Slide 1 - Colégio Santa Maria

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A GEOPOLÍTICA DO DRAGÃO DANÇANTE
Considerações iniciais:
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República Popular da China com 9,5 milhões de
km2 – 3º maior país do globo;
População absoluta - 1,35 bilhão de habitantes
(2008) – 20% da população mundial;
Maior censo demográfico da história em 2010;
Rigoroso controle da natalidade, em especial, nas
cidades – “política do filho único” desde 1979;
Objetivo – reduzir o ritmo de crescimento
acelerado da população para minimizar problemas
como fome e desemprego;
O Estado cobra uma multa pelas crianças
excedentes que não são registradas, portanto,
não existem para o setor público e sociedade
chinesa;
Grande número de abortos do sexo feminino e
também o abandono de meninas ao relento para a
morte;
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Grande desigualdade de gênero –
aproximadamente 100 mulheres para 120 homens;
Casos de sequestros de meninas nas zonas rurais 
aumento da violência e migração de homens para a
cidade em busca de mulheres;
Declínio do crescimento demográfico – 0,9% ao ano –
envelhecimento da população e redução da
população em idade produtiva;
Apenas 1/3 do total de chineses vive nas cidades 
Xangai (15 milhões), Pequim (12 milhões), Tientsin
(11 milhões);
Distribuição desigual da população: porção leste
mais povoada (solos mais férteis, maior produção
agrícola) – porção oeste baixa densidade demográfica
(aridez, altitude);
Etnias chinesas
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Verdadeiro mosaico étnico;
Nas planícies orientais vive o povo chinês ou han
– 92% da população total;
Etnia han é a única que se considera
verdadeiramente chinesa (unidade histórica e
cultural);
Nas demais províncias vivem outras etnias como
mongóis, tibetanos, populações de língua turca,
muçulmanos;
Vale lembrar que quando se fala em minoria na
China, pode-se ter um número expressivo, com
milhões de pessoas, por exemplo, os
muçulmanos na parte noroeste já somam cerca
de 30 milhões de pessoas.
A China depois de Mao Tsé-tung
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1976 - morte de Mao  profunda reviravolta
política e econômica;
Na cúpula do PCC disputa pelo poder entre maoístas
e dirigentes marginalizados durante a Revolução
Cultural;
1978 - ascensão de Deng Xiao-ping à direção do
partido único;
“Não importa a cor do gato; o que importa é
que cace os ratos” – fim do primado dos dogmas
socialistas na economia.
Passa a existir uma nova prioridade, o
crescimento econômico, não o controle estatal
sobre todas as atividades produtivas.
Programa das Quatro Modernizações:
a- Abertura do setor industrial aos investimentos das
corporações transnacionais;
b- Dissolução das comunas populares e incentivo à
produção agrícola familiar;
c- Modernização tecnológica das forças armadas;
d- Aumentos dos investimentos públicos em ciência e
tecnologia.
 Criação das Zonas Econômicas Especiais (ZEEs);
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Objetivo: atrair empresas estrangeiras que
trariam tecnologia, experiência administrativa e
acesso aos mercados da Europa e Estados Unidos.
Em troca, a China oferecia mão de obra
abundante e barata.
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As reformas econômicas não tiveram contrapartida
política  ausência de liberdade de circulação de
ideias;
1989 – movimento popular e estudantil pela
democracia com manifestações públicas que
desafiavam o poder totalitário do PCC;
Ofensiva militar e policial esmagou o movimento –
conhecido massacre na Praça da Paz Celestial,
em Pequim – saldo 2 mil mortos;
Com isso, o país promove a abertura da economia
sem abertura política, a chamada
“ECONOMIA SOCIALISTA DE MERCADO”
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Abertura econômica  importante plataforma
exportadora de bens de consumo – enorme
mão de obra barata;
Exportações do país: calçados, brinquedos,
eletrodomésticos, vestuário, bens de alta
tecnologia - setor de TI (computadores,
equipamentos de telecomunicações, etc);
Distribuição desigual de renda (cidade x campo
e agricultura x indústria);
O dinamismo econômico do litoral internacional
ainda é bastante incipiente nas províncias rurais;
Porém, no centro da Grande Planície - cultivo de
soja e trigo (Shanxi)  transformações devido a
mecanização e uso de fertilizantes químicos 
maior produtividade, mas com desemprego entre
os trabalhadores rurais.
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Na Manchúria (províncias do Nordeste) – indústria
pesada estatal, em torno das reservas de carvão
mineral e jazidas de ferro  aço;
“China periférica” – províncias da Mongólia
Interior, Sinkiang e Tibete;
Economia: agricultura tradicional e pastoreiro;
Na tentativa de promover a integração dessas
províncias ao núcleo econômico do país, o Estado
vem realizando investimentos em indústrias
estratégicas (complexo de indústrias bélicas), em
Sinkiang;
Energia – vastas reservas de carvão mineral 
emissões de gases de efeito estufa, contaminando o
ar das cidades e regiões industriais;
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Com relação ao petróleo a demanda chinesa
contribui para a elevação dos preços do barril no
século XXI;
O país passou de exportador a importador e à
segunda posição entre os maiores consumidores
do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos;
Causa: o crescimento acelerado do consumo
energético tem a ver com a transferência da
população do campo para a cidade;
A combinação das emissões industriais, usinas
térmicas, gases liberados de escapamentos alçaram
as metrópoles chinesas à condição de centros
urbanos de grande poluição do mundo;
É importante repensar uma matriz energética tão
focada na utilização dos combustíveis fósseis nos
dias atuais.
