A RECREAÇÃO FILOSÓFICA, DO PADRE TEODORO DE ALMEIDA, E A FILOSOFIA NATURAL EM PORTUGAL, NA SEGUNDA METADE DO SÉCULO XVIII Patrícia Govaski Iniciação Científica Fundação Araucária – Edital 2012/2013 Prof. Dr. Antonio Cesar de Almeida Santos – Departamento de História Introdução/Objetivos Durante o século XVIII, em boa parte do continente europeu, o conhecimento racional e um ideal de controle do meio natural exerciam fascínio sobre diversos pensadores. O reino de Portugal não ficou alheio a este movimento e, neste período, a produção filosófica portuguesa ganhou o apreço do público. O objetivo desta pesquisa foi o de investigar como as ideias filosóficas do padre oratoriano Teodoro de Almeida, representante do pensamento iluminista português, nos remetem a elementos interligados à concepção de Filosofia Natural presente em Portugal, na segunda metade do século XVIII. Método Na realização desta pesquisa, analisamos o primeiro e o décimo tomos da Recreação Filosófica, utilizando uma abordagem sugerida pela Nova História do Pensamento Político. Referências DOMINGUES, Francisco Contente. Ilustração e Catolicismo : Teodoro de Almeida. Lisboa: Edições Colibri, 1994. Resultados/Discussão Após revisão de bibliografia relativa ao período analisado e da análise dos dois tomos da Recreação Filosófica, obtivemos indícios de que a Filosofia Natural em Portugal, no período abordado, encontrava-se em um processo de renovação, caracterizado pela refutação da filosofia escolástica e pautado em um ideal de valorização de um novo paradigma científico e filosófico. Conclusões Teodoro de Almeida procurou defender a Filosofia Natural moderna da suspeita de ateísmo, assim como provar que o filósofo natural moderno detinha um maior conhecimento acerca da ação divina, se comparado aos peripatéticos. A Recreação Filosófica, portanto, pode ser vista como uma adequação de referenciais espirituais e teológicos aos tempos modernos, em que o surgimento de novos conhecimentos científicos propunha uma visão de mundo diversa da perspectiva tradicional.