ATIVIDADE LIPOLÍTICA E PROTEOLÍTICA EM BAIXAS TEMPERATURAS DE BACTÉRIAS DE SEDIMENTOS MARINHOS DE PROFUNDIDADE. De Melo, T. M.1; Arrua, L. B.1; Lima, A. O. S. 1; da Silva, M. A. C.1* 1 Centro Tecnológico da Terra e do Mar, Universidade do Vale do Itajaí, Santa Catarina, Brasil. *e-mail: [email protected] Enzimas de micro-organismos marinhos de profundidade tem sido alvo de diversas pesquisas recentes, em função de suas propriedades distintas que incluem tolerância a pressões elevadas e a baixas temperaturas. Estas propriedades relacionam-se com uma maior estabilidade destas enzimas e permitem seu uso biotecnológico em processos que requerem condições distintas das usuais. Neste contexto, o presente trabalho objetivou avaliar a atividade de cinqüenta e cinco bactérias marinhas isoladas de sedimentos da região da Elevação do Rio Grande e do Lineamento Cruzeiro do Sul em relação com sua atividade lipolítica e proteolítica a 5ºC. Estas bactérias foram coletadas de sete amostras obtidas durante a expedição Iatá-Piuna, a bordo da embarcação NPq Yokozuka entre abril e maio de 2013, com o submergível Shinkai 6500, o primeiro tripulado no Oceano Atlântico Sul. As enzimas foram avaliadas em placas de Agar Marinho suplementadas com caseína (proteases) e Tween20 (lipases), nas quais as bactérias foram inoculadas pontualmente em triplicata. Os diâmetros dos halos de atividade hidrolítica, assim como os das colônias, foram mensurados após oito e catorze dias de incubação, e índices de atividade foram calculados, dividindo-se o diâmetro do halo pelo da colônia. Quatro das bactérias avaliadas apresentaram atividade proteolítica, todas já após oito dias de incubação. Por outro lado, duas linhagens apresentaram atividade lipolítica em oito dias e outras dez após catorze dias de incubação. As quatro linhagens proteolíticas também apresentaram atividade lipolítica, duas somente após catorze dias de incubação. As linhagens LAMA 1611 e 1612 foram significativamente mais proteolíticas após 14 dias, enquanto que LAMA 1613 e LAMA 1614 foram os isolados mais proteolíticos de maneira geral. LAMA 1612 foi, por outro lado, a linhagem mais lipolítica e significativamente mais ativa após 14 dias. Estes resultados atestam o potencial de bactérias marinhas de profundidade como fontes de extremoenzimas. Palavras-chaves: bactérias marinhas de profundidade, protease, lipase. Área de conhecimento: Microbiologia Ambiental e Agrícola