Transmissão Vertical pelo HTLV

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Associação dos Portadores do vírus
HTLV
Vírus Linfotrópico de
Células T Humana
Tipos 1 e 2
HISTÓRICO
>Foi o primeiro retrovírus humano descrito.
>Descoberto em 1977 no Japão, em um paciente
com leucemia de células T.
>Depois isolado em 1980 de um paciente com
linfoma cutâneo de células T.
>Ou seja, foi descoberto antes do HIV e até hoje
pouco se sabe sobre o assunto.
TRANSMISSÃO VERTICAL DO HTLV
 Assim como o HIV, a transmissão por via vertical do
HTLV se dá, na maioria dos casos, pelo aleitamento
materno. Nas áreas endêmicas, as transmissões vertical
e sexual têm sido as principais vias para disseminação
da infecção por HTLV-1.
 “A infecção HTLV-1/2 pode permanecer não
diagnosticada ao longo da vida, visto que cerca de 90%
dos indivíduos soropositivos para HTLV-1
permanecerão assintomáticos, e se não reconhecidos
poderão perpetuar a disseminação silenciosa em seus
núcleos familiares e sociais”
TRANSMISSÃO MATERNO-FETAL
 O Brasil é o País com o maior número de portadores de
HTLV-1 no mundo. Sendo endêmico no NorteNordeste. O Sudeste vem em segundo lugar.
 Segundo a Dra. Anna Proietti, “uma estimativa de 1,5%
das crianças infectadas pela via vertical poderão
desenvolver ATL (leucemia/linfoma de células T do
adulto) em algum momento de suas vidas”.
 Já a mielopatia (HAM/TSP) foi relacionada com a
transfusão de sangue. (paraparesia espástica tropical
associada ao HTLV-1)
SINTOMAS NA INFÂNCIA
 Dermatites, erupções no couro cabeludo, anemia
frequente, saúde frágil.
 Os sintomas são facilmente associados a alergias, falta
de higiene, desnutrição e até mesmo maus tratos.
 Esses sintomas costumam desaparecer, como uma cura
natural, quando a criança chega aos 7 anos.
Retornando na adolescência ou após os 30 anos, com
sintomas diversificados como a depressão, dores nas
pernas, câimbras, anemia frequente, infecções
respiratórias (pneumonia de repetição), fraqueza nas
pernas e cansaço sem motivo aparente.
IMAGENS FALAM MAIS QUE
PALAVRAS
MANIFESTAÇÕES DERMATOLÓGICAS
FATORES DE RISCO PARA A
TRANSMISSÃO VERTICAL
 Teoricamente, pode ocorrer durante o período
intrauterino ou durante o parto normal. A cesariana é
recomendada quando a gestante é positiva para o
HTLV.
 Estudos comprovam que é através da amamentação
que ocorre a maior parte da transmissão, à medida que
células infectadas entram no corpo da criança por via
oral.
 Carga proviral alta no leite materno e longo período de
amamentação (superior a 6 meses).
ORIENTAÇÕES À GESTANTE
 Após o resultado positivo para o HTLV, a gestante
DEVE ser orientada a não amamentar, para
interromper a cadeia de transmissão do vírus.
 Buscar na UBS onde está fazendo o pré-natal,
encaminhamento para um especialista e atendimento
no Serviço Social, para ter acesso a fórmula infantil
para seu bebê.
 Deve pedir ao seu obstetra um pequeno laudo médico,
PARA SER APRESENTADO NO HOSPITAL, sobre sua
patologia, informando a necessidade do uso da
CABERGOLINA (medicamento para inibir a lactação).
O BEBÊ
 “Os filhos de mães positivas,
nascem com anticorpos antiHTLV-1/2 maternos passivos
e que decrescem durante o
primeiro ano de vida nos
casos de não infecção; já nas
crianças infectadas, a
soroconversão pode ocorrer
após um longo período de
latência.”
 Segundo a literatura, crianças
do sexo masculino
apresentam maior taxa de
soropositividade.
AGRAVOS
 A desnutrição é um dos maiores fatores de risco para a
infecção por HTLV-1
 A interrupção do aleitamento materno, sem apoio dos
órgãos da saúde pública, pode impactar diretamente
na desnutrição e mortalidade infantil.
 É fato que, quando a infecção é através do aleitamento
materno, as chances de na fase adulta a infecção
evoluir para a Leucemia, são bem maiores.
NENHUMA MÃE DESEJA UM FUTURO
ASSIM PARA SEU FILHO
NEM PENSA NESSES SINTOMAS!!
COMO EVITAR???
 Incluir na tabela do SUS, o exame para o HTLV na
rotina do pré-natal;
 Divulgar a doença nas UBS;
 Capacitar profissionais de saúde;
 Abrir ambulatórios para atendimento à gestante
portadora do vírus HTLV;
 Garantir a fórmula infantil e a testagem sanguínea do
bebê aos 6, 12, 24 e 36 meses de vida.
 O uso de preservativo SEMPRE!!!
AÇÕES NECESSÁRIAS
 Políticas de Saúde Pública para o HTLV;
 Reabertura dos ambulatórios dos Hospitais
Estaduais;
 Vontade de fazer acontecer por parte dos
gestores da saúde;
 Tirar o HTLV da “escuridão e isolamento”.
REFERÊNCIAS
 Caderno Hemominas – HTLV – Volume XVI, 6ª edição
– 2015.
 www.vitamore.com.br
Associação dos Portadores do
Vírus HTLV
Sandra do Valle
Laura Lee
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