desempenho sistólico até um grave comprometimento da função sistólica do ventrículo esquerdo com insuficiência cardíaca congestiva de grau IV • Os inibidores de ECA devem ser administrados à todos os pacientes com comprometimento da função sistólica ventricular esquerda, tanto na presença quanto na ausência de sintomas de insuficiência cardíaca fraca ( a não ser por contra-indicação) Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e Aplicações clínicas Inibidores da ECA na disfunção sistólica esquerda: • Diferentes estudos demonstraram que a inibição da ECA em indivíduos com disfunção sistólica impede ou retarda a progressão da insuficiência cardíaca, diminui a incidência de morte súbita e IAM, diminui a hospitalização e melhora a qualidade de vida • Quanto mais grave a disfunção ventricular, maior o benefício obtido com a inibição de ECA. Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e Aplicações clínicas Inibidores da ECA no Infarto Agudo do Miocárdio: • Os efeitos benéficos dos inibidores de ECA no IAM são particularmente significativos nos pacientes hipertensos e diabéticos. • Estes fármacos devem ser iniciados imediatamente durante a fase aguda do IAM e podem ser administrados juntamente com os agentes trombolíticos, AAS e antagonistas dos receptores beta adrenérgicos • Em pacientes de alto risco (ex: infarto de grandes proporções, disfunção ventricular..) estes fármacos devem ser mantidos a longo prazo. Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e Aplicações clínicas Inibidores da ECA em pacientes com alto risco de eventos cardiovasculares: • Os inibidores de ECA desviam o equilíbrio fibrinolítico para um estado pró-fibrinolítico ao reduzir os níveis plasmáticos do inibidor do ativador do plasminogênio I • Melhoram a disfunção vasomotora endotelial em pacientes com coronariopatia Usos terapêuticos dos Inibidores de Eca e Aplicações clínicas Inibidores da ECA na Insuficiência renal crônica: • Em paciente com Diabetes melito tipo I e nefropatia diabética, o captopril retarda ou impede a progressão da doença renal • A proteção renal do diabetes tipo I definida por alterações na excreção de albumina, também é observada com o lisinopril • Os efeitos renoprotetores destes fármacos são, em parte, independentes da redução da PA • Podem diminuir a progressão da retinopatia diabética em • Atenuam a progressão da insuficiência renal em indivíduos com uma variedade nefropatias não-diabéticas e podem interromper o declínio da TFG, mesmo em doentes renais graves. Efeitos Adversos dos Inibidores da ECA Efeitos Adversos dos Inibidores da ECA • Hipotensão: pode ocorrer uma queda abrupta, particularmente após a primeira dose e sobretudo em pacientes com insuficiência cardíaca que foram tratados com diuréticos de alça , nos quais o SRA encontra-se altamente ativado; • Tosse: • em 5 a 20% dos pacientes, os inibidores de ECA induzem tosse seca e incômoda. • Em geral, a tosse não está relacionada com a dose • Mais frequente nas mulheres • Desenvolve-se, em geral, entre 1 semana e 6 meses após o início da terapia • Algumas vezes exige a interrupção do tratamento • Este efeito pode ser mediado pelo acúmulo de bradicinina , e/ou prostaglandinas nos pulmões. Efeitos Adversos dos Inibidores da ECA • Tosse: • o antagonismo do tromboxano, o ácido acetilsalicílico e a suplementação de ferro reduzem a tosse induzida por inibidores de ECA • Quando a terapia com estes fármacos é interrompida, a tosse desaparece habitualmente dentro de 4 dias. • Hiperpotassemia: • Podem causar hiperpotassemia em pacientes com insuficiência renal, bem como naqueles em uso de diuréticos poupadores de potássio, suplemento de poyássio, bloqueadores dos receptores beta adrenérgicos ou AINE Efeitos Adversos dos Inibidores da ECA Insuficiência renal aguda: • Os pacientes com estenose bilateral da artéria rnal desenvolvem previsivelmente insuficiência renal se foram tratados co inibidores de ECA, visto que a filtração glomerular na presença de baixa pressão arteriolar aferente é mantida pela constrição da arteríola eferente mantida pela angiotensina II. Essa insuficiência renal é reversível, contanto que seja reconhecida imediatamente e que o inibidor de ECA seja interrompido. Efeitos Adversos dos Inibidores da ECA Potencial fetopático: • Não são teratogênicos durante o primeiro trimestre da gravidez . Porém a administração contínua desses inibidores durante o segundo e o terceiro trimestres pode causar hipoplasia da calota craniana fetal, hipoplasia pulmonar fetal, atraso do crescimento fetal, entre outros. Estes efeitos podem ser causados, em parte, por hipotensão fetal. • Embora não sejam contra-indicados para mulheres em idade fértil, uma vez diagnosticada a gravidez, é imperativo interromper o mais rápido possível s administração destes fármacos. Efeitos Adversos dos Inibidores da ECA Exantema cutâneo: • Em certas ocasiões, os inibidores da ECA provocam exantema maculopapular, que pode ou não causar prurido. O exantema pode desaparecer de modo espontâneo ou responder a uma diminuição da dose ou a um breve curso de anti-histamínico. Angioedema: • Em 0,1 a 0,5 % dos pacientes, os inibidores da ECA induzem rápido edema no nariz, na garganta boca, glote, laringe, lábios e/ou língua. Efeito denominado angioedema aparentemente não está relacionado com a dose e, quando ocorre, surge na primeira semana da terapia, habitualmente nas primeiras horas após a administração da dose inicial. Pode levar à morte. • Interrompendo a administração o angioedema desaparece. • Os indivíduos afro-americanos correm risco 4,5 vezes maior de angioedema induzido por IECA. Efeitos Adversos dos Inibidores da ECA Disgeusia: Pode ocorrer alteração ou perda do paladar em pacientes em uso de inibidores de ECA. Esse efeito, que pode ser observado mais frequentemente com o captopril , é reversível. Neutropenia: Efeito colateral raro, porém grave. Ocorre predominantemente em pacientes hipertensos com doença vascular do colágeno ou com doença parenquimatosa renal. Se a concentração séria de creatinina for de 2 mg/dL ou mais, a dose do IECA deve ser mantida baixa, e deve-se aconselhar o paciente a procurar uma avaliação médica se surgirem sintomar de neutropenia (faringite, febre...). Hepatotoxicidade: • Efeito raro e reversível de mecanismo não elucidado Interações Medicamentosas • Os antiácidos podem diminuir a biodisponibilidade dos inibidores da ECA; • A capsaicina pode agravar a tosse induzida • Os AINEs, incluindo o AAS, podem reduzir a resposta antihipertensiva aos inibidores de ECA; • Os diuréticos poupadores de potássio e os suplementos de potássio podem exacerbar a hiperpotasemia induzida pelos inibidores de ECA; • Os Inibidores de ECA podem aumentar os níveis plasmáticos de digoxina e de lítio, bem como as reações de hipersensibilidade ao alopurinol. Muito Obrigada! Boa Semana! Próxima Aula: Antagonistas dos Receptores de Angiotensina II