Anomalias Congênitas

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Anomalias Congênitas
Bruna Scherer1
Patricia Boeira1
Patricia Moraes Dornelles1
Isabel Cristina Brandão Taufer2
Este trabalho foi desenvolvido na disciplina de Citologia, Histologia e Embriologia,
com o objetivo de fazer uma revisão das malformações congênitas, de acordo com a
literatura. Sabe-se que desde o início da história da humanidade as malformações
congênitas chamam a atenção. Geralmente o desenvolvimento anormal do feto é
resultado de fatores ambientais, como vírus e drogas, sobrepostas a fatores
genéticos, como anormalidades cromossômicas. Em 50% a 60% das malformações,
a causa é desconhecida. Os agentes ambientais variam de infecções a fatores
químicos. No decorrer da vida pré-natal, o embrião e o feto ficam expostos a muitos
micro-organismos, que cruzam a membrana da placenta e penetram na corrente
sanguínea do feto. As doenças infecciosas que causam as malformações, na
maioria dos casos são de natureza viral, havendo exceções, como a Sífilis, que é
causada por uma espiroqueta (Treponema pallidum), e a Toxoplasmose, que é
causada por um protozoário (Toxoplasma gondii). O tipo de efeito que a infecção
causa ao embrião está relacionado com o momento em que ela ocorre. A Rubéola, é
responsável por uma grande parte das anomalias, principalmente durante o primeiro
trimestre de gravidez, causando cataratas, surdez, glaucoma, deficiência mental,
entre
outras.
Existem
outras
doenças infecciosas
que
originam
algumas
malformações, como a Varicela (Catapora), que é causada pelo vírus VaricelaZoster e a Citomegalovírus, que é a infecção viral mais comum ocorrente no feto
humano, ela ocorre em cerca de 1% dos neo-natos, na grande maioria dos casos de
infecções, ela causa o aborto espontâneo, quando ocorre no primeiro trimestre de
gravidez. Além disso, existem os fatores químicos, substâncias químicas que são
consideradas teratógenos. Estudos revelam que aproximadamente 40 a 90% das
gestantes consomem algum tipo de medicamento ao longo da gravidez, no entanto
menos de 2% das malformações são causadas por remédios ou produtos químicos.
A radiação ionizante, a qual pode ocasionar lesões nas células do embrião,
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Acadêmica do Curso de Ciências Biológicas – FACOS/CNEC.
Professora orientadora.
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causando retardo no crescimento físico e mental, é um outro fator ambiental a ser
lembrado. Os fatores genéticos são os maiores responsáveis pelas anomalias, já
que representam aproximadamente um terço de todas as malformações congênitas.
Elas podem ser causadas durante a divisão celular, especialmente na meiose,
quando surgem anomalias na divisão de cromossomos ou mutações de genes.
Logo, os teratógenos são os agentes causadores do desenvolvimento anormal
humano, eles podem ser de origem ambiental, genética ou multifatorial, e são
classificados em várias categorias, de acordo com a comprovação de seus efeitos.
Verifica-se a importância do conhecimento sobre os seus efeitos, já que cerca de 3%
de todos os recém-nascidos possuem uma grande anomalia congênita bem visível,
e 14% de todos os neo-natos têm algum tipo de pequena malformação. Atualmente,
o desenvolvimento tecnológico permite diagnosticar um grande número de
malformações no útero, por isso esta questão atenta à importância do
acompanhamento pré-natal, apontando para a necessidade de uma modificação no
padrão dos serviços de saúde, através de campanhas educativas e da ampliação do
acesso ao aconselhamento genético, introduzindo um enfoque específico para o
suporte, tratamento e prevenção das anomalias congênitas.
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