Zhonghuá Rénmin Gònghéguó ou República Popular da China, abrange um território de 9.536.499 km², correspondendo a 25% da Ásia. Sua fronteira de mais 22.800 km, faz fronteira com 14 países. A China divide-se em 22 províncias, 5 regiões autônomas, 4 cidades administrativas e 2 regiões administrativas especiais (Hong Kong e Macau). Em 2008, a China contava com uma população de 1.330.044.605 habitantes, o que equivale a cerca de 20% da população mundial. A parte oeste da China se encontram elevadas montanhas e climas áridos que geram grandes desertos com baixas densidades demográficas. Já na parte leste, o predomínio dos climas temperado e subtropical, aliado à presença de grandes planícies colaborou para a elevada densidade demográfica (200 hab./km²). Controle de natalidade Devido ao elevado número de habitantes, há cerca de 30 anos a China passou por um rigoroso controle de natalidade. Conhecido como a política do filho único, onde cada casal pode ter apenas um filho, regra que, se descumprida pode resultar em multas e perda do emprego. O primeiro filho recebia 100% de apoio financeiro do governo (educação, saúde, lazer). Controle de natalidade Já no interior são permitidos dois filhos, caso o primeiro seja mulher, revelando assim, uma preferência dos chineses por filhos homens. Isso ocorre pois segundo a tradição do país, são os homens responsáveis por cuidar dos pais durante a 3ª idade e são eles também que carregam o sobrenome da família. Diversidade étnica O han (汉) é o maior grupo étnico da China, que representa quase 92% da população chinesa. O nome vem da dinastia Han, que governou as partes da China de onde os chineses Han têm origem. Mesmo hoje, muitos chineses chamam-se a si mesmos "pessoas Han" (Han-ren). Diversidade étnica O expansionismo da etnia han dominou diversas outras etnias que se subjugaram aos han. Existem cerca de 55 grupos étnicos distribuídos nas diversas regiões da China. Destacam-se: Os chuans (1,4%); Os manchus (0.9%; Os huis (0,8%); Os huigures (0,6%); Os mongóis (0,4%); Os tibetanos (0,4%); Os coreanos (0,2%); Devido à grande população chinesa, o termo minoria pode se aplicar a números expressivos. Deve-se também levar em conta que na China existem duas maneiras de se referir a uma “minoria”. Devem ser consideradas minorias os grupos numericamente inferiores à maioria han e também, em termos políticos e culturais, aqueles que ainda resistem aos valores impostos pela etnia predominante. Pode-se dividir a China em duas grades porções: as zonas áridas, castigadas por ventos frios e secos, onde ocorrem os desertos e as zonas bem servidas pelas chuvas, onde ocorre a ação de ventos úmidos e monções. Pode-se afirmar que o relevo chinês aumenta em altitude do leste para o oeste do país. A agricultura desempenha um papel crucial na economia nacional. Sua área cultivada se concentra principalmente nas planícies e vales fluviais na zona Leste, assim como em planaltos. O setor agrícola está ligado diretamente à produção de matéria-prima. Os principais produtos são: arroz, trigo, algodão, batata, chá, soja, etc. A dominação colonialista Rússia, Inglaterra, Alemanha, França, Japão, Estados Unidos e Portugal mantinham, desde o século XIX, bases comerciais, feitorias ou áreas de influência no território chinês. Do século XIX ao início do XX, o Imperialismo submeteu a China aos interesses capitalistas mundiais, transformando-a em fornecedora de matérias-primas e consumidora de produtos industrializados e até mesmo de drogas como o ópio. A dominação colonialista O Imperialismo desarticulou o sistema produtivo chinês, o que atrasou a industrialização da China em comparação com os demais países. O início do século XX a China deixava de ser um império para se ver nas mãos dos interesses estrangeiros. Muitas denominações humilhantes eram feitas aos chineses, tais como: “Os doentes da Ásia” ou “Os homens fracos do oriente”. Nesse período turbulento e de moral baixo, talvez nenhum homem tenha feito tanto pelo moral chinês quanto Huo Yuanjia. Huo Yuanjia se tornou famoso quando, em 1901, respondeu a folhetos que anunciam um desafio por um lutador da Rússia no Parque de Xiyuan, em Tianjin onde Huo Yuanjia já tinha obtido muitas vitórias. Huo