Pequim reduz trânsito para diminuir
poluição nos Jogos Olímpicos
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20 das 30 cidades mais poluídas do mundo estão na China.
30% do território chinês sofre com chuvas ácidas.
25% do litoral chinês tem poluição moderada ou alta.
81% das foz dos rios transportam produtos poluentes que
excedem os padrões nacionais.
70% dos lagos são poluídos.
26% das águas superficiais da nação são totalmente
inutilizáveis.
62% não podem ser usadas para a pesca.
90% de seus rios estão poluídos ao passar por zonas urbanas.
US$ 300 bilhões (12% do PIB) é o prejuízo anual causado pela
poluição.
700 milhões de chineses (metade da população) consomem
água que não corresponde aos padrões mínimos da Organização
Mundial da Saúde.
O céu é cada vez mais acinzentado (fumaça, poeira, gases e
elementos químicos).
Muitas pessoas andam com máscara de oxigênio nas ruas.
A poluição da água e do ar faz do câncer uma das principais
causas de morte no país.
Guias turísticos recomendam que visitantes evitem consumir
gelo por causa da poluição da água.
A China é o maior emissor de dióxido de enxofre do mundo.
Os principais focos de tensão
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Existem atualmente 22 províncias e cinco regiões
autônomas na China. As províncias constituem a
China propriamente dita, formada pelas planícies
orientais onde se localiza a maioria da população
chinesa como já dito.
Manchúria – predomínio da etnia manchu, que
muitas vezes é classificada no grupo han, mas faz
questão de se diferenciar desse grupo majoritário de
chineses, com o qual possui rivalidades milenares
(movimento que luta por autonomia em relação à
China).
Já as regiões autônomas são: Mongólia Interior,
Sinkiang, Tibete, Guangxi e Ningxia.
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Na Mongólia Interior, ao norte do país, há uma
grande presença de povos mongóis, embora nas
últimas décadas o governo chinês tenha incentivado
o povoamento dessa área por chineses han e a
transferência forçada de muitos mongóis para
outras áreas.
Sinkiang (ou Xinjiang) – localizada no noroeste do
país na fronteira com Paquistão e Afeganistão, é
uma província estratégica por concentrar 15%
das reservas nacionais de petróleo e 20% das
de gás.
Povoamento da região – 20 milhões de habitantes
dos quais 8,3 milhões são uigures, muçulmanos
de língua turca, com religião e identidade étnica
mais próxima com os povos da Ásia Central do
que aos chineses.
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Reivindicação maior autonomia para sua cultura e
religião – o Islã – do que permitem as autoridades
chinesas.
Xinjiang abriga grupos militantes capazes não de
desestabilizar, mas de incomodar Pequim.
O Movimento Islâmico do Turquestão do Leste
(MITL) quer torná-lo um país independente para
seu povo.
Para Pequim campanha violenta na região (ataques a
bomba, protestos, sabotagem).
Desde os atentados de 2001, nos Estados Unidos, a
China vem acusando separatistas uigures de
manter ligações com a Al-Qaeda, sendo treinados
e doutrinados por militantes islâmicos no
Afeganistão, mas há poucas evidências desse fato.
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Tibete – localizado a oeste (“Teto do Mundo”), é
habitado por povos tibetanos, bem diferentes dos
chineses;
Tibetanos tiveram sua soberania reconhecida pelos
ingleses em 1904;
Em 1950, sua capital Lhasa foi invadida e
ocupada por revolucionários chineses;
10 de março de 1959, auge da resistência tibetana
contra essa ocupação - Levante Nacional Tibetano
– que deixou um saldo de 87 mil mortos e levou ao
exílio o Dalai Lama, líder político e espiritual, que
passou a viver na Índia;
Se a China não consegue transformar o Tibete numa
província como qualquer outra  extraordinário
fervor religioso de sua população.
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Nos Jogos Olímpicos de 2008 monges budistas
foram às ruas para lembrar os 49 anos da revolta
contra a China.
Dalai Lama já desistiu de reivindicar a
independência tibetana  maior autonomia de
culto e restauração do ensino da língua
tibetana para a região.
Há que se considerar também o interesse em um
subsolo rico em recursos naturais – cobre, zinco e
urânio, capaz de suprir 20% das necessidades do
país;
Para esvaziar as reivindicações separatistas
(tibetanos e uigures), o governo chinês vem
adotando a política de forçar a saída dos povos
locais e incentivar o povoamento com chineses
ou hans.
Regiões Administrativas Especiais
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Hong Kong – voltou à soberania da China em 1997,
após 156 anos de domínio britânico  aumento do
poderio econômico chinês – grande mercado
financeiro mundial (bancos, bolsa de valores) e
um dos maiores e mais bem equipados portos do
mundo.
1999 – China incorpora Macau, que esteve sob
domínio português durante séculos.
Economia – circuito do turismo internacional
(praias e cassinos).
Tanto em Hong Kong como em Macau – “status
político” a ser mantido por 50 anos.
Nas duas regiões tanto questões relativas à política
externa quanto sistema de defesa competem à
China.
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