A Tectónica de Placas

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Biologia e Geologia – 10º Ano de Escolaridade
A Tectónica de Placas
Tectónica de placas
A teoria da tectónica de placas é uma teoria recente
Alfred Wegener em 1912 enunciara os
pressupostos da Deriva Continental
 Dados morfológicos;
 Dados geológicos;
 Dados paleontológicos;
  Dados paleoclimáticos;
mas qual o “motor” deste movimento?
Tectónica de placas
Alguns autores sugeriram a existência de pontes continentais - faixas mais
ou menos largas de terra firme - que estabeleciam a ligação entre os
diferentes continentes. Um dos defensores da existência destas massas
rochosas foi Eduard Suess (1831-1914), um geólogo austríaco que sugeriu
que os continentes antigos eram mais vastos do que os actuais e que os seus
fragmentos jazem hoje no fundo dos oceanos. Segundo aquele autor, teriam
ocorrido abatimentos contínuos da crosta, que se afundou nos materiais
subjacentes, à medida que a Terra foi arrefecendo e se foi contraindo.
Arthur Holmes, geólogo inglês foi o
primeiro cientista a compreender que o
aquecimento radioactivo podia produzir
correntes de convecção dentro da Terra.
Em teoria, estas poderiam ser
suficientemente potentes para fazer
mover os continentes à superfície.
Tectónica de placas
Outra questão por
resolver eram os
sedimentos marinhos
Todos os anos, os rios do planeta transportam
volumes maciços de material resultante da
erosão – 500 milhões de toneladas de cálcio,
por exemplo – para os mares. Se se multiplicar a
taxa de deposição pelo número de anos ao
longo dos quais o processo se verifica, chaga-se
ao valor perturbante de 20 km de sedimentos
acumulados nos fundos oceânicos, ou seja,
nesta fase estes deveriam estar muito acima da
sua superfície.
Tectónica de placas
Só no final da II Guerra
Mundial, com o
aparecimento do sonar e
os trabalhos de Harry
Hess, foi possível dar
essa resposta.
O conhecimento da morfologia dos fundos
oceânicos permitiu compreender a grande
mobilidade da superfície terrestre. Ao contrário
do que seria de esperar, os oceanos não
estavam recobertos de sedimentos antigos mas
estavam cheios de ravinas, fossas e fendas, e
encontrava-se pontilhado de vulcões submarinos
com cumes achatados, os guyots.
A imagem que tínhamos da Terra
modificar-se-ia para sempre.
Tectónica de placas
Em 1950, os oceanógrafos descobriram que
a maior e mais extensa cadeia de montanhas
da Terra estava, quase toda, debaixo da
água. Trata-se da crista médio-atlântica.
Ocasionalmente, os seus picos mais
elevados surgiam acima da água, sob a
forma de pequenas ilhas ou arquipélagos,
como os Açores e as Canárias.
Em 1960, amostras colhidas no fundo do oceano
vieram demonstrar que este era relativamente
novo na crista médio-atlântica mas envelhecia
progressivamente para este ou oeste.
Harry Hess concluiu que se estava a formar nova
crusta em ambas as vertentes da crista central, e
que essa crosta ia sendo empurrada em ambos os
sentidos laterais, à medida que ia dando lugar à
nova crosta que ia surgindo – Expansão do
fundo oceânico
Tectónica de placas
Paleomagnetismo
Em 1906, Bernard Brunches descobriu que o campo magnético
terrestre se inverte de tempos a tempos, e que o registo dessas
inversões fica permanentemente inscrito em certas rochas no momento
da sua formação. Há pequenos minérios de ferro contidos nas rochas
que apontam na direcção dos pólos magnéticos presentes na altura da
sua formação.
Vine e Matthews (1963)
Servindo-se dos registos de
estudos
magnéticos
do
fundo do oceano Atlântico,
demonstraram de forma
conclusiva que os fundos
marítimos
estavam
a
alastrar precisamente da
forma que Hess descrevera,
e
que
também
os
continentes se deslocavam
As variações magnéticas não são aleatórias mas obedecem a padrões determinados.
As bandas alternas de diferente polaridade magnética estavam colocadas, do lado de fora,
em faixas, de um e do outro lado da crista médio-oceânica: uma faixa com polaridade normal
e a faixa adjacente com polaridade invertida. O teste padrão total, definido por estas faixas
alternadas de rocha magnetizada com polarização normal e inversa, tornou-se conhecido
como o “listado” magnético.
Tectónica de placas
Morfologia dos fundos oceânicos
Plataforma
continental
Planície abissal
Talude
continental
Rifte
ou dorsal
médio-oceânica
Fossa
Tectónica de placas
Foram assim definidos os conceitos de
Placa litosférica que assenta sobre um
substrato “viscoso” – a Astenosfera
Litosfera
Crusta
Manto
Núcleo
Tectónica de placas
Litosfera – Camada superficial da Terra, sólida
e rígida, com uma espessura média
compreendida entra os 70 km e os 150 km. É
constituída por duas camadas:
Crosta Continental
Crosta Oceânica
Astenosfera – Porção do manto superior
situada sob a litosfera. Corresponde a uma
camada sólida, mas plástica, sendo percorrida
por correntes de convecção
Tectónica de placas
Foram também descobertos e compreendidos os
limites divergentes, convergentes e conservativos
Limite
Divergente
Limite
Convergente
Limite
Conservativo
Tectónica de placas
Outra imagem…
Tectónica de placas
Limites Divergentes – Situam-se nas
dorsais oceânicas, onde é gerada a crosta
oceânica. Correspondem a extensas cadeias
de montanhas com um vale central (rift).
Limites Convergentes – localizam-se,
geralmente, em zonas de fossas onde se
verifica a destruição da crosta oceânica –
zona de subdução.
Limites Conservativos – correspondem às zonas de falhas transformantes.
Estas falhas cortam transversalmente as dorsais oceânicas. Ao longo destas
estruturas não há destruição nem alastramento de crosta oceânica, mas
apenas deslizamento
Tectónica de placas
Rapidamente foram criados diversos modelos procurando explicar a dinâmica
da superfície do nosso planeta.
Tectónica de placas
Enquanto nova crusta
oceânica é gerada no
rifte...
... outra é destruída nas
zonas de subducção.
A superfície da Terra ou litosfera é formada por elementos rígidos
(Placas Tectónicas) que flutuam e se deslocam sobre a astenosfera
(menos rígida)
Tectónica de placas
A movimentação tectónica permitiu também compreender muitas
alterações climáticas ocorrentes na superfície da Terra, alterando
consequentemente, a flora e fauna dessas regiões.
•  a África do Sul já esteve no circulo do ártico (pois contêm inúmeros
depósitos glaciários);
•  a existência de carvão em zonas que hoje não são trópicos.
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