Yuanjia deu às pessoas de China esperança e um senso revitalizado de orgulho com suas numerosas vitórias sobre lutadores estrangeiros. A Revolução Socialista A guerra civil chinesa se estendeu por 4 anos e terminou por colocar o Partido Comunista Chinês no controle da China derrubando o Kuomintang que recuou para a ilha de Formosa (Taiwan). Em 1º de outubro de 1949, Mao Tse-tung proclamou a República Popular da China, declarando que “o povo chinês se pôs de pé“, e pondo assim um fim ao domínio estrangeiro. A Revolução Socialista Logo no início (1949-1953), o governo revolucionário implementou mudanças como: Uma grande reforma agrária; A estatização dos meios de produção; O desenvolvimento industrial com prioridade para a indústria de base; O planejamento econômico, político e social centralizado; Tropas comunistas em Pequim Mao Tse-tung anuncia a fundação da República Popular da China O abandono do modelo soviético O modelo soviético de desenvolvimento, feito para a realidade urbana da Rússia em 1917, não se encaixou junto à realidade agrária da China em 1949. Cerca de 90% da população chinesa ainda morava no campo. Dessa forma, a partir de 1956, a prioridade econômica do país passou a ser a agricultura e não a indústria de base, assim desenvolvendo ramos industriais que favorecessem diretamente à agricultura. Ocorrido entre 1958-1960, foi uma campanha lançada por Mao Tsé-tung, que pretendia tornar a China uma nação desenvolvida e socialmente igualitária em tempo recorde, acelerando a coletivização do campo e a industrialização urbana. Política de portas abertas Com a morte de Mao em 1976, Deng Xiaoping pediu oficialmente sua reintegração, e passou a dominar a política chinesa nos anos seguintes. Chamou-se de “política de portas abertas” o conjunto de medidas que propiciaram a abertura e a modernização da economia, por meio de uma política estatal deliberada, controlada pelos líderes do Partido Comunista. Política de portas abertas Introdução controlada de lucro nas empresas; Salário diferenciado entre os trabalhadores; Abertura para a entrada de capital e tecnologia estrangeiros; Ampliação das trocas comerciais; Autonomia às empresas estatais que passaram a pagar impostos; Aquisição de modernas tecnologias de produção; Elevação dos níveis de consumo da população; Criação (ou reabertura) da Bolsa de Valores; No decorrer da década de 1990 e nos anos 2000 o PIB chinês apresentou um crescimento em torno de 10% ao ano. Entre 1990 e 2008, o PIB atingiu a cifra de 3,76 trilhões de dólares, tornando a China a terceira economia do planeta. No primeiro semestre de 2010 a China ultrapassou o Japão, tornando-se a segunda maior economia do planeta. Todavia, especialistas acreditam que o país poderá entrar em crise no futuro. 95% dos MP3-players do mundo; 75% dos brinquedos do mundo; 75% dos CDs e DVDs do mundo; 70% dos relógios do mundo; 65% dos monitores LCD do mundo; Dados de 2006. 54% do concreto do mundo; 51% da carne de porco do mundo; 40% das motocicletas do mundo; 36% do aço do mundo; 31% carvão do mundo; Dados de 2006. A ausência da democracia A China continua sendo uma nação com uma estrutura política autoritária, ditatorial, que tem por base o monopartidarismo. O Estado chinês é o Partido Comunista, que assume a posição de defensor dos interesses do povo e da nação. Um exemplo dessa falta de liberdade foi a Manifestação da Praça da Paz Celestial, que foi reprimida pelo aparato militar e repressivo do Estado chinês que os considerou traidores da nação. Apesar do regime socialista existem na China regiões administrativas especiais como Macau e Hong Kong, com maior liberdade econômica. A partir de 1979, a China criou as primeiras Zonas Econômicas Especiais (ZEEs), nas quais é permitido às empresas estrangeiras investir capital e tecnologia, em associação (joint-ventures) ou não com empresas estatais chinesas. Migrações internas e desruralização Apesar do sistema de hukou, o governo chinês não conseguiu barrar por completo o aumento de migrantes camponeses para as cidades. Em 2002, após a entrada da China na OMC, as migrações foram estimadas entre 80 a 100 milhões de pessoas, o que leva a se considerar que o país vem sofrendo uma desruralização.