uso de daptomicina no tratamento de endocardite infecciosa

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USO DE DAPTOMICINA NO TRATAMENTO DE ENDOCARDITE INFECCIOSA: ANÁLISE DE
CASOS OCORRIDOS ENTRE 2006 A 2014 EM UM CENTRO DE REFERÊNCIA NO RIO DE
JANEIRO.
Aluno: AMOM PARENTE DE SÁ BARRETO VIEIRA
Colaboradores: RALPH FERNANDES, CAROLINA A. JANUARIO DA SILVA
Orientador: CRISTIANE LAMAS
Curso / Instituição de Ensino Superior: MEDICINA/UNIGRANRIO E INSTITUTO NACIONAL DE CARDIO
Introdução / Objetivos / Material e Métodos / Conclusões / Resultados / Referências Bibliográficas
Introdução: A daptomicina é ativa contra microrganismos Gram-positivos, incluindo aqueles resistentes a penicilinas,
cefalosporinas e vancomicina. Isso o torna uma importante opção terapêutica em casos de endocardite infecciosa(EI).
Este estudo tem por objetivo ampliar o conhecimento sobre a utilização de daptomicina, que tornou-se disponível no
Brasil em 2009, no tratamento de EI.
Objetivo: Descrever e analisar os casos de EI em que daptomicina foi usada para o tratamento de EI.quanto a sua
eficácia e eventos adversos relacionados.
Material e Métodos: Este é um estudo de coorte prospectivo e consecutivo em adultos de um hospital de referência
cardíaca cirurgia no Brasil de janeiro de 2009 a agosto de 2014. Os dados foram coletados a partir da ficha padronizada
da International Collaboration on Endocarditis. Foram incluídos pacientes com 18 anos ou mais, com EI definitiva
pelos critérios de Duke modificados , quando utilizaram daptomicina por 2 ou mais semanas no tratamento da doença.
Resultados: Foram incluído 14 pacientes com EI definitva tratados com daptomicina entre 2009-2014 no Instituto
Nacional de Cardiologia. Dez eram do sexo masculino e 4 do feminino. A média de idade foi de 48,6± 9,5 anos. Não se
conhecia a identidade dos microorganismos responsáveis em 7 casos; as estruturas afetadas foram valva tricúspide(VT
) em 1, valva mitral (VM) e aórtica (VA) em 1, VM,VA e VT em 1, VA em 3 e marcapasso(MP) em 1.Nos 7 pacientes
com etiologia definida, temos E faecalis/VM, S.aureus/ MP, MRSA/MP e VM, S.epidermidis/VM, Propionibacterium
acnes/MP e S.aureus/T.As comorbidades foram: insuficiência renal crônica em 4, diabetes em 2.Todos os pacientes
tiveram febre, 7 tiveram fenômenos embólicos e 7 apresentaram insuficiência cardíaca aguda. Todos os pacientes
apresentaram vegetação ou regurgitação ao eco transesofágico. Todos tinham indicação cirúrgica.Dois pacientes tinham
daptomicina como o antibiótico de primeira escolha (7 tinha vancomicina, 2 dos quais associados a gentamicina e 1 a
oxacilina, 2 apresentaram cefazolina, 1 linezolida e 1 ampicilina associado a oxacilina e gentamicina). Indicações de
utilização de daptomicina foram piora da função renal durante uso de outro antibiótico(6), disfunção renal prévia (5), o
MIC para vancomicina acima de 1,5 para S. aureus (1) e hipersensibilidade grave à vancomicina (1), perfil de
sensibilidade do germe desconhecido (4). A média de dose administrada de daptomicina foi de 7,08 ± 1,9 mg / kg / dia.
Número de dias de uso foi de 9,7 ± 13,5 pré operatório e 27,07 ± 11,26 dias pós-operatório. A associação de
rifampicina foi utilizado em 6 pacientes, de gentamicina em 3. Todos os pacientes foram monitorados quanto ao
aumento de CPK e este foi observado em 1 paciente (>1000u). Um paciente morreu na mesma admissão, com sepse
persistente (este teve infecção por MRSA), dois pacientes morreram de complicação cirúrgica (um por laceração atrial
pós remoção de MP, outro por isquemia mesentérica com sepse abdominal persistente). Nenhum óbito foi atribuido ao
fármaco.
Conclusões:A daptomicina foi usado com sucesso em pacientes brasileiros com EI, envolvendo tanto o lado direito
( inclusive com MP) quanto o esquerdo. Embora seja necessário mais experiência sobre o antibiótico, ele parece eficaz,
inclusive no difícil cenário de hemoculturas negativas.
Referências:
LIU C, BAYER A, COSGROVE SE et al. Clinical Practice Guidelines by the Infectious Diseases Society of America
for the treatment of methicillin-resistant Staphylococcus aureus infections in adults and children: executive summary.
Clin Infect Dis, 3, 285-92, 2011
Bolsa de Iniciação Científica (IC):
CNPq